Eu o vejo na piscina, ele está com o limpador recolhendo as impurezas da água.
Com meus óculos escuros eu posso observá-lo sem restrições já que estou seguro sob as lentes escuras. Fico me perguntando se eu deixo na cara meu interesse por aquele homem. Sei que não é certo ainda mais porque ele é o empregado do meu pai.
O dito cujo em questão é o serviçal que toma conta de nossa casa de praia. Há alguns anos ele tinha substituído o antigo caseiro, um senhor de idade que se aposentou. Assim que pus os olhos nele não pude conter minha excitação.
Além de bem mais jovem que o anterior o cara era bem apetitoso. Tinha uma pele tão bronzeada que brilhava, o corpo bem desenhado devido aos anos de trabalho braçal. Não que ele fosse um modelo de catálogo de suplementos, mas pra um homem da roça ele era bem gostoso.
Toda vez que ele me cumprimentava eu sentia uma onda de desejo me tomar conta. Era arrepiante.
E outro feriado chegou e então fomos todos para a casa de praia.
Aquilo não me animava porque desde que eu já não era mais uma criança pra ficar enrugando dentro da piscina por horas, aquela casa já não me parecia tão divertida. Eu ia sempre com meus primos e ao contrário do que eu queria, não, eles não tinham nenhum interesse por mim. O que deixava tudo ainda mais tedioso.
O que compensava a viagem mesmo era apreciar aquele caseiro torrando no sol quente, sem camisa enquanto trabalhava pra nos agradar. Gostava da ideia de pensar ter aquele sujeito em meu serviço, embora ele cuidasse de tarefas mais pesadas. No entanto se papai resolvesse levá-lo conosco pra casa não me importaria de ele ser meu mordomo particular.
– O que faz aí com essa boca aberta, rapaz? – um dos meus primos me desperta de minhas viagens maliciosas.
Ele é gostoso. Na verdade todos os meus primos são, mas estar com eles é o mesmo que assistir um comercial de um restaurante estando faminto. Minhas chances com eles eram impossíveis.
É hora do almoço.
Entrei na piscina e como sempre me arrependi. Feito um pinto molhado me dirijo até meu quarto onde troco de roupa. A janela está aberta e através dela tudo o que vejo é a paisagem natural do lugar. Areia, grama e árvores. O céu naquele lugar sempre parecia mais ensolarado e azul. Fico admirando um pouco a paisagem quando eu o vejo.
Ele passa com sua bermuda surrada e seu corpo sempre brilhoso de suor.
Estremeço.
Sinto um rompante me dominando. Sei que parece atrevimento e até louco de se fazer. Meu coração acelera e fico em dúvida em prosseguir. Mas pensando melhor pouco importa, o tédio te faz fazer loucuras. Ele é empregado do meu pai, segue as ordens dele. E eu sou o filho do patrão. Dane-se.
Eu então tiro meu short. E a cueca. Fico completamente nu. Eu o chamo.
Ele vira e sorri pra mim. De onde estou ele não pode ver o estado em que me encontro. O parapeito termina a uma distância curta do meu umbigo. Sinto meus poros do corpo arrepiarem.
– Josias, você pode me fazer um favor? – digo apoiando as mãos no parapeito da janela.
– Posso sim, senhorzinho – ele sorri, obediente. Coitado, ele é tão ingênuo.
– É que eu estou sentindo alguma coisa nas minhas costas me incomodando... – a expressão dele começa a mudar – Não sei... Acho que pode ser um besouro ou algo do tipo.
Então eu me viro de costas. Contraio as panturrilhas e fico na ponta dos pés, onde eu sei que ele pode enxergar minha bunda desnuda. Eu viro o rosto e procuro pela expressão dele. Ele está olhando pro meu rabo. Depois olha pra mim. Então desvia o olhar, constrangido.
– Vê alguma coisa? Me controlo pra não sorrir.
– Não senhor – ele responde e mal consigo ouvir.
– Tem certeza? – Eu insisto. Estou judiando do pobrezinho.
– Sim senhor – a voz dele soa fraca.
Esperava que ele fizesse alguma coisa. Ao menos tocasse em mim. Apertasse, quisesse enfiar um dedo ou sei lá. Mas ele só fica parado, como se estivesse vendo uma assombração. Frustrado eu encerro a brincadeira.
– Obrigado, Josias. Pode ir.
Ele sai com a cabeça abaixada e eu me pergunto se não passei demais dos limites.
Dou um suspiro longo e visto meu short. Foda-se.
Os garotos jogam sinuca enquanto eu assisto TV. É domingo, meia-noite e não tem assinatura a cabo. A programação é torturante e o sinal tão ruim quanto. Bocejo, o que pra mim é um sinal evidente de que o tédio me consumia por inteiro.
– Já vai dormir? Um dos garotos me olha quando levanto e caminho até meu quarto.
– Já – respondo secamente.
Ele diz mais alguma coisa, mas eu não respondo. A menos que ele quisesse me comer, não haveria nada que ele disesse que me impediria de me trancar no quarto e dormir até que aquilo tudo acabasse de vez.
Apago. Não sonho com nada e quando acordo tenho a impressão de que não é manhã. Abro a porta do quarto e a escuridão toma conta de tudo. Ali as luzes eram mais escassas que na cidade e o céu se destacava plenamente. Sinto uma brisa noturna atravessar meu corpo e me frustro quando olho pro relógio. Ainda são três da manhã e eu estou mais que desperto.
Sem TV, sem sinal de internet e de madrugada. O cenário perfeito para a tortura.
Vou aos quartos dos meninos, mas todos já dormem. Meus pais estão trancados e com certeza já devem dormir há séculos. Sou a única alma viva acordada naquele horário.
Olho para a casa pequena nos fundos, onde Josias ficava. Sinto meu coração acelerar e um novo ímpeto tomar conta de mim. Quero ir lá. Quero ir naquele casebre e encontrá-lo em sua cama. Quero Josias pra mim e mesmo que ele não me queira ao menos faço alguma coisa instigante aqui. Porcaria de feriado.
Enquanto caminho os poucos metros que separam a casa principal da de Josias, sinto um frio na barriga. O solo arenoso, o vento a me atravessar, o fato de eu estar usando somente uma regata e cueca... Começo a me sentir excitado.
Enfim chego no casebre. A porta principal está trancada e mesmo que eu possa abri-la com um chute, não o faço. Sigo ao lado onde ficava a janela e vejo o corpo de Josias de costa pra mim, repousando em sua cama. Ele dorme profundamente e nem imagina que eu o observo. Sinto vontade de escalar a janela e pular dentro do casebre. Mas do contrário da janela da casa principal, essa é bem mais alta.
Apoio as duas mãos no parapeito, crio impulso e quando caio pra dentro ranjo os dentes, com medo de ele acordar. Mas ele só se mexe um pouco. Na ponta dos pés me aproximo da cama dele. Meu coração parece um tambor e me pergunto se meus batimentos cardíacos são sufientes para acordá-lo. Que loucura. O que eu estava fazendo?
Deito na cama de Josias e me aproximo delicadamente. Ele não acorda. Chego mais perto, mas não o toco. Ele sequer se mexe. Observo as costas dele e sinto vontade de puxar o lençol para ver além da cintura. Ergo a coberta e constato que Josias dormia nu. Mordo os lábios.
Eu então toco nas costas dele. Ele estremece e solta um som esqusito parecido com um ronco. Volto a tocá-lo e ele repete o gesto. Percorro a mão pelo braço e vou descendo, descendo. Quando chego na região púbica dele, finalmente Josias acorda.
Ele solta ar pela boca e tem os olhos arregalados. Tenta focar a vista pra ver de quem se trata e eu só consigo sorrir.
– Calma. Sou eu, Josias.
Ele tenta se levantar da cama, mas eu tento impedir. Ele me empurra com força e eu caio na cama.
Josias agora está em pé, nu, com a respiração acelerada. Ele olha pra baixo, pros lados e pra cima. Nunca esteve tão confuso. Deitado na cama dele eu me sinto estúpido e percebo que algumas situações são bem mais fáceis pra mulheres.
– Josias... – eu o chamo no escuro. Ele não responde.
– Melhor o senhor sair.
– Josias eu não quero sair.
– Vou pra fora então.
– Josias não seja estúpido. Essa é sua cama.
Ele está na soleira que dá para a entrada do casebre. Não consigo parar de olhar pra piroca dele.
– Vem aqui Josias.
Ele não responde.
Vejo que a situação não vai acelerar se eu não tomar algumas providências. É então quando eu tiro minha cueca e só com a regata me encaminho onde Josias está. Ele dá passos pra trás, receoso, mas o lugar é pequeno e ele fica encurralado na parede. Sem tirar a regata eu a suspendo e de costas vou me aproximando dele. Vou chegando até que minha bunda encoste no caralho de Josias.
Começo a me esfregar nele.
– Por favor, Josias...
A respiração dele volta a acelerar.
– Deixa eu dormir aqui com você... – rebolo e vou sentido o pênis dele enrijecer no meu rabo. – Por favor, vai...
Então como se ele fosse tomado por alguma coisa, Josias segura meus quadris. Com força. começa a roçar o pau dele na minha bunda, como se estivesse me penetrando, mas a piroca dele fica no meio entre minhas nádegas. Indo e voltando. Indo e voltando.
Eu consegui.
Ele caminha pra frente, e eu vou junto ainda encostado nele. Ele empurra meu tronco que inclina e cai na cama, mas meus pés continuam no chão. Sinto o cuspe de Josias cair e ele abre minha bunda pra me comer. Eu começo a gemer.
A posição não é confortável, mas pouco importa. Eu só quero sentir aquele homem dentro de mim. Ele acelera o ritmo e é inveitável o som das bombadas dele em mim. Consigo sentir o corpo dele atrás de mim e eu deliro de prazer. Nunca estive tão excitado.
– Era isso que tu queria, não é?
Sorrio. Adoro falar sacanagem no sexo.
– Ai, Josias!
– Toma então.
Continuo gemendo e tudo o que se ouve no casebre é isso e as bombadas de Josias. Como ele é gostoso. Embora esteja amando aquilo sinto vontade de mudar de posição. Quero ver o rosto desse filho da puta enquanto me devora.
Ele deita na cama e sinto vontade de gritar ao vê-lo ali, na luz do luar. Ele segura o caralho duro e faz sinal que eu me aproxime. Vou engatinhando e sem me importar chupo o pau dele. Mas estou com vontade demais pra dar e não aguento. Agacho e de frente pra ele, vou descendo devagarinho sentindo o pau dele entrando de fininho.
Agora sou eu quem faz todo o trabalho. Flexiono inúmeras vezes, semrpe percorrendo minhas mãos no peito, na barriga dele. Me come Josias, me come filho da puta.
Ficamos assim durante um tempo. Depois fazemos de lado. Acho que é meu momento preferido porque é quando ele aperta meu mamilo. Ele também aperta minha coxa e suspende minha perna com força. Estou escancarado pra ele fazer de mim o que quiser. E ele faz. Continua me bombando como se não houvesse amanhã. Ergo o braço e o envolto no pescoço dele, isso dá liberdade pra ele aproximar a boca do meu mamilo e chupá-lo. Reviro os olhos de prazer e sinto que posso gozar sem nem mesmo ter que me masturbar pra isso.
– Empinando o cu pra mim... Pensa que eu não sei que tu queria?
Continuo gemendo. Ai Josias.
Peço pra que ele me coma em pé. Me prendo a ele cruzando as pernas em torno do tronco e ele me suspende. Estou de frente a ele, sentindo o peito dele no meu. Cruzo meus braços em torno do pescoço dele. Que homem.
– Toma, veadinho, toma.
– Josias... Ai Josias...
– Toma o que tu queria... Toma.
Nunca me senti tão realizado. Estou sendo devorado por esse homem. Que delícia. Ele me encosta na janela. Se afasta um pouco, para de enfiar em mim. Ele se agacha um um pouco. Abre minhas pernas. Tento impedi-lo, mas ele as afasta com força e dá um grunido. Isso faz com que meu corpo se incline e minha cabeça penda pra fora, me fazendo ver o céu estrelado. Josias começa a chupar meu ânus. Enfia a língua. Lambe. Respira perto, cospe. Enfia dedos. Volta a devorar.
Estou literalmente vendo estrelas.
Então ele morde e fazendo isso me puxa de uma só vez e me carrega até a cama. Ele me deixa deitado e logo coloca o quadril na minha cara. Com uma perna de cada lado, ele flexiona os joelhos e mete na minha boca. sinto vontade de vomitar, com a ferocidade que ele faz isso. Ele não perdoa. Me obriga a engolir até as bolas e eu o obedeço abrindo minha boca ao máximo que consigo.
Ele de repente enfia com tanta rapidez que eu sinto que ele vai se fundir a mim. E então ele tira de impulso o pau da minha boca. respiro como se estivesse morrendo afogado e recuperando o ar novamente. Ele estimula o pau e goza na minha cara.
– Abre a boca.
Eu abro. O líquido jorra garganta adentro.
Josias cai do meu lado da cama, ofegante. Depois que o momento passa ele retoma à sua tímidez típica. Sinto vontade de me encostar novamente nele. Dormir ao seu lado. Não por romantismo, mas porque eu gosto de senti-lo em mim. Mas não faço isso.
– Obrigado Josias – eu digo e saio de casebre até a casa principal.
Caminho com minha boca lambuzada, meu cu dilacerado, deixando minha cueca lá de propósito.
No dia seguinte Josias limpa a piscina.
É difícil de acreditar agora pela manhã no que fizemos na madrugada. Que tive aquele corpo bronzeado pra mim. Aquele pau maravilhoso. Eu abaixo os óculos escuros e espero que ele me olhe. Demora um pouco e quando ele faz, desvia rapidamente o olhar.
Difícil saber que debaixo de tanta timidez se esconde uma fera daquelas.