Três dias depois de Nanda ter ido embora da fazenda sem maiores explicações, Léa lhe telefonou e a convidou para ir ao cinema com ela e Lúcia. Nanda perguntou se Ariana iria e Léa disse que não. Mesmo assim, aceitou o convite. Para sua surpresa e alegria, Ariana resolveu ir de última hora. Ao chegar ao shopping e ver o objeto de sua loucura, Nanda não escondeu o sorriso aberto e franco. Deu um longo e carinhoso abraço nela, brincou com Lúcia e foram a uma lanchonete, pois ainda havia tempo antes do filme. Nanda se sentou de frente para Ariana e não perdia chance de encará-la despudoradamente, deixando-a constrangida e temendo que Léa percebesse. Ela, porém, estava com Lúcia no colo e a pequena tomava toda sua atenção. Em frente à lanchonete, ficava a área de brinquedos do shopping e Lúcia convenceu a irmã a levá-la. As duas se levantaram e saíram da mesa. - Você está linda - disse Nanda. - Não começa, Fernanda. A Léa volta daqui a pouco - respondeu Ariana. - Seguinte: vou ao banheiro. Espera cinco minutos e vai se encontrar comigo lá. Quero falar com você a sós - disse Nanda, levantando-se. Ariana ficou nervosa e disse a ela que não iria. - Se você não for, eu volto e te beijo na boca na frente de todo mundo. Você sabe que eu faço - desafiou e saiu. Ariana não teve escolha. Extremamente nervosa, levantou-se e foi ao banheiro. Entrou devagar, com medo de haver alguém conhecido. Contudo, estava praticamente vazio. Ela foi caminhando na direção das cabines quando Nanda surgiu em uma delas.
Nanda puxou Ariana pela mão para dentro da cabine e trancou a porta em seguida. Prendeu a amante contra a parede e começou a beijá-la antes que ela falasse alguma coisa. Parava para respirar, Ariana tentava começar a dizer algo e Nanda a interrompia, voltando a beijá-la. Aos poucos, Ariana se entregou e retribuiu o beijo. As duas se abraçaram e se beijaram carinhosamente. Após um bom tempo se beijando, pararam e riram. - Você é maluca e me arrasta pras tuas maluquices - ralhou Ariana. - Para de ser chata. Você adora minhas maluquices, adora me beijar. Eu tava morrendo de saudades. Pensei que você fosse me ligar - disse Nanda. - Eu te falei que aquela era a última vez, Fernanda. Eu sou casada, tenho uma filha. Não posso estar aqui - respondeu Ariana. - Mesmo assim, você está. Podia ter pago pra ver se eu te beijaria mesmo ou não, mas preferiu vir aqui, sabendo o que aconteceria. Porque você queria isso, queria me beijar. Confessa que também estava com saudades de mim - disse Nanda. - Não vou confessar nada. Agora, deixa eu sair daqui - respondeu Ariana. - Só vai sair quando disser, ao menos, que pensou em mim nesses últimos dias - falou Nanda. - O que você está fazendo aí embaixo? - perguntou Ariana, olhando para as mãos de Nanda em sua cintura. - O que você que eu estou fazendo? Estou abrindo sua calça. Se você não quer admitir por bem, vai admitir por mal - respondeu. Abriu a calça e enfiou a mão dentro da calcinha dela, arrancando um gemido forte de Ariana. Ela estava encharcada. - Confessa - sussurrou Nanda, enfiando o dedo médio na boceta de Ariana e beijando seu pescoço. A mãe de Lúcia se agarrou à Nanda e se rendeu. - Confesso. Pensei sim em você. Muito - disse baixinho. Nanda e ela voltaram a se beijar e aumentou a velocidade das metidas do dedo até Ariana gozar em sua mão. Nanda levou a mão à boca e chupou o mel da amante. - Eu quero você amanhã na minha casa. Vou te esperar - disse ela e saiu do banheiro.
Foram ao cinema e se sentaram com Nanda ao centro, Léa a sua esquerda com Lúcia no colo e Ariana a sua direita. Durante o filme, Nanda e Ariana encostaram suas coxas e ficaram se esfregando. Seus dedos também se tocavam, discretamente, para não chamar a atenção de Léa. Nanda era a mais ousada e, vez ou outra, apertava a coxa de Ariana de forma mais descarada. Ela já estava ficando melada outra vez. Depois do cinema, passearam pelo shopping mais um pouco e se despediram. Nanda montou em sua possante, como ela chamava a moto, e foi pra casa. Estava explodindo de tesão, pois não havia gozado no banheiro. Sua calcinha estava bem melada de seus líquidos. Foi diretamente para o quarto, tirou sua roupa, pegou um vibrador em seu armário e foi pra cama. O corpo de Nanda estava ardendo de tesão e ela precisava extravasar. Ligou o vibrador na velocidade máxima e começou a se masturbar com intensidade. Ao mesmo tempo, tirou dois grampos de uma gaveta e prendeu seus mamilos. Nanda gostava de sentir dor no sexo. Seu orgasmo ganhava potência com a dor e era o que ela buscava naqueles grampos. Seus mamilos sempre ficavam bem vermelhos depois da masturbação, mas a gozada valia a pena. O vibrador agia em sua boceta e em seu clitóris e ela se contorcia na cama, gritava desesperadamente o nome de Ariana e assim chegou ao seu tão desejado orgasmo. Seu corpo arfava e tinha espasmos em cima da cama. Mais tarde, fez uma tatuagem em seu seio esquerdo em homenagem a ela.
Na manhã seguinte, Nanda desmarcou uma cliente que havia marcado de ir ao seu ateliê. Ela queria se dedicar o dia inteiro à visita de Ariana. Queria que tudo ficasse perfeito para quando ela chegasse. Não sabia, exatamente, a que horas ela iria. Por isso, ficaria o dia todo desocupada. Tomou um banho caprichado na metade da manhã, passou um creme hidratante no corpo e escolheu uma roupa confortável e sexy. Poderia não parecer, mas Nanda era vaidosa e gostava de ficar bonita, mesmo no seu jeito excêntrico. Não abria mão de ter unhas muito bem pintadas, os pelos debaixo do braço bem aparados, estar cheirosa e um batom discreto e de cor clara nos lábios. O tempo ia passando e nada de Ariana. Nanda começava a ficar impaciente. Quando isso acontecia, somente a pintura a acalmava, ou sexo. Optou pela primeira, logicamente. Começou a fazer vários desenhos inspirados em Ariana. Abriu uma garrafa de vinho que havia comprado para a ocasião e chegou, várias vezes, sua coleção de vibradores e brinquedinhos eróticos, espalhados em cima da mesa de seu quarto. Todos limpos e prontos para serem usados. Ela pretendia fazer daquele encontro algo inesquecível para que Ariana voltasse muitas outras vezes. Entre um desenho e outro, ia à janela verificar se algum carro se aproximava ou estacionava na sua calçada. Frustrada, voltava a sua mesa de trabalho. Pegou no celular inúmeras vezes, pensando em telefonar pra ela, mas desistiu. Finalmente, a campainha tocou e ela dá um salto na direção da porta, abrindo-a de imediato. O largo sorriso que estampava no rosto desapareceu por completo ao ver que era uma pessoa pedindo uma informação. Despachou rápida e rispidamente, batendo a porta na cara dela e voltando pro quarto, furiosa. Acabou caindo na cama e adormecendo não se sabe por quanto tempo.
Enquanto dormia, Nanda começou a sentir leves toques em seu rosto. Achou que estava sonhando e não abriu os olhos. Após os toques, sentiu algo molhado em sua bochecha e um aroma doce e delicioso invadiu suas narinas. Não podia ser sonho. Abriu os olhos devagarzinho e uma imagem turva foi se formando. A imagem de uma mulher, uma belíssima mulher de cabelos soltos e esvoaçantes, olhos cor de mel, lábios muito vermelhos e um vestido azul clarinho. - Você me convida para vir pra sua casa ver você dormindo? - perguntou Ariana. - Ariana? - balbuciou uma sonada Nanda. - Claro. Você convidou mais alguém, por acaso? - respondeu. - Não. Você demorou tanto que eu acabei dormindo. Como você entrou? - perguntou, sentando-se na cama. - A porta estava só encostada. Desculpe se demorei, mas a babá se atrasou e não pude sair - explicou-se. - Sem problema. O que importa é que você está aqui. Eu comprei um vinho pra nós. Você quer? - ofereceu. - Mais tarde. Não vim aqui para beber vinho - disse Ariana, aproximando-se de Nanda e puxando seu rosto. Seus lábios se tocaram e as duas começaram um beijo suave e terno. Seus lábios se massageavam com doçura. Chupavam as línguas delicadamente. Se beijaram por longos minutos. Afastaram os rostos e se olharam. - Que magia negra é essa que você possui, menina? Você me enfeitiçou, sabia? - falou Ariana. - Eu tenho sangue de bruxa - brincou Nanda. - Fiz uma homenagem para você - falou, afastando um pouco sua blusa e mostrando uma pequena flor tatuada no seio. - Seu nome Ariana vem do grego e significa pura, casta. Para os orientais, a flor de lótus simboliza a pureza espiritual. Eu tenho você aqui na minha pele, do lado do meu coração - falou Nanda. Ariana sorriu, acariciou a tatuagem com a pontinha dos dedos e beijou o seio da garota. Voltaram a se beijar e se deitaram na cama.
As roupas foram sendo retiradas, uma a uma, e os belos corpos de ambas foram surgindo para deleite seus olhos famintos e excitados. As bocas e línguas passaram a saborear a pele, sentir as mudanças de temperatura e as várias texturas. Seios, ombros, barrigas, coxas, vaginas, nada ficou de fora, lugar nenhum de ser visitado e provado. O quarto foi invadido pelos aromas das duas mulheres no cio que se entregaram por completo aos carinhos e sanha da outra. Ariana não era passiva, ao contrário. Ela queria e tomava o corpo de Nanda com todo o tesão que a tatuadora a fez sentir desde o primeiro dia que se conheceram. Ali, naquele pequeno quarto conjugado com o ateliê, Ariana voltou ao passado quando fora amante de uma colega de faculdade. Em um quarto parecido com aquele, pequeno e simples, as duas se amaram e se desejaram por dois anos. Agora, tudo se repetia e Nanda a fazia se lembrar do quanto ela fora feliz nos braços de uma mulher. Horas depois, sentadas e abraçadas na cama, degustando o vinho tinto que Nanda comprara e recuperando o fôlego de vários orgasmos deliciosos, as duas conversavam sem mais segredos. - Por que você raspa a cabeça e deixa suas axilas peludas? Não deveria ser o contrário? - perguntou Ariana, que tinha Nanda a sua frente, de costas pra ela, entre suas pernas. - Deveria se eu quisesse ser tradicional. Já tive cabelos longos assim como os seus. Já os pintei de verde, roxo, duas cores. Mas, eu nunca ficava satisfeita. Até que passei no vestibular e resolvi cortá-lo eu mesma. Cortei demais, ficou ridículo e raspei para esperar crescer outra vez. Só que eu gostei do resultado. Não gasto dinheiro com xampu, não preciso ficar me penteando. Você não gosta? - perguntou. - Gosto sim. É diferente, mas eu acho você linda desse jeito - respondeu Ariana, beijando a careca de Nanda. - Você vai me deixar fazer uma tatuagem em você - perguntou. - Não sei, Nanda. Nunca gostei de tatuagem. Preconceito, admito. Mas, vou pensar em alguma coisa e te falo - respondeu.
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