Narrado por Johnny
~ Aproximadamente um ano atrás ~
Eu: me chupa?
Léo: Claro - E desceu passeando com a lingua pelo meu abdômen até chegar a minha cintura, desabotoou minha calsa e meu pai já estava com a cabeça grande e rosada para fora, ele abocanhou e logo engoliu tudo ao mesmo que descia minha cueca até abaixo do joelho com as mãos eu gemi alto de prazer e vi minha mãe abrir a porta...
Mãe: O QUE É ISSO?
Eu: CALMA NÃO É O QUE PARECE - disse levantando a roupa e Leo se levantou e sentou ao meu lado sem graça olhando para baixo
Mãe: É melhor você ir embora Leonardo
Léo: Claro, desculpa - me olhou enquanto pegava sua camisa e saiu pela porta a colocando
Mãe: AGORA SOMOS NOS DOIS... me explica o que foi isso?
Eu: Mãe sei que essa é a pior forma de te dizer isso mas, eu acho que eu sou... bem... É... gay
Mãe: VOCÊ NÃO É GAY VOCÊ É UM PUTO QUE NÃO RESPEITA SUA CASA, SUA FAMILIA, NADA
Eu: Desculpa eu não espera que você ou alguém entrasse aq...
Mãe: CALA A BOCA, VAI TOMAR UM BANHO E ESTA DE CASTIGO ATÉ O FIM DA SUA VIDA DE PEDERASTA SEU LIXO - cuspiu no chão e bateu a porta.
O tempo que veio em seguida foi catastrófico, minha mãe não olhava mais na minha cara, meu irmão ficou sabendo pois ela fazia questão de contar a todos sobre o que aconteceu exatamente como aconteceu. Nem preciso dizer que metade da família me virou as costas. O Natal daquele ano foi com certeza o pior dia da Minha vida:
Mãe: Acabaram os presentes a serem entregues, todos que mereciam ja ganharam ne? - olhando bem pra mim que não havia ganhado se quer um feliz Natal de ninguém. Exceto meu irmão por mensagem de texto e meu pai pois não estavam presentes
Juan (primo): Não tia, faltou o presente que comprei pro Johnny. - Eu Juan além de primos sempre fomos bons amigos então me emocionei por saber que pelo menos de alguém eu teria apoio quando ele me entregou um grande embrulho Preto
Eu: Obrigado, vou até abrir de uma vez
Juan: Claro abre sim - e riu, ao abrir eu vi que era um consolo grande e Preto com uma fitinha vermelha. Joguei aquilo em direção a mesa e sai correndo para o quarto.
Tia Hilda: UE ele não gostou? Era pra ter gostado
Mãe: toda bichinha gosta - Ao ouvir minha própria mãe dizer aquilo eu não aguentei e voltei
Eu: OLHA SÓ CHEGA! CHEGA DISSO! - todos me olharam e os risos cessaram - VOCÊS ACHAM QUE EU ESCOLHI SER GAY? OU MELHOR UMA BICHINHA - olha para minha mãe - EU NASCI ASSIM E APENAS TENTO SER FELIZ DO MEU JEITO. VOCÊS PRECISAM ME TRATAR ASSIM? COMO SE EU TIVESSE UMA DOENÇA CONTAGIOSA? VOCÊ TIO PEDRO - olhei fixamente pra ele - VOCÊ ERA MEU AMIGO, SEMPRE ESTEVE COMOGO E HOJE NEM SE QUER ME COMPRIMENTOU, VOCÊ TIA CARLA - ME virei para ela - A SENHORA É PROFESSORA, DE TODOS AQUI DEVERIA SER A QUE MAIS ME ENTENDERIA, VOCÊ MÃE...
Mãe: Não me chame assim, meu nome é LÚCIA pra você - me interrompeu - Eu não sou mãe de nenhuma aberração
Eu: CALA A BOCA SUA ALGOZ! DESDE QUE VOCÊ ENTROU NO QUARTO E ME VIU COM O LÉO EU TENHO TENTADO FAZER TUDO PARA TE AGRADAR, TUDO MESMO E A UNICA COISA QUE GANHO EM TROCA É MAIS OFENSAS CHEGA DISSO.
Mãe: Eu deveria ter abortado... - aquelas palavras me segaram a mente e feriram o coração.
Eu: pois então que seja assim, a partir de hoje considere-me morto em sua vida.
Subi para o quarto e o peguei uma gilete, forcei contra meu braço direito e logo o sangue começou a sair de meu pulso, as cores foram sumindo aos poucos e num instante tudo ficou Preto.
~ Horas depois ~
Mãe: AI MEU DEUS, VOCÊ ACORDOU JONATHAN MEU FILHO ME PERDOA - me abraçou e começou a chorar. Olhei ao redor e vi uma sala branca e grande com todos os parentes ao redor, percebi que algo esperava meu braço e então vi uma agulha liga a um frasco de soro e percebi estar em um hospital
Medico: Você teve muita sorte garoto, sangrou por um bom tempo antes de vir pra ca, espero que aprenda a lição e não faça mais besteira.
Depois de dois dias fui liberado do hospital, e minha mãe havia decidido mudar para Florianópolis, iríamos morar com o namorado virtual dela que tinha uma filha lesbica casada. Eles julgaram que para mim, conviver com pessoas mais parecidas comigo me faria bem.
~ Aproximadamente dois meses atrás ~
Mal podia esperar para voltar ao Rio, Floripa havia sido uma experiência restauradora, eu e minha mãe agora nos falávamos um pouco melhor apesar de ela não me aceitar pelo menos se dava ao trabalho de fingir. O meu padrasto era uma pessoa boa e compreensiva, Yara sua filha e Janaína sua esposa me apoiaram e me ensinaram muito sobre a vida como um todo. Tudo dependia do meu padrasto conseguir o emprego na empresa que ele queria. Para tentar ajudá-lo fizemos uma pesquisa sobre o novo futuro emprego e minha mãe pegou todos os contatos possíveis. Ela era delegada então não foi difícil descobrir tudo o que queria. Eu fui dormir cedo e ela pediu pra usar meu Facebook sem dizer o pra que. Mas como já havia me acostumado, nunca dizia não a nada que ela me pedisse.
Quando acordei ela estava no meu quarto havia trago torradas com patê de presunto e fandangos para mim, alem de nescal quentinho e bolachas de chocolate.
Mãe: bom dia filho, toma seu café - como tudo feliz e ela comeu comigo, fazia tempo que não tínhamos um momento que se quer chegasse perto disso. Quando acabei de comer ela começou a me olhar fixamente
Mãe: Você tem os olhos do seu pai...
Eu: e isso faz a senhora me odiar mais?
Mãe: Não, meu amor não pense isso - e limpou meu bigodinho de Nescau. Eu chorei com isso pois já não sabia mais como era sentir suas mãos em gestos leves ou qualquer gesto que não fossem tapas.
Mãe: tem uma coisa que eu preciso que faça pra mim...
Eu: qualquer coisa...
Mãe: preciso que namore.
Eu: Mãe, isso é a unica coisa que não consigo fazer pela senhora
Mãe: quero que namore um garoto.
Eu: OI? COMO ASSIM?
Mãe: Sim Jonathan, preciso que arrume um namorado logo eu te aceitaria mais facil se você fosse assim por amar alguém ao invés de ser assim por aquilo que eu vi no seu quarto...
Eu: mas, mãe eu mal conheço as pessoas aqui, não tem ninguém que me estresse
Mãe: então arrume alguém do Rio, já vamos voltar para lá mesmo... talvez alguém da sua antiga escola
Eu: mas quem? Essas coisas não são assim
Mãe: não tinha ninguém que te interessasse lá?
Eu: Na verdade sim... - Ele sempre me interessou na verdade, aqueles olhos cor de Mel, pele morena clara, aqueles lábios deviam ser macios como veludo e aquele sorriso irritante quando conseguia me vencer em algo...
Mãe: Então quem?
Eu: O Igor - corei e senti minhas bochechas pegarem fogo
Mãe: o garoto que te fez levar sete suspensões? Que isso filho - me olhou decepcionada - eu nunca te aceitaria com ele. Mas quem sabe algum outro... aquele garoto gay que estudou com você no primário?
Eu: O Caio? Sério mãe?
Mãe: ele é bonito... e ele mandou um convite para você no facebook ontem.
Eu: mãe a senhora não aceitou ne? Espera... a senhora não fez o que eu estou pensando ne?
Mãe: Olha tudo bem então - se levantou - eu estava tentando aceitar essa sua coisa de ser... via... gay! Mas, você não me ajuda
Eu: não mãe espera - segurei ela pelo braço - tudo bem, eu vou tentar conversar com alguém
Mãe: O garoto é bonito e muito simpático na verdade. Ele perguntou porque não se falavam antes e eu disse que você tinha vergonha por ambos serem gays.
Eu: mãe não é por isso eu só não gostava dele.
Mãe: e não poderia tentar pelo menos?
Eu: Não - ela me olhou decepcionada então pensei que talvez eu pudesse tentar fazer isso se fosse para ver minha mãe de bem comigo de novo, pelo menos até eu encontrar outra pessoa ou até ela se acostumar - quer saber, tudo bem. Eu tento ta?
Mãe: promete?
Eu: Sim senhora - respondi sem convicção
Minha mãe saiu do quarto e em seguida peguei meu notebook o que ele e minha mãe haviam conversado ontem estava apagado, então fiquei sem saber o que dizer, no entanto me lembrei de prometer que tentaria então envia um oi para ele. Começamos a conversar sobre coisas básicas e sem graça. Com o passar dos dias percebi que ele até era um garoto legal, trocamos para o mesmo time "flamengo" gostávamos de Detonautas, Pitty e Charlie Brown Júnior, tínhamos certas coisas em comum porém eu apenas o via como amigo no máximo...
Depois de uma semana notei que sempre que minha mãe chegava ao quarto e me via conversando com ele tinha reações positivas quanto a mim, então resolvi mergulhar de vez nessa história apesar de Caio ainda parecer um mar sem profundidade pra mim. Com o passar do dias eu e minha mãe nos tornavamos próximos como anos atrás
Mãe: Filho, a gente já está pronto para viajar a Rio, pós a usar seu notebook para conversar com algumas pessoas de la?
Eu: claro mãe, assim quando chegarmos la poderei conhecer o ig.. Caio, o Caio.
Confundi os nome pois ontem anoite eu fui ver fotos da antiga turma e o vi, entre então pelas marcações do facebook para vê-lo não queria voltar ao Colégio e ter a mesma richa no entanto ele havia me bloqueado. Minha mãe conversou novamente com o Caio e eu comecei a me encomodar com a forma que ela estava forçando a barra mas, o que eu podia fazer? Afinal tudo o que eu mais queria era agrada-la. Logo chegou o dia de viajamos, minha mãe combinou de encontrarmos Caio no aeroporto, eu estava mais animado em voltar para o Rio, para a escola, rever os amigos e etc do que em conhece-lo mesmo assim concordei. Durante a viajem me sentei sozinho, no fundo eu sentiria falta das meninas, as folhas do Henrique eram uns amores porém não podiam deixar suas vidas e virem para o Rio com a gente. Para evitar más recordações resolvemos morar em outra casa, em outro bairro para começar uma vida nova. A Barra da Tijuca era um lugar lindo e não seria nenhum sacrifício. Graças a Deus chegando no aeroporto não havia ninguém nos esperando, e nos dias que seguiram eu ainda não tinham internet instalada em casa. Minha mãe voltou a agir comigo meio indiferente e aquilo já estava me matando por dentro, a última vez que tinha falado com Caio, conversamos pela web can. Eu ele e minha mãe, as vezes eu me sentia um daqueles árabes cujo a família escolhe as esposas e não sabia o porque da minha mãe cismar em ser logo o Caio, nada contra ele porém não havia Química. As aulas começariam em 1 mês e algumas semanas então como já estava indo para o terceiro ano pensei em arrumar um emprego e desistir do meu sonho de ter uma família. Minha mãe e Caio pareciam ter mais Química do que eu com qualquer um dos dois, todos os dias ela não perdia a oportunidade de chama-lo para nós vizitar na nova casa no Rio
Num domingo de sol, resolvemos ir até a praia, tudo ia bem até minha mãe gritar que havia visto o Caio, ela abriu um enorme sorriso no entanto eu permaneci parado
Mãe: É o seu futuro namorado, vamos lá?
Eu: mãe para, não força
Mãe: Tudo bem Jonathan... isso é só mais uma vez que você irá me decepcionar mas tudo bem
Eu: não mãe, eu prometi que teria um namorado e que iria tentar mas, não acho que deva ser alguém por que não sinto nada
Mãe: mas, você nem deu uma chance ou ja? Fica com ele, tenta depois me diz...
Eu: ta bem - e fomos até ele
Mãe: Ooooooooi - disse toda animada
Caio: Ah, oi prazer
Eu: Oi cara - sem a menor emoção
Caio: Oi - disse enquanto me olhava dos pés a cabeça me deixando ainda mais sem graça e desconfortável
Mãe: bem eu ja estava indo embora mas, vocês podem ficar e conversar meninos. - Eu quase morri ao ouvir isso, mas não seria tão mal assim, Caio era bonito e não me custaria tentar. Já que entrei nessa vamos ver onde dá.
Eu: Claro, sem problemas pra você Caio?
Caio: claro Jon...
Eu: Júnior! Me chame de Júnior Ok? - não gostava mais que me chamassem de Johnny assim do nada, isso é um apelido carinhoso para pessoas que conheço bem o bastante pra ter essa liberdade. Porém Jonathan me lembrava minha mãe brava então Júnior era melhor. Desde que não me chamasse de Jonathan Júnior ou JJ como meus tios estaria ótimo.
Caio: mas, você não gostava de ser chamado assim
Junior: eu não sou a mesma pessoa que era. Principalmente quando se trata de você - tentei parecer interessado
Fomos para Praia e nos sentamos perto da água, conversamos bastante sobre coisas triviais e quando percebi que já estava escurecendo me lembrei que havia prometido tentar então resolvi tomar iniciativa
Eu: Não me lembra de você ser assim... - disse passando a mão no abdômen dele
Caio: é... já você sempre foi lindo - e retribuiu a casquinha.
Então o puxei para um beijo, depois mais dois e continuamos conversando até ficar bem mais tarde.
Eu: eu tenho que ir
Caio: ja? Foi tão bom ficar com você espero que possamos repetir isso - me beijou de novo
Eu: Sim, minha mãe me pediu para namorar com voce - deixei escapar
Caio: sua mãe gosta mesmo de mim ne?
Eu: É... - ficar com ele foi bom, mas no sentido físico e não sentimental - Eu vou indo e se der a gente se vê, sei la so não quero que crie tantas esperanças comigo guri
Caio: Mas... você parecia estar tão afim... não gostou de ficar comigo é isso?
Eu: Não, não é isso. Não mesmo eu gostei sim, mas acho que foi só isso entende. Ficamos, foi legal e ponto
Cheguei em casa e minha mãe havia feito estrogonofe de frango meu prato favorito.
Mãe: Oi amor, como foi?
Eu: É...
Mãe: Fiz seu prato favorito, então me conta tudo enquanto comemos?
Eu: ta bem
Mãe: como foi? Ele é legal? Já gosta dele? - pela primeira vez na vida minha mãe estava animada com um relacionamento meu e aquilo me deixou tão feliz que apenas me lembrei das coisas boas do encontro. Depois ela me perguntou se eu não iria pedi-lo em namoro logo. Eu juro que não queria mas o fiz... pedi pelo Facebook mesmo e ele ficou relutante pela forma que agi, então resolvi ir até a casa dele pedir pessoalmente. Como ele havia confessado que gostou de mim quando éramos mais novos não foi difícil convencê-lo
~ 2 semanas de namoro depois ~
Agora eu e minha mãe éramos puro amor, talvez só agora eu tivesse entendido que tudo o que ela queria de mim era que eu fosse mesmo gay por sentimento e não por putaria. Eu e Caio nos dávamos bem e eu estava começando a gostar mesmo dele, ja não era um sacrificio ficar com ele mas ainda não chegamos ao ponto do sexo em si.
Mãe: filho ta sentindo esse cheiro de fumaça?
Eu: Sim a senhora queimou as pizzas?
Mãe: não, acho que a casa da vizinha está pegando fogo
Eu: nossa, então chama os bombeiros
Mãe: não é um incêndio menino parece mais uma fogueira
Eu: Aff, vou lá pedir para apagarem isso. Pode atacar as alergias da senhora
Fui até a casa da vizinha e toquei a campainha incansavelmente, ouvi ao fundo música tocando e então pulei o muro. Chegando nos fundos eu o vi... lindo, tão triste e calado que me fazia sentir um arrepio na espinha. Num impulso eu corri até ele ao vê-lo se desequilibrar em direção ao fogo. Peguei ele no colo e então chamei seu nome, ele nem me atendia, balancei as mãos em tornos dos olhos dele e quando dei por mim ele havia me beijado. Ao invés de para-lo eu retribui, estava beijando o Igor? Como assim? Inimigos até a morte mas afinal o que estava acontecendo? De qualquer foram não podia fazer nada agora, avisei minha mãe que ficaria aqui e expliquei que o filho da vizinha desmaiou por causa do fogo e que iria esperar ele despertar talvez dormisse aqui.
Igor: AAAAH! SOCORRO! - ele gritou ao acordar, me assustando
Eu: Ah acordou? pensei que ia dormir pra sempre - e me olhou diretamente.
Igor: EPA! O QUE VOCÊ ESTA FAZENDO NA MINHA CAMA? EU ACHEI QUE TINHA MORRIDO E VOCE ERA TIPO UM ANJ... CEIFEIRO - não consegui esconder o riso foi engraçado ele me chamar de anjo, afinal talvez seus olhares para mim não eram apenas de ódio - RAPA FORA DAQUI SEU MERDA! ACHEI QUE TIVESSE IDO EMBORA
Eu: Você é muito comédia, eu já deveria estar em casa mas pelo visto você ainda está delirando. Fui morar um ano com minha mãe em floripa, mas ela quis voltar comigo pra ca pelo visto alguém sentiu muito minha falta na escola ne?
Igor: Delirando não, e você não vai embora daqui até me explicar essa história... o que você está fazendo na minha casa? Por um acaso voltou la da pura que o pariu pra me fuder? - e levantou da cama em direção a porta e trancou
Eu: Que isso boyzinho, tudo bem você me agarrar ontem afinal é normal sentir atração por seu herói mas, hoje de novo? Acho que meu namorado não vai gostar da ideia - Ao ver seus lábios se moverem me lembrei do beijo de ontem, ele estava ainda mais gato! Sem querer ja estava flertando com ele, não conseguia me conter. E pelo visto não era apenas eu, afinal percebi ele me olhando até morder os lábios distraido
Eu: terra chamando, sei que to gato mas, chega de me secar meu Iguinho - Eu sei o quanto ele odiava quando eu o chamava assim mas, na verdade eu chamava na época em que sentia algo bem oposto do que o ódio que compartilhamos
Igor: Ah desculpe acho que não estou muito bem, tomei remédios em uma dosagem muito alta e fiquei perto de mais do fogo. Preciso tomar um banho e comer algo. Você pode ir embora, obrigado
Eu: Você tem certeza que se vira sozinho? Sua mãe viajou você lembra? Sei que não nos damos muito bem mas, ja que sou seu herói posso cuidar de você um pouco
Igor: espera... como tu sabe disso? Quem é você afinal e o que fez com o escroto do Jonathan?
Eu: sou seu anjo lembra? O que salvou tua vida ontem, o que você beijou e deu uns gemidinhos gostosos - Vi ele me olhando e mordi os lábios. Quando percebi ele ja estava vindo para cima de mim
Johnny: Eu tenho namo... - Mal consegui acabar de falar e ele me interrompeu com um beijo quente e delicioso. Era bem diferente de beijar o Caio, havia Química, havia desejo, havia paixão. Nossas línguas queimavam e então ele beijou meu pescoço me deixando bem excitado
Igor: tem alguém animadinho
Eu: Sou um anjinho mal - Dei um tapa na bunda dele que já estava encaixada no meu colo, e ele deu uma reboladinha bem no meu pau me deixando louco, mas tão louco que o beijei com tanta intensidade que senti o sabor de sua alma. Continuamos em uma pegação intensa e só paramos antes de ir além porque minha mãe tocou a campainha e em seguida me ligou. Pedi para ele atender enquanto me vestia
Eu: Oi mãe, vejo que já conheceu o vizinho problema ne?
Igor: Ou não é bem assim Johnny - ele nunca havia me chamado assim, e foi tão bom ouvir
Eu: É sim, mas amei desvendar um pouco esse problema... - E sorri
Mãe: bom meninos sinto muito estragar o flerte de vocês mas preciso do meu filhi em casa agora - Disse ela mudando totalmente seu temperamento de calma e seca pra um tom estressado
Eu: Bom, a gente se vê por ai?
Igor: Claro, afinal somos vizinhos agora é amanhã tem aula
Mãe: Adeus- Disse seca e saiu puxando o filho
Saímos de la é logo ela me pegou pelo braço
Mãe: O que você pensa que está fazendo? Esqueceu que tem namorado? Esqueceu das expectativas que tenho em relação a você?
Eu: Mãe não foi nada, nem houve nada
Mãe: Pelo ritmo da conversa se não houve logo haveria mas, se isso acontecer quero que saiba que você irá morrer pra mim
Eu: mãe para - comecei a chorar me lembrando da última vez que ela me disse aquilo - chega!
Mãe: Não filho calma, você pode ser amigo desse garoto, só se dê ao respeito
As palavras de minha mãe ficaram em minha cabeça por pouco tempo, até eu me lembrar do Igor... afinal porque ele estava tão perto do fogo? Será que ele também estava passando pelo que eu passei a enxerga-lo com outros olhos, acho que no fundo eu talvez tenha me apaixonado pela única pessoa que me estendeu a mão na pior época da minha vida, mas não sabia como lidar com isso então o tratava cada vez pior. Ficar com ele foi algo no mínimo diferente, nunca havia traído nenhum namorado o Caio não merecia isso mas, e se eu pudesse terminar com ele e tentar com o Igor...
Com esse pensamento o vi no caminho para a escola, mais exato no ponto de ônibus perto da minha casa, ele estava lindo de informe
Mãe: Perdeu o olho la fora Jonathan?
Eu: Não mãe, o vizinho estuda comigo não podemos dar uma carona?
Mãe: sem chance, anda!
Na escola quando cheguei vi um mar de gente em minha direção, todos estavam lá Raissa, Carola, Júlia, Matheus, Aike... vários amigos para me receber e outros alunos novos que eu se quer conheci e agora me olhavam e cochichavam.
Garota: Oi, prazer
Eu: Prazer - Fui simpático e cumprimentei
Garota: Meu nome é Joana sou presidente do grêmio estudantil e pode contar comigo pro que você precisar aqui Na escola ta?
Eu: Ah obrigado
Garota: Sei que é meio difícil para os novatos, no ano passado passei por mals bocados mas, você parece já ser bem popular ne?
Eu: Ah sim é que já estudei aqui antes, então ja conheço tudo mesmo assim obrigado
Joana: Então conte comigo apenas para outras coisas - e piscou
Sai de lá e pelo visto percebi que a maioria das coisas não haviam mudado por aqui. Na sala, vi o Igor sentado sozinho então como era aluno de última hora não havia cadeira marcada pra mim; o Caio havia trocado de escola e não conseguiu voltar para a mesma que eu o que foi ótimo pois não queria vê-lo todos os dias e tornar isso ainda mais difícil de suportar, estranhamente parece que eu pausei o processo de sentimentos por ele desde que fiquei com o... droga! Isso não pode acontecer, eu sei, eu sei mas lá estava ele: sentado com as pernas cruzadas em cima da cadeira, aqueles cabelos finos e lisos, aquela boca tão carnuda e macia e os olhos cor de Mel colados em mim, acompanhando cada passo meu em direção a ele... me sentei ao seu lado e logo ele disse que eu não podia ficar ali o Caio se sentava ali, ele falou como se não o conhecesse e por sorte minha assim seria melhor. Logo avisei que ele não estudava mais ali e começamos a conversar, a professora estranhou um pouco o fato de antes vivermos em guerra e agora estarmos tão bem assim. No fim da aula acabou que ficamos e a espetora nos viu, ela me ofendeu mas, não liguei o problema foi quando ofendeu o Igor... no tempo todo em que o conheço a única pessoa que ja vi brigar com ele ou ofende-lo fui eu, e por um instinto eu o defendi e resolvi o assunto depois com a espetora ela prometeu não importunar desde que fôssemos na escola como éramos nos anteriores.
Duas semanas se passaram e nesse tempo ficamos todos os dias, fui percebendo que eu e ele tínhamos muito em comum, experiências de vida, bandas favoritas, séries favoritas e até mesmo tínhamos a mesma mania de usar cuecas vermelhas, mas não fomos até o ponto do sexo eu não queria fazer isso com o Igor sendo meu amante... Sei que é muito feio chamar alguém tão lindo e especial assim, mas essa era a realidade, eu e Caio apenas nos vimos 4 vezes nesse tempo e a cada vez que estava com ele eu gostava mais do Igor o que me fez pensar muito sobre a quem pertencia o meu coração... cheguei a tentar conversar com minha mãe sobre eu não estar conseguindo gostar do Caio mas, ele me pediu pra lembrar da promessa que fiz e de quebra fez mil perguntas sobre até que ponto isso tinha haver com o Igor eu menti e disse que nada, ela até pareceu acreditar no entanto, no dia seguinte, quando cheguei na escola o Igor me chamou para conversar e disse que não aguentava mais essa situação e me pediu que tomasse uma atitude. Já era óbvio pra mim o que eu de vi fazer, minha mãe queria apenas que eu namorasse e eu me sentia vivo ao lado do Igor, algo que eu nem mesmo me lembrava mais como era. Então pedi que ele me encontrasse as 20h na roda gigante do parque, na noite anterior sonhei que o pedia em namoro la então resolvi tornar o sonho realidade. Agir faltava apenas a parte difícil: terminar com o Caio e encarar a minha mãe. Sabia que hoje não era um bom dia afinal era aniversário dele mas, o Arthur ja estava ficando próximo demais do Igor e eu não queria perde-lo outra vez...
Mais tarde indo para o aniversário resolvi começar uma conversa com minha mãe no carro
Mãe: Você lembrou de comprar algo legal pro seu namorado?
Eu: mãe... a gente tem que conversar...
Mãe: Ah eu sabia que você iria esquecer então eu mesma comprei fique calmo filho
Eu: mãe, mas eu não quero mais namorar
Mãe: Você não vai me decepcionar vai?
Eu: Não mãe claro que não, na verdade eu estou apaixonado, eu acho que nunca gostei assim de ninguém
Mãe: Então como queria terminar?
Eu: É que estou apaixonado pelo Igor
Depois de dizer isso apenas houve silêncio no carro. As expressões dela beiravam o pânico
Eu: Mãe está tudo bem?
Mãe: Não Jonathan... você não pode namorar o Igor entendeu?
Eu: porque não mãe? A senhora nem se quer deu uma chance a ele. Ele é um garoto legal, temos muito em comum e ele parece gostar mesmo de mim também
Mãe: isso não tem haver com os seus sentimentos, eu estou cagando para as suas paixonites de adolescente. Isso tem haver com o emprego do seu padrasto!
Eu: como assim?
Mãe: No dia em que fui procurar informações sobre a Galapagus empresa em que ele queria trabalhar encontrei o Facebook dos donos da empresa. Um deles o Dr Carlos tinha dois filhos homens ambos casados e o outro dono... É o pai do...
Eu: o pai do Caio mãe? Sério isso? Por isso adicionou e conversou com ele? É tudo por interesse? É tudo um jogo para a senhora? Então por isso tem me tratado tão bem? Está me usando para dar emprego pra ele?
Mãe: Não é só isso filho... você não gosta do Igor? Não gosta do Rio? Seu padrasto precisa do emprego para ficarmos aqui então espera mais um pouco pelo menos mais dois meses até o período de experiência dele acabar depois você termina. Pode ficar com o Igor desde que o Caio não saiba.
Essa ideia me pareceu absurda e eu de cara não concordei, no entanto eu devia um favor ao meu padrasto afinal ele quem me acolheu quando nem minha própria mãe me aceitava... era muito pouco tempo e algo muito forte para decidir. Então chegamos e descemos do carro. Fui até o portão e ele se abriu
Mãe do Igor: UE? Vocês?
Mãe: Oi vizinha. É aniversário do namorado do Jonathan
Eu: Oi...
Caio: Oi voltei. Aqui estão as bebidas. - entregou a ela - quero que conheça o meu namorado esse é o junior
Mãe do Igor: Ah o Johnny? Achei que ele fosse namorado de outra pessoa
Eu: Gente desculpa mas, eu não consigo mais fazer isso - E comecei a chorar correndo em direção ao mais longe possível..
Continua