Eu estava em casa assistindo a um filme, ainda era cedo os meninos iriam demorar um pouco pra chegar. Meu celular começou a tocar.
*Ligação ON*
- Carol? Tudo bom?
- claro, olha,te liguei porque hoje é o aniversário da Clara a minha irmã e vamos fazer uma festa surpresa, ela gosta de você então eu decidi te convidar.
-assim? Do nada? Eu não sei...
- por favor Sam. Ela mal tem amigos, não precisa nem trazer presente, queremos você porque você sempre alegra ela.
- okay. Mas vou levar presente sim.
- estamos te esperando, consegue chegar antes das oito horas?
-acho que sim. Até daqui a pouco.
-até.
*Ligação OFF*
Enquanto eu escolhia a roupa eu tentava ligar para os meninos, mas nenhum atendia, fiquei desconfiada e até pensei que eles podiam estar aprontando, mas preferi acreditar que não. Deixei o telefone de lado e peguei um vestido lindo que o Pedro nunca gostou pelo fato de ter transparência na parte de trás (costas), e um pouco na frente, mas nada revelador demais e por ser um pouco curto. Mas era uma noite quente e ele era perfeito pra quela ocasião, nem era tão curto,tomei banho,coloquei um salto, arrumei o cabelo passei um rímel e um batom e estava pronta. Não tentei ligar pra eles denovo, fiz um bilhete:
"Pedro, Paulo, eu fui convidada de última hora pra uma festa de uma amiga, nada indecente,apenas uma festa de aniversário. Vou sair e não sei exatamente a hora que volto, as onze talvez. Espero que tenham se divertido no chá de bebê. Amo vocês."
E coloquei na porta do meu guarda roupa, era impossível não ver. Peguei minha bolsa e fui para uma loja comprar o presente e ir correndo pra festa.
- nossa vou até colocar meus óculos escuros é muito brilho pra uma pessoa só. Ta gostosa demais Sam!- Carol disse vindo me abraçar.
-olha quem fala, eu te pegaria novinha.
- eu sei, sou irresistível.- eu mal tinha chegado e já estava me inturmando, tinha homens lá, mas não deram muito em cima de mim, deixei bem claro que namorava. Deixei minha bolsa no quarto das meninas e começamos a festa, tinha muita bebida, mas não bebi, contamos piadas, dançamos, fizemos brincadeiras infantis, karaokê, quando percebi já era meia noite e meia me despedi peguei minha bolsa e voltei pra casa, no caminho percebi que tinha 7 ligações do Pedro e 3 do Paulo, não retornei, já estava perto de casa. Quando estava guardando o carro na garagem a porta de casa abriu e os dois ficaram me olhando, logo em seguida eu desci do carro e tranquei o portão, fui em direção a eles.
-como foi o chá de bebê?
-legal.- Paulo respondeu enquanto eu entrava ao olhar deles.
- e sua noite? Foi divertida? Eu acho que deve ter sido pra caramba né, porque pra voltar a essa hora da madrugada...- Pedro disse emburrado.- e esse vestido? Você saiu sozinha a noite com esse vestido curto. Você sabe quantas vezes eu te liguei?! Porque você não atendeu?
- e que festa era essa de última hora?! E você avisa com um bilhete? E pior saiu de carro sem ter carteira!-Paulo falou ficando na minha frente juntamente com o Pedro.
-festa de última hora, aniversário da Clara, ta calor vocês queriam que eu usasse uma burca? E eu confiei em vocês porque vocês não confiam em mim?
-nós não voltamos de madrugada.
- sim, mas também não atenderam os celulares. Eu não atendi porque ele estava no quarto das meninas e vocês? Porque não atenderam?
- não ouvimos tocar,o son estava alto. Mas um bilhete Samantha? Um bilhete? Caramba! Se não atendemos então era melhor você ficar em casa.
- e perder o aniversário da minha amiga? Não mesmo. E a culpa é minha se vocês não atenderam? Eu confiei em vocês, deixei que fossem numa festa cheia de mulher.- Pedro se aproximou de mim e cheirou o ombro do vestido.
- e esse perfume no seu vestido?! Tem certeza que se comportou? Vai Paulo, cheira.- Paulo veio e cheirou também.
- os únicos homens que encostaram em mim foram o pai dela e o irmão menor na hora de se despedir.- eles estavam na minha frente inconformados.
- você é uma mulher comprometida! Não pode ficar saindo assim do jeito que você está, quer saber...quer sair? Sai então! Ainda é comprometida... Ainda! - Pedro disse já muito nervoso.
- você está duvidando da minha fidelidade?!
- são as evidências.- Paulo falou também nervoso.
-é? Então eu quero que vocês e essas evidências se danem! Vocês não confiam em mim, e quer saber? nem ligo. Eu sei oque eu fiz e oque não fiz. Eu estava numa festa de aniversário muito legal e não me arrependo! Vocês são dois idiotas! Eu pensei que houvesse um pouco de confiança, pelo menos! E porque estão tão nervosos assim?! Estão devendo no cartório? Um relacionamento não é assim, talvez eu vire solteira mesmo, pelo menos assim ninguém pega no meu pé.
- não é pegar no pé!-Paulo disse.
- claro que é! Vocês não atenderam o telefone e porque? Porque não ouviram? Eu realmente to tentando acreditar nessa história, na verdade eu acreditei porque eu confio. Querem saber? Pra mim chega!- falei indo para o meu quarto e batendo a porta com força.
-é! Talvez você vire solteira mesmo!- ouvi Pedro gritar.
Tirei o salto e joguei em qualquer lugar, deitei na cama e não conseguia fazer outra coisa a não ser chorar, eu pensava que eles confiavam em mim, eles estavam alterados, eu sei que cheguei tarde mas não fiz nada de errado. Bom, pegar um carro sem ter carteira é um erro grave, mas além disso eu não tinha feito nada. Entre lágrimas e soluços eu acabei dormindo, pra minha sorte aquele dia era domingo. Dormi até onze da manhã e acordei com alguém batendo na porta, ignorei completamente, com certeza o clima ainda estava pesado, levantei e fui para o banheiro não encontrei ninguém nesse trajeto.
Ouvi passos provavelmente em direção ao quarto, então quando sai fui direto pra cozinha e peguei uma maçã, quando estava saindo eles entraram e como já era de se esperar,nos ignoramos.
Voltei para o quarto e a Carol me ligou. Ela era assanhada coisa e tal, mas era minha melhor amiga, ela até trabalhava junto comigo. Falei que o clima não estava bom em casa e que precisava me distrair, então ela me chamou para dar uma volta no shopping. Era um domingo quente e bonito, coloquei um short uma blusa e o meu all-star, peguei uma bolsinha e fui passando pela sala onde eles estavam, apenas me olharam, vi que Pedro estava incomodado ele nunca gostou que eu saísse sem dizer onde iria.
sério Sam? Vocês estão se estranhando? Caramba, mas é que o tempo passou tão rápido, a gente se divertiu pra caramba.
- foi, e não me arrependo.
- já sei!- ela disse dando mais um colherada no sorvete.- porque você não fica um tempo lá em casa? Até as coisas esfriarem. Meu pai e minha mãe te amam, você é quase uma filha pra eles e eu e a Clara... Ham... Nem se fala, seria muito legal por um tempo.
- eu não sei, não to afim de incomodar, talvez eu vá pra casa dos meus pais.
- dos seus pais? Nem pensar! Fica muito longe do trabalho e cara to com saudade da época que ficávamos o dia inteiro juntas lembra? Quando eu precisava esfriar a cabeça e ficava na sua casa? Então, quero retribuir. Fala sério, vai dar esse desgosto?
- okay, eu vou.
- hoje mesmo!
- é!- terminei meu sorvete.
- vem Sam, vamos comprar algumas coisas e vamos direto pra minha casa.
- mas e minhas roupas? As folhas do trabalho que a chefe pediu?
- você é baixinha, as roupas da minha irmã serve em você e lembra que está tudo no seu e-mail? É só imprimir de novo. Mas se quiser passar em casa pra pegar alguma coisa eu te levo.
-acho melhor não, seria pior se eu visse ele, iria me sentir mais culpada do que já estou.
Ficamos mais uma hora no shopping, passamos na doceria, em lojas de roupa, de sapatos e ainda comemos um lanche. Fomos pra casa dela e fui muito bem recebida, eles realmente gostavam de mim. Eu tinha saído de casa por volta das 13:00Hs da tarde e já era 21:00Hs da noite e eu me peguei pensando se os meninos estavam preocupados ou coisa do tipo. Deixei o tempo passar, assisti a um filme,jantei, li revistas e fofoquei, passar o dia com a família da Carol era ótimo. Eu estava quase dormindo quando meu celular tocou.
- quem te liga as meia-noite?
- Carol é o Pedro.
- atende então.
- não, não quero falar com ele.
-é... Eu falo então. - dei o celular pra ela e coloquei no viva voz.
- alô?
-Samantha?
-é a Carol.
- posso falar com a Samantha?
-a Sam não quer falar com ninguém, mas pode ficar calmo ela vai passar uns dias com a gente.
- como assim?
- pra esfriar a cabeça sabe?
-mas...
- olha Pedro, a Sam é uma ótima menina e você sabe disso, quero que você pense, ontem ela estava aqui na festa, não vimos o tempo passar e...
- olha, não to afim de ouvir você defendendo ela.
- mas você vai ouvir! E não me interrompa por favor. Ela perdeu a hora, eu sei, você sabe e todo mundo sabe que ela não seria capaz de trair ninguém e nem abandonar. E sabe aquele vestido? É lindo! Tchau.- e desligou na cara dele.
- nossa...- falei surpresa.
- ele tem que se arrepender Sam. Ta achando oque? Ninguém magoa minha mulher!- ela disse em tom de brincadeira.
- está tarde, vou dormir. Amanhã promete.
- segunda... O dia que a chefe sempre ta de mal humor.
- e eu não to com cabeça pra ouvir ela reclamar.
- então dorme, porque perder o emprego é outra coisa que você com certeza não quer.
Dormi. Acordei com o despertador na minha cabeça, me espreguicei e fiquei pensando que a essa hora os meninos estariam me dando beijos de bom dia.
- pensando nele né?
-é... Vamos se arrumar, preciso ocupar minha cabeça com alguma coisa.
- você precisa de uma blusa social, uma saia, um salto e um blazer, certo?
- certo. Não me sinto bem pegando as roupas da sua irmã emprestada.
- eu sei, mas ela sempre empresta pra gente os pijamas as roupas, você comprou calcinhas ontem, então isso não é problema. A mãe vai lavar suas roupas agora de manhã e quando chegarmos já vai estar seca.
- lavar agora de manhã?
- é, não é incômodo, ela sempre lava as roupas de manhã.
- quem chegar no banheiro primeiro ganha!- falei e nós duas saímos correndo pela casa igual duas loucas.
- ganhei!-Carol gritou. Ela tomou banho e depois eu tomei. O café da manhã era na mesa e todos estavam lá a única pessoa que não trabalhava na casa era a dona Beth. Carol pegou o carro e fomos para o trabalho. Eu estava sensível então o melhor a fazer era evitar o contato com pessoas. Fui sozinha num restaurante na hora do almoço, eu estava quase terminando quando meu telefone tocou, olhei e vi a foto do Pedro, desliguei, e novamente ele me ligou e novamente eu desliguei o celular e ele não desistiu, me ligou de novo.
*Ligação ON*
- fala.
- Samantha a brincadeira ta ótima, mas você vai voltar pra casa hoje né?
-não.
- Samantha é sério!
- eu também estou falando sério. Não foi você que disse que talvez eu ficaria solteira? Então.
- você está terminando com a gente?
- não, só estou dando um tempo, agora... Eu tenho muita coisa pra fazer, não posso perder tempo.
- então eu sou uma perda de tempo?
*Ligação OFF*
Desliguei o telefone, aquilo ia se transformar em uma nova discussão e isso eu não queria. Voltei pra empresa e não via a hora de eu sair daquela mesa infernal.
- vamos Sam!- Carol disse vindo na minha mesa.
- vamos.- nós saimos e bem ao lado do portão da empresa tinha uma caixa e vinha um barulhinho abafado de lá.- Cah? Você está ouvindo isso?
- estou. Vem, vamos ver.- ela me puxou e fomos até a caixa e eu a abri.
- olha Cah. Que amor...- falei pegando um filhote de cachorro.- ele é tão lindo.
- verdade, vamos levar ele pra casa. Mas pega a caixa, não quero que o rapazinho faça alguma coisa no meu carro.
- aí a gente passa numa casa de ração.
- aham. Minha mãe ama animais, ela vai cuidar desse pequeno e doar como sempre faz.
- é, vai ter um final feliz né pequeno?
Passamos na casa de ração e compramos tudo que era necessário no momento. Chegamos na casa dela e a dona Beth já foi pegando o cachorrinho e tratando do pequeno.
Dois dias se passaram e eu estava com muita saudade dos meninos, mas conseguia aguentar, no meu tempo livre eu me ocupava brincando com o cachorrinho que não tinha nome.
- Sam, ele está se apegando a você.- dona Beth disse.
-pior que sim.- falei o acariciando.
- e você está se apegando a ele.- Clara disse.
- Nem um nome ele tem, alguém tem alguma sugestão?- Carol falou.
-Snoopy.- falei rapidamente.
- Snoopy? É! Combina direitinho.
- então agora eu declaro que o nome dessa coisa linda é Snoopy!- Beth disse.
Eu estava me virando muito bem na casa deles, as roupas da Clara serviam exatamente em mim. Mais três dias se passaram e os meninos me ligavam cada vez mais, eu não atendia, queria um tempo. E denovo já era final de semana.
- ele já está crescendo Sam, ele precisa ir para adoção.- Carol disse um pouco triste.
- mas já?
-sim, as pessoas preferem adotar filhotes, se ele crescer mais, pode não conseguir uma família.- o pai delas disse.
-já sei!
- oque?- Beth disse.
- eu vou adotar o Snoopy, vai ser o filho que eu ainda não tive.
- sério Sam? Eu sabia que você não ia abandonar ele.- Clara falou me abraçando. Começamos a ouvir uma buzina irritante.
- Sam! É pra você.- dona Beth falou entrando em casa de novo.
Sai lá fora e vi Pedro do lado de fora do carro e o Paulo dentro.
- oque foi?
- porque você não me atende?- Pedro falou enquanto se encostava na porta do carro.
- não é óbvio?
- volta pra casa Sam.
- depois de tudo que vocês fizeram? A base de um relacionamento é a confiança e não é a primeira vez que vocês demostram que não confiam em mim. Não da pra ter um relacionamento assim.
- por favor.- Pedro pegou na minha mão.- volta pra casa, e lá a gente conversa melhor... Mas volta por favor, ta sendo tudo tão difícil, você faz falta.- enquanto ele falava o Snoopy veio na minha direção e começou a pular na minha perna.
- vem bebê.- peguei ele no colo.- ta, eu volto.- entrei na casa da Carol, peguei minhas coisas e a do Snoopy, me despedi e agradeci muito a eles e fui para o carro.
-você não vai devolver o cachorro dela?
- não é dela. É meu.
- seu? Mas... Tudo bem, ele é muito fofo.- Paulo disse. Fomos em silêncio, quer dizer, eles, eu fui o caminho inteiro brincando com o novo homem da minha vida, Snoopy.
- essa é sua nova casa- falei soltando o pequeno cachorro que saiu correndo pela casa. Pedro entrou comigo enquanto Paulo guardava o carro. Fui surpreendida por um abraço do Pedro, ele abraçou minha cintura colocando sua cabeça no meu ombro, abracei o seu pescoço.- você... Você está chorando? Pedro...
- promete, promete que nunca mais vai me deixar.- ele disse chorando.- essa foi a pior semana da minha vida.- suas lágrimas iam de encontro com a sensível pele do meu ombro e desciam até encontrar o tecido da minha blusa.- promete Sam. Promete amor!
- eu... Eu prometo.
-desculpa, mas é que tenho medo de te perder, eu nunca duvidei da sua fidelidade, eu sei que você nunca faria isso, mas é que... Eu fico louco só de pensar que você está sozinha num lugar e que todos dêem em cima de você, que você ache alguém melhor que eu, alguém que não tenha tanto ciúmes.
-Pedro, entende uma coisa, eu nunca vou achar alguém melhor que você ou que o Paulo, porque vocês são o melhor pra mim.- eu estava diante de um homem de 1,80m de altura, forte, que estava chorando por mim.
- eu te amo, eu te amo tanto. Por favor- ele se ajoelhou- jura pra mim que nunca mais vai me deixar, nunca mais. Fala pra mim que você me ama, olha no fundo dos meus olhos e fala que me ama.- olhei no fundo dos olhos dele.
- eu te amo.
- me perdoa? Por favor.- olhei ele, minha vontade era de agarrar meu homem e o beijar sem parar, mas quando ia fazer isso o Paulo veio pra cima de mim e me abraçou, ele veio em direção a minha boca e me beijou com força, parecia até que ia me machucar.
-eu fiquei com tanto medo de te perder princesa.- ele voltou a me beijar.- eu senti tanto a sua falta... Tanto. - ele também começou a chorar.
- não por favor,não chorem.- falei me sentando no sofá, cada um sentou do meu lado e me abraçaram.- vocês prometeram... Prometeram que iam confiar, nós prometemos. Mas vocês não cumpriram, tenho medo de me decepcionar de novo.
-Sam, nos desculpe por favor.- Paulo disse.
- oque você quer que façamos para nos perdoar?- Pedro falou. Eu imediatamente o beijei e logo em seguida beijei o Paulo.
- será mesmo que vocês não perceberam que eu já os perdoei?- falei e os beijei de novo.- mas já que me perguntaram oque eu quero... Bom, eu quero pizza, muita pizza porque vocês chegaram antes de servirem o jantar.
- aí que saudade de você! Do seu jeito pedreiro de comer!- Paulo falou me puxando e ficando sobre mim.- você fez tanta falta aqui em casa.- ele disse me beijando.
- pizza de que?- Pedro disse com o celular na mão.
- meio a meio de frango com catupiry e quatro queijos. E também quero esfirra de queijo e espinafre.
- vai consegui comer tudo?- me levantei e fui em sua direção.
- oque você acha?- falei beijando seu pescoço.
- acho que talvez nem sobre pra amanhã.
-exatamente. Vou pegar o dinheiro.
-não! Não mesmo. Eu pago.
Ele ligou e pediu as coisas.
- ah! E um refrigerante diet, não posso engordar.- Paulo disse brincando.- e o pequeno? Qual o nome dele?
- Snoopy. Afinal, cade ele?- falei segurando a mão do Paulo.- vem Paulo, vamos procurar ele.
- eu também vou.- Pedro disse, começamos a procurar e o achamos dormindo dentro de uma caixa de sapatos que estava atrás da porta.- que lindo, mas amor, será que vai ter espaço pra ele?
- claro, olha como ele é pequeno, a casa é grande. Deixa eu ficar com ele, por favor. - falei colocando a mão na cintura dele.
- claro né boba- ele falou me beijando.- vamos ajeitar ele.
- já sei, coloca na caminha.
- caminha?
- sim, naquela do seu antigo gato, ele ainda é pequeno, vai caber.- Pedro pegou uma pequena cama e a colocou num canto do nosso quarto e depois levei o Snoopy para lá.- olha que anjinho...
- amor, o Pedro tem uma novidade.- Paulo falou ficando ao lado do irmão.
- oque?
- bom...- Pedro disse agarrando minha cintura.- sabe aquela promoção?
- de delegado?
- sim, depois de tanto tempo, eu consegui!- quando ele disse isso eu Pulei no seu colo.
- eu sabia que você ia conseguir! Te amo tanto! Parabéns amor!- falei o beijando.
- você está realmente feliz?- ele disse olhando nos meus olhos.
-claro! Claro que estou, eu estava torcendo muito por você meu amor.
- seu oque?
- amor, amor da minha vida.- ele me soltou.
- você também.- falei beijando o Paulo.
-pensei que ia esquecer de mim.- Paulo disse fazendo bico.
- nada ver- falei o abraçando.- to com fome.
- já vai chegar pequena.- ouvimos uma buzina.- eu avisei.- Pedro foi lá fora com o Paulo,pagaram e pegaram o jantar. Jantamos juntos e depois fomos pra cama, fiquei entre eles.
-eu senti tanto a falta de vocês...- falei e o Pedro me deu um beijo na bochecha.- dos seus beijos de boa noite e dos de bom dia, das risadas, dos abraços.- quando eu disse isso os dois me abraçaram.
- aqui não é a mesma coisa sem você. Eu chegava do trabalho e você não estava aqui pra me dar um beijo, sabe doque eu também senti falta?- Paulo falou entrelaçando sua mão na minha.- da sua comida.
- verdade!- Pedro disse.
-eu amo vocês.- falei acariciando os dois, depois disso nós dormimos. Não tinha se passado muito tempo, só umas 4 horas e acordamos com o celular do Pedro tocando.
- que saco.- ele disse virando a cara pro travesseiro.
- eu atendo- Paulo pegou o telefone e eu atendi.- amor, é da delegacia.- Pedro atendeu e disse poucas palavras, logo em seguida se levantou.- onde você vai?
-Preciso ir na delegacia- ele falou colocando uma calça.- mas não demoro, é que prenderam o acusado e preciso organizar alguns papeis pra ele ser mandado pra outra delegacia.- ele terminou de colocar a roupa e veio na minha direção, se deitando sobre mim e me beijando.
- juízo amor.- falei passando a mão no seu cabelo.
- eu te amo- ele me beijou de novo, um beijo calmo- e juízo vocês dois viu.- ele disse deixando um beijo no irmão- bom eu não demoro, até daqui a pouco.
- até- Paulo falou e me abraçou. Me virei e fiquei cara a cara com ele- eu te amo.
-eu te amo mais.
- a não, não começa você sabe que não resisto a uma competição.- ele disse me beijando.- vamos dormir então?
- vamos.- dormimos mais um pouco, acordei com parte do meu corpo sobre o do Paulo.- amor, você está ouvindo isso?
- estou.
- você acha que ele quer comer?
-deve ser.
- vou lá, dar comida pra ele.
- a não...- Paulo disse me agarrando.
- amor, e o Snoopy vai ficar com fome? Que maldade.
- vai rápido- ele deu um tapa na minha bunda.- gostosa- ele disse no meu ouvido. Me levantei e me deparei com o Snoopy inquieto no chão mordendo o chinelo do Paulo.
- você está com fome né bebê? Vamos.- peguei ele no colo e levei até a lavanderia, coloquei ração e água. Voltei para o quarto.- pronto, está sendo alimentado.
- cheguei a uma conclusão.- ele disse me puxando e fazendo com que eu sentasse no seu colo.
- qual?
-que você seria uma ótima mãe.
-sério?
-aham- ele me puxou e beijou meu pescoço.
-e com certeza uma ótima tia.
- vai sim.- ele disse me virando e ficando por cima de mim.- você não sabe como é ficar longe de você por tanto tempo.
- mas eu sei como é ficar longe de vocês. Vamos comer.
- mas amor o clima está tão bom.
- bom? Ta um calor infernal aqui.
- hahaha- ele levantou e me puxou.- ta calor mesmo né?
- eu disse, você se importa se eu tirar a blusa?
- claro que não. Eu mesmo tiro.- ele disse e tirou minha blusa, eu fiquei só de short, sutiã e chinelo.
- pronto estou mais parecida com você, só falta você colocar um sutiã.
- a não.- ele disse me puxando.- vamos comer oque sobrou de ontem?
-não, eu vou comer alguma coisa mais leve, tenho medo de passar mal.
- tabom.- nós estávamos indo pra cozinha quando vimos o Pedro fechando a porta.- vou fazer um lanche leve pra você ta?
- tabom- Paulo me deu um selinho e foi pra cozinha.- oi amor, como foi?- falei indo em direção ao Pedro.
- foi ótimo.- ele me beijou me colocando contra a parede e massageando meus seios.
- porque você está assim?
-ta calor.- tirei as mãos dele dos meus peitos.- ainda vai sair hoje?
- provavelmente não. To cansado.
- jaja você dorme, vem comer.
Fomos pra cozinha e Paulo estava terminando o meu lanche de peito de peru.
- aqui princesa.- ele disse me entregando e me dando um beijo.
- obrigada.
- eu e o Pedro vamos comer as pizzas e esfirras que sobraram.
- oque vamos fazer hoje?- Pedro falou comendo.
-não sei...- Snoopy entrou na cozinha e ficou nos observando.
- vem cá, vem garoto.- Pedro disse o chamando.
- não da nada pra ele Pedro. Ele é pequeno, pode fazer mal.- Paulo disse dando uma pequena bronca no irmão.
-tudo bem então.-Pedro disse colocando a pizza na boca.
-o lanche estava ótimo- falei me levantando e beijando o Paulo. Comecei a lavar a louça que tinha na pia.
-olha Paulo a sorte que temos de ter uma mulher gostosa e linda como essa.
-eu sei, vocês são muito sortudos, porque mulher como eu não se acha em qualquer lugar.- falei me vangloriando.
-iii, já ta se achando?- Paulo disse se levantando e me dando um beijo na nuca.- sabe amor... To com saudade de tanta coisa...- ele falou passando a mão em mim.
-alerta sexo chegando.- Pedro disse se levantando.
- pena que eu fiz uma aposta comigo mesma.
- que aposta?
- eu estou apostando pra ver quanto tempo eu consigo ficar sem ser penetrada por nada.
- a não, e agora? A gente vai ter que pagar por essa sua aposta?- Pedro pegou a minha mão e a secou e depois a colocou em cima do seu membro que estava duro.- isso é só porque estou te vendo de sutiã amor, não faz isso com a gente.
- oque eu falei? Que não ia ser penetrada. Eu to com saudade.- falei apertando o pênis dele.- eu posso fazer outras coisas, não posso?- falei beijando o seu pescoço .
- pode, pode sim.- Pedro me pegou no colo e me levou até a sala e sentou no sofá, Paulo veio logo atrás e se sentou no nosso lado.- faz oque você quiser amor, faça os seus homens felizes.- ele disse e eu o beijei e depois beijei o Paulo.
- amor, onde ta o Snoopy?
- ficou na cozinha brincando com meu chinelo.
Sai do colo do Pedro e tirei sua calça e depois o short do Paulo. Comecei a passar a mão encima dos seus pênis que estavam latejando na minha mão e cheguei a conclusão que eles não iriam demorar pra gozar, porque já estavam muitos excitados. Primeiro tirei a cueca do Pedro, seu membro pulou para fora e já estava liberando o pré gozo, coloquei ele na boca fazendo com que Pedro soltasse um gemido. Depois tirei a cueca do Paulo e o membro dele estava no mesmo estado que o do irmão, também a coloquei na boca fazendo com que ele soltasse um gemido e fiquei assim, intercalando entre eles durante uns 10 minutos, quando eu estava no membro do Paulo ele segurou minha cabeça e começou a estocar na minha boca, cada vez com mais força, eu fiquei com um pouco de medo de ele me machucar, então fui fazendo com que ele diminuísse a velocidade pouco a pouco, enquanto isso minha mão estava no pênis do Pedro o massageando.
-amor, vem cá já ta vindo.- Paulo falou me puxando, comecei a fazer um boquete nele, me concentrei na cabecinha e depois dei um pequeno sopro no buraquinho da sua glande- isso é ótimo- eu o chupava e ele segurava minha cabeça controlando os movimentos, depois de um tempo ele gozou,senti uns três jatos na minha boca, engoli tudo, ele me puxou pra cima e me beijou.- eu te amo.
-eu também.
Pedro me puxou, ajoelhei e continuei o serviço, nele demorou mais um pouco, mas finalmente gozou, também na minha boca, ele fez com que eu deitasse no chão e então se deitou sobre mim, começou a beijar meu rosto e meu pescoço.
-quero ver quanto tempo você aguenta sem me ter dentro de você.- ele disse apertando meu peito.
-quero ver quanto tempo você aguenta sem me ter.- falei o beijando.
- te amo.
- eu também.- Snoopy veio correndo e lambeu a bochecha do Pedro- acho que ele gosta de você.
- eu também acho. Sabe, achei bom que você tenha trazido ele, quem te deu?- ele disse me levantando, sentei no colo do Paulo e coloquei minhas pernas em cima do Pedro.
- eu e a Carol achamos ele numa caixa, do lado do portão da empresa.
- olha que bonito ele tentando pular em cima do sofá... Conseguiu garoto!- Pedro disse o pegando e começamos a brincar com ele no meu colo.- como conseguiram te abandonar? Quem escolheu o nome?
- eu.
- tinha que ser- Paulo falou me beijando.- que sono.
- então vão dormir que eu e o Snoopy vamos passear ali no parquinho.
- passear?- Pedro disse me abraçando.- tudo bem, mas não demora ta?
- ta. Nós não vamos demorar né garoto?- falei pegando o Snoopy.
Eles colocaram suas roupas de novo e foram para o quarto e logo caíram no sono. Coloquei uma blusa e fui para o parque, várias crianças vinham ver o pequeno cachorro inquieto que andava comigo. Fiquei lá por mais ou menos uma hora e decidi voltar pra casa, principalmente porque tinha um grupo de rapazes que não paravam de me encarar, me levantei e comecei a andar de volta pra casa, senti que tinha gente atrás de mim e aumentei a velocidade dos passos, as pessoas que estavam atrás de mim começaram a correr e fizeram uma rodinha a minha volta, eram cerca de 7 homens.
- nossa que gostosa.- um deles disse apalpando o saco.
- da pro gasto.
- o lá em casa
-por favor, me deixem em paz.- falei tentando sair dali.
- onde a delícia pensa que vai?- um deles falou e tamparam a minha passagem.- primeiro você tem que fazer um servicinho.
- a gente tava te observando.- um homem que parecia ser o mais velho disse passando a mão no meu ombro, eu imediatamente me afastei, dando um tapa na mão dele- é brava, gostei.
- me deixem.- falei tentando sair de lá, os empurrando.
- já falamos que você tem um serviço a fazer.- falaram e me seguraram, o mais velho começou a passar a mão na minha perna e eu o chutei, porque meus braços estavam presos, mas ele nem se importou.
-que peitos bonitos...- ele ia tocar nos meus seios mas ouvimos um carro parando.
- algum problema aqui senhores?- a roda se abriu e vi dois polícias que não me pareciam estranhos.
- obrigada , eu nem sei como te agradecer- falei indo em direção ao policial e o abraçando.-eles... Eles me cercaram, eles iam tocar em mim.
-assédio?- o outro policial disse.
- isso.- falei deixando algumas lágrimas caírem. Um dos polícias ficou olhando os caras e o outro me levou até o carro.
- você não me é estranha.
- namorada do policial Pedro, agora delegado.
- claro! Então, vamos pra sua casa chamar ele que vamos resolver isso, fique calma.-ele me levou apé até em casa, os meninos estavam na sala, entrei chorando.
-oque foi Sam?- Paulo disse me abraçando.
- foi horrível! Eles começaram a tocar em mim, eles diziam coisas horríveis.-falei chorando.
-eles quem?- Pedro disse se levantando.
- os policiais estão lá fora esperando.
-policiais? Te assediaram Sam? Eu vou acabar com a raça desses filhos da puta! Ninguém mexe com a minha mulher!- Pedro disse saindo apressado pela porta.
Continua.....
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As mulheres não se sentem bem ou vitoriosas ouvindo os seus "gostosa" " essa eu pegava" "o lá em casa" elas sentem nojo, pelo menos as de respeito, sentem nojo. Falar isso não vai fazer com que ela vá pra cama com você, falar isso não vai te fazer mais "macho", falar isso só vai fazer com que ela evite passar aonde ela sabe que você está, vai fazer ela sentir mais raiva e desprezo do que ela já sentia. Quer agradar uma mulher que você não conhece? Antes, pense porque você faz isso. Agora, pense, quer agradar ela? A ignore, seria o melhor favor que você poderia fazer. A achou bonita? Ótimo, guarda pra você, não precisa deixar bem claro de diversas formas vulgares. Respeite, é só oque pedimos. Claro que não são todos que fazem isso, existem muitos homens de respeito por aí, como à também mulheres que gostam de ser molestadas. É o mundo.
#MomentoDesabafo
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Gatamel--->> obrigada ❤ sempre bate uma saudade deles 👏
Prireis822--->> obrigada ❤👏
May--->> obrigada. Também sou sua fã 👏 nossos gêmeos preferidos. ❤
Grazy S2--->> nossa, eu já tinha me esquecido dessa história. Quando eu arrumar um tempo eu escrevo e publico. ❤👏
Linda moreena--->> dessa vez a vaca leiteira não aprontou kkk se nós fôssemos elas, estaríamos lascadas, ninguém aguentaria. 👏❤
Heloo--->> obrigada 👏 pena 😢 mas prometo que vou tentar fazer o melhor final possível, para todos vocês.
Fábio N.M--->> nunca tinha pensado nessa possibilidade de uma nova temporada. Vou pensar nisso com muito carinho. ❤👏