Na segunda feira no serviço tentei chegar perto dele, ele me segurou pelo braço e pediu mesmo que eu me afastasse dele. Eu relutei durante a semana, tentei e tentei mas ele não deu o braço a torcer.
Foi difícil conviver com aquela rejeição estando tão próximos, mas por fim fui me acostumando com a idéia de que era necessário ficar naquela distância tanto dele quanto da Júlia que por incrível que pareça foi a época que ela mais quis estar próximo.
Eu fui levando, dei entrada na papelada para a faculdade, e comecei a deixar de lado por estar focado em outra coisa.
Tive uum problema grave em família logo no começo do ano, precisei largar o emprego urgente e ir correndo para o interior de Montes Claros, norte de Minas. E fiquei lá por cerca de um mês, já tinha perdido o semestre mesmo.
Retornei em abril para um acampamento que iria ter na igreja que frequentava. Onde todos os amigos iriam inclusive Júlia e Felipe.
Foi uma festa dos amigos por eu estar de volta, mas estava totalmente desconfortável com eles lá, a gente mal se comprimentava agora.
Uma das ministrações daquele acamapamento foi perdão. E em meio a toda unção do momento e o alvoroço que era bastante bonito. Vi que estava bem próximo do Felipe e uma das nossas líderes puxou nós dois pelo braço e começou a ministrar em nós pedindo auxílio de Deus. E nisso outros dois líderes também já estavam em volta de nós, foi quando dei por mim que todos estavam nos olhando. A Júlia chorava igual criança. Pela emoção do momento eu e o Felipe começamos a chorar também. Quando assustei ele me abraçou muito forte e não parava de chorar. Eu retribui o abraço e comecei a pedir perdão sem parar por tudo que tinha causado a ele, pela confusão na cabeça dele, por ele ter mentido. E disse:
Eu: _ Me perdoa mesmo! Eu ainda gosto de você, mas já ouviu aquilo?! Por mais que possa doer, precisamos deixar as pessoas livres para seguirem em frente. E eu hoje abro mão de todo sentimento que tenho por você. Eu vou sofrer muito, mas vou esquecer tudo. Me perdoa! Eu te amo!
Felipe só aumentou o choro e intensificou o abraço. e por fim me deu um beijo no rosto como era de costume quando éramos amigos e disse que me perdoava. Quando assustamos Júlia já estava abraçada a nós. Pedindo perdão também. Eu soltei Felipe e abracei ela.
Eu: _ Me perdoa Júlia por toda dor que eu possa ter te causado, mesmo aquelas que você não ficou sabendo, eu errei muito com você, mas te amo como irmã e quero que conte sempre comigo.
Júlia: _ Me perdoa também por não ter estado do seu lado, não vamos mais deixar as coisas ficarem assim.
E o restante do acampamento foi ótimo. Era difícil manter um diálogo com eles ainda, mas foi muito bom fazer aquilo, senti um alívio.
O tempo foi passando e aqueles momentos íntimos com o Felipe ainda me perseguiam mas eu guardava eles bem profundamente.
Com o tempo comecei a namorar uma garota que por fim ficou muito amiga da Júlia. E todos nós nos reaproximamos de novo.
Como minha namorada era do iinterior, na verdade era uma moça que morava na cidade para onde eu fui. Eu conheci ela no período que fiquei lá. Acabou que ela veio morar em bh, junto comigo, minha irmã e meu cunhado.
Com o tempo fui percebendo que aquilo não era o que eu queria, eu fiquei desesperado por não conseguir terminar o namoro. O Felipe até percebeu que eu meio que tava entrando em depressão. Me chamou para ir na casa dele, me deu muitos conselhos e no final da conversa até me abraçou.
E aí?! Esse foi o último contato intenso e mais íntimo que tive com ele.
Depois de terminar com essa garota nos afastamos de novo. E aconteceu tantas e tantas coisas que reaproximaram e afastaram todos nós.
O sentimento foi ficando cada vez mais fraco, e permanecia só o desejo físico mesmo.
Eu mantinha a minha vida de cá e eles a deles de lá.
Era bom manter assim, não tinha mais porquê ficar naquela coisa toda.
Foi passando o tempo, e no ano passado Felipe e Júlia se casaram!
E de coração, fiquei super feliz por eles, dei um presente bem representativo pelo carinho e felicidade que tinha por eles estarem juntos. Afinal eu tinha apresentado os dois. Rs.
E assim fomos vivendo, eu em meus relacionamento loucas e aventuras ousadas e eles na vida deles. Uma típica família comum, básica.
Sempre que eles fazem algo me convidam, eu apareço e fico um pouco, eu sempre chamo eles também. Eles quase nunca vêm por ainda estarem na igreja e eu nem um pouco dentro da igreja.
Esses dias mesmo ao desejar feliz aniversário para a Júlia ela falou que era muito grata a mim, porquê se não fosse eu ter apresentado o Felipe para ela, hoje ela não estaria realizada. Me senti feliz por aquilo, e percebi que não tinha nenhum sentimento a mais pelo Felipe, além do desejo pelo pedaço de mau caminho que ele era. E me senti aliviado por não ter trago a ruína de uma grande amiga.
E assim vamos levando a vida?!
O que se passa na cabeça do Felipe? Não sei e nem quero saber.
Se ele pegou outros caras, se ele ainda gosta de homem. As vezes tenho curiosidade. Mas não alimento a dúvida. Já até sonhei que ele tinha largado ela e me procurado, kkkk, seria boa hora de dar troco.
E eu?! To aqui vivendo minhas aventuras e loucuras, deu vontade, tesão, eu tô fazendo! Sem olhar sexo e sem olhar a quem apenas fazendo o BEM! Ou melhor, boa foda! Kkkkk
Bom gente! Não sei se foi o que vocês esperavam e nem se agradei a todos mas foi a história real. Não quis aumentar nada e até deixei faltar alguns detalhes.
Desculpem pelos erros e até mesmo pelos fatos que se embolaram. Rs
Mas é isso aí.
Comentem o que acharam da história. Toda crítica é bem vinda. E até a próxima história.
Algumas pessoas me pediram email. Caso aalguém queira só me pedir que passo!
Até mais danadinhos e danadinhas! Haha!