E ai, seu tops. Voltei, e quero a opinião de vocês, vou criar um blog sobre o outro lado do mundo LGBT. Com contos, filmes, livros e etc. o que vocês acham? Deixem os e-mails de vocês ou me mandem um e-mail que lá mandarei o link pra vocês. Vamos ao conto?
========={Capitulo 4}=========
[...] Se passaram uma semana e o curta já estava pronto e seria exibido pra toda faculdade, ficamos receosos, mas a curta metragem mostrou um lado que as pessoas não viam no mundo LGBT, o Amor, O lado B... Todos, exceto Luiz e sua turminha nos aplaudiram de pé, até que de repente ouvimos um tiro, e logo em seguida o Duda que estava do meu lado cai no chão, todos correram e eu dei um grito de dor e tristeza, o agarrei com muito desespero e chorava feito uma criança, gritei:
- Duda? Por favor, me ajudem, chamem uma ambulância... Duda por favor, seja forte, não posso te perder...
Ele estava pálido feito papel, seus lábios já estavam ficando roxos e suas mãos frias, eu o beijava, e chorava com muita dor, afinal ele era o amor da minha vida, passou um filme pela minha cabeça. Rapidamente chegou uma ambulância e algumas viaturas da policia, a viagem toda eu chorava e ele do nada chamou meu nome:
- Jota?
- Oi, eu tô aqui contigo...
- Eu te amo, caso eu morra não quero ver você triste por mim, quero que você seja feliz com outra pessoa. Saiba que você é a pessoa mais importante pra mim e que eu nunca amei ninguém como amei você.
- Não fala assim, vai ficar tudo bem.
Ele dizia com uma voz baixa porque estava fraco, as lagrimas molhavam o rosto dele eu as limpava, estava tentando ser forte, mostrar pra ele força, mas não conseguia as lagrimas desciam no meu rosto sem parar. Chegamos ao hospital e ele teria que passar por uma cirurgia de urgência, a situação dele era delicada, eu fiquei desesperado, fui até o banheiro e lá ajoelhei e clamei a Deus para que ele o salvasse, fiquei lá por uns dez minutos chorando, orando:
- Deus, dizem que o senhor abomina nós gays, mas hoje não vim aqui falar sobre isso, me falaram que eu poderia ter tudo, mas se não tiver amor eu não seria nada, e eu tenho amor, eu amo o Duda, ele é o amor da minha vida, salva ele meu Deus, por favor [...].
Até que meu celular toca, era a reitora perguntando o endereço do hospital porque teria que passar pros pais dele que estavam vindo às pressas para o hospital. As horas passavam tão devagar, ninguém me trazia uma noticia, meu coração estava apertado, estava com medo de perdê-lo. Até que veio um doutor até mim e perguntou:
- Você que é o acompanhante do paciente “Eduardo Figueiredo”?
- Sim, sou. Alguma noticia doutor?
- Bom... A cirurgia foi muito bem sucedida, porem o estado dele é bem delicado. Temos que esperar normalizar o quadro pra assim darmos um diagnostico certo.
- Graças a Deus, já posso vê-lo doutor?
- Sim, mas ele está sedado e vai assim por algumas horas. Ele esta no quarto 07.
- Obrigado Doutor!
- Imagina, só fiz meu trabalho.
Fui ao quarto mais aliviado, mas chegando lá não aguentei as lagrimas, ver o meu bobão, o meu Duda ali, naquela cama sedado foi horrível, aqueles lábios roxos... Beijei a testa dele e fiquei falando com ele, dizia que o amava muito, que ele era importante pra mim, que queria ver ele bem, quando o beijei na boca alguém abriu a porta, me assustei. Quando vi era seus pais, eles me olharam estranhando aquela atitude, eu me afastei e a mãe foi desesperada em direção ao leito, o beijou, chorava bastante. Mas o pai dele veio em minha direção, na hora eu gelei, mas ele foi gentil:
- Oi, rapaz. Me chamo Rubens, sou o pai do Duda.
- Prazer seu Rubens, sou o João Paulo mais conhecido como JP.
- Ah! Meu filho falou muito de você João Paulo. Parece que ele gosta bastante de você!
- Ah, é? Também gosto muito do teu filho.
Ele me fuzilava com os olhos, ele estava amaciando pra poder chegar ao assunto principal, o beijo. Ele era bem firme nas palavras, isso me deixava bem inseguro e com um pouco de medo, afinal existe ainda muitas pessoas preconceituosas principalmente na família. O que mais me indignou foi ver ele me fazendo perguntas que não tinha a ver com o que havia acontecido com o Duda, mas enfim fiquei quieto. Falei que iria ir embora tomar um banho e que voltaria pra passar a noite com Duda. Fui embora tomei um banho e algo me dizia que eu e o Duda teríamos problemas com o pai dele, tantas coisas pra se preocupar, minha mente estava completamente cheia de preocupações. Voltei ao hospital e o Duda ainda estava dormindo, os pais iriam embora e voltariam no outro dia pela manhã. Fiquei ali sentado na poltrona, à madrugada praticamente toda, estava tão preocupado, queria o ver sorrindo de novo, brincando de lutinha, dormindo de conchinha comigo, tomando banho comigo, queria ver ele bem logo. Ele acordou chamando meu nome:
- Jota!
- Oi meu amor, eu tô aqui... Tá melhor?
- Só tô um pouco fraco, tô com sede...
Peguei água pra ele, tive que colocar um canudo pra ele beber.
- Obrigado!
- Estava com medo de te perder...
- Mas eu tô aqui com você!
- Orei tanto por isso... Seus pais vieram aqui hoje. E eles entraram no quarto enquanto eu te beijava. Seu pai não gostou muito de mim não.
- Sério? Vamos assumir, me deixa sair daqui.
- Tem certeza?
- Tenho você é o amor da minha vida. Cuidou de mim, apanhou por mim, chorou por mim.
- E farei tudo isso de novo se for necessário.
- Eu te amo, deita aqui comigo.
Eu deitei naquela cama de hospital que mal cabia ele, o abracei e dormimos ali agarrados. No outro dia acordamos com o pai de Duda, falando muito alto, abrimos os olhos ainda aéreos quando ele disse...
========={Continua...}=========
Espero que vocês tenham gostado, deixem seus votos, suas opiniões e até a próxima.
Caso queiram papear mandem e-mails, responderei assim que possível. Beijos!
Arthurfagundez@hotmail.com