MAURITSSTAD, SEXO E CARNIFICINA - Parte 03
Depois do sexo, Virgulino tomou um banho relaxante e vestiu-se para sair. Só então, percebeu que a calça estava mais pesada do que o usual. Botou a mão no bolso de trás, onde guardava a carteira, e teve uma surpresa: a carteira que estava ali não era a sua. Abriu-a e viu que estava polpuda de cédulas de cem reais. Logo adivinhou que se tratava da carteira de Antônio. A puta safada havia trocado a sua pela do brutamontes, sem que ele percebesse. Agora, ela tinha seu nome, endereço e outros dados pessoais, pois Virgulino guardava tudo em sua carteira. Até uma pequena agenda com seus contatos, quer fossem de clientes ou amigos. Soltou uma imprecação. Com isso, acordou a dona do bar, que cochilava na cama depois de gozar com ele várias vezes. Ela perguntou o que havia acontecido e ele falou:
- A puta levou a minha carteira, e não a do cara esfaqueado. Pegou, inclusive, o dinheiro que eu tinha para pagar meu consumo.
- Eu sei onde ela mora. Dou o endereço, se você me prometer voltar aqui amanhã. Quero te contratar para trabalhar no bar, topa? - sussurrou a médica, que se levantou da cama para se abraçar ao tórax dele.
- Eu não entendo nada de bar, doutora. Sempre trabalhei no pesado. Na estiva ou em açougues.
- Não se preocupe. Não tem muito segredo e eu te oriento. O importante, para mim, é tê-lo ao meu lado. Não convém a uma mulher sozinha negociar num antro desses.
- E quanto aos teus seguranças? - quis saber Virgulino - Depois de eu os ter encarado, não devem gostar muito de mim...
- Dou um jeito nisso. Agora, volte para a cama. Eu ainda não terminei com você...
Virgulino beijou-a carinhosamente nos lábios e disse que tinha que ir. Ela ficou triste, mas não insistiu. Apenas perguntou se ele queria o endereço da puta. Ele disse não ser preciso. Tinha certeza de que a veria novamente. Prometeu voltar no dia seguinte. Pensaria na proposta de aceitar o emprego no bar.
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- Em que você está pensando, amor? - perguntou Israella, ao notar que Virgulino dirigia já havia algum tempo sem pronunciar uma única palavra.
- Em nada demais. Estive pensando em aceitar o convite de um tenente para passar no apê dele - mentiu, tentando desviar a conversa para outro assunto - deixarei você em segurança e irei me encontrar com ele.
- Você tem camisinha em casa? Ainda estou com vontade.
- Aquela que usamos era a última. Mas verei o que fazer para conseguir outras - prometeu Virgulino.
Ela beijou-o nos lábios, toda contente. Só então, percebeu que ele estava de pau duro. Nem imaginava que havia sido por causa da lembrança da trepada com a dona do bar, no dia que a conheceu. Israella levou a mão ao cacete dele e libertou-o da calça. Ele manteve a atenção voltada à direção do carro-forte. Então, ela começou a punhetá-lo de forma bem suave. Como tinha uma ótima técnica, logo ele começou a sentir a aproximação do gozo. Virgulino começou a gemer de prazer. Ela apressou os movimentos da mão.
- Vá, goze amor. Eu quero me lambuzar com a sua porra - sussurrou ela.
Ele ainda se prendeu um pouco. No entanto, quando ela enfiou a língua em seu ouvido, não aguentou mais.
- Vou gozar - disse baixinho e ela aproximou o rosto do seu pau, sem parar de bater-lhe punheta.
Virgulino esporrou vigorosamente, lavando de esperma o rosto de Israella. Ela continuou punhetando o caralho dele com uma mão, enquanto se lambuzava com a outra. Gemia de prazer, lambendo os dedos molhados de sêmen. Depois, meteu dois dedos na racha, masturbando a si mesma. Ele parou o carro para ajudá-la a gozar, mas ela queria um prazer solitário. Virgulino ficou olhando para a bela morena. Achava lindo vê-la gozando. Aguardou com paciência o pedido que ela sempre fazia quando tocava uma siririca perto dele. Enquanto isso, ficava embevecido pela sensualidade que ela emanava de todo o corpo. Voltou a ficar excitado novamente, apesar de ter gozado havia poucos minutos.
- Agora, amor... Estou gozando... Enfie um dedo no meu cu. Depois outro... Continue enchendo minha bunda de dedos, até que eu diga para parar - gemeu a mulher, posicionando-se de forma a facilitar a ação do amante.
Depois do terceiro dedo introduzido, Israella deu um urro e ejaculou no vazio. Parecia estar mijando, tal a profusão do seu gozo. Depois ficou chorando, repetindo o tempo todo o quanto aquilo era bom. Finalmente, agarrou-se a Virgulino e o beijou várias vezes, dizendo que o amava muito, muito e muito.
FIM DO EPISÓDIO