Obrigado a aqueles que comentam e aos leitores anônimos também. Abraço!
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A verdade dói! capNarrado por Breno.
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Fomos o caminho todo sem trocar nenhuma palavra e admirando a cidade, linda, nunca me imaginei fora do Brasil, mas ali era muito lindo, limpo e muito arborizado. O trânsito não muito cheio, como consequência não houve engarrafamento, se algum dia quiser sair do Brasil e morar fora, é aqui que eu venho, com o Anderson e nosso futuro filho.
Chegamos em um prédio alto, muito elegante e estacionamos na vaga com o número 6080, saímos e subimos o segui em duração ao elevador que foi digitado o 20° andar, demorou uns quinze minutos pro elevador parar novamente e saindo demos de cara com uma enorme porta no fim do corredor, fomos até ela é Pedro a abriu com uma chave de seu chaveiro. Após entrar me deparei com uma grande e elegante sala de estar bem decorada com algumas fotos só de Pedro e outras com os amigos, inclusive Marcelo.
- de onde conhece o Marcelo?
- ele era meu amigo!
- então quer dizer que se tornou algo a mais que amigo?
-do que está falando?
- não se faça de desentendido, onde é meu quarto?
segunda porta a esquerda, do corredor a direta.
- pra que todo esse imenso apartamento só para vc?
- longa história.
- não tenho pressa, só vou até lá e já volto, temos muito o que conversar.
- tudo bem, estarei preparando o almoço.
Segui até onde ele falou e abri a porta, dei de cara com um imenso quarto de cor azul, uma elegante cama de casal, um clouset um pouco grande para minhas necessidades e outra porta que deveria ser o banheiro, pois estava fechada, minhas roupas estavam todas no lugar e havia uma estante com diversos livros dos mais variados gostos, televisão, vídeo game, um leptop em cima da cama junto com um smartphone 5S, nossa nunca imaginei que teria tudo isso, mas mais uma vez meus pensamentos se voltaram para Anderson e tudo o que consegui fazer foi pensar em como gostaria de tê-lo ali comigo.
sai e fui em direção onde havia barulho de panelas, cheguei a uma elegante cozinha, com Pedro tentado cozinhar, pelo que percebi, ele é um desastre na cozinha.
- quer ajuda?
- não precisa, estou quase terminado.
- não é o que parece!
Pela primeira vez rimos junto de seu fracasso culinário, até que ele deixou escapar acho que sem querer.
- quem sabe cozinhar bem é o Marcelo!
- hã?
- nada não!
- temos que conversar! - falei me sentando em uma cadeira que estava perto da bancada.
- sobre o que?
- porque estou aqui?
porque esconde o Marcelo?porque? - ele começou a ficar branco e parece que se engasgou com a própria saliva.
- do que está falando? - era hora de falar mais que um papagaio sem freio.
- o que me esconde para ter me tirado de lá, não é só pq eu sou gay e amo o Anderson, até pq vc também é e tem um namorado muito prestativo o que te ama muito, aguentaria ficar longe dele? Mas isso não vem ao caso agora, porque me trouxe?
- como sabe tudo isso?
- não sou tão burro quanto pareço!
- vc não parece burro.
- bom, eu quero respostas, todas as possíveis e não adianta tentar me enrolar, não sou mais criança e nem um otário pra ser enrolado por qualquer um.
- não sou qualquer um, sou seu padrinho!
- humm, bom saber, agora desembucha!
- eu sou gay sim, como vc já sabe, amo o Marcelo, e não queria que vc soubesse da gente tão cedo, tive meus motivos pra te trazer pra cá, só não esperava ser tão fácil, aí decidimos inventar essa desculpa e te trazer nem que fosse a força.
- quem?
- eu e sua mãe.
- pq?
- vc estava correndo risco de vida lá, tinha pessoas muito influentes na sociedade e no mundo do crime esperando uma brecha para te matar e ainda matava o Anderson de prêmio pelo assassinato a dois homossexuais, tudo estava sendo tramado e sua mãe escutou.
- quem queria minha morte?
- uma pessoa que te odeia e odeia a família do Anderson.
- vc sabem quem é a pessoa?
- não! - aquilo não me pareceu nada convincente.
- ele está correndo perigo, me mande de volta, preciso o proteger, eu prometi que o protegeria de tudo e todos - estava ficando desesperado.
- se acalme, com vc fora de jogo não há como matá-lo sem levantar suspeita.
Não entendi mais nada, queriam nos matar, mas comigo longe não poderiam matá-lo pra não levantar suspeitas, meu Deus, quem será que quer nos matar?
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Narrado por Anderson.
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Minha vida está pior impossível, estou a beira da morte, a mãe do Breno não fala nada, nem se ele está bem. Sai do hospital a poucos dias e fui para casa, como sempre colocaram outro segurança para cuidar de mim, com Breno longe, meus pais acharam que eu cometeria alguma atrocidade contra mim mesmo, até que não é uma má idéia, se não posso ter a pessoa que amo para que viver? Para que ficar ficar vivendo uma vida sem sal, sem a alegria de poder falar com ele, abraçar, beijar, pra que?
Esse carinha é mais estranho do que o Breno era, as vezes o encontro falando ao telefone com alguém e quando chego perto logo desliga ou muda bruscamente de assunto. Meus pais são um caso a se pensar, não me deixam fazer nada, queria ir atrás de Breno mas eles não deixam, dizem ser perigoso e que não sabem onde ele está, o que eu duvido muito que seja verdade.
Já tentei ser forte, mas não consigo, mantenho apenas as aparências, pois seria mais difícil inventar algumas desculpas para as pessoas desocupadas do que passar despercebido, e é isso que faço, pareço feliz, um jovem normal, mas é em meu quarto, que o meu verdadeiro eu se liberta e põe tudo o que sente pra fora através de lágrimas, não é bonito de se admitir, mas eu choro toda noite, peço sempre a Deus que traga ele de volta para mim, mas parece que essa não é a vontade Dele lá de cima. Mas fazer o que? Algum dia iremos nos encontrar!
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Agradecimento!
JARDON: obrigado pelo carinho, dessa vez não irei sumir mais, espero que esteja gostando dos capítulos. Abraço!
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Deixem sua opinião, embora saiba que tem muitas pessoas que lêem no anonimato, não sei se estão gostando e nem o que poderia melhorar, através de alguns comentários pude ver que um capítulo ficou melhor que o outro e agradou mais, gostaria de saber o que mudar para todos ficarem igual. Abraço!