Cap.27
Olhei no fundo dos seus olhos naquele momento. Não me importava que ele fosse homem, e ainda ligeiramente estranho para mim. Algo dentro de mim pulsava e clamava por ele. Mesmo com poucas memórias a respeito dele, tudo o que ele já me mostrou até agora é suficiente para que eu confie nele. E para que eu morra de vontade de beija-lo. Toquei nos seus cabelos suavemente. Minhas mãos aos poucos desceram ao seu rosto. Toquei suavemente sua pele, e ele sorriu. Me aproximei lentamente. Até que nossos lábios se tocaram. Nossas línguas se tocaram e aquele momento mágico se formou. Era muito bom beija-lo. Era quase que uma ópera, em forma de beijo, de tão mágico que era o momento. De repente algumas cenas vieram a minha mente. Via ele no chão, num corredor que parecia ser de uma escola. Depois, via ele em pé, num banheiro. Tomava uma chuveirada, parecia estar tonto. Ouvia alguns diálogos meio que embaçados. De repente o puxava, e via ele com o rosto colado ao meu.
- Ai !
- O que foi ? - perguntou, me soltando.
- Acho que tô lembrando de algumas coisas.
- Sério ? - um largo sorriso se formou no seu rosto ao ouvir aquilo.
- Nós já tomamos banho juntos ?
- Não que eu lembre - ele pareceu forçar a memória - Ah... Teve uma vez que você ficou bêbado e aí eu te levei para a minha casa e tive que tomar banho com você pois você nem conseguia ficar em pé.
- Sério ? - ri
- Sim. Você lembrou disso ?
- Acho que sim.
- Foi neste dia que... Bem... Eu assumi para mim mesmo pela primeira vez que você não era apenas um namorado falso - sorri.
- Será minha memória está voltando ?
- Deus queira que sim ! - falou, beijando a minha testa.
DIAS DEPOIS
Acordei numa manhã de sexta com a notícia que eu mais queria.
- Olá Lucas ? - o médico entrava no meu quarto, enquanto eu tomava café.
- Olá doutor...
- Que milagre o Ghilherme não estar aqui a essa hora.
- É verdade - não demorou dois segundos para a porta se abrir.
- Lucas ! Desculpa o atraso, o trânsito hoje estava horrível, e não tinham rosas na floricultura que eu costumo comprar. Mas aqui estão - falou, me entregando as flores, como fazia toda manhã.
- Você não precisava ter se atrasado apenas por causa das flores - falei, sorrindo.
- Mas eu sei que você gosta das flores, então compro sempre - falou, colocando-as no vaso como fazia toda manhã
- É bom que você tenha chegado Ghilherme, porquê eu tenho uma ótima notícia para dar aos dois - falou o médico.
- Qual é doutor ?
- Você vai ter alta amanhã...
- O Que ? - falamos os dois ao mesmo tempo.
- Você já está bem fisicamente. A amnésia que você ainda apresenta não é motivo para mante-lo aqui. É só você tomar alguns remédios e vai poder ficar em casa.
- Que bom ! - falamos juntos. Estava animado, pois era uma das coisas que eu mais queria. Deixar o hospital e entrar novamente em contato com o mundo exterior. Quem sabe assim a minha memória voltaria mais rápido.
NO DIA SEGUINTE
Arrumei todas as minhas coisas e fomos saindo do hospital.
- Como você está se sentindo ? - perguntou Ghi, enquanto arrumava o meu cabelo antes de entrar no carro.
- Bem. Porquê ?
- Por nada. Só estou preocupado com você - falou, guardando a minha bagagem. Logo partimos
MINUTOS DEPOIS
Vinhamos chegando em uma casa grande, que pelo tamanho julguei ser a casa dele.
- Depois eu levarei você a sua casa. Só te trouxe aqui para uma surpresa... - falou, entrando com o carro no portão. Algumas lembranças voltaram a minha mente ao ver aquele local. Fomos entrando rapidamente, e quanto mais entravamos na casa, mais ficava visível a surpresa. De longe vi uma faixa. Embaixo dela diversas pessoas. "Te Amamos Lucas"
Continua
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