Parte 12
Estávamos nos divertindo até o momento em que eu sinto meu nariz começar a sangrar e de repente eu desmaio.
A luz batia bem em meus olhos, eu estava no sofá da minha casa, deitado de cara pra janela, não vi ninguém, então resolvi ver quanto tempo eu dormir, eu estava meio tonto, mas ainda me lembrava do que havia acontecido, vi que só tinha dormido umas “24 HORAS” fiquei espantado porque nunca tinha dormido por tanto tempo.
Resolvi comer algo e beber um pouco de água, logo depois que fiz isso, fui tomar um banho, saindo do banho procuro meu celular e vejo que ele não quer ligar, o deixo carregando e saio de casa, vejo que o clima está um tanto neutro hoje, vou até a casa de José, bato na porta e logo ele abre, eu abro um enorme sorriso e digo:
D- Oi amor.
José me olha um tanto diferente, vou até a boca dele para beija-lo quando de repente ele desvia o rosto, eu não entendi nada, e logo disse a ele:
D- O que foi amor?
Nesse momento José olhou para trás, e um garoto que eu nunca tinha visto apareceu, logo esse garoto diz:
G- Quem é esse garoto amor?
J- Eu acho que ele mora aqui na rua, mas nunca falei com ele, e ele veio me chamando de amor e tentando me beijar.
Nesse momento eu estava completamente “PARALISADO”, “o que está acontecendo” eu me perguntava, e mais uma vez será que o mundo tinha mudado? E logo disse a eles dois:
D- Desculpa José eu não estou muito bem, mas me desculpe mesmo por isso, até mais.
Nesse momento eu saio correndo dali e olhei para trás e vi a cara dele, ele me olhava como um gatinho abandonado, até que vejo José se beijando com aquele garoto que nem sei o nome, ver aquilo me partia o coração, corri até minha casa e entrei, fechei a porta e comecei a chorar, e chorar muito.
Eu tinha visto a única pessoa que eu amo nessa vida se agarrando com outra, lembrar daquela cena era doloroso, era horrível, e o pior era que ele não se lembrava de mim. Eu já tinha chorado litros quando de repente aparece novamente à borboleta azul, dou uma leve piscada e ela some novamente, eu já estava completamente cansado de sofrer.
Passou bastante tempo, eu já estava com os olhos inchados de tanto chorar, resolvo tentar dormir um pouco e até que consigo. No dia seguinte acordei praticamente morto psicologicamente, naquela manhã eu apenas estava parado olhando para o nada, eu já nem lembrava mais de minha família, afinal ninguém mais ficava em casa, estavam todos separados, logo me lembrei de meu pai no hospital, pego o telefone e resolvo ligar para o hospital para ter noticias dele. Foi então que a pessoa que atendeu ao telefone diz que não tem ninguém registrado com o nome do meu pai no hospital, começo a suspeitar que as coisas mudassem mais do que pensei, mas o que será que tinha acontecido com meu pai?
Pego um óculos escuro e saio de casa a procura de respostas, percebo que estou tonto, começo a sentir as coisas girando, fico sem forças para ficar em pé e quando de repente eu ia caindo no chão, alguém me segura, abro os olhos e vejo que é José.
Ver ele doía muito, a dor de perder um amor era uma das piores dores que eu já senti, e sentir isso duas vezes com a mesma pessoa era horrível. Logo digo a ele:
D- Me solta
J- Você não está bem, deixa eu te ajudar.
D- Você não precisa me ajudar, eu sei me virar.
J- Mas eu quero ajudar e ponto.
Logo José me carrega no colo, era a primeira vez que ele me carregava, eu estava mal, mas até que era uma boa sensação estar nos braços dele. Ele abre a porta e me leva até o sofá, logo ele senta ao meu lado e diz:
J- Porque você me chamou de amor ontem?
D- Não é nada.
J- Você pode me falar, eu não vou te julgar.
D- Eu posso dizer, se você me responder umas coisas antes.
J- Okay pode perguntar.
D- Há quanto tempo você namora aquele garoto.
J- Voltamos recentemente.
Aquilo foi outro tiro na minha mente, porque eu realmente nunca tinha ouvido falar daquele garoto, logo digo a ele:
D- Você o ama mesmo?
J- Sim, muito.
José estava com os olhos brilhando e sorrindo nesse momento, fechei meus olhos e tentei não chorar, logo ele disse:
J- E agora, vai responder minha pergunta?
D- Tudo bem...
J- Pode confiar em mim, eu guardo segredo.
Eu tentei dizer da forma mais convincente a ele:
D- Eu tive um sonho com você e nos dois namorávamos.
Dizer aquilo era doloroso, porque eu já não sabia mais o que era real, virei à cabeça de lado e algumas lágrimas caíram, foi então que José disse:
J- Porque você está chorando?
D- Não é nada, você já pode ir embora.
J- Antes de eu ir, tenho uma coisa pra te dizer.
D- Pode falar.
J- Eu também tive um sonho com você.
Naquele momento eu fiquei meio que perdido, será que o José desse presente lembrava-se de algo de antes? Foi então que eu disse a ele:
D- Como foi?
J- Não sei muito bem dizer, mas eu estava sonhando que eu estava montado em um dragão e tinha um garoto com seu rosto ao meu lado, e nos beijamos naquele sonho.
Realmente José tinha uma imaginação Ultra fértil, conseguia superar a minha umas 2000 vezes. Logo disse a ele:
D- Você não acha isso muita coincidência?
J- Um pouco, agora tenho que ir, vou sair com meu namorado.
D- Tá...
José saiu normalmente pela porta e nem olhou para trás, e logo começou a me dar uma forte dor de cabeça, começo a ouvir sons “Da” “Mo”, esses eram os sons que minha cabeça escutava.
Começo a ver um clarão e...
Continua...
Oi gente quanto tempo hein? :v
Desculpem a demora pra postar teve uma série de fatores que me impediu de postar um capítulo novo, o primeiro foi que eu estava em época de provas, e vou voltar novamente semana que vem, o segundo eu fiquei realmente com zero de vontade de escrever, o terceiro foi que umas coisas me abalaram um pouco emocionalmente, e a quarta vou explicar em um mini texto.
José foi a primeira pessoa que gostou de mim pelo que eu sou e não pela aparência, eu acho que era por isso que eu chorava tanto por ele, porque eu nunca recebi amor da forma que ele demostrava, a única forma de eu esquecer ele era me ocupando com algo, mas toda vez que eu me lembrava de qualquer coisa relacionada a ele eu chorava muito. Sem mesmo o poder tocar ou sentir ele, eu me satisfazia só de conversar com ele, trocar fotos, ouvir a voz dele no curse voice, ele me fazia bem, depois que ele se foi eu sempre sentia um vazio, eu amo ele muito, mas eu não pude fazer nada para não perde-lo, e eu escrevi esse conto como uma forma de desabafo, até porque o que eu e José tínhamos é complicado de explicar para muitas pessoas. Atualmente eu e José voltamos a nós falar, mas como amigos, pra mim ainda é um pouco difícil, toda vez que o vejo online tenho vontade de chamá-lo para conversar, mas ainda dói muito meu coração por ter que simplesmente fingir que esqueci o que sinto por ele, bom é isso, até o próximo capítulo.