Folhas Secas
Capítulo 3
- SuplíciosQuase término daquela fúnebre tarde, a noite se iniciando, chegava em sua casa em dos melhores condôminos de São Leopoldo, Cristóvão, que andava em passos trôpegos se aproximava de casa, desta vez mais calma e introspectivo, depois de sua estranha visita a um funeral de um desconhecido que era residente da Casa de Repouso, percebendo que a rua estava quase vazia, só alguns carros de pessoas voltando do trabalho, mas ele sabia que uma dessas não seria sua mãe, entretanto, um vizinho no momento abria a porta de sua casa, vendo Cristóvão que era praticamente um turista em seu bairro, um fantasma. Causava espanto e curiosidade.
“Ei, você deve ser o Cristóvão!? “, esbravejava um homem do outro lado da rua. “Sou Ângelo, seu vizinho, não sei se já me viu aqui”, gritava sem noção alguma.
Aquilo exaspera Cristóvão, logo sua calmaria se tornava tormenta, não gostava de pessoas novas, apesar de não ter amigos reais, sempre fora recluso e antissocial, talvez fosse comum nessa época virtual com os tão jovens, no entanto, deveria ser levado a sério.
“Não, não sou!”, gritava Cristóvão que só olhou para trás por alguns segundos pela chamada continuou andando até chegar na porta de sua casa. “E não tenho interesse em saber que tipo de filho da puta tu és”, virou-se olhando debochado para aquele outro rapaz e riu sarcasticamente fechando a porta.
“Retardado”, sussurrou Ângelo irritado percebendo como foi tratado e voltando para dentro de sua casa.
Cristóvão se sentiu seguro ao fazer aquilo com um vizinho por estar perto de casa, com certeza não teria qualquer chance de entrar em uma briga, tinha lábia demais para sair de qualquer enrascada que se metesse, para ele pouco importava os outros. A vida era só ele, por isso a odiava, era assim que ele pensava. Chegando foi direto para cozinha, lavou suas mãos na pia, subiu a escada indo para seu quarto se trancando, tirou sua roupa, trocando por um short só. Pegou seu celular, onde visualizou as recentes fotos que tirara do funeral com certa concentração, apagando algumas poucas. Então sentou-se na frente de seu computador, conectou seu celular com o cabo USB em seu PC, seu intuito era fazer um ‘upload’ para um álbum pessoal que tinha, um álbum um tanto incomum — “Meus Funerais” — depois de descarregadas para o álbum, renomeou foto por foto das novas: “Funeral n° 9 de Sebastião Nogueira Santos, mais a data daquele dia”; Cristóvão satisfeito por sua organização, mas ainda não tinha acabado. Fechando sua aba, prontamente acessou um estranho site. — “Mort&uicídio” — logou em uma conta que mantinha, carregou as recentes fotos em uma postagem e publicou naquele site, que se tratava de um sombrio fórum.
Cristóvão Campos
“Aqui seus fdps, o nono funeral que visito, foi de um velho do asilo daqui, parece que teve um infarto, foi uma experiência arrebatadora pra mim, me senti tão próximo da serena Morte, cada dia desejo mais que ela me leve”.
FernandaSeifeu
“Demais cara! Não deu feio de ser pego? Eu tava planejando a minha, mas tô insegura ainda.”
Cauã 404
“Cris, então conseguiu chegar? E o velório?”
Cristóvão Campos
“Fernanda, eu sou bom no que faço, só um cara que me olhou estranho e um outro panaca que passei a perna. Cauã, cara tive que fugir no meio do cursinho pra ir, só cheguei no funeral mesmo.”
Thanatos4
“Mas é um bosta mesmo. Se quer tanto a morte, não seja um covarde, e faça logo. Fica de frescura de “conhecê-la” através de enterros, sem noção.”
Cristóvão Campos.
“Vai tomar no cu, filho da puta. Eu ainda não tô pronto, mas sempre tô pesquisando modos de suicídio, eu quero morrer de modo indolor.”
Thanatos4
“Só podia ser, os mais arregões querem morrer sem “sangue” e dor. Pra mim é o que torna tudo mais emocionante. Se quer uma boa dica de se matar, descobri uma hoje: beba ácido hidroclorídrico, vai ferrar você por dentro!”
Cristóvão Campos
“Thanatos4, você é um Zé mané. Não me importa, tudo é morte. E a morte é serena e bela até nas mais frágeis causas, como a de Sebastião. Quero uma não por sanguinolência ou masoquismo, se acontecesse também, aconteceu.”
Fernanda Seifeu
“Concordo com o Cris, mas fiquei curiosa. Como consegue saber de tantos velórios e enterros?”
Cauã 404
“Eu pesquiso tudo pra ele, Fermanda404. É minha espécie de passatempo, também visito os meus. Descubro investigando óbitos, sempre à espreita de hospitais, necrotérios, casas funerárias e asilos, aliás, descobri esse do Sebastião em um asilo, o asilo de São Leopoldo os velhos tão sempre próximos de morrer. O que me faz lembrar, Cris, sua vó não mora nesse asilo?”
...
Por um momento Cristóvão parara de digitar e responder em seu fórum, Cauã tocara em um assunto que nem passava por sua cabeça. Estava cheios de dúvidas, mas ao mesmo tempo muito fascinado. Tão obstinado que necessitava de respostas e informações, mas com isso sua mente entrou em uma grande falta de interesse com o que estava fazendo, que saiu do site. Queria de alguma forma limpar a cabeça, foi assim que fez uma busca por sites pornôs.
Para Cristóvão não importava qual fosse o tipo desde que fosse sexo que o excitasse, mas o costume era sexo heterossexual para ele, foi assim que abriu um vídeo de uma morena com peitos enormes sendo enrabada por um selvagem homem com alguns músculos. O jovem muito hipnotizado começou a se tocar por cima do short ao ver a mulher dando uma mamada no pau daquele homenzarrão enquanto ele apalpava os grandes seios da mulher, a cada novo ato do vídeo, apertava com mais força seu sexo, que se excitava em vivacidade, era o rigor da juventude, com o sexo oral na Buceta molhada e aberta da morena, logo estava totalmente ereto, o que o fez libertar imediatamente seu pau que já babado incessantemente dentro do short, em um sobressalto balançando como um pêndulo ligando o líquido pré-gozo, estava vermelho em contraste com sua pele, Cristóvão acariciava suas bolas peludas e dando uns apertões a cada gemido insano que ouvia: “ooooh hummmm!”, “isso, me chupa aaah!”
O homem do vídeo começava a explorar o cuzinho da morena com o dedos, era o clímax da situação, então logo Cristóvão animado e cheio de expectativas começou a tocar delicadamente em sua glande extremamente molhada e babando, tocou em sua cabeçorra roxa de inchada, e foi segurando sua base do pau com sua mão direita que deslizava em repetitivos movimentos para cima e para baixo de seu sexo lubrificando com seu líquido assim evitando o atrito da secura, ainda que levemente friccionando em seus movimentos, era início de seu ritual de onanismo, então sua mão esquerda que estava à espreita do ‘mouse’ soltou-se de sua posição caindo sem função alguma para o lado de Cristóvão, era sinal que ele entregava ao prazer. No Vídeo o homem começava demoradamente colocar a cabeça de seu pau no cuzinho da morena, que parecia impossível de entrar, mas aos poucos se acostumava ao invasor, instintivamente Cristóvão levantava sua mão esquerda sem função e direcionava ao seu peito, apertava fortemente seu mamilo rosado e com alguns pelos em envolta olhando aquela cena tesuda que a mulher gemia deliberadamente de uma dor extasiante, então era o clímax de Cristóvão, aumentou o ritmo de seu movimento no seu pau, em um vai e vem frenético, sua rola cada vez mais inchada e molhada, seus olhos se reviravam enxergando tudo embaçado, mas voltou-se para o vídeo, desta vez não prestando atenção no sexo em si, mas no corpo másculo do homem, com músculos e alguns pelos, seu pau e sua bunda consideravelmente grande e dura, sem pelo algum, então Cristóvão sentia um calor dentro de si, contraía-se em que parecia uma convulsão, estava vindo, quando menos esperava em um intenso urro:
“OOOoHH!”
Saiu como seu último fôlego, ejaculando jatos e mais jatos de uma porra densa e farta de tão branca, Cristóvão estava em seu ápice orgástico, era como uma corrente elétrica atravessasse seu corpo, foram jatos que foram longe, sujando sua barriga e queixo de sua porra, sua mão toda melada e alguns respingos seu teclado e na mesa, principalmente no chão, mas Cristóvão ainda não tinha percebido a sujeira que fez. Arquejava irracionalmente em seu súbito cansaço, aproveitando seu prazer enquanto ouvia gemidos e mais gemidos no vídeo sem dar atenção, foi durante alguns segundos quando tirou a mão do seu pau ainda um pouco duro e voltou-se para o vídeo, voltou apreciar o sexo e o homem... Repentinamente após isso reparou na sujeira que fez, e uma tensão e frustração tomou conta de si depois de tanto prazer.
“Merda... O que tá acontecendo comigo!? “, indagava-se o garoto esfregando as mãos em seu rosto em murmúrios.
Seu olhar antes extasiados, ficaram vazios, o som do vídeo não passava em sua mente, via até o fim, mas não enxergava, desligou seu PC, e ficou nu sentado em sua cadeira gozado em seu quarto escuro por vários minutos, uma tristeza teimava em fazer presente, e Cristóvão já a conhecia bem. Sentia-se culpado por ter se masturbado e ejaculado, de sentir aqueles desejos sexuais, começou a pensar em como a vida dele era monocromática, não tinha sentido algum, em todos seus problemas em um grande vazio existencial, fazendo-o estranhamente e raramente o garoto chorar, seus olhos marejados começavam a lacrimejar, lágrimas que escorriam sua face, deslizando por seu pescoço, Cristóvão estava depressivo.
“Talvez eu entenda a vida se eu entender a morte”, balbuciava ele a si mesmo. “A vida não se entrega sem os amparos da morte.”
Cristóvão divagou à respeito por uns instantes, mas apenas se levantou por não suportar mais aquilo, acendeu a luz de seu quarto, entrou no banheiro e ligou a torneira de sua banheira e esperou enchê-la totalmente por uns minutos, enquanto voltava para seu quarto e pegava um papel toalha e limpava sua mão, o teclado e o chão. Jogou sua roupa suja no cesto e retornou ao banheiro onde sua banheira estava quase cheia e já totalmente despido conseguia ver sua face confrangida e seu vazio nos seus olhos no reflexo da água, portanto, colocou seu pé direito primeiramente para dentro, depois o outro, virou-se de modo que pudesse se deitar na banheira e se jogou na água, que já cobria todo seu corpo que afundava, não ouvia mais o barulho da torneira despejando a água, apenas vibrações, calmas e ternas vibrações em uma morna água, sua visão ficava embaçada ao olhar para o teto, sua respiração desfalecia aos poucos, não poderia ficar muito mais que 5 minutos ali debaixo, bolhas de ar se soltavam, mas Cristóvão não saía, apenas continuava com sua visão fixa e embaçada dentro da banheira.
“Cristóvão, cheguei! Cadê você?”, uma voz gritava de lá de baixo.
“Arf Anhhh!”, Ofegante e todo molhado Cristóvão despertava e saía da água se levantando da banheira por causa do chamado.
“Cristóvão!”, em um grito repetitivo.
Cristóvão ficou alguns minutos na banheira até sair e se enxugar, vestiu apenas outro short e desceu as escadas a encontro de seu chamado, que provavelmente era sua mãe, Lorena. Mulher de personalidade difícil, mas que se esforçava o quanto podia em que era de seu interesse, sempre obstinada.
“Tô aqui”, disse Cristóvão na escada.
“Pensei que tinha saído, já tava dando pulos de alegria. Mas tava enfurnado no quarto pelo jeito”, reclamava Lorena com as mãos na cintura indo para cozinha.
“Não tenho porque ficar saindo”, respondeu Cristóvão indiferente.
“Ah filho!”, suspirou Lorena indigna no balcão da cozinha. “Isso não é coisa de gente normal, precisa de uns amigos.”, sugeria. “O bom disso pelo menos é que nem imaginam que tenho um filho, devo parecer uma jovenzinha”, comentou Lorena convencida de sua beleza e jovialidade arrumando o cabelo.
“Claro, aos seus quarenta e poucos anos...”, sussurrou Cristóvão cruzando os braços sarcasticamente.
“Fecha o bico!”, mandou Lorena gesticulando para o filho. “E o que tava fazendo?”, perguntou Lorena examinando o filho que estava molhado.
“No banho”, disse Cristóvão ríspido observando a mãe, fazendo menção de voltar o quarto.
“Ei, espera aí mocinho”, Lorena chamava atenção com o dedo. “Hoje é um dos poucos dias que consigo passar a noite em casa e ter um sono decente”, explicava seriamente. “E trouxe uma pizza para nós, de mozzarella, sua preferida para jantarmos”, dizia Lorena tomando conta da situação.
“Eu como no meu quarto...”, falava Cristóvão ingenuamente até ser interrompido.
“Não, não, não!”, negava Lorena categórica. “Sabe que passo a maior parte do meu tempo trabalhando naquele departamento do shopping, e quando chego em casa eu quero ficar perto do meu filho, temos que agir como uma família, pelo menos na hora da comida”, revelava Lorena impaciente arrumando uns pratos no armário.
Lorena era ausente na vida de seu filho Cristóvão, vivendo em função de sua imagem e do trabalho, não lhe sobrara tempo algum, um dos motivos porque Cristóvão não se dava tão bem com a mãe, para ele era muita hipocrisia ela tentar forçar uma família onde não havia uma.
“Tá bom, tá bom”, disse Cristóvão se dando por vencido. “Vou só me vestir direito”, avisou saindo rapidamente da cozinha.
“Tá, mas tem que voltar”, mandou Lorena imperativa colocando pratos na mesa.
Cristóvão apenas vestiu uma camisa de uma de suas bandas preferidas, Black Label Society, mexeu no seu cabelo se olhando no espelho e voltou para baixo ao passo que sua mãe começara a julgá-lo com desgosto e causando estranheza em Cristóvão.
“Você se veste sempre do mesmo jeito, às vezes que nem tem roupa fina e boa, nem parece ser meu filho”, dizia Lorena inconformada colocando talheres em um prato enquanto passava a mão na testa.
“Foda-se, Lorena. Eu gosto do meu estilo”, disse Cristóvão intransigente puxando a camisa e sentando na mesa da sala.
“Me respeita garoto, ainda sou sua mãe”, disse Lorena brava a um passo da cozinha. “É por isso que eu não te levo para sair junto comigo”, disse ela apontando um garfo para o filho.
“Humpf”
Cristóvão ria amargurado com a situação, era descabida para ele, já que Lorena não tinha tempo algum pra ser mãe. Logo estavam os dois na mesa gigante da sala com pizza e um vinho do Porto um distante do outro nas extremidades enquanto Lorena reclamava do seu trabalho sem parar.
“Eu não gosto daquela Márcia da sapatos, não gosto mesmo hum hum”, disse Lorena botando uma garfada na boca e mastigando. “Muito intrometida e fofoqueira aquela mulherzinha, sem classe alguma”, falava Lorena repulsivamente apontando a faca. “Me falaram que ela usa calça saruel, que horror!”, dizia ela fazendo uma expressão de chocada. “Ainda apareceu um dia desses com um tênis para trabalhar, eu hein”, reclamava sem perceber que Cristóvão nem lhe dava atenção.
“Que interessante”, suspirou Cristóvão sarcástico com seu desdém.
“Ah, mas a mulher só trabalha lá dois meses, e já se sente no direito de falar de mim, é uma falsiane!”, xingava com raiva bebendo o vinho de sua taça em um gole. “Acredita que ela falou de mim para as vendedoras que eu me achava? Que era uma arrogante? Mesquinha e egoísta!”, esbravejava já enfurecida. “Quase fui lá dá uns tapas nela e dizer umas verdades, essazinha se acha! Mas o que é dela tá guardado, ela ainda vai sofrer nas minhas mãos “, Dizia Lorena levianamente cortando um pedaço de sua pizza.
“Nãoo”, continuava Cristóvão entediado só pensando em uma única, pensava irrestritamente em seu papo na internet que teve, as dúvidas continuavam lá, e pensava em tirá-las, mas parecia temer algo.
Lorena não tinha amigas de verdade com quem pudesse falar de sua vida e reclamar, apenas algumas poucas que eram apenas de interesse social, por isso só tinha o filho e a sua casa para desabafar sobre o trabalho praticamente, mesmo que para Cristóvão fosse uma situação muito chata, ele se vacinou com o tempo com as reclamações da mãe.
“E como foi no cursinho hoje?”, questionou Lorena percebendo o filho alheio a seus assuntos.
Cristóvão foi pego pela pergunta, lembrara que tinha fugido mais cedo da aula para ir para o funeral de Sebastião.
“Normal”, respondeu ele lacônico. “Só estudamos uns negócios lá sobre divisão celular, mitose e interfase, algo assim...”, disse ele comendo numa garfada de sua pizza dando mais veracidade a sua mentira com a desconfiança da mãe que se mostrava.
“Muito bom”, disse ela com um sorriso. “Mas continuando, aquela Márcia ainda disse que eu seria uma péssima mãe... “
Cristóvão já não ouvia mais sua mãe, pensava que aquele deveria ser o momento, então tomou coragem e começou.
“Mãe...”, murmurou ele chamando sua mãe.
“Como ela tem a pachorra de falar isso de mim, eu nunca!”, dizia Lorena desatenta ao filho levantando o dedo.
“Mãe!”, esbravejou o garoto já saturado causando espantou na mãe que parou de falar.
“Que há, Cristóvão? “, indagou Lorena surpreendida.
“É que eu queria saber... “, falava Cristóvão receoso. “É no Asilo de São Leopoldo que a vovó tá? “, perguntou por fim olhando bruscamente Lorena.
Lorena mudou seu semblante para séria e reflexiva com a pergunta do filho, parecia pensar no que responder.
“É claro que sim”, disse ela rapidamente comendo. “Não lembra que ela só foi pra lá com a nossa permissão?”, inferiu já explicando.
“Ah, é.. Sim”, suspirou Cristóvão tentando relembrar.
“Por que essa pergunta agora?”, questionou Lorena estranhando o filho.
“Nada não. Só não tava lembrando”, disse o garoto pondo os talheres no prato.
“Ótimo. Se quiser visitá-la, tem que me avisar antes, para irmos juntos, dou um jeito de ir, mas me avisa “, disse Lorena pegando seu prato e o filho e indo para cozinha.
Cristóvão analisava a mãe, parecia estranha apesar de não demonstrar, parecia que escondia algo, e o instigava.
“Tá”, concordou ele sem pensar.
“Ela nunca foi uma boa mãe”, comentava Lorena pegando as taças. “Mas não consigo visitá-la por causa do trabalho, ir com você seria um bom motivo para ir”, explicava ela se afastando.
Cristóvão se calou, era irônico como Lorena não achava que sua mãe fosse boa, e Lorena não era boa para ele. Não disse mais nada, apenas disse que ia dormir e voltou para seu quarto, ao passo que Lorena ficava cada vez mais desconfiada do filho, filho que mal dava atenção.
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PS.: Acho que agora já dá pra ter noção do rumo dessa estória.