A transa de Ariana com Daniela deixou marcas na primeira. Marcas positivas, diga-se. Após sair do hospital e voltar pra cama, Ariana se sentia outra mulher. Ela começava a entender o que Daniela lhe dissera sobre a vida ser muito curta para perderem tempo com pudores excessivos e medo de ser feliz. Chegou em casa, preparou o jantar pra sua família e, antes de ir dormir, telefonou para Nanda. Queria ouvir sua voz e lhe dizer que a amava e que iria a sua casa no dia seguinte. Fez amor com seu marido de uma forma leve, solta e desinibida, o que proporcionou muito prazer a ambos. Alberto até estranhou o comportamento da esposa, mas adorou. Na manhã seguinte, antes de sair, Ariana resolveu remexer em velhas caixas do seu passado, que há muito tempo não mexia. Tirou de lá um vestido antigo, que ficou um pouco justo por ter engordado um tantinho desde que usara desde a última vez. Vestiu-o e, por cima, colocou um casaco vinho escuro. Pegou sua bolsa e saiu. Chegou à casa de Nanda e deixou sua bolsa no quarto dela. Foi ao ateliê pela primeira vez e surpreendeu a namorada. – Não acredito. Você vindo aqui no meu ateliê – disse ela com sua voz estridente e espalhafatosa. Ariana a beijou longamente e cumprimentou sua cliente. – Continua trabalhando que vou te esperar lá no quarto – falou, saindo do ateliê.
Meia hora depois, Nanda entrou no quarto e as duas voltaram a se beijar. – Eu tenho uma surpresa pra você. Me espera aqui no quarto que vou ao banheiro e venho já. Enquanto eu volto, coloca esse CD pra tocar – pediu Ariana. Nanda não entendeu nada, mas fez o que ela pediu. Ariana foi ao banheiro, tirou o casaco, passou um batom vermelho nos lábios, colocou uma rosa nos cabelos e, quando ouviu a música começar a tocar, voltou ao quarto. Nanda ficou estática ao vê-la sair do banheiro usando um vestido vermelho com bolinhas brancas, que ia até o chão, no melhor estilo cigana. Nas mãos, Ariana tinha duas castanholas. De repente, ela começou a dançar ao som da música e a manejar as castanholas. Nanda se sentou na cama, hipnotizada pelo espetáculo. Ariana se movimentava com incrível agilidade e leveza, extremamente sensual, fazendo movimentos de quadril como uma autêntica dançarina. Seus olhos estavam fixos em Nanda, seduzindo-a e exigindo sua total atenção. Ariana rodava, agachava-se e tocava as castanholas bem próximo ao rosto de Nanda que, a esta altura, estava explodindo de tesão. Ariana parecia totalmente imersa no personagem de uma dançarina espanhola, cujo objetivo era seduzir e enlouquecer sua plateia. No caso, Nanda. Após o final da música, ela encerrou sua apresentação ajoelhada em frente à cama. Nanda se ajoelhou junto a ela e a beijou apaixonadamente.
As duas mulheres rolaram no tapete do chão, abraçadas fortemente e trocando um beijo cálido e excitante. Ariana ficou por cima e atacou a boca de Nanda, chupando sua língua com gula. Rapidamente, ficaram nuas e Ariana começou a chupá-la. Nanda a virou e as duas iniciaram um 69, competindo para ver quem chupava com mais tesão e habilidade. Ariana, assim como na noite anterior com o marido, estava mais solta e mais ousada. Lá, procurou Alberto e quase o enlouquece com um boquete pra lá de inspirado. Na hora da penetração, movimentava-se feito uma cobra no cio, gemia alto e cravava as unhas no peito dele. Alberto sentia o corpo inteiro formigar, arder e acabou tendo, talvez, o orgasmo mais maravilhoso de sua relação com Ariana. Agora, a “vítima” era Nanda. A língua de Ariana serpenteava na xoxota da garota, alternando em velocidade e força, fazendo desenhos geométricos e sua boca sugava o grelinho dela com intensidade. Nanda não se controlava e urrava alto de tanto prazer. Derretia de tesão e tinha orgasmos consecutivos. Ariana parecia outra mulher, muito mais sedenta por sexo e com muito mais luxúria dentro de si. Nanda procurava retribuir o prazer que sentia, chupando-a da melhor forma possível, enfiando dois dedos dentro dela e se lambuzando toda com os líquidos que Ariana produzia. A transa durou mais de uma hora. As duas usaram toda a extensão do chão do quarto e nem se lembraram de cama.
Somente após se exaurirem, resolveram se levantar e ir pra cama. Ariana acomodou Nanda em seus braços, de costas pra ela, e relaxaram. Acariciava a careca da amante, beijava e brincava com seus seios. – Você poderia ter a gentileza de me explicar o que aconteceu? Quem é essa mulher maravilhosa que acabou comigo hoje? – perguntou Nanda. – Não gostou não? Essa é a versão 2.0 da Ariana, uma versão renovada e sem as amarras que me prendiam antes e me impediam de ser totalmente feliz. Uma nova Ariana sedenta pelo teu corpo delicioso e pelo teu cheiro inebriante – disse ela, abraçando forte Nanda e beijando seu pescoço. – Uau. Se eu já era completamente apaixonada pela outra, vou enlouquecer por essa nova – falou Nanda. – As duas são totalmente loucas por você, te amam de paixão, minha linda – disse Ariana. Beijaram-se e se abraçaram carinhosamente. – O que foi essa performance de dança? – perguntou Nanda depois de alguns minutos. – Ah, essa era eu no passado. Você sempre quis saber mais sobre mim, não é? Pois então. Quando eu tinha dez anos, assisti com meu pai ao filme Carmen, de 1948, com a estonteante Rita Hayworth. Ela era Carmen, uma cigana, que fazia uma cena de dança simplesmente maravilhosa. Eu me apaixonei pela dança flamenca e comecei a estudá-la. Aprendi os passos, a sapatear, a usar as castanholas. Fazia anos que não dançava assim e quis dançar pra você – disse Ariana.
Nanda pegou as castanholas e tentou usá-las. Ariana a ensinou o método correto. – Naquela época, até meu cabelo eu tentei fazer igual ao da Rita. Posso dizer que ela foi minha primeira grande paixão – disse Ariana. – Já to começando a ficar com ciúmes dessa vadia – reclamou Nanda. Ariana riu e a beijou. – Boboca. Ela já morreu faz um tempão e eu era criança. Inclusive, já decidi qual tatuagem vou querer que você faça em mim. Uma dançarina espanhola. Pode ser? – perguntou. – Dançarina espanhola? Pode, mas vou precisar de um tempinho para criar a arte. Não se preocupe, vou caprichar. Vai ser meu melhor trabalho – falou Nanda. Ariana, então, a convidou para irem almoçar fora e que Nanda escolhesse o lugar. – Posso escolher qualquer lugar? – perguntou surpresa. – Pode sim. Qualquer lugar – respondeu. Nanda deu um pulo na cama de alegria e falou que ia se arrumar. Ariana recolocou o vestido, retocou a maquiagem e, com Nanda pronta, entraram no seu carro. A garota escolheu um restaurante no Centro, LGBT. Havia vários casais de gays e lésbicas nas mesas. Entraram de mãos dadas e se sentaram. – Sempre quis te trazer aqui, mas tinha medo de você não querer – disse Nanda. Ariana fez um carinho em seu rosto e lhe beijou. Uma garçonete se aproximou e lhes entregou o cardápio. – Obrigada, Sheila. Esta é Ariana – apresentou Nanda. Ariana a cumprimentou e Sheila voltou para o bar.
De longe, Ariana a observava. Era uma loira linda, de peitos fartos e uma boca grande e carnuda, que devia ser deliciosa de se beijar. A Ariana 2.0 não teve como evitar se excitar com a garçonete. Nanda comentou algo do cardápio e a trouxe de volta ao mundo real. Escolheram seus pratos e, após o almoço, levantaram-se para ir embora. Na saída, passaram por Sheila e Ariana se despediu dela com um aperto de mão carinhoso e erótico seguido de um sorrisinho devidamente retribuído. No carro, Ariana fez mais uma surpresa à Nanda, levando-a para sua casa. – Eu disse que a Ariana 2.0 havia rompido com as amarras – disse ela, beijando Nanda nos lábios, que não cabia em si de felicidade. Entraram e Ariana a convidou para a piscina. Ofereceu um biquíni de Léa e pularam na água. – Onde está a Lúcia? – perguntou. – Na casa de uma amiguinha. Temos a tarde toda só pra nós – respondeu. Prendeu Nanda na borda e ficaram namorando por um tempão, se beijando e conversando baixinho. A mão de Ariana entrou pelo biquíni de Nanda e começou a massagear seus seios e apertar seus mamilos. Nanda foi se excitando e gemendo. Ariana a colocou sentada em seu joelho e começou a masturbá-la. Nanda teve um orgasmo delicioso, melando o biquíni de Léa e ficando lânguida e entregue nos braços de Ariana.
As horas iam se passando e a noite se aproximava. Saíram da piscina e foram pra sala. Deitaram-se no sofá, abraçadas e ficaram se beijando. De repente, a porta da sala se abriu e Nanda deu um pulo do sofá. Lea e Lúcia chegavam e ficaram surpresas ao vê-la na casa. – Oi, garotas. A Nanda veio visitar você, Lea, e tava te esperando, né Nanda? Aí aproveitei para oferecer um biquíni seu para que fôssemos pra piscina – disse Ariana bastante calma. – Pois é. Você não se importa, né Lea? – completou Nanda. – Claro que não, Nanda. Desculpa ter feito você esperar. Se tivesse me dito, eu não teria saído – falou Lea. – Besteira. Nem eu sabia que viria. Além do mais, a Ariana me fez companhia e a gente se divertiu bastante – disse Nanda, fazendo Ariana sorrir discretamente. Lucia pulou no colo da mãe e Lea levou a amiga pro seu quarto. Nanda ficou na casa até de noite. Na hora de ir embora, pediu um táxi. Ariana a acompanhou até a calçada e, aproveitando-se de uma árvore, agarrou a garota e a beijou no meio da rua.
P.S. Mais uma vez, agradeço os comentários de todos e os convido a acessar meu blog – https://mentelasciva.wordpress.com
