MAURITSSTAD - SEXO E CARNIFICINA - Parte 04
Quando já se aproximavam da residência de Virgulino, viram vários caminhões do Exército passarem por eles em alta velocidade.
- Deve estar havendo alguma coisa grave. O Exército parece estar bastante agitado - observou Israella.
- Assim que chegarmos em casa, saberemos o que está acontecendo - foi a resposta de Virgulino.
De fato, quando chegaram à modesta casa de Virgulino, este ligou imediatamente o aparelho de TV. Havia intensa agitação em frente a um condomínio de luxo num dos bairros mais ricos de Mauritstad. Uma jornalista loira e bonitona noticiava que o prédio havia sido invadido por várias gangues. O Exército estava de mãos atadas, pois naquele condomínio moravam várias famílias ilustres da cidade. Juízes, advogados de destaque, delegados e delegadas, grandes empresários e alguns artistas famosos. A nata da sociedade. As Forças Armadas sitiaram o prédio e procuravam negociar com os representantes das gangues. Até então, não se havia obtido nenhum avanço nas negociações.
Enquanto Virgulino se despia, assistindo ao noticiário, Israella olhava em volta. A casa era modesta, mas limpa e bem arrumada. Perguntou se ele tinha faxineira. Virgulino disse que sim. Sentiu uma ponta de ciúmes nas palavras dela:
- A partir de agora, pode dispensá-la. Prometo deixar sua casa um brinco, além de cuidar muito bem de você.
- Você não vai demorar por aqui. Ficará apenas enquanto não encontro um lugar para instalá-la - disse ele sem muito entusiasmo.
- Pensei que iríamos morar juntos para sempre... - entristesceu-se ela.
- Eu nunca disse que moraríamos juntos - foi a resposta quase ríspida dele - E vá tomar um banho. Depois tire uma soneca até eu voltar.
Israella não retrucou. Caminhou até o banheiro com uma lágrima escorrendo. Tirou as peças de roupa na sala e deixou-as no chão. Ele as apanhou ainda com a atenção voltada à TV. Juntou-as às dele e jogou tudo numa máquina de lavar. Pouco depois, estava debaixo do chuveiro com Israella. Ela passou sabonete em todo o corpo dele, mas não tocou em seu sexo, que continuava em descanso.
- Você acha que vai demorar?
- Não sei. Talvez nem encontre o tenente que te falei. Deve estar junto com as tropas, nessa invasão do condomínio de elite. Mas vou tentar, assim mesmo, falar com ele.
Menos de uma hora depois, Virgulino se encontrava com o militar no quartel. Depois de alguns protocolos, finalmente foi encaminhado ao seu alojamento particular. Era um amplo quitinete muito bem decorado. O rapaz ainda assistia ao noticiário. Cumprimentou Virgulino, quase sem olhar para ele.
- Viu o que está acontecendo?
- Sim. Vi a agitação do Exército nas ruas e assisti o noticiário na TV. Por que não está lá, junto com tua tropa?
- Fui impedido - falou o tenente, preocupado - Minha família mora naquele prédio e meus superiores disseram que eu não apresentava condições psicológicas para estar lá.
- Se fosse minha família, eu estaria lá, sim. Mesmo contra as ordens - resmungou Virgulino.
- Por isso estou feliz que tenha vindo. Tenho uma proposta para você e seus homens.
- Sou todo ouvidos - disse Virgulino.
- Diga quanto cobram para libertar minha família, sem que ela sofra um único arranhão - falou o tenente, olhando nos olhos do rapaz.
- Eu teria que falar, primeiro, com os rapazes. Acertarei o preço com eles. Mas, advirto que irei precisar da sua ajuda. Um quinto homem seria necessário para a operação.
- Não contem comigo - disse o tenente, visivelmente amedrontado - Eu não tenho coragem de enfrentar aquele bando de marginais. Sou um covarde, confesso. Prefiro evitar os combates onde eu não esteja em vantagem numérica e bélica.
O jovem tremia, enquanto confessava sua ineficiência. Virgulino convenceu-se de que não poderia mesmo contar com ele para invadir o prédio.
- Pode me conseguir armas?
- Não. O Exército atiraria em vocês sem perguntas, se percebessem que portassem armas de fogo. É a Lei e são as ordens. Não posso revogá-las. E não daria tempo de conseguir um salvo-conduto.
- Entendo. Mas pode me emprestar aquele equipamento que detecta o porte de armas de fogo?
O tenente pensou por uns instantes. Depois, disse para seu interlocutor:
- Posso fazer melhor. Deixo à sua disposição dois soldados meus. Um deles é o que sabe manejar aquele equipamento. O outro é um louco homicida. Adora matar bandidos. Mas se portará bem se eu disser que você está no comando.
- Tenho carta branca para agir?
- Sim - disse o tenente, após pensar um pouco - mas não poderá dizer que está sob minhas ordens. O Exército não acataria isso e eu seria punido. No entanto, tenho um pedido para fazer a vocês...
- Chute.
- Não quero que nenhum dos que ameaçam minha família saia vivo daquele prédio! - disse de forma veemente o militar.
- Quantas pessoas da sua família acha que está lá naquele edifício?
- Todas. Minha mãe, meu pai e minha irmã. Além de três empregadas que trabalham na casa.
- Não estariam ausentes no momento da invasão?
- Meu pai é um oficial aposentado. Minha mãe nunca trabalhou e nem precisou sair de casa. As empregadas fazem tudo o que ela pede, até compras de suas roupas. A velha detesta sair de casa. Tem medo da violência das ruas. Agora, essa violência foi até a casa dela, coitada.
- E sua irmã?
- É igual à minha mãe. Só sai de casa para ir à faculdade. Nem namorado tem.
- Está bem. Deixa eu falar com meus amigos - disse Virgulino tirando o celular do bolso - e logo decidiremos se aceitamos ou não a tua proposta.
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- Como é, decidiu aceitar a minha proposta? - perguntou a dona do bar, quando viu Virgulino aproximar-se, no outro dia, do balcão onde estava.
- Ainda não, doutora - disse Virgulino beijando-a no rosto - mas devo dar minha resposta dentro em breve. Minha grana está acabando e precisarei trabalhar. Mas, confesso que prefiro a estiva. Ganho bem e não fico atrelado a um contrato. Recebo por jornada diária de trabalho.
- Entendo. Mas ficará, novamente, comigo esta noite? - perguntou a ex-médica, toda dengosa.
- Não dou certeza - disse ele - mas não tenho nenhum compromisso por ora, se quer saber.
- E por que veio tão cedo, se não vai trabalhar? Terá que me esperar várias horas até que eu feche o bar.
- Não tem problema. Eu espero. Enquanto isso, tomarei umas cervejas...
- Serão por minha conta - disse alegremente a dona do bar, indo pegar no freezer uma garrafa geladíssima. Despejou parte do líquido no copo e disse ao rapaz:
- Vá sentar-se naquela mesa, onde poderei estar te vigiando o tempo todo. Não quero perdê-lo para nenhuma puta que frequenta este bar.
- Não estou vendo teus seguranças.
- Paguei e dispensei-os logo cedo. Menos um, que mandei fazer um último trabalho para mim.
- E posso saber que trabalho foi esse?
- Não seja curioso, querido. Tenho meus segredos e gosto de mantê-los. Mas não se preocupe: não é nada que vá prejudicar você.
Virgulino beijou-a novamente no rosto e afastou-se do balcão, indo sentar-se na mesa indicada por ela. Ouviu-a gritar:
- Você ainda não disse teu nome!
- Virgulino. E o teu?
- Só o direi depois, bem baixinho, ao seu ouvido.
Ele sorriu e sorveu o primeiro copo todinho, de um único gole. Depois, tornou a enchê-lo. Quando olhou em direção à entrada, avistou Antônio chegando. O brutamontes o viu imediatamente. Aproximou-se da mesa, estendendo a mão a Virgulino.
- Sabia que iria encontrá-lo de novo aqui - falou apertando a mão do rapaz.
- Pensei o mesmo. Você está bem?
- Estou ótimo. O cara que me esfaqueou é muito bom, cara. Segundo o japonês, ele me atingiu de propósito num lugar que não me causaria muito dano. O sujeito é um profissional, sabia?
- Quem é profissional, teu agressor ou o nissei?
- Os dois, cara. O japa me levou em casa, ontem, e ofereci umas bebidas para ele. Depois de estar de porre, me confessou que o pai foi morto pela máfia japonesa e, desde então, vive atrás dos três yakusas que o mataram. Já pegou dois deles. Decapitou-os. Agora, vive atrás do terceiro. Desconfia que o assassino frequenta este bar.
Virgulino olhou em volta. Não havia nenhum nipônico entre os frequentadores. Ofereceu cerveja ao brutamontes, que aceitou de bom grado, mas que foi logo dizendo:
- Aceito a cerveja, mas hoje é você que terá de pagá-las. A puta me levou todo o dinheiro que eu tinha, ontem.
Virgulino tirou a carteira de cédulas do bolso de trás da calça, entregando-a ao sujeito. Este ficou feliz ao reconhecer o objeto. Abriu a carteira, procurando o dinheiro dentro.
- Porra, cara. Está tudo aqui. Até os meus documentos. Muito obrigado - disse o fortão, dando um abraço no rapaz - Então serei eu de novo a pagar a cervejada. Garçom, traz mais duas para cá!
- Basta trazer de uma em uma, senão vai esquentar - observou Virgulino.
Antônio devolveu a carteira a Virgulino dizendo que ele a guardasse, pois pretendia beber todas. Não queria ser roubado de novo. Trouxe várias putas para a mesa e bolinou-as libertinamente. Uma delas tentou meter a mão no bolso do brutamontes em busca de sua carteira, mas freou diante do olhar reprovador de Virgulino, que bebia comedidamente. Daí, as putas cochicharam entre si e uma delas deve ter dito que os dois haviam sido protagonistas de uma briga, na noite anterior. Depois, a dona do bar chamou uma até o balcão e, quando esta voltou e falou algo baixinho para as amigas, passaram a ser ótimas companhias para os dois homens. Uma era universitária e disse estar naquela vida para ajudar a pagar o curso. Outra, confidenciou ser casada com um vigia noturno e costumava batalhar uns trocados quando este passava a noite fora de casa, trabalhando. A terceira disse ser ninfomaníaca e que não podia passar um dia sequer sem foder. Melhor ainda se ganhava por isso. Não deram a mínima atenção a Virgulino, que pode beber suas cervejas tranquilo. Pouco depois, Antônio rumou para o quarto com as três. Disse a elas que, quando voltassem, o rapaz pagaria a todas. Elas aceitaram, felizes. E Virgulino ficou sozinho na mesa, novamente. Foi quando viu entrar no bar um dos seguranças que estava a trabalho na noite anterior.
O sujeito aproximou-se do balcão, falou com a dona do bar e entregou um envelope a ela. Em troca, recebeu outro envelope menor e mais polpudo. Colocou-o no bolso, olhando disfarçadamente para os lados. Depois saiu sem nem se despedir. Virgulino observava a tudo com curiosidade, mas disfarçou quando a médica olhou em sua direção. Viu-a guardar o envelope sob o balcão, antes dele desviar o olhar para a entrada do bar. Percebeu o nissei entrando e olhando para todos os lados. Quando viu Virgulino, caminhou diretamente para a sua mesa.
Cumprimentou o rapaz e perguntou pelo brutamontes. Disse que havia marcado com ele, ali. Após algumas palavras com Virgulino, sentou-se perto do jovem. Aceitou um copo que o garçom lhe trouxera e encheu-o de bebida. Ficaram os dois, bebendo em silêncio, até que uma puta se aproximou deles. O nissei fez-lhe um quase imperceptível sinal e esta sentou-se à mesa. Ela mesma se serviu, bebendo direto do gargalo. Virgulino pediu outra garrafa ao garçom.
Minutos depois, o rapaz pediu licença e foi ao mictório, sempre seguido pelo olhar vigilante da dona do bar. Quando voltou, a puta já não estava mais à mesa. Não se deu ao trabalho de perguntar por ela ao nissei. Este continuava sisudo, concentrado em tomar cervejas. De vez em quando, emitia um grunhido estranho, como se estivesse se deliciando com o líquido. Aí, Virgulino sentiu um toque em seus pés. Olhou para o nissei, mas este olhava para o teto do bar, como se algo lhe interessasse ali. O rapaz olhou também naquela direção e observou os belos lustres no teto. Então, sentiu novamente o toque em seus pés e olhou por debaixo da mesa. Viu a puta que desaparecera, empenhada em um boquete sob o móvel. Esta parou seu trabalho por um instante só para dizer:
- Já, já cuido de você, amor.
Quando voltou a abocanhar o pau do nissei, este deu um gemido prolongado. Virgulino sorriu. A longa toalha sobre a mesa, quase tocando ao chão, escondia totalmente a puta. Ainda mais que o bar estava escuro e lotado. Virgulino não conseguiu conter a ereção ao perceber o nissei prender com dificuldade o gozo. O nipônico debruçou-se sobre a mesa, como se estivesse com sono ou bêbado. Aí, Virgulino sentiu duas mãos querendo libertar seu cacete da calça. Inutilmente, tentou impedir que ele fosse engolido pelos lábios ainda molhados de esperma. A puta fez pressão sobre as suas coxas com os cotovelos, impedindo que se movimentasse. Virgulino procurou afastá-la com as mãos, mas ela se agachou de uma forma que não o deixava repeli-la. Então ele relaxou, de olho na dona do bar que parecia alheia ao que acontecia por debaixo da mesa.
A puta mamava muito bem. Fazia pressão com os lábios e não o arranhava com os dentes. Sugava profundamente, como se quisesse extrair dele toda a porra. Tinha a boca quentíssima e masturbava o rapaz com ela, dando-lhe a impressão de que ele estava metendo em uma buceta ou num cu bem apertado. Virgulino deixou de olhar para a dona do bar. Concentrou-se na gostosa chupada. Aos poucos, foi sentindo a aproximação do gozo. Mordeu os próprios lábios, querendo estender aquele momento. Aí, ela engoliu totalmente seu caralho, até adentrar com a glande a própria garganta. De repente, fez um movimento com a goela, como se o estivesse deglutindo. Virgulino não conseguiu prender-se mais. Jorrou porra puta adentro.
FIM DO EPISÓDIO - Ainda em construção