Felipe, Meu amor de infância ( Penúltimo )

Um conto erótico de Menino do Rio
Categoria: Homossexual
Contém 1778 palavras
Data: 12/11/2015 22:42:16

Não me recordo ao certo quanto tempo fiquei ali sentado, apenas me dei conta do passar do tempo quando senti a mão de Vitor tocar meu ombro. Acredito que a minha cara não era das melhores pois só de olhar para ele, creio que notou que a conversa não havia sido boa. O carinho e a amizade de Vitor era o de sempre, ele apenas me ajudou a me levantar daquela calçada e me deu um longo e caloroso abraço, seguimos juntos para casa sem trocar uma palavra, chegando em casa tomei um longo banho frio e fui direto para a cama. Na manhã seguinte acordei com Vitor me acariciando o rosto, sentia dele uma paz e um conforto que sempre me acompanhou e não mudou apos o termino de nossa relação.

Quer falar sobre a conversa de vocês ontem? - perguntou Vitor em tom paternal.

Não sei se tem o que falar, ele apenas vomitou meia duzia de palavras de forma automática e depois levantou e me deixou lá, parecia que ele havia decorado um texto. - respondi já com os olhos rasos de lágrimas e continuei - Não sei mais o que posso fazer, não sei mais o que falar, fui até lá sabendo que poderia acontecer algo do tipo, mas nem nos piores pensamentos imaginei uma atitude como aquela, automática, robótica.

Sabia dos riscos de ter por um ponto final nisso tudo, sabia que as chances de dar errado eram poucas mas existiam. O que não passava na minha cabeça era ele iria virar as costas como se tudo que tinha acontecido nos últimos dias como se não houvesse importância alguma, resolvi levantar e arrumar minhas coisas, não havia mais clima para ficar tão perto, praticamente esbarrando com ele a cada esquina e fingir que não o conhecia. Vitor concordou que já havia passado da hora de voltarmos para o Rio, era apenas uma questão de tempo para voltar a minha rotina.

Passado um mês disso eu não tinha mais o menor contato com Felipe, Vítor e Gabriel mostraram que todo aquele fogo não passava de “paixão de carnaval”, sempre que questionava Vitor sobre o clima entre ele e Gabriel tinha como resposta que não andavam se falando muito ou algo do tipo. Após tudo que passei me sentia amorosamente anestesiado, passei por dias mecânicos onde cumpria rotina. Estava de emprego novo com horário ótimo, novos amigos e uma inquietação interna que por maior que fosse o sorriso por fora, passava longe de demonstrar a real tristeza e sensação de vazio que sentia por dentro.

Algum tempo depoisno meu aniversário acordo de manhã com uma mensagem no meu celular:

“Hoje é o dia do único que me faria feliz nessa vida, não sei como te perdi.”

Li aquilo com um tremendo frio na espinha, aquilo ou seria uma brincadeira de mal gosto ou seria o maior lapso de babaquice que o Felipe teve na vida dele. Quem me conhece sabe que o dia do aniversário é um dia comum e que não tem grande badalações, sempre fico em casa curtindo os amigos mais próximos e só! Ao ler a mensagem me levantei e dei início ao meu dia, achei melhor ignorar aquela mensagem afinal de contas tudo que eu menos queria era ter que me estressar com isso. Pensei em ligar para o Vitor e contar da mensagem, mas ela poderia entender que eu estava mais animado do que assustado com aquilo, não demorou muito e tocou a campainha, fui atender de pijama mesmo até porque à aquela hora só poderia ser o Vitor. Ao abrir a porta o baque, lá estava aquele sorriso incandescente, aquele olhar de menino travesso vestido numa regata preta é uma bermuda caqui, somente após alguns minutos de choque notei o embrulho que estava em suas mãos. Ainda perdido voltei a si quando ouvi ele dizer:

Não vai me convidar para entrar ? - perguntou Felipe com uma clara dúvida no rosto, afinal de contas ele me conhecia e sabia que não era de esquecer fácil das coisas.

Devo? - questionei ele.

Felipe fez sua típica cara de menino chorão e achei de bom tom deixá-lo entrar. Todos aqueles meses que se passaram pareciam ter sido apenas dias quando estive frente à frente com aquele que foi razão de tantas noites mal dormidas e tanta preocupação. Na minha cabeça estava eu novamente em seu portão e a qualquer momento ele iria sair e me deixar ali no chão, sem esperança, sem saber o que fazer.

Acho que não estou te fazendo bem, melhor ir. - disse Felipe indo em direção a portão.

De fato eu estava sem reação desde que abri a porta, não consegui entender o que ele fazia ali!

Não, espera! Você queria o que ? Que abrisse a porta e falasse que bom que veio! Você lembra da nossa última conversa? Você lembra o que exatamente você fez da última vez que estivemos juntos? - perguntava a ele sem dar o tempo necessário para respostas. Na verdade nem sabia se eu queria alguma resposta vindo dele naquele momento, tudo que havia passado vinha como um filme na minha cabeça.

Acredito que até aquele momento Felipe não havia mensurado sua atitude de ir até a mim depois de tudo que havia ficado mal resolvido, nesse instante foi clara a interrogação que surgiu seu rosto como se por um instante de lucidez ele se questionasse o que estava fazendo ali.

Por muitas vezes eu quis vir até aqui e te falar tudo que eu sentia, mas tinha medo da sua reação. Fui muito covarde em te deixar ali naquela noite sem maiores explicações, eu simplesmente estava com muito medo de votar a sonhar em uma vida com você do meu lado e depois ver que tudo não passava de uma ilusão. Tudo que vive em anos com a Emilly nem se compara aos nosso poucos momentos juntos. O que eu sinto por você não se compara a nada nesse mundo. - Felipe soltava as palavras como um desabafo, suas palavras eram acompanhadas de um rio de lágrimas que corriam na mesma velocidade e intensidade que falava.

Não era nada fácil ouvir tudo aquilo, principalmente por sentir os mesmo sentimentos que ele, por mais que eu me fazia de forte no fundo tudo que eu sentia era aquilo. Medo! Medo de novamente ir atras de algo que não iria dar certo, medo de seguir em algo que poderia ser apenas mais um momento e no final de tudo não ter mais, não mais existir.

Dos momentos seguintes a isso lembro poucas coisas, me lembro de ser tomado por um torpor inigualável, sentia as mãos de Felipe me envolver, seu cheiro invadir minhas narinas, me entreguei como nunca à aquele beijo. Vagarosamente e de forma natural fomos para o sofá, sentir o peso dele sobre mim aumentava ainsa mais todo aquela sensação de êxtase, todos os beijos eram como se fossem únicos, sentir suas mãos acariciando meu corpo era a mesma sensação de ter descargas elétricas. Sua língua percorria meus pescoço e ia de encontro com a minha boca, quando me dei conta já não possuía mais controle da situação, nossas roupas já estavam espalhadas pela sala, nossos corpos era um só unidos pelo suor, o sexo assim como o primeiro, foi intenso, forte e único, sentir Felipe dentro de mim era algo que soava como natural, ele fazia parte de mim e eu dele.

Nossos momentos de loucura e prazer intenso foi interrompido por Vitor que já chegou entrando.

Opa! - Expressou Vitor visivelmente assustado ao me ver com Felipe ali. - Não queria atrapalhar - Completou Vitor saindo.

A porta estava aberta e como de costume Vitor sempre entrava direto, se tinha alguém de casa era ele, não tinha cerimônias, a casa era como se fosse dele também. O tempo foi curto para despachar Felipe para o quarto, me vestir e ainda tentar explicar o que estava acontecendo, mas consegui. Por mais que quisesse ter uma explicação lógica para tudo aquilo a única coisa que conseguia dizer a Vitor é que ele apareceu na minha porta e no final estávamos ali naquela situação!

Então você quer dizer que acordou com ele na sua porta e simplesmente transou com ele? e tudo que ele fez com você? E tudo que passou? - perguntava Vitor pasmo com aquela situação.

De fato todo questionamento de Vitor fazia total sentido, deixar tudo pra trás como se fosse apenas um mal entendido não fazia o menor sentido.

Eu não sei explicar mais ele meche comigo de uma forma muito intensa, quando me dei conta já estava envolvido. - Disse tentando achar alguma lógica nisso tudo.

Nisso Felipe retorna a sala já vestido e tenta se explicar:

Eu realmente o amo, naquele dia eu estava com muito medo ainda não estar totalmente recuperado e te magoar, de te dar ainda mais trabalho que já vinha dando. Se tem uma coisa que eu tenho certeza é que você não merece viver sua vida com um drogado ao teu lado. - Felipe veio em minha direção e me abraçou - Eu sei que eu errei com você mas estou aqui para me desculpar. .

Os braços de Felipe tinham em encaixe perfeito junto ao meu corpo, me sentia em um outro planta, em outra dimensão. Vitor notando o clima saiu e nos deixou à sós, confesso que foi um dos meus melhores aniversário, estar ali olhando aqueles olhinhos lindos me olhando, aquele sorriso incrivelmente branco que insistia em ficar escancarado. Tudo que eu estava lutando para ter meses atrás nesse momento eu tinha ali, ao meu dispor, vi tudo que sempre busquei bater a minha porta de maneira surpreendente, tudo em que eu menos pensava era se aquilo ali tinha ou não potencial de voltar me ferir. Ficamos conversando por horas, aquele sorriso não saia de seu rosto, não queria estragar o momento mais ainda haviam muitas coisas que eu não tinha entendido.

Lipe eu preciso te fazer algumas perguntas, sei que o momento é muito bom e não gostaria de estragar, mas não tem como eu não ter algumas respostas agora. - Disse sério, mas afagando sua cabeça que estava recostada em meu peito. - Em algum momento a minha ou a sua mãe falou algo para você se afastar?

Pessoal me desculpa de verdade pela demora ( e que demora) mas foram tempos difíceis e todas as vezes que sentava para escrever era remexer em muitas coisas que foram difíceis de passar! Obrigado pelos e-mails, comentários e participação! Já adianto que peguei gosto em escrever é seguido a esse já tenho um piloto para vocês avaliarem! To postando o final em duas partes para não ficar muito massivo de ler! Bjs

Contato: contos.meninosdorio@gmail.com

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Comentários

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É o seu coração falou mais alto, espero que vocês dois sejam muito felizes, não importa se juntos ou separados!!! 💓😍

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Tô super feliz com seu retorno! Esperei meses para poder ler esse final e só de saber que finalmente vou poder ler... nossa, só sei sei que tô feliz! E não ouse sumir por meses novamente, tu não sabe quantas vezes por dia eu vinha ver se tu tinha retornado!

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Achei que vc tinha abandonado o seu conto! Estava morrendo de sdds de lê-los. Vcs estão juntos hj em dia! Abraços!

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Cara, li o seu conto e fiquei extremamente emocionado, principalmente por se tratar de um relato de sua vida! Confesso que por horas quis bater em você, principalmente quando vc se relutava a tentar ou deixá-lo te amar! Mas isso é de cada um! Eu fiz loucuras pelo meu amor e hoje estamos juntos a 7 anos! Também tenho escrito contos, mas são fictícios, até porque a minha vida sempre foi muito chata! Gostaria de poder trocar ideia com você, lhe mandarei e-mail! Se quiser e tiver curiosidade de ler meu conto, é "Peripécias de um adolescente nômade". Ah, e só dei nota dez porque não tem mais, senão daria 10000. Espero que você e o seu Felipe estejam bem, vcs merecem! Ainda mais com umas mães dessas! Meu deus, até quando jovens terão que passar por todos esses traumas! Toda essa dor por uma simples convenção religiosa, que teima em negar o maior ensinamento do seu fundador: Cristo! O cara veio pregar o amor e esse povo só faz disseminar o ódio!

E desculpe falar assim, mas agente le sobre alguém e já acha que ficou íntimo! Kkk

Abraço cara!

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Naaaao pode ser!!! Encontrei seu conto hoje e li tudo, por favor passe teu número ou e-mail pra conversarmos... Você já passou e-mail em um, mas não sei se ajnda é o mesmo por causa do tempo...

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Naaaao pode ser!!! Encontrei seu conto hoje e li tudo, por favor passe teu número ou e-mail pra conversarmos... Você já passou e-mail em um, mas não sei se ajnda é o mesmo por causa do tempo...

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Que bom que voltou. Poste o resto, pfvr, e conte como voces todos estao atualmente.

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cara eu to bastante abalado, esse garoto sempre se ferra, sempre é chutado por esse imbecil, merda. Mas ta ótimo isso

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Que bom que voltou, mas essa demora me fez esquecer totalmente sua história... Sem mais

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Olha achei sinceramente achei que vc tinha abandonado, mas parece que eu errei feio, fico feliz que tenha conseguido mexer nas lembranças do passado, e ter voltado para completa a sua estória aqui conosco, o engraçado é que eu lembro boa parte do seu conto, e não consigo lembrar a mesma materia que o professor da toda semana (é o que dizem a gente só grava coisas que nos agrada, marketing e economia não me agrada), fugi do assunto. Fico feliz que tenha voltado, tava com saudades mesmo não me pronunciando. Quero ler esse piloto.

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