SEXO E CARNIFICINA - Parte 15
Quase não saiu porra da pica de Virgulino. Como se ele já estivesse esgotado todo o estoque para satisfazer as mulheres com quem estivera aquela noite. Mesmo assim, Akito gemeu prazerosamente ao sentir as últimas gotas pingarem dentro de si. Por causa disso, negligenciou a chave de braço que imobilizava o nissei. Este, percebendo a distração, desprendeu-se dela de um impulso. Ato contínuo, lançou o o pé contra o estômago da nipônica. Ela foi projetada à distância, arrastando Virgulino junto. O jovem, ainda grogue por conta da gozada, bateu com a cabeça no chão, quase desmaiando. Akito fez uma pirueta no solo e caiu em pé e em posição de ataque. Mas o segundo golpe pegou-a ainda desequilibrada. Também não conseguiu evitar o terceiro coice. Recebeu uma saraivada de sopapos dados com toda a fúria do jovem nissei. Virgulino quis impedir que o companheiro continuasse batendo, mas levou um murro que o pôs a nocaute.
Quando acordou, ouviu sons estranhos próximos a si. Sacudiu a cabeça, querendo clarear as ideias. Aí, viu o nissei metendo adoidado no cu da japonesa, que gozava desvairada, chamando-o de gostoso. Ela tinha vários hematomas no rosto, mas isso não parecia incomodá-la. Também não estava imobilizada, como Virgulino supunha. O casal havia chegado a um acordo e agora gozavam das delícias do sexo - pensou ele.
Levantou-se e caminhou até o banheiro, deixando os dois fodendo a valer. Ela gritava como uma condenada, pedindo que ele lhe arrombasse as pregas. Ele rosnava que só iria fazer isso quando afolozasse sua buceta carnuda. De vez em quando, retirava o pau de dentro e deixava-a ansiosa para que ele voltasse a meter-lhe a pica.
Enquanto se banhava, tentando tirar o cansaço que já quase o fazia desabar, Virgulino ouviu seu celular tocando. Voltou à sala e apanhou-o do chão. A japonesa, imediatamente, parou de foder. Ficou atenta ao que o jovem iria falar.
- Mariana? Porra, pensei que estivesse morta! - espantou-se ele - Onde você está?
Pouco depois, a repórter aparecia muito ensanguentada na porta. Havia levado um tiro no flanco e perdera muito sangue indo até ali. Quase desabou nos braços de Virgulino. O jovem pegou-a nos braços e deitou-a num sofá em estilo francês. Quando se agachou para melhor acomodá-la, a repórter-policial disse ao seu ouvido:
- Precisamos sair daqui. Estamos em perigo.
O jovem não compreendeu o que ela disse e pediu que repetisse. Então, muito séria, Akito interviu:
Ela perdeu muito sangue, não diz coisa com coisa. João, pegue um kit de primeiros socorros no banheiro. Também precisamos sedá-la...
Mariana tentou afastá-la de si, rejeitando sua ajuda, mas estava já sem forças. João voltou com os medicamentos e a japonesa preparou imediatamente uma seringa. Mais uma vez a jornalista tentou se livrar dela. Mas sucumbiu aos efeitos da injeção.
- Acho que ouvi-a dizer que estávamos em perigo - disse João.
- Foi o que eu também achei ter ouvido - assentiu Virgulino.
- Vistam suas roupas e vamos todos embora daqui - foi a ordem seca da japonesa.
Pouco tempo depois, João carregava a jornalista nos braços enquanto Akito e Virgulino arrumavam o apartamento de modo a não ser percebido imediatamente que alguém estivera ali. Quando Virgulino foi verificar se a porta de um dos quartos estava fechada, ouviu da japonesa:
- Pode deixar, essa porta eu fecho. Vão descendo, mas estejam atentos. Talvez o Exército já esteja aí embaixo, atraído por essa mulher. Como ela sabia que estávamos aqui?
Virgulino também se fazia aquela mesma pergunta. Ficara cismado com a aparição da policial, apesar de contente por ela ter sobrevivido. O nissei não parecia entender bem do que os dois estavam falando. Conseguiram sair do condomínio sem serem incomodados e logo estavam na estrada. João percebeu que no carro da japonesa havia uma mini-tevê e ligou-a. Só se falava da invasão do condomínio de luxo e do assassinato de várias pessoas inocentes. Um sujeito com cara de bandido estava sendo entrevistado por uma repórter:
- E quem encabeçou essa invasão? Comenta-se que bandos rivais não teriam poder de persuasão suficiente para uma operação desse porte.
- Eu não sei de nada, dona. Quem sabia era meu parceiro que foi assassinado por um merda com todo o jeitão de militar. O cara era fodástico, matava sem piedade. Também ouvi dizer que tinha uma figura por trás disso tudo, que reuniu o bando e deu dicas valiosas de como deveríamos agir.
- Essa TV pode ser rastreada pelos milicos, vocês sabem disso, não? - perguntou a japonesa.
A contragosto, o nissei desligou o aparelho. Virgulino dirigiu-se à mulher que guiava o carro. Ela vestia uma saia cinza e uma blusa preta. Estava muito elegante, apesar da roupa simples:
- E agora, o que iremos fazer?
A mulher pensou por alguns segundos. Depois, respondeu:
- Não podemos ser vistos juntos. Vamos nos separar. Eu sigo com a repórter até ela se recuperar. Meu querido João deve procurar algum motel, de preferência um que não faça perguntas indiscretas. Virgulino, você vai para onde está Israella.
- Peraí, como você sabe dela? E como sabe que ela esteve comigo? - inqueriu o rapaz, todo desconfiado.
Ela pareceu não dar atenção às desconfianças dele. Apenas arrematou:
- Tudo se esclarecerá ao seu devido tempo. Sei mais de vocês do que possam imaginar. Façam o que digo e sairemos dessa ilesos.
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Virgulino foi o primeiro a saltar. João seguiria com a japonesa até ser deixado em algum lugar mais perto de algum motel. Mariana permaneceria com a japonesa, enquanto os jovens esperariam um sinal para se reunirem de novo e traçar novos planos. No entanto, assim que a japonesa desapareceu de vistas numa curva, Virgulino deu meia volta. Sua intenção era regressar ao apartamento da japonesa. Sabia que poderia ser perigoso, se os milicos o estivessem esperando lá, mas precisava tirar uma dúvida que o corroía por dentro desde a chegada da jornalista ao apartamento. Meia hora depois, mesmo estando a pé, chegou de volta ao condomínio. Entrar no apartamento não foi difícil, pois percebera que a nipônica, ao sair, escondera algo sob o tapete de entrada. Acreditou que eram as chaves da porta. E tinha razão.
Entrou sorrateiro no apartamento, depois caminhou diretamente para o quarto que vira o tempo todo fechado. Estava trancado a chave. Resolveu acender uma das lâmpadas da casa. Forçou, em vão, a fechadura. Procurou com que arrombar aquela porta. Achou uma chave de fenda robusta e usou-a. Pouco depois, conseguiu seu intento. A porta agora estava aberta. Acendeu a lâmpada do recinto e ficou espantado com a parafernália de equipamentos modernos contidos ali. Todos de fabricação japonesa. Parecia uma sala de espiões. E era. Aí, Virgulino viu um head fone sobre uma mesinha. O aparelho havia sido deixado ali ainda ligado. Então, ele compreendeu tudo. Tanto que nem se espantou quando ouviu a voz atrás de si:
- Sim, você descobriu meu segredo e eu vou ter que matá-lo por causa disso. Eu sou aquele que vocês chamam de "Cérebro".
FIM DO EPISÓDIO - Ainda em construção