No dia seguinte, quando a ficha finalmente caiu, fiquei pensativo. Até então, a coisa mais perto de uma experiência gay que eu tivera havia sido durante o futebol quando foi derrubado por um carrinho criminoso e, ao cair, minha mão pousou sobre os genitais do adversário. Mas isso não produzira nenhum efeito em mim (tirando, claro, a dor na minha panturrilha por causa do carrinho). Nunca tive atração por homens, nem antes nem depois. Fiquei um pouco confuso.
Minha próxima aventura sexual (que não envolvesse minha mão – essas eram diárias) deu-se na semana seguinte. Tudo começou numa noite chuvosa de sexta-feira. A maioria das meninas estava fora, salvo por Gabi (estudando na sala), Cláudia (dormindo) e Valquíria. Eu estava assistindo alguns vídeos no YouTube pelo meu notebook, deitado no sofá. Valquíria veio falar comigo. Ela é a mais alta, tem mais de 1,80m, e é bem corpulenta. Não gorda, mas grande. Ombros largos, pele morena bem clara e cabelos castanhos claros com algumas mechas louras. O rosto era bem delineado e feminino, com olho grandes e castanhos e lábios carnudos na medida. Apesar do tamanho e da profissão (dominatrix), era um amor de pessoa e tinha o riso fácil (e bem bonito).
- Rafa? - ela perguntou. Estava enrolada num robe, os cabelos castanhos presos num rabo de cavalo.
- Sim? - respondi, desviando o olhar da tela do notebook.
- Pode me ajudar numa coisa?
- Claro, Val. O quê?
- Eu queria testar uns acessórios... - ela começou a dizer, e a mudança na minha expressão facial deve ter sido bem rápida e brusca, pois ela logo tratou de explicar – Calma, calma... Apenas umas cordas, gags... Instrumentos de bondage.
- Bondage?
- Sim. Basicamente, te amarrar, imobilizar.
Concordei, e fui com ela até o quarto do meio, que era de Márcia, Gabi e Amanda. Márcia e Amanda tinham saído, e a Gabi ainda estava estudando na sala, e lá ficaria ainda por pelo menos uma hora.
- Por que aqui, e não no seu quarto? - eu quis saber.
- A Cláudia está lá, dormindo. E, se você acha essa bicha nervosa, é porque nunca a viu quando a acordam...
Eu imaginei, não devia ser agradável.
- O que eu faço?
- Abra a boca. Bem aberta.
Assim o fiz, e antes que pudesse perguntar mais algo, ela enfiou uma ballgag em minha boca, prendendo a correia atrás da minha cabeça.
- Se estiver incomodando, me avise.
Falei algo ininteligível, querendo dizer “Tudo bem”. Ela pareceu entender.
- Agora, tire a roupa
Emiti um grunhido de surpresa.
- Pode ficar de cueca.
Tirei a camisa e o short. Ela fez um “fiu fiu” e sorriu.
- Agora ajoelhe na cama. - mandou.
Subi na cama e fiquei de joelhos. Ela me deu um leve empurrão e caí de quatro.
- Coloque as mãos por baixo do corpo. Segure as coxas. - ela pediu. Fiz isso, e ela amarrou meus braços nas pernas
- Está muito apertado?
Fiz que não com a cabeça
- Que gracinha ficou. Posso tirar umas fotos?
Respondi que não, o melhor que o ballgag permitia.
- É para botar no meu site. Deixa, vai... - pediu, dengosa. Acabei cedendo.
- Já volto, vou pegar meu celular no quarto. Não saia daí. - disse, e riu.
Ela saiu, me deixando ali, amarrado, indefeso e com a bunda pra cima.
Segundos viraram minutos, e nada dela voltar. Devia estar tomando cuidado para não acordar a Cláudia, pensei. Ouvi um barulho da porta abrindo. Virei a cabeça e vi, parada junto à porta, não a Val, mas a Márcia.
- Olha só... O que temos aqui? - ela disse, e abriu o sorriso mais sacana da longa história dos sorrisos sacanas.
Largou o casaco na cadeira e veio até mim.
- Será que é um presente pra mim? Nem é meu aniversário nem nada. - disse e riu.
Ela puxou minha cueca pra baixo, deixando minha bunda à mostra.
- Hm... Lisinho. - ela disse. Eu tinha raspado a bunda antes da minha experiência com a Cláudia, e a mantivera raspada desde então.
Márcia ficou acariciando e apertando minha bunda por algum tempo. Fiquei mais calmo, achei que fosse ficar só nisso. Aí senti algo forçando minha porta dos fundos e protestei, mas tudo o que consegui foi me babar todo por causa da ballgag.
- Calma, calma... É só o dedinho. - ela disse, e riu alto. - Você quer outra coisa?
Tentei me debater, mas em vão. Márcia foi até o armário. De dentro dele, tirou um dildo vibrador.
- Que acha de fazermos uma festinha?
O vibrador devia ter uns 19 centímetros e de cor roxa. E era GROSSO. Ela deu umas pinceladas com ele no meu ânus. De vez em quando, fingia que ia enfiar, só para me sacanear. Ela o ligou, e encostou no meu saco.
- Está gostando? - ela disse. Eu não respondi (nem poderia), só soltei um leve gemido. Estava bem gostoso. Ao mesmo tempo, ela lambia meu ânus.
Aguentei o máximo que consegui (que não foram nem 5 minutos) e acabei gozando.
- Ah! Safadinho. - ela disse, e desligou o vibrador. - Não é justo você gozar e eu não.
Ela deitou ao meu lado e colocou o pênis pra fora. Era de um bom tamanho, um dedo maior do que o da Cláudia, mas um pouco menos grosso. Devia ter por volta de 20 cm. Começou a se masturbar.
- Onde eu gozo? Acho que vou gozar na sua bundinha... - ela disse, sorrindo. Eu protestei.
- Calma...Em cima dela, não dentro. Só vou te comer se... Ou melhor, quando você quiser. - ela completou.
Márcia se levantou, foi para atrás de mim e continuou se masturbando. Não demorou muito, ela gemeu forte, e senti seu gozo quente caindo em minha bunda e costas.
Míseros segundos depois, Valquíria abriu a porta. Quando viu aquela cena, estacou.
- Puta que pariu, que putaria é essa?
Ela foi até a Márcia.
- Márcia, o que você fez?
- Nada de mais, só brincamos um pouco.
- Me diz que você não comeu ele...
- Não, só brincamos. Já falei.
Valquíria se aproximou e deu uma olhada na minha bunda. Como ela estava fechadinha, viu que Márcia estava falando a verdade. Se ela tivesse me comido, provavelmente estaria tão arrombado que daria pra ver minha boca lá na outra ponta.
- Já que você chegou, pode tirar as fotos pra mim, por favor? - Val pediu pra Márcia, enquanto limpava o gozo dela da minha bunda.
- Claro.
Valquíria abriu o roupão e o tirou, revelando o traje que estava usando por baixo. Botas de couro, uma calça bem justa, top e luvas. Imediatamente, tive uma ereção. Val começou a fazer poses próximas a mim e Márcia foi tirando as fotos. Senti algo quente e molhado nas minhas costas, e me contorci para tentar ver o que estava acontecendo. Pelo espelho do armário, vi que era o pênis da Valquíria. Uma coisa grossa, longa e marrom.
- Pronto, terminamos. - ela disse
- Ainda não. - disse Márcia. Ela se jogou do meu lado e fez uma selfie com a minha bunda. - Essa vai pro facebook. - disse. Valquíria tentou pegar o celular das mãos dela, que correu pra fora do quarto, rindo.
- Ah, ela só está te perturbando. - disse Val. Sentou-se ao meu lado e começou a desatar os nós. Quando terminou, me ajudou a levantar.
- Como se sente? Alguma dormência nos braços ou nas pernas?
- Não. - e, de fato, não havia. Nem vermelhidão. Ela era boa no que fazia.
- Desculpa ter demorado, fiquei com medo de acordar a Cláudia.
- Tudo bem.
- O que a maluca da Márcia fez com você?
- Hã... Nada de mais.
- Eu coloquei meu short, e me virei para apanhar minha camisa. Val colocou uma das mãos em meu ombro e me virou, gentilmente.
- Você foi tão bonzinho...
Val se aproximou de mim, provocativamente. Ela estava simplesmente enlouquecedora naquela roupa. E com certeza notara minha ereção.
- Que nada, ficou feliz em ajudar.
Ela agora estava a poucos centímetros. As botas a deixavam mais alta que eu pelo menos uns 4 centímetros. Seu pênis, semi-ereto, roçava na minha coxa.
- Diz pra mim, como posso te recompensar? - ela sussurrou. Suas mãos deslizavam pelo meu peitoral.
Eu não sabia o que dizer, muito menos o que fazer. Mas fui salvo pelo proverbial gongo, pois Amanda chegou naquele momento. Aquele era o horário no qual ela costumava chegar em casa, e geralmente ela tomava um banho e ia direto tirar um cochilo. Valquíria disse no meu ouvido que me devia uma, me deu um beijo no rosto, agradeceu novamente por minha ajuda e saiu. Eu terminei de me vestir e saí. Cruzei com Amanda no corredor e tentei esconder minha ereção. Minha primeira ideia foi correr pro banheiro para, vocês sabem... Mas tinha alguém nele. O outro banheiro ficava dentro do quarto da Joyce, e só era usado pelas outras em casos de emergência. Resignado, fui até a cozinha e tomei um copo d'água. Márcia estava lá.
- Gostou da nossa brincadeirinha? - ela quis saber.
- Mais ou menos... Bem, sim. - respondi. Por mais bravo que tivesse ficado na hora, tive que admitir que foi bem gostoso.
Nesse momento, ouvimos um grito vindo do quarto:
- QUEM FOI O FILHO DA PUTA QUE GOZOU MINHA CAMA TODA??
Márcia olhou pra mim, sorriu maliciosamente e saiu.
Mais tarde nesse mesmo dia (depois de trocar o lençol da Amanda e pedir desculpas efusivamente), estava no sofá assistindo televisão. Já era noite. Gabi chegou da faculdade. Como era “tradição” nossa, quase todos os dias nós conversávamos depois dela chegar. A casa estava em silêncio, quem não estava fora, estava dormindo. Tirando nós dois, claro.
Ela disse que um carinha tinha dado em cima dela. Perguntei o porquê de não ter rolado.
- Ahh, ele era até bonitinho, mas chatinho, chatinho... Não era tipo você.
- Hm, tipo eu?
- Sim. Você é bonito, simpático, sabe ouvir. Se alguém como você desse em cima de mim, aí sim eu ficaria lisonjeada.
Uma indireta direta no queixo.
- Mas acho que você nunca faria isso, você não gosta de trans, né? - ela continuou.
- Bem... Eu... Nada contra... Sabe como é...
- Sei... - ela disse, e abaixou a cabeça.
- Você é muito bonita, eu que fico lisonjeado por você achar isso de mim.
Ela sorriu. Pegou minha mão.
- E o que sentiria se eu fizesse isso? - ela disse, e me beijou.
- Acharia... Achei muito bom. - respondi. E, de fato, fora. Vi que ela estava com um sorrisinho no rosto e olhando pra baixo. Minha ereção voltara. Ainda não tinha conseguido me aliviar. Gabi sentou no meu colo, de frente pra mim, e voltamos a nos beijar. Minha ereção foi aumentando. Ela desceu, ajoelhou na frente do sofá e abaixou meu short. Meu membro saltou pra fora como se fosse um pula pirata. Ela deu uma olhadela pra mim, e então caiu de boca. Meu tesão ia aumentando mais e mais. Ela colocou o pênis pra fora e começou a masturbá-lo. Era bem menor que os três que eu já tinha visto (Cláudia, Márcia e Valquíria), devia ter por volta de 15 centímetros e grossura média. Depois de me chupar bastante, ela subiu no sofá e se deitou. Seu pênis apontava pro teto. Eu cheguei perto dele. Seria bom retribuir a chupada, não? Mas eu nunca tinha feito isso. E se fizesse errado?
Gabi sentiu minha incerteza, e me chamou pro lado dela. Nos beijamos mais um pouco, e ela ficou de quatro no chão.
- Vem, Rafa, me come.
Um pedido desses é impossível e negar. Coloquei um preservativo, passei um gel e coloquei na marca do pênalti. Gabi gemeu baixinho quando a cabeça entrou. Nem precisei enfiar o resto, ela se jogou pra trás e fez isso por mim. Logo, estava bombando com força. Ela mordia uma almofada para não acordar ninguém. Mudamos de posição, papai e mamãe.
- Vou gozar, não para, não para...
Ela começou a se masturbar, e não demorou muito a se derramar em gozo. Aquilo me deu ainda mais tesão, aumentei a velocidade e logo gozei também. Ficamos por algum tempo deitados lá nos beijando, suados e extasiados. Depois, tomamos banho juntos e fomos dormir, não antes de um longo e molhado beijo de boa noite.