"Não sei se um dia isso será amor ou dor. Apenas sei que na vida tudo o que nasce apenas um desses fins pode ter, do contrário já é algo morto dentro de sua própria existência"
Johnny: Oii - Falou desesperado já atravessando a porta e me envolvendo em um abraço esmagador - você está bem, eu vim voado pra cá pensei que você pudesse ter feito algo ruim, eu quase morri só de imaginar - foi dizendo meio sem fôlego e com a voz embargada
Eu: Calma Johnny... - Me soltei um pouco - eu estou bem ta?
Johnny: Que... bom... - secou os olhos que começavam a lacrimejar e me beijou. Não foi um beijo quente e de puro tesão como os outros. Dessa vez foi diferente, senti algo diferente, havia algo diferente.
Depois do beijo ele se sentou na sala e ao ver meu Xbox pediu pra jogar um pouco, eu deixei e disse que faria algo para lanchar. Fui para a cozinha e quando voltei ele estava só de bermuda, daquelas se usa para jogar futebol e sua camisa jogada no sofá. Me sentei ao lado dele que permaneceu distraído, o cheiro gostoso do seu perfume misturado com um pouquinho de suor que vinha da camisa ao meu lado me desconcentrava. De leve eu deitei a cabeça sobre o ombro dele, numa atitude não pensada e cheirei seu pescoço.
Johnny: Hmmm - largou a manete e em um movimento muito rápido subiu no meu colo, mas não se sentou. Ficou apenas agachado perto o bastante para me beijar de frente. O beijo era delicioso e envolvente como sempre porém aquele algo a mais ali estava outra vez, e dessa não fui só eu quem percebi pois ele parou meio que do nada.
Johnny: Igor? - me chamou me olhando sério nos olhos
Eu: Oi meu anjo - respondi e sorri. Ele automaticamente sorriu de volta e eu o beijei outra vez. Sem camisa e com aquele abdomem perfeito na minha frente óbvio que resolvi tirar uma casquinha porém minha mãe resvalou sem querer no seu membro duro dentro de seu short.
Johnny: Aaah, você quer? - mordeu o lábio e pulsou a minha mão em seu pau duro como pedra. Colocou a mão dele acima da minha e começou a massagear enquanto voltava a me beijar. Com a outra mão eu acariciava seu abdomem e ele pulsava entre os meus Deus aquele mastro que era grande o bastante pra me assustar e encher de tesão ao mesmo tempo. Apesar de eu ser ativo não posso negar que ser passivo com o Johnny deveria ser uma delícia.
Johnny: Tá pensando em que eih? - disse com uma cara de ator pornô e acertou minha bunda
Eu: é... bom... em... - instintivamente apertei seu membro com mais força em seguida corei sem graça e tirei a mão apoianando em sua virilha
Johnny: Hm não precisa ficar sem graça - disse bem fofo e me beijou com delicadeza - isso tudo é seu quando quiser - e pulsou o pau dentro do short.
Eu: Tá bem... mas não sei se...
Johnny: tu nunca?
Eu: já... mas, só quando estou namorando
Johnny: Então namora comigo Igor Couto? - sorriu e me deu um beijo tão apaixonante que me tirou todo o fôlego
Eu: você já... na... namora - gaguejei
Johnny: É... - com um semblante triste saiu de cima de mim e se sentou ao meu lado - olha... tudo isso é muito complicado se eu pudesse te explicar, você entenderia que eu não sou esse filha da puta que o Arthur disse e que nem estou usando você ou algo do tipo. Só quero que saiba que você é ótimo - levantou a cabeça e me olhou nos olhos enquanto tocava minha face com uma das mãos - você é mesmo incrível e eu namoria com você sem nem pensar duas vezes mas, eu realmente não posso.
Eu: tudo bem... eu entendo, sou tão errado quanto você nisso. Não deveria ficar com um garoto que namora
Johnny: não pensa assim... ficar com você tem sido a melhor coisa desde que voltei pro Rio. Sei que não parece muito lógico mas eu realmente estou sendo sincero
Eu: mas... e o seu namorado?
Johnny: eu evito vê-lo quase que sempre. Só cumpro com as minhas obrigações básicas mesmo. Não vou dizer que seja ruim ficar com ele, ele é um garoto ótimo, lindo - aquelas palavras de alguma forma mexiam comigo - fofo, super atencioso, ele é bom de...
Eu: Tá bom, chega!! - interrompi - acho melhor tu ir embora agora minha mãe so foi na padaria.
Johnny: mas não tem ninguém BA minha casa, vou ter que ficar la sozinho
Eu: porque não chama seu namorado fofo, lindo e gostoso pra te fazer companhia?
Johnny: para cara! Ciúme besta
Eu: não é ciúme nem viaja
Johnny: não tenho culpa disso; tu sabia que eu namorava quando decidiu começar a putaria comigo
Quando ele falou dessa maneira me lembrei da capacidade plena de ser um total e completa babaca que ele possuía
Eu: ta bom cara, eu decidi começar a putatia e agora devido acabar com ela. Faz o favor de ir embora
Johnny: ta bem, você quem sabe... se tu não quer tem quem queira!
Ele saiu e bateu a porta enquanto eu permaneci no sofá. Demorou um tempo até eu admitir pra mim mesmo que senti um pouco de ciúmes. Porém tudo era muito confuso: se o namorado dele era assim tão bom porque ficar comigo? Se foi tão fofo e meigo, quase chorou por se preocupar comigo e até mesmo disse que namoraria comigo pra que ser tão escroto em resumir tudo como uma putaria que
Eu comecei?
Depois de tanto quebrar a cabeça pensando minha mãe chegou e para não ter que responder suas milhares de perguntas como: que marca de fogo é aquela na grama? Porque tu e o Caio brigaram? De quem é essa camisa no sofá? Que chupão é esse no pescoço... Eu decidi sair um pouco. Me arrumei mais ou menos e bem rápido com uma valsa Jeans Clara, uma camisa preta com a estampa do meu whisky favorito (Jack Daniels) e meu allstar básico.
Johnny estava do lado de fora brigando com alguém pelo telefone sentado próximo ao portão. Passei do outro lado como uma flexa e não falei com ele. No entanto esperava que ele me notasse e falasse comigo. Segui até a praça principal do bairro e fui até a sorveteria. Pedi um big cascão e me sentei em um dos balanços. A brisa era leve e o céu azul... azul como os olhos do
Johnny: Oi. Você vem sempre aqui? - apareceu do nada
Eu: cara... agora não por favor. Olha isso era legal na escola sim, mas não estou no clima para brigar com ninguém hoje. Por favor - falei triste ao pensar no que havia de errado comigo pra ninguém que fosse meu não conseguir ser só meu.
Johnny: Não fica assim - me abraçou tirando-me do balanço - desculpa? Meu iguinho eu não quis te magoar, eu só fiquei nervoso, confuso e constrangido. Você com ciúmes de mim? Nunca imaginei. Logo de mim... Logo você. Não tá me usando mesmo? Sério pode falar que quer se vingar e só fica comigo pra fazer com que eu me apaixone e depois quebrar meu coração.
Eu: esse não era o seu plano?
Johnny: nunca! Eu jamais vou magoar ou ferir você outra vez - me olhou nos olhos sério - isso é um juramento.
Eu: Tudo bem eu acredito em ti.
Johnny: agora é a sua vez.
Eu: jamais vou magoar ou ferir você outra vez eu juro.
Passamos a tarde juntos conversando, descobri muito sobre o Johnny. Coisas que não soube em anos convivendo com ele.
Johnny: Igor?
Eu: Oi bebê
Johnny: Qual a sua cor favorita?
Eu: azul e a sua?
Johnny: Azul? - e riu fofo - azul igual os olhos do seu crush?
Eu: meu o que?
Johnny: seu crush. Sua paixão entendeu?
Eu: eu não amo nem a mim mesmo ultimamente.
Johnny: não disse amar, só gostar um pouco que seja... - e abaixou a cabeça
Eu: bem... gostar eu não sei... mas sendo sincero eu gosto bastante de ficar com você e eu acho que senti um pouco de ciúmes - fiquei sem graça ao dizer - além disso agora que estou te conhecendo melhor vejo que você é muito apaixonante
Johnny não respondeu nada, apenas me agarrou rapidamente e ali mesmo numa praça super movimentada nos beijamos enquanto o sol descansava ao longe no horizonte...
"A intensidade dos fins devem-se aos meios assim como os recomeços... prever a chuva ou o sol de amanhã me parece impossível assim como saber se um dia isso chegará a ser amor. Mas, espero de coração que não seja. Pois amor é algo que, nem que seja por uma unica vez na vida, todos sentem. Espero que o que sintamos seja algo tão único que tenha de receber um novo nome"