Oi, caras de boi. Pow, galera. Atingi minha franquia de demora heim. Desculpas, seus lindos. É que escrever esses momentos foram bem barra pra mim. E como você escrever seu estupro ou algo semelhante. Horrível e enjoativo. Mas tá aí. A escrita está meia confusa, mas eu não gosto de texto mastigado de mais e então dificulto as coisas pra vocês. O conto ta longo, logo aviso. Desculpa não responder vcs, mas se eu o fizesse postaria o conto só noutro dia kkk. Obrigado aos que lêem e comentam e aos que somente lêem. Cês todos são uns lindos.
VAMOS AO QUE REALMENTE IMPORTA.
AVISO: Tudo de fato aconteceu e eu vou relatar violência física e talvez moral. Aos que não apreciam tal tipo de leitura, sugiro que pulem alguns trechos até se sentirem confortáveis o suficiente para prosseguir sem nenhum dano.
Depois que gritei o nome de Caio, eu ouvi ele falar, no celular talvez, um "eu sabia, manda a galera e..." aí senti um pé chutar minha cabeça e a mesma foi para trás de uma forma nada saudável, depois disso apaguei. Não foi da mesma forma que eu pensei que seria e que sempre é contada nas histórias quando alguém recebe um golpe na cabeça seguida da inconsciência instantânea... Não foi assim. Primeiro doeu e depois continuo a doer, só que de uma forma não ciente. Se apaguei por segundos, minutos, horas ou dias, eu não sabia dizer. Só sei que cada célula do meu corpo doía e pulsava em uma intensidade atroz. Era como se eu tivesse malhado até meu limite, travando meus músculos no dia seguinte e consequentemente causando danos. Só que alí, a dor era o quíntuplo mais forte e agoniante. Ouvi algo ser pisoteado com uma sonoridade notável, alguém arrobara a porta e depois disso foi um alvoroço de sons. Senti algo cair de forma bruta em cima de mim, ouvi carne se chocando com carne, baques surdos no chão, móveis quebrando, xingamentos, pragas e uma voz que me fez abri o olho que não estava inchado, me fazendo enxergar tudo difuso e incerto. Era a voz rouca e linda de Caio falando desesperada o meu nome, que me fez focar a visão e clarear o quadro. Com a cabeça colada no chão e de costas para a porta de saída, eu vi toda a sala ocupando meu campo de visão e lá tinha o cara da câmera jogado no chão, desacordado e com o braço esquerdo em um ângulo estranho. Vi tudo quebrado, móveis agora eram entulhos, vi também sangue que não era meu e vi o coroa tio de Ricardo bem pertinho da escada, também desacordado no chão. Então senti alguém me tocando e gemi em desespero.
As mãos eram quentes e ásperas, medo me dominou em pensar que ia apanhar mais e então uma voz me tranquilizou: Fer... amor. Sou eu - percebi pelo tom que ela estava chorosa e desesperada, contida, mas ainda sim com um pavor intenso. Era Caio. Meu Caio.
Então, quando olhei pro rosto dele, eu fiquei em choque. Por um segundo eu era só um menino de dois anos, só uma criança. Por que eu sabia que teria que viver muito mais, sofrer muito mais, para ter uma noção da angústia nos olhos de Caio. Era o rosto de um homem que ardia na fogueira, de um homem com as piores dores já sentinda na história, a dor de um homem com uma ira e agonia juntas, mesclando uma das feições mais impactantes para mim. Ao vê-lo assim, não sabendo o que fazer, ajoelhado e com os olhos em cascatas, aproximando a mão e afastando com medo de me tocar, eu chorei mais. Não me importei com a minha dor física, me importei com a de Caio de me ver assim.
Eu engasguei um "Par-parça" e ele chorou mais e me pegou no colo com o maior carinho e pôs a mim, deitado, no sofá velho no meio da sala, e ficou do meu lado ajoelhado. Caio desesperado: Fernando, calma que o socorro tá vindo... eu te disse, amor. Eu te avisei. Não chora, pelo amor de Deus, tá doendo muito? Fernando... calma.
Eu: Não - meu queixo estava travado, e doía falar. - Dói tudo, mas to bem. Só to chorando por causa da tua expressão. Ta machucado?
Ele alisou meu rosto angustiado: Não te preocupa comigo. Não... O que fizeram contigo? O que eles... ah meu Deus... - e chorou mais desesperado interrompendo a fala. Era um choro tão sofrido que me fez sentir mais medo ainda pelo seu descontrole emocional. Talvez ele surtasse alí e então "eu" que teria que ajudar ele.
Eu falei ignorando a pontadas no meu queixo: Você bateu neles todos sozinhos? - tentei olhar em volta e vi todos eles imóveis no chão, mas Ricardo não estava ali.
Caio: Esses desgraçados não sabem brigar. Suas sobrancelhas - falou ele olhando para elas.
Eu notei que tinha um pouco delas descendo pelo meu olho e o sangue descia em cascatas, o soco inglês abrira dois rombos nas minhas sobrancelhas. Logo logo eu desmaiaria, por estar perdendo muito sangue: Caio, to bem. Me tira daqui logo... To todo doído.
Ele: Ah é. Meu carro. Nem tinha pensando. Vamos.
Mas quando ele ia se levantar para me pegar, algo aconteceu. Minha cabeça rodava e eu fiquei tão fixado no rosto de Caio, bem onde tinha uma escoriação perto do olho, que não reparei na sombra que se aproximava por trás dele. Quando um baque surdo e medonho encheu a sala, e Caio caiu no chão, eu gelei. O bombado estava de pé com um porrete de madeira na mão e levei uns dois segundos para entender que ele acertara Caio na cabeça com o objeto.
O bombado estava com o rosto molhado de sangue e sua camisa branca toda manchada de sujeira, ele falou pesado: Toma, viadão do caralho - e então ia dar mais um golpe, mas parou quando sentiu uma pontada na perna, pelo que parecia, a mesma estava quebrada.
Eu com medo e raiva: Covarde, filho da puta!
Ele olhou pra mim e então tudo ficou tão impreciso com a dor atroz na minha cabeça e todo o meu corpo, o medo por mim e por Caio, que agora estava desacordado, e os acontecimentos que eu tinha ouvido, visto e sentido, com tudo isso junto, fizeram meu estômago revirar e eu vomitei no chão. Não sabia se pessoas que apanham vomitavam como eu fazia ou se era frescura minha, mas eu me encontrava tão perdido num turbilhão de emoções que meu corpo reagiu automaticamente, expelindo o que era meu possível almoço de mais cedo. Vi de relance o bombado levantar o porrete, só que ouvi alguém dizer de forma vacilante "Não mano, assim tu vai matar ele" e quando olhei, vi Ricardo pálido, com o rosto todo roxo, segurando o braço do outro e esse por sua vez deu um golpe com a ponta do porrete bem em sua barriga. Ricardo cambaleou para trás, com as mãos no abdômem e o moreno bombado iria matar Caio com aquele pau. Mais um golpe na cabeça e já era. E eu, o que eu podia fazer? Nada, a não ser assistir. Nem gritar eu conseguia, levantar dava, mas não rápido o bastante para pará-lo. Quando ele ia dar o golpe certeiro, coisas aconteceram rápido de mais para eu acompanhar. O sangue que estava fugindo do ferimento na minha testa, me deixara fraco e com a visão branca. Foi aí que percebi o moreno já jogado no chão, soltando um grito de dor, ele xingou e ouvi muitas vozes vindo de fora para dentro. Eu não entendia nada e então vi Pedro, o amigão de Caio; Juan, ele me ajudara na boate quando reencontrei Ricardo; Pablo, um amigo meu e de Caio que estudava com a gente no colegial, foi na casa dele que passei mal por causa do pé furado; Mário, tão grande e brincalhão, e que eu sempre fazia piadas às custas de seu nome... e tinha mais. Mais deles, amigos de Caio. Amigos meus. Nossos brothers. A maioria como Caio, marombados e meio babões, mas ainda parceiros-irmãos. Eles entraram alvoroçados e Juan, o maior de todos, deu um pisão nas costas do bombado e esse cambaleou para trás desajeitado, se chocou com a parede, mas apoiou as mãos nela para não bater o rosto. Atirou o pedaço de pau nos meninos que não sabiam o que fazer quando viram a mim, todo fudido, e Caio desacordado, mas involuntariamente eles voaram em cima do bombado tascando porrada nele.
Logo que vi Pedro eu gritei quase sem voz: Pedro... por favor, olha o Caio. Por favor - era agoniante estar todo doído e não poder se movimentar normalmente. Pedro foi até Caio e verificou. Nada parecia normal. Eu ouvia os meninos batendo e xingando o bombado, via Pedro dar palmadinhas na cara de Caio, chamando o nome dele, ouvi o cara da câmera gemer de dor e vi Ricardo levar um chute de Mário. Foi aí que senti o vômito novamente e creio que apaguei ou fiquei num estado de semi-inconsciência. As imagens eram distorcidas e borradas, mas vi o bombado pegar e furar Caio nas costa, a faca descia e entrava na carne, subia saindo vermelha de sangue, descia entrando novamente e fazia sua função, a de matar meu brother. Caio gemeu mais e a agonia dele era a minha triplicada. Os rapazes estavam ocupados brigando com mais alguém, na cozinha da casa e não prestavam atenção em mim e nem ao meu namorado, que estava soltando uma quantidade absurda de sangue, morrendo. Indo para sempre. O moreno veio até mim, rindo e enfiou a faca bem no meu braço, na parte onde ficam as veias mais visível. A lâmina entrou fazendo estrago, mas eu não protestei. Meu corpo doía tanto que não me importava mais com nenhum outra dor. CAIO. CAIO. CAIO. CAIO! Ele estava morto, pois pela quantidade de facadas, não saíra vivo. Ele estava morto. Morto. Meu amor.
A faca entrou mais fundo em mim e dessa vez doeu. Meu braço queimou, mas logo ficou leve e a dor foi embora assim como meu namorado.
*
Acordei em uma cama confortável, era boa e macia, mais cheirava estranho, cheirava à flores doces de mais. Abri os olhos, um só pois o outro se recusava a abrir com o inchaço. Ouvi um "bipe" incomodativo soar em alguma parte do lugar. Eu estava num quarto branco e levei 7 "mississips" para entender tudo de um quadro geral. Hospital. Eu estava meio entorpecido, meio leve de mais, meio coisado. Não sabia descrever e não sei até hoje, mas a verdade era que eu me sentia quase como se não tivesse corpo algum. A idéia me apavorou e eu tentei verificar, lancei um comando do meu cérebro para minha mão direita e senti meus dedos roçarem na cama. Alívio. Então ela foi automaticamente até meu olho que não abria e senti uma protuberância dolorida sobre ele. Estava inchado. Mexi o queixo e esse protestou, mas não era tão insuportável. Já entendido que estava num hospital eu deixei os pensamentos vieram a mim e lembrei de que Caio fora morto. Meu corpo gelou. Os "bipes" do aparelho o qual não lembro o nome ficaram rápidos e intensos e eu falei "Caio, Caio. CCAIO!". Olhei pro canto do quarto e vi seu Cá vindo até mim com cara de sono.
Seu Cá: Calma, Fernando. Calma.
Eu alarmado: Caio. Caio!!. Não, pelo amor de Deus. CAAAIO! Ele foi morto! Ninguém ajudou. Aah meu Deus.
Eu estava desesperado, eu vi ele ser furado com uma faca. Eu vi. Eu vi. Tremia e gritava descontrolado quando uma enfermeira entrou e novamente furou meu braço. Comecei a ficar mais leve e sonolento e não lembro quando dormi.
*
Quem já sofreu um acidente de carro, ou com algo que lhe deixou todo quebrado e consequentemente hospitalizado, deve imaginar o que é dormir quando você não quer, ou sentir fome e não saber o que é fome. Não saber seu nome, ficar vendo imagens entranhas enquanto os tranquilizantes e outros tantos remédios fazem um efeito danado. Caio, onde estava meu Caio? Eu estava tão dopado que nem senti tristeza, na verdade não sentia nada. Era um vegetal. Acordei uma vez e vi só a porta do quarto que dava pro corredor. Eu voltei a dormir, mas antes eu vislumbrei algo estranho. Meu pai estava alí. Nem deu tempo pra confirmar, porque a escuridão me envolveu novamente. Era tudo tão estranho, tão incerto, tão distorcido. Lembro dos sonhos que tive enquanto fiquei dormindo por um tempo, um era de minha infância, dos meus pais me abraçando com afeto e de meu pai beijando o alto da minha cabeça com ternura e amor. Outro, ainda da minha infância, era de mim moleque, na rua correndo atrás de pipas (em Belém chamamos de Papagaios) com meus colegas atrás de mim. Sonhei com Caio ainda guri, quando se mostrou pela web no MSN e que dizia ser feio quando na verdade não era em nada. Sonhei com o dia em que ele chegou em Belém e que ficamos atônitos um com o outro. Sonhei com meus tempos normais com Caio, quando não sentia aquele amor que sentia agora, da gente indo pra banhos, paquerando meninas, ele jogando bola, nós no colégio - a dupla do terror - aprontando todas e deixado os professores loucos, Caio por ser um riquinho metido e eu por minhas ironias para com eles. Sonhei com o nosso primeiro beijo e da sensação que era... selvagem, incerto, desconhecido, bom e inesquecível. Acordei outra vez e vi Lise abraçada com um homem grande. Era Caio, mas então eu lembrei de que ele estava morto. Voltei a dormir antes que a dor da perda me envolvesse e destroçasse meu coração.
Quando acordei de verdade, senti um afago na minha mão, o toque era áspero, quente e tentava ser delicado. Abri os olhos, e o que estava inchado abriu um pouco, numa fresta horizontal irrante. Vi Caio afagar minha mão e chorava calado, com seu nariz lacrimoso fazendo aquele som peculiar de choro. Só podia ser um fantasma. Era um fantasma.
- Caio? - falei e minha voz saiu num sopro triste. Percebi que meu corpo todo já não doía e nem estava tão leve por causa dos remédios. Estava quase normal. - É tu, mano?
Caio olhou pra mim e aproximou delicado o seu rosto do meu: Fêr, meu menino - ele ria e chorava enquanto seus lábios molhados pelas lágrimas umedecia os meus. - Amor. Amor.
Eu estava em choque. Ele estava morto. As facadas. Falei: Caio? Você é o Caio mesmo?
Ele parou de me beijar e me olhou com espanto. Naquela circunstância era eu que devia estar espantado e em choque. Caio, ou fantasma dele falou cauteloso: Sou eu sim. Não me conhece?
Meu coração estava aos pulos e as facadas estavam nítidas na minha mente: Claro... mas você tinha morrido.
Caio ficou mais espantado e então veio o que eu não queria. O choro descontrolado. Eu chorava e falava o nome dele. Então ele se afastou e eu gritei por ele, desesperado... achei que ele estivesse ido para "a luz no fim do túnel" e me deixando para sempre. Mas vi ele voltar e segurar minha mão. Ele tocou minha mão e eu pensei "ok, ele era um fantasma bem físico". Eu agarrei ela como se fosse algo que mantivesse com vida. Uma enfermeira entrou e me fez ficar calmo e dormir.
Quando acordei definitivamente eu percebi que chovia forte e de quando em vez a luz ficava fraca por consequência dos raios. Quem estava no quarto era André que estava sentado numa cadeira lendo revista em quadrinhos. Ele me viu e correu pra onde eu: Hey, boy. Ta lúcido de vez? - perguntou.
Eu me espreguicei involuntariamente, senti minha boca amarga e um vazio na barriga. Sem preâmbulos eu perguntei: Cadê o Caio?
André me olhou preocupado: Não vai surtar não né?
Eu sentando na cama impaciente: Cadê o Caio? - repeti ameaçador.
André inspirou: Mano, ele tá bem. Não sei se onde tu tirou que ele estava morto. Ficou repetindo isso toda vez que acordava. Assustou todo mundo.
Ele não estava morto? As facadas. O bombado o matando e furando meu braço. Automaticamente toquei onde ele me furara com a faca e não havia nada a não ser um tubo, nada de furo provocado por faca. André prosseguiu: Cara, vê se não surta de novo, tá bem? - ele falou com cuidado. Surtar? De novo? Como assim? Antes de eu perguntar sobre isso ele falou rápido. - Resumo, ok? Não me interrompa. Você levou uma surra feia, mas pelo que parece não quebrou nada do corpo, nadinha, o que é incrível porque os caras que te bateram eram maiores que tu. Teu namorado foi te ajudar e levou uma paulada na cabeça, só que apareceu os brother dele e salvaram vocês dois de algo pior. Pablo me ligou, eu nem lembrava muito dele do colégio, mas ligou para que eu avisasse tua família. Te trouxeram pro hospital inconsciente, foi aí tu ficou em estado catatônico e falava que o teu Caio tinha sido morto a facadas e gritava de mais, sendo que ele estava bem do teu lado são e salvo. Aí te deram uns calmantes barra pesada. Quando cheguei eu vi o teu sogro e o Caio... eles pareciam transtornados de mais para falar e eu entendi o porquê quando te vi. Tu tava todo fodido, mano. Pensei que tu tava morto, mas da tua boca só saía o nome "Caio". E a cara do teu namorado era de agonia pura, nunca vi alguém tão perdido como ele tava.
Enquanto ele falava tudo aquilo, eu percebi que não tinha visto Caio levar facadas, eu imaginara. Tudo fruto da minha imaginação, ocasionado pelos traumas daqueles instantes na casa, os socos na minha cabeça deixaram ela em desfoque. Caio estava bem e isso me encheu de felicidade. André falou que toda vez que eu acordava e via Caio, caía num choro descontrolado e era sedado. Perguntei quanto tempo que eu estava alí e ele falou que faziam dois dias e meio. Estranhei isso, parecia que eu tinha dormido e acordado por anos. Então tudo começava a fazer sentido, mas eu não me lembrava o que houve depois que perdi os sentidos. Os amigos de Caio, o que fizeram com os babacas lá? Com o tio deles? Com Ricardo? Pensar neles me encheu de medo e raiva. A raiva era lógica, agora o medo parecia algo incerto, só que bem palpável. Senti algo sobre minha sobrancelhas e vi curativos sobre ambas. Pensei na minha mãe uma vez quando vez um curativo na minha testa e fiquei alarmado ao pensar nela.
Eu: Pelo amor de Deus, me diz que minha mãe não sabe de nada!
André: Fica tranquilo que ninguém falou. Eu te conheço, e sei que você não iria pertubar sua mãe. Mesmo que morresse - ele riu sem graça e eu percebi que André me conhecia bem. Minha mãe surtaria caso soubesse disso, eu não iria querer ela sabendo desses acontecimentos. Não era que eu a estivesse mantendo no escuro, eu estava poupando ela do desespero infundado, pois eu estava bem agora. André concluiu. - Mas se tu quiser a gente liga pra ela.
Eu estava tão fora de foco que nem notei que André trajava a farda do exército: Melhor não. Deixa ela fora disso. Cadê o Caio?
André: Ele foi na casa dele tomar um banho. O leke ficou aqui o tempo todo. Saiu só pra fazer o curativo na cabeça.
Ele se feriu? - perguntei.
André: Uma paulada na cabeça. Levou pontos só. Olhae o quanto tu é odiado. - ele apontou com o queixo e virei o rosto para o lado e vi no canto do quarto um monte de coisas; ursos de pelúcia, uma luva de box, uma cueca com tromba de elefante - oi? -, uns balões coloridos e flores. Identifiquei a origem do aroma enjoativo e logo franzi o nariz. - Veio tanta gente aqui. Todo mundo querendo te ver.
Eu: Deixaram pelo menos dinheiro?
André gargalhou alto me fazendo acompanhá-lo e eu vi algo nos olhos dele. Era o meu brother André, mas no fundo eu via algo estranho, algo agoniado, algo querendo ser libertado. Talvez eu estivesse pirando, mas quando ele olhou pra mim, eu senti algo forte estalar dentro de mim, era como olhar pro mar pela primeira vez ao vivo... perceber que era diferente visto somente pela TV ou imagens diversas.
André: Perde uns dentes, mas não perde o senso de humor né, sr. Fernando, o indestrutível - eu ri e percebi que sentia sono, não muito. André pegou minha mão e falou. - Você parece zem ainda.
Eu senti a mão quente dele na minha e notei afeição de amigo no toque: Pois é, não é todo dia que levo uma surra dessas.
André ficando com raiva: Aqueles desgraçados. Tiveram o que mereciam.
Eu estranhando: Como assim?
Quando ele ia falar, alguém apareceu na porta fazendo eu gelar de alegria: ele estava vestido todo de branco, bermuda branca, havaianas brancas, camiseta branca e boné branco. E uns óculos escuros, exceção no branco, cobriam os olhos e isso o tornava mais lindo. Meu Caio. Meu namorado. Meu mundo. Ele se aproximou, André se afastou e largou minha mão; quando dei por mim, Caio foi me abraçando e dando um beijo suave em meus lábios. Enlacei seu pescoço e segurei firme com medo dele se afastar. Era medo misturado com alegria o que eu sentia. Segurei o choro e deixei meu corpo agir quando suguei sua língua com avidez deixando o sabor dela entrar na minha boca, para memorizar aquele gosto másculo e jamais esquecê-lo. O gosto era maravilhoso, com um leve toque de menta e extremamente inebriante. "Não, chore" ordenei à mim mesmo para que ele não se angústiasse ainda mais. Ignorei a dor no meu maxilar e dei beijinho no rosto dele.
Eu: Parça (beijo), meu parça. Meu... brother. Mano, eu jurava... (outro beijo) eu não sabia o que pensar. Eu... te amo.
Caio com os olhos molhados: Calma, moço. Eu estou vivo. Não levei facada alguma.
Abracei ele forte e falei: André me contou. Eu pirei eu sei.
Então ouvimos um pigarro e olhei pra origem do som. Vi André de pé e ele falou: Bem, está entregue, baixinho.
Eu ri pra ele e disse: Obrigado, Dré. Manda um beijo pra tia Lúcia (mãe dele). E diz que curti as flores.
Ele deu uma piscadela e falou um "até, Caio". Caio disse um "até" mecânico e frio. Quando André saiu eu perguntei: Qual é a de vocês dois? Nunca se deram bem.
Caio me deu outro selinho e colou a testa na minha: Besteira. Como você está?
Eu: Ainda sinto umas dorzinhas. Mas estou bem. E tu?
Ele deu mais um beijo doce e sereno e eu levei segundos até lembrar de como se respirava: Melhor agora com meu amor. Pensei que iria te perder. Pensei tanta coisa.
Eu vi que ele iria se perder em desespero e coloquei as mãos no rosto dele: Hey, eu estou bem. Passou. To de boas. Foco, Caio. Calma.
Ele inspirou com o nariz molhado e riu: Ok, foco. Foco.
Eu: Amor, o que te fez ir até lá? O que aconteceu depois que eu apaguei?
Caio mordeu os lábios e falou: Eu voltei por causa do teu celular sem sinal. Te vi lá todo quebrado e parti pra porrada com eles.
Caio narrou tudo sem poupar muitos detalhes.
***
Caio havia me deixado na suposta casa do pai do merdinha do Ricardo. Depois foi até o apê de Mário, só que este tinha saído para buscar a namorada na casa da mãe dela. Caio com raiva, voltou pro carro e resolveu ir na casa do Pedro, ligou para ele e esse disse que a galera estava toda esperando ele pro churas em sua house, todos os amigos de balada, os da academia e tantos outros esperavam ele.
"Caio, tá aonde?"
"Tô na Augusto, perto daí", falou ele com uma mão no volante e outra com o celular na orelha.
"Vem pra cá. Cadê Nando?", perguntou.
"Tá na casa daquele cara que te falei uma vez", falou ele com tom grosseiro na voz.
"Cê é loko, mano? Deixar ele sozinho com aquele cara. O Mário me disse que viu o frutinha no cinema uma vez e não gostou nada dele", disse Pedro que do outro lado da linha parecia assar carne.
"Pois é. Fernando insistiu. Disse que ele estava passando por uma barra e tu sabe como o Fêr é, ajuda até o capeta", falou ele arfando.
"Caio, tu me disse naquele dia que esse mané aí podia dar em cima do Nando né? Pois mano, vai atrás do teu cara e deixa mão de ser besta. E vem os dois pra cá pra gente encher a cara" falou Pedro.
"Vou lá buscar ele. Já tamo chegando" falou desligando o celular. Dirigiu rápido e menos de 10 minutos chegou na ruela que dava pra casa do tal pai de Ricardo. A verdade era que Caio há muito tempo vinha sonhando comigo levando as mais piores pisas. Não me contava porque sempre que ele dizia algo assim, eu caçoava cético. Ligou para meu celular e deu caixa postal. Ligou de novo e nada. Ele queria me avisar de que estava esperando do lado de fora da casa, que esperaria um pouco para não atrapalhar a conversa minha, de Ricardo e do primo dele. Caixa postal. Caio estranhou, desligou o carro e desceu. Na frente da casa do pai do Ricardo, tinha uma moto. Caio julgou ser do tal primo do viadinho e não estranhou muito. Andou devagar até a casa e olhou em volta a ruela que tinha muito buraco, esgoto a céu aberto e ar de abandono. Notou logo que não havia vizinhos e isso o deixou intrigado. O celular tocou e ele jurou ser eu, mas então viu que era Pedro.
"Fala, Pedro."
"Caio, o Mário chegou aqui", falou Pedro.
"Tô aqui na Marambia, numa ruela próxima ao depósito de soja. Pedro, sei não mas acho que tem algo de estranho aqui" falou Caio olhando a moto que estava parada perto da casa. Havia matos ao redor do local e ele olhou bem o veículo. Era bonita e estranha ao mesmos tempo.
"Caio, quer que a galera vá ae?"
"Vou chamar o Nando. Calma ae", colocou o celular entre o ombro e a orelha e bateu palmas. "E diz pro Mário que vou quebrar a cara dele. (Não obtendo responta de dentro da casa, ele bateu palmas novamente e gritou), ô Fernando!".
Pedro brincou "será que o Fêr não fugiu com o carinha?", e riu.
Quando Caio ia xingar ele me ouviu gritar e seu sangue gelou. Ele correu pra onde a casa e falou "eu sabia, manda a galera, eu sabia. Pedro, meu carro tá na entrada da rua. Não tem como não achar. Vem logo.
"Beleza, ok".
Sem pensar, Caio chutou a porta e ela se arregaçou com um só pisão. Ele entrou e viu eu, com a cara toda ensanguentada, caído no chão. Viu 4 pessoas e Ricardo. A iria lhe invadiu por completo quando percebeu que estavam me espancando. Sem pensar, ele entrou e já foi logo dando uma pesada num musculoso moreno, que usava um soco inglês e esse caiu cambaleando próximo à uma mesinha já quebrada. A luta foi rápida, pois os caras estavam surpresos.
"O QUE VOCÊS FIZERAM COM ELE, DESGRAÇADOS!" berrou Caio fora de si. O cara que segurava a câmera largou ela e partiu pra cima de Caio, o de boné com a suástica no braço também e o cara com roupas de fazendeiro estava apreensivo assistindo tudo afastado. Ricardo parecia confuso e Caio viu medo nos olhos dele. Caio deu um pulo e socou bem na cara de Ricardo, esse caiu duro no chão. Então sentiu um punho bem na sua nuca e desferiu um gancho poderoso no cara de boné que ficou em pé tonto e caiu no chão meio confuso. O da câmera lascou o chute na barriga de Caio, que pegou a perna dele e deu uma cotovelada que quebraria seu fêmur, mas o golpe saiu errado. O cara da suástica se jogou contra Caio e os dois bolaram no chão, esse por sua vez golpeou meu namorado sem piedade nas costelas. Caio era treinado, tinha um físico trabalhado e não sentiu dor, sentiu ódio. Desferiu um soco bem no queixo do cara deixando ele duro. Caio deu uma mãozada pesada na orelha esquerda dele fazendo-o cair pro lado. O bombado nesse meio tempo levantou e foi até Caio que ainda estava deitado no chão e deu uma série de chutes nele.
"Toma, bixa", o pé dele iria atingir a cabeça de Caio, porém esse desviou a tempo e o sapato pegou só no boné. Caio rolou para o lado e ficou de pé.
"Vem, brigar, marica", chamou Caio. "Tu vai pagar o que fez pro Nando."
E os dois foram pra cima um do outro. Os punhos direitos levantado em ataque e os esquerdos em defesa. Caio desferiu um direito, o bombado desviou e tentou acertar o tórax de Caio, que com o braço direito retardou o golpe. Caio deu um chute bem na canela do adversário, esse por sua vez soube o que fazer e jogou a perna para o lado e mirou um gancho em Caio e não acertou por causa do soco esquerdo que Caio deu no seu diafragma. Dois lutadores, ambos com o físico notável, lutando feito titãs. O bombado perdeu o ar quando recebeu o golpe na sua caixa torácica e Caio caiu em cima dando soco e mais socos na cara dele. Quando parou, o moreno estava no chão desacordado. Então Caio viu o fazendeiro. Foi até ele e deu um murro na barriga dele.
"O que fizeram com o Nando? Fala, desgraça!!!," seu soco atingiu a barriga do velho.
O velho engasgando "Naa-da. Naada. Só eles que bateram e..." sua voz falhou.
"Só bateram é imundície? (Outro soco) Pensa que são quem pra bater nele? (Soco) HEIM PRAGA! FALA AGORA, FALA!!"
O cara da câmera se aproximou e tentou pegar Caio pelas costas, este foi mais rápido e puxou o braço do oponente para frente com a mão esquerda enquanto o cotovelo direito descia com tudo na costa do braço do sujeito. Foi um choque feio e quebrou o osso do cara que soltou um berro horrível, caiu de joelhos no chão, vomitou um líquido e apagou, quase tudo de uma vez. O velho já estava inconsciente e Caio correu para onde eu estava. Ele não sabia se tinham me estuprado, porque minhas calças estavam arriadas. Pegou o celula e ligou pra Pedro, falou onde a casa ficava e Pedro logo disse que estava perto. Caio tremia, chorava e sentia uma ira descomunal. Quando tocou em mim, eu gemi com medo e logo ele me viu se encolhendo como um animal com pavor do predador. Me tranquilizou dizendo quem era e quando me pôs no sofá, levou um golpe na cabeça. Quando acordou, viu Mário me carregando para fora e os outros amigos estavam na sala indignados com o que viam.
"Pra onde tão levando ele?", perguntou Caio com a cabeça explodindo em dor.
"Relaxa, mano. Tamo indo pro hospital com ele", falou Juan. "O que esses desgraçados fizeram com o Nando?".
Caio sentou atordoado e olhou bem pro lugar, "Não sei, mano. Essas pragas dozinferno maltrataram ele (ele viu Ricardo sentado no canto da sala acordado e com um terror visível no rosto). Tu!, desgraça, tu vai aprender o que babacas merecem", foi até Ricardo com ódio.
"To revoltado, cara. Isso não se faz!", falou Henrique, dono da academia que Caio malhava. "Pegar o Nando que nem sabe se defender, cara. Vontade de matar esses filhusdaputa aqui".
Caio foi até Ricardo e pegou ele pelo colarinho, "Diz, viadinho, fizeram o quê com o Fernando! FALA, PRAGA! ABUSARAM DELE?".
Ricardo tinha lágrimas nos olhos, "Eu não quis, eu não quis. Me obrigaram e...", Caio empurrou ele bruscamente na parede.
"EU PERGUNTEI, SE VOCÊS ABUSARAM DELE, SEU CARALHO!", e deu um soco não muito forte na barriga dele.
"Nã-não não! Eu não ba-ba-bati nee-le. Ninguém fee-fe-fez... na-nada. Iam fazer, ma-mais não", ou ouvir aquilo Caio ficou possesso e deu dois murros na cara de Ricardo. Ninguém se meteu.
"Iam, é? E que tal a gente fazer com vocês? Tenho uma neca de 22 cm doida pra arrombar cuzinho de otários como tu", falou Roger, um amigo bruto de Caio, branco e um tanto acéfalo. Tinha um irmão gay, mais novo que ele, e o protegia com unhas e dentes. Gostava muito de mim e alí, ele sentia uma raiva dantesca, afinal... podia ser o irmão dele no meu lugar.
"Podíamos dar uma curra neles mesmo. Acorda o moreno aí, esse que deu a paulada em Caio. Vamo brincar" falou Juan mexendo no bombado com a ponta dos sapatos. Com Caio, eram 11 homens bombados loucos para acabar com a raça daqueles otários. O da câmera acordou e gemeu dizendo que o braço doía. O da suástica, já desperto, ficou calado, não era mais o machão valente. O coroa parecia desacordado ou fingia estar.
"Nando não ia gostar de mais violência. Mas vcs se decidam o que farão com eles. Eu vou pro hospital ver meu namorado", antes de sair ele deu um chute forte no bombado e cuspiu em Ricardo que choramingava feito uma menininha.
"Temo tempo pra pensar. Eles fizeram casinha pro nosso brotherzinho do Nando, agora vão saber que ele não está sozinho", falou Roger enquanto Caio saía. "Vamo currar essas vadias?"
Os outros tiraram sarro e Caio saiu pro carro. Se ele participasse daquilo, provavelmente mataria um daqueles caras. Estava satisfeito de que os amigos saberiam o que fazer. Uma bela curra nos viadinhos mostraria que viado tem garra quando dá o cu e que é muito mais homem que todos eles juntos. Quando ligou para Mário e perguntou em que hospital eu estava, ele disse direitinho e Caio voou para lá e os momentos mais ruins da vida dele começavam. No tempo que passei incoerente, Caio falou que eu chorava dormindo e em dado momento entrava em desespero e falava de facas, então era pesadamente sedado, isso me acalmava, só que eu continuava a choramingar baixinho o nome de Caio. Quando acordava e via ele, eu entrava em estado de loucura e afirmava veementemente que ele estava morto e isso provocava ainda mais ondas de pânico à quem assitia. Caio disse que não sabia o que fazer e pensou em matar os filhos da puta um a um por ter me deixado naquele estado. Depois do segundo dia internando, eu tinha me acalmado e ele ficou mais tranquilo. Foi aí que ele tinha ido em sua casa e André ficara tomando conta de mim. Nesse meio tempo, amigos dos Jurunas, da academia de Caio, os conhecidos de balada e tantos outros, iam me visitar e diziam que me vingaram bem.
***
Eu ouvia Caio falar e fiquei quieto: E o que os meninos fizeram com eles? Com os babacas lá?
Caio pegou minha mão e deu um beijo: Mostraram que você é nossa família. Nunca mais eles vão ser homens outra vez. Foram estragados.
Eu temendo pelos meus amigos: Eles não estrapolaram não né?
Caio riu: Ta preocupado com os babacas?
Eu alarmado: Não com os caras, mas com o que isso pode resultar. Polícia e tals.
Caio olhando no fundo dos meus olhos: Ninguém morreu. E se você quiser, pode dar parte de cada um dos panacas. Isso que eles fizeram com você é crime. Inclusive ovelho lá, por acoitar tal coisa. Ficamo sabendo que eles fazem isso direto, isso de espancar as pessoas. Uns filhos da puta idiotas.
Caio me abraçou forte e eu me aninhei no peito dele. Imaginei os rapazes currando os caras lá e algo dentro de mim estava inquieto por não ter presenciado a cena. Adoraria ver eles sofrendo... um a um. Até mesmo Ricardo. Aquele Judas traidor: Caio... eu senti tanto medo por você. Mano, eu te amo tanto. Não suportaria te perder.
Caio beijou o alto da minha cabeça, senti o cheiro do perfume amadeirado dele e me deliciei com o aroma: Fêr, você é minha vida. Eu sou a tua. Te amo meu leke. E só queria te dizer uma coisa.
Eu: O quê?
Caio: Quando eu disser que não gosto de alguém, confia em mim, porra. E eu te avisei, caralho.
Eu ri e comecei a chorar quietinho nos braços dele. Sem que o mesmo percebesse. Estava tão feliz com ele alí, com a gente em paz, pelo menos naquele momento. Então ele falou: Lembra do hospital que as enfermeiras pensaram que a gente era namorado aquela vez que você bebeu com o pé furado?
Eu ri: Lembro sim.
Ele: É esse. E quem cuidou de ti foi a mesma enfermeira que profetizou isso.
Eu chorei ainda mais da coincidência e me virei para beijá-lo e vi que ele lagrimava. Eu disse rindo choroso: Temos que agradecer à ela por prever nosso futuro. Te amo, mano.
Caio: Não mais que eu.
E então alguém bateu tímido na porta e quando olhamos para ver quem era, vimos uma figura cabisbaixa e diferente para mim. Estava mais magro, mais abatido, mudado no todo. Ele me encarou nos olhos e vi vergonha neles. Meu coração gelou mais uma vez quando meu pai entrou no quarto e veio até mim.
Continua...
Hey, Jude. Fala, galera. Tão jóia? Espero que sim. Como disse logo no início, eu peço desculpas pela demora. Recebi tanta ameaças de morte e cobranças pelo o capítulo, que quase fugi pras colinas. É que eu estava esperando Caio me contar a versão dele, de novo, sobre a pancadaria depois que apaguei, porque eu não lembrava muito bem. Não quis por a perspectiva dele aqui, pois o dito cujo disse que eu poderia escrever nossa história do meu ponto de vista, mas não envolver ele de forma abusiva expressando o prisma dele. Porra, tanto que eu expresso esse viadinho. Enfim, respeitei isso dele, mas ainda sim precisava do relato seu e esperei ele falar. O tempo passou e nada dele coperar. Iria postar até a parte que acordei no hospital e depois explicaria com relatos dos outros em outro capítulo. Sei que muitos esperaram ver os caras lá levando pau de Caio de forma épica... mas é o que deu pra escrever. Relaxem que eu soube depois o quê Roger, Juan, Pedro e cia, fizeram com O bombado e os outros hehe. O mal faz, o mal recebe. E perguntaram no meu email onde eu terminaria o conto quando falei que seria curto. Então, seria na casa de praia. Iria prolongar ele até o capítulo 10 e encerraria lá, com meu brother e eu de boas. Nem meus pais eu envolveria na história, mas é que eu não imaginava que escrever seria algo até mesmo relaxante e viciante, então resolvi esticar. Curto escrever, mesmo que pecando horrivelmente no português, é bacana. Respondido? Alguma dúvida mande sua cartinha que lerei com prazer. Galera dos emais, eu demoro pra responder, mas respondo. É que são muitos. Alguns são textos enormes e eu leio pacientemente. Leio, releio e me pegou rindo aí leio de novo kkk. Bom, acho que é isso só. Depois tem mais. Beijos e abraços. 130 milhões da mega-sena, se alguém ganhou e ler esse conto, por favor, aceito só uns 2 míseros milhões. Flw.
Ps: Desculpem os erros ortográficos. É que como vocês podem ter notado, levei muitos socos na cabeça e fiquei burro. Mentira, nasci burro mesmo. Bjs.