Eu estava no meu último de ensino médio. No fim de ano, com as provas finais chegando, me sentia aliviado por enfim concluir aquele período da minha vida. Odiava a escola. Não tinha amigos, nem me encaixava nenhum grupo. Todos me pareciam tão distantes. Preto, pobre, feio e gordo, via com desejo só de longe aquele monte de alunas brancas, magras, gostosas, a maioria ninfetas metidas de classe média. Durante aqueles três anos não consegui pegar ninguém. Era tímido, calado, introvertido, com cara de poucos amigos. Não me aproximava de ninguém e ninguém se aproximava de mim. Minha relação com colegas era bem básica. Só dizia “oi” e “tchau”, basicamente. Como vocês devem estar imaginando, eu ainda era virgem.
No fim de ano, em meio a provas e testes tínhamos alguns tempos vagos, nos quais os alunos faziam brincadeiras para descontrair e passar o tempo. Eu permanecia distante, sentado lá no fundão na minha, mas observando tudo. Notei que um grupinho havia se reunido para brincar de jogo da verdade. Em dado momento, uma garota escolheu verdade e disse que tinha um complexo de inferioridade por ser baixinha, algo que não a fazia ser levada a sério pelas outras pessoas. Após dizer isso os olhos dela começaram a lacrimejar, mas creio que ninguém, fora eu, percebeu isso. Naquele instante o sinal do recreio bateu e os alunos foram saindo da sala.
Só ficamos eu e ela. Seu nome era Lucielle, uma loirinha nanica, de rosto angelical. O corpo dela não era nada especial. Ela tinha seios médios e proporcionais, uma bunda o.k., pernas finas, pele branca e lisa. Comível. Mas de fato havia o problema da altura: ela era muito baixinha. Quem não a conhecia podia jurar que ela era uma estudante do fundamental de 12 anos, quando na verdade ela era uma veterana do ensino médio com 18. Ela costumava sentar na fileira ao meu lado e raramente nos falávamos.
No horário do intervalo, geralmente, eu ficava sozinho na sala. Pobre como era, não tinha dinheiro para comprar merenda, nem trazia lanches. Além disso, não tinha amigos ou uma paquera para encontrar no pátio do colégio. Ficava na sala mesmo, desenhando bobagens no meu caderno e pensando em putaria. Contudo, naquele dia, Lucielle permaneceu ali, sentada na fileira ao lado. Ela estava sentada com a cabeça baixa debruçada sobre os braços, chorando e soluçando muito.
Estou longe de ser um cara altruísta, mas resolvi perguntar se ela se sentia bem, se estava passando mal, se eu devia chamar alguém. Era sem malícia. O fato é que ver gente chorando me incomodava. Ela disse que estava bem, me desculpei, e resolvi voltar para meu lugar quando ela desabafou:
— Odeio ser baixinha.
Sequer éramos próximos, mas quis animá-la com um elogio:
— Que bobagem. Você é uma gata. Qualquer cara teria sorte em ter você como namorada.
O elogio fez efeito. Ela deu um sorriso largo e me disse:
— Que pena a maioria dos caras não serem legais como você. Nenhum dos que fiquei até hoje quis me assumir, me levar a sério. Sou uma mulher e me tratam como criança. E quanto a você… Não sabia que era um cara legal. Vive sempre tão calado no seu mundinho.
— Pois é. Obrigado… Eu acho. — Respondi.
— Posso te perguntar uma coisa?
— Pode.
— É verdade?
— Verdade o quê? — Perguntei sem ter a menor ideia do que ela estava falando.
— Que negão tem pau grande.
Quem diria… Que safada! Na nossa primeira conversa falar uma coisa dessas? Surreal. Sequer respondi. Para minha própria surpresa, agi por impulso: abri o zíper da calca e mostrei o meu pau. Ali mesmo, na sala de aula, bem na cara dela. Não vou mentir sobre o tamanho dele. Só vou dizer que não era nada mal para um gordinho.
Surpresa com minha atitude, tal qual a dela inesperada, Lucielle arregalou os olhos, mas não ficou ofendida. Começou a rir, o que me assustou um pouco.
— Nossa, seu pervertido. Eu estava brincando contigo. Guarda logo essa coisa. Tá louco?
Envergonhado, obedeci. Bem na hora, bateu o sinal do recreio. Me arrumei e voltei para minha carteira às pressas. No resto do dia eu sequer tive coragem de olhar para ela. Contudo no fim da aula, antes de sair, ela me deu um sorrisinho meio tímido, meio sacana, que mexeu com a minha imaginação durante a noite. Me acabei na punheta pensando nela.
No dia seguinte, tudo transcorreu normalmente. Não nos falamos, como de costume. Mas Lucielle não saia da minha cabeça. Foi então que chegou a hora do intervalo. Todos saíram da sala exceto eu, e, novamente, Lucielle. Ela se levantou somente quando a última pessoa saiu da sala. Foi em direção a porta e a fechou. Para minha surpresa, ela voltou, veio em minha direção e disse:
— Levanta.
Ela pegou na minha mão e me levou até a frente da sala de aula. Fiquei de costas para o quadro-negro. Sem dizer nada, ela tirou meu cinto, abriu meu zíper e colocou a mão dentro da minha calça. Incrédulo, abaixei a minha calça e deixei Lucielle trabalhar. Que putinha! Ela ia me punhetar ali mesmo na sala de aula… Eu não conseguia acreditar.
A minha sala, em particular, sempre me fez ter fantasias. Ela era um cenário perfeito para putaria. Diferente das demais salas do colégio, a da minha turma ficava excluída, no fim de um longo exclusivo que levava até ela. O inspetor nunca aparecia para expulsar os alunos na hora do recreio, o que aumentava a sensação de abandono.
Lucielle, de joelhos, usava aquelas mãozinhas pequenas e brancas de fada para massagear meu cacete negro e grosso da cabeçona vermelha. Aquele contraste me deu um tesão do caralho. Ela abriu a blusa me provocando com aqueles peitinhos duros e branco suspensos pelo sutiã vermelho. A pele dela era tão branca que dava pra ver pequenas veias azuis sob sua pele macia. De saia curta e ajoelhada no chão ela foi me punhetando… Primeiro devagar, depois rápido. Alternava os ritmos na medida certa. Ela se divertia observando minha cara de prazer. Lucielle gostava de provocar, fazendo caras e bocas e dizendo obscenidades. Pedi para ela pôr a boca mas ela não quis. Ao menos, deixou eu gozar na boquinha dela.
Repetimos a brincadeira todo dia, durante o recreio, até o semestre acabar. Pedi para comer ela, mas ela nunca deixava. Apesar de já ter namorado, Lucielle ainda era virgem e queria se guardar para o casamento. Assim sendo, nosso lance ficou só nessas punhetinhas marotas no horário do recreio mesmo. Todo dia eu voltava para casa com as costas sujas de giz do quadro-negro e ela com os joelhos ralados. A melhor lembrança que tenho do ensino médio foram do último mês de aula em que ganhava as punhetinhas de Lucielle no intervalo. Aquela loirinha nanica de pernas brancas que nem um palmito punhetava como ninguém. Mas, infelizmente, não foi daquela vez que perdi meu cabaço...