O silencio imperava no local até que Léu dá um passo, eu me assusto e derrubo uma enxada no chão...
- Sabia que estava aqui....
Quando Léo chegou ao local encontrou apenas a enxada caída... eu havia conseguido escapar por uma taboa solta no celeiro... e por sorte eu e Claudio conseguimos sair sem termos sido vistos... Corremos o máximo que pudemos ... Claudio segurava a minha mão, pois eu havia o ferido com a faca e ele havia perdido muito sangue...
Corremos ate o carro de Claudio, mas era em vão... pois os 4 pneus estavam furados...
Corri ate os três carros que os demônios vieram, e estavam todos trancados, e na tentativa de abrir um deles, o alarme disparou...
-Merda- eu disse...
- Juh, me deixa aqui... você tem que correr... Vai foge.
- não vou te deixar aqui Claudio... Apesar de ter me colocado nessa enrascada, você também me ajudou até aqui.
Rasguei um pedaço da camisa que Claudio usava, e amarrei no local do ferimento pra parar de sangrar, mas ele estava muito fraco, e eu já não aguentaria mais com o seu peso. Tratei de arrastá-lo até um canto onde pudesse ficar escondido.
- Claudio... promete pra mim que vai ficar vivo? Eu volto com a ajuda... Fica quietinho... por favor... não deixa eles te verem...
- Vai.. por favor, se salva...
Então corri em direção ao portão, que estava trancado e era muito alto, mas com dificuldade consegui chegar ao topo, quando ouço...
- Ele está ali patrão...
- Podem atirar.. Não pra matar... agora...
E ouço tiros atingindo o alumínio do portao... Pulo do outro lado e corro em direção à mata...
Os tiros continuam em minha direção...
Corri ate minhas pernas não aguentarem mais e cai barranco abaixo... Um espeto de pau atravessou minha canela...Que dor... e o pior é que eu não poderia ir muito longe daquele jeito... mesmo assim me arrastei até atrás de uma grande árvore...e tentei recobrar a respiração...
- ele está perto- dizia Léo...- eu posso sentir o cheiro do medo dele... e do sangue dele.. Aquele sangue de cheiro forte que tantas vezes tirei com minhas próprias mãos... Traga o traidor- disse por fim.
Ai meu Deus, não pode ser... eles o acharam....
- Juh, não sai de onde você está... Não se preocupe comigo- dizia Cláudio...
- O namoradinho tá corajoso hein...- dizia Léo..- Vamos ver se vai continuar assim... Me dá o álcool...
- AhhhhHHHHH. FILHO DA PUTA- gritava Claudio...
Meu Deus, eles estavam o torturando...
-Me mata de uma vez seu verme- Gritava Claudio...
- Não não, você vai sofrer até meu maridinho vir pra ver você morrer...
- Ele não vai vir... NÃO APARECE JU, LEMBRA QUE FUI EU QUE TE TROUXE AQUI... VOCE NÃO PRECISA TER DÓ DE MIM, EU MEREÇO... VOCE TEM QUE SE SALVAR... EU SOU O CULPADO..
Por mais que aquilo fosse verdade eu não conseguia suportar ve-lo sofrendo e eu já havia o perdoado, e naquele momento descobri o quanto eu estava apaixonado pelo Cláudio... Resolvi então acabar com tudo de uma vez, e se fosse pra morrer, que fosse eu, alias eu já devia ter morrido a muito tempo mesmo, mas morreríamos eu Claudio... eu não queria isso.
- SOLTA ELE- Gritei aparecendo no campo de visão de todos...
Armas automaticamente apontaram para mim...
- ME MATA... AGORA...- Gritei abrindo os braços e fechando os olhos esperando os tiros, que não vieram...
Quando abri os olhos Léo estava bem próximo a mim...
Então pude ver cada cicatriz em seu rosto... e seus olhos deformados... sua pele sofrida...
- Satisfeito com o que fez comigo? –disse
Desviei o olhar...
- Olha pra mim!!- gritou...
Eu o encarei...
- eu não queria...
- Não queria? Você acabou com a minha vida... com o que eu era...
- Suas marcas Léo são por fora, e as que você deixou em mim? Sabe quanto tempo levei pra levantar a cabeça e seguir em frente?? Isso nunca aconteceu... eu quis me matar cada segundo que eu lembrava o que vc fez comigo, e seus gritos me atormentaram cada noite da minha vida... Eu amei você Léo, e você me usou, me feriu, me matou pedaço por pedaço... Minha alma... Voce tem marcas no corpo pelo que você mesmo quis..
- Eu pude fazer plásticas sabia? Mas não quis... Não antes de reencontrar você e poder te olhar e ver que você se sente exatamente assim... com medo... com angustia... eu vou matar você aos poucos... dia após dia.... até você implorar para morrer e eu não deixar- disse Léo.
Eu o encarei novamente, toquei em seu rosto deformado com ternura.... Senti a pele enrugada...
- VOCE NÃO TEM MAIS O QUE MATAR EM MIM... VOCE JÁ ME MATOU A MUITO TEMPO.
Léo beijou-me...
Senti nojo dele... Não pela sua forma física, mas por ter repulsa a ele... afastou-se....
- Agora vamos ao show... que nosso amiguinho Claudio morrer agora hein??
- Não faça isso, eu imploro- eu pedi a ele...- é a mim que você quer... ele cumpriu a parte do combinado de vocês... eu estou aqui...
- Desde o princípio eu iria mata-lo.... Chegou finalmente a hora... Vamos agora pro lugar perfeito pra que isso aconteça...
Foi colocada uma venda nos meus olhos e fui amarrado...relutei
Uma pancada atingiu minha cabeça...
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CONTINUA....
AMANHA FINAL PARTE B. COM MUITA EMOÇÃO...
Olá Faspan... sim, pelos problemas que tive, resolvi encurtar o conto, mas não deixei faltar nada relevante... achei que trairia meus leitores se estendesse muito a história... Mas não consegui encerrar numa parte só... Mas amanhã será o fim desse conto e iniciarei uma nova historia...
Comentemmmm....
