Bom dia gente bonita!!!
Bem eu deveria ter postado ontem porque alguém ficou aperreando, mas o sono foi maior e eu não queria postar sem conversar com vcs.
Gente os próximos três capítulos teremos muita coisa legal inclusive a parte 2 do bônus do Mel. Também teremos para os próximos capítulos a primeira vez deles!! Quero dizer que fiquei feliz pra caramba com os comentários e também com o número de leituras, vcs são simplesmente maravilhosos e se alguém quiser conversar pode mandar um email para nara.m@hotmail.com.
Vamos conversar:
Geomateus: Brigado meu lindo espero que continue gostando. Bjoo
NinhoSilva: Sim grande de forma física, mas para o Mel não é isso que conta apesar de o Júlio considerar rs. O Juca quando diz se respeito ao Mel nada é inocente, ele acha no seu subconsciente que se alguém se aproximar com um pouco mais de intimidade vai rouba-lo. O Marcos talvez não esteja tão fora assim seu Eugênio pensa dessa forma, pois ele viu como o filho descobriu que tinha mais que amor de primo por ele e como o Marcos de certa forma não deu espaço para isso crescer e agora os papeis se inverteram. Nada vai correr bem e você verá rsrs. Mas essa noite começará a abrir os olhos do Juca de verdade. Bjoooo Ninho to com saudade de vc.
Prireis822: Oi pri!!! Eu amei a sua definição da “cegueira” do Juca, realmente ele não quer enxergar o que o coração dele já sabe, pois apesar da evolução dele em relação a quebra dos preconceitos que tinha e nem ao menos se percebia ele ainda é resistente a ideia de amar um homem, pois nunca isso aconteceu nem em relação a uma mulher. Engraçado que ele não se toca que desde que Mel chegou ele não sai com ninguém. KKKK... vc vai vê que ele nem terá tempo de reagir, mas não gosta com certeza. Marcos voltou determinado a ter o primo. Pri o Mel ama mesmo o Juca, mas o coitado sofreu um bocado, no próximo bônus dele vou contar a relação dele com o ex namorado o Miki, por isso o medo dele se declarar ao Juca, pois ele também acha que apesar de toda a demonstração de carinho que o deixa confuso muitas vezes, para ele “Juca ainda é hetero”. Ai Danilo!!!! Para mim também é muito especial, eu amo escrever e ler e faço isso sempre com muito sentimento antes mesmo de apresentar um personagem eu já “incorporei” ele, então é como se o sentimento, as dores, a vergonha e alegria corressem na minha mente como deles, acho que por isso que escrevo parecendo que é a própria pessoa contando sua história rsrsrs... Danilo para mim é muito especial, eu sou sensível demais a duas coisas: primeira a morte de alguém, por mais que eu não tenha conhecido pessoalmente mas saber que aquela pessoa teve uma história e principalmente quando é de amor e se foi interrompendo, nossa! Eu choro verdadeiramente, fico com aquele peso no coração horrível e isso dura dias, não consigo tirar da cabeça. (um livro que nas ultimas 100 paginas me fez chorar durante todas elas foi Dançando sobre os cacos de vidro, e mesmo depois que terminei só de lembrar meus olhos enchiam), e a segunda é o sofrimento pelo preconceito. Saber que alguém está sendo diminuída por isso é chocante demais e o Danilo viveu tudo isso (sim na minha cabeça eu já tenho uma base da historia dele..rs) Sou sim mana, e é bom encontrar mais mulheres que gostam dessa temática, eu particularmente sou apaixonada, eu li recentemente o conto da Alana prisão sem grades e caramba isso me deu impulso para postar, ela é muito foda. Eu achava que você era mulher, mas vez ou outra surgia a dúvida kkk, normal, pois nick não define gênero né?! Pri continua aqui dando tua opinião eu gosto muito, geralmente leio teus comentários varias vezes com um sorrisão. Bjo, bjo, bjo linda!!
A cabacinho: Pessoa ficando besta em kkkk.. obrigado mesmo, é muito bom receber esse carinho, pois tudo é feito com muito, muito amor. Continua acompanhado que eu adoro saber que estão gostando. Bjooo
***Elias Carlos***: kkkkkkkkk.... Elias seu lindo, tu é muito fofo se eu te visse pessoalmente ia dar um beijo na tua testa sabia. Sinceramente eu não sei quantos capítulos ainda tem porque eu geralmente me empolgo e sempre escrevo mais do que estava planejado..kkk vamos vê se chega lá!!! Bjocassssss para ti meu bem.
Jardon: Jardonnnnnnnnn eu também!!!! Marcos teve que aparecer ele vai ser a pedra no sapato do Juca... Pois é né, é que para ele o Mel é tudo e pode tudo então ele se acha que isso não séria “nada demais”, mas na verdade era o subconsciente dele querendo era marcar território. Jardon vc aguentaria alguém assim? Teria a paciência do Mel?? E não se preocupa que o próximo será dedicado a ti que está me aperreando pelo começo da história, SIM O PROXIMO VC VERÁ O JUCA SE BATENDO NO BANHEIRO!! Xerooooooooooo para ti e aguarde, porque eu também farei malvadezas.
B Vic Victorini: OIiiiiii .... que bom que pode voltar, kkkkk Juca aprontou e vai aprontar mais ainda. Brigado vou postar o próximo o mais rápido possível.
R.Ribeiro: Mi amore temos uma sintonia incrível nessa brabeza kkkkk..pois é ele está mesmo é se escondendo pois tem medo de se descobrir.. kkk. Eu to besta aqui com isso que você falou, estou mesmo... e eu sei que sou completamente doida, mas você gosta dessa doida aqui e isso que importa!! Adoro ficar de papo contigo no fb falando na maioria das vezes besteira, mas que deixa meu dia muito, mas muito melhor viu. Bjo e fica mesmo me aperreando que isso ajuda.
Helloo: kkkkk... Está fazendo maratona né? Eu sei bem como é ficar sem internet eu fico doidinha. Ele é um fofo tapadinho e a gente perdoa ele por isso, obrigado pelo comentário lá no bônus do Mel, eu senti falta mesmo sabia, achei estranho não ter comentado ai fiquei pensando que não tinha gostado. Bjoooo
patyvivi, compulsiva: Brigando minha linda, eu senti falta e muita de você também. Chato isso né? O site deve estar com algum problema para enviar e-mails, mas o importante é que está aqui e que você perdoa a cegueira dele, mas daqui há uns dois ou três capítulos quero saber tua opinião, porque o Juca vai fazer algo bem ruim. Obrigada por acompanhar, eu tenho vocês que sempre estão aqui já como pessoas muito especiais e eu fico numa aflição quando não dão noticias. (sim eu sou meio neurótica kkkk) bjooooo mtos bjoooosss
Tati Guerra: Mana até que enfim kkkkkkkkkk... bricadeira!! E vai deixar sim, mas a culpa vai ser do próprio Juca. Digamos que o Juca vai amargar por não ter sido sincero consigo mesmo um pouco. Ele vai decepcionar não só o Mel como vcs também, mas espero que depois de tudo ainda continuem gostando dele. Brigado tati por está aqui, é muito importante para mim, brigado de coração, eu fiquei muito feliz com vc desde os primeiros comentários. Bjooo
AllexSillva: Eu queria te agradecer muito! Você sempre está por aqui votando e isso é tão legal, muito obrigado e continua aqui, espero que goste do capitulo de hoje. bjoo
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- Juca é o meu cacete. – Olho firmemente para todos na minha sala. E me viro para o Mel olhando fundo em seus olhos. – irei me comportar por você, apenas por ti, então, por favor, não me faz quebrar a promessa.
- Juca por que você sempre torna as coisas tão difíceis?
- Eu não torno difícil Mel – não sei como explicar a ele algo que não sei como descrever nem a mim mesmo. – só não aceito ninguém próximo a você com intenções de te levar para a cama.
- Mas ele é meu primo.
- Não interessa eu não vou...
- Gente eu sei que vocês devem ter muito a falar após a ceninha que foi feita aqui a pouco – fala Isa chegando próximo e nos encarando de forma muito séria. – mas vocês não podem fazer isso na frente de todos.
Mel nesse momento parece ter percebido que temos a atenção de todos e começar a ficar numa tonalidade de vermelho desde o pescoço ate a raiz do cabelo.
- Meu deus que vergonha – fala cobrindo a boca com as mãos.
- Não fica não meu lorde eu dei um jeito de amenizar as coisas enquanto vocês estavam no quarto, só por favor evitem brigar e Juca por favor por mais que você queira muito tirar sangue de alguém hoje aqui, não faça isso. O Mel estava tão empolgado quando me falou desse jantar, é algo especial para ele e além do mais você tem três pessoas que não convivem tanto com você, elas podem ter a pior imagem possível de você.
- Para uma delas isso não me importa nem um pouco.
- Mas importa para o Mel. – então ela se volta para ele – Mel vai conversar com todo mundo e não se explique para ninguém, eu já dei um jeito de ninguém ficar curioso, vamos fazer esse jantar voltar ao clima leve está bem?
Mel apenas afirma com a cabeça, quando ele sai Isa me encara e diz para acompanha-la.
- Isa nem vem me dá sermão – falo indo a geladeira pegar uma garrafa d’água porque se eu começar a beber álcool vou ficar muito relaxado e tudo que não quero é ficar assim. Se preciso for quero estar bem sóbrio para partir a cara de alguém que se chama Marcos. –Tudo isso tá fodendo com a minha cabeça.
- Isso o que Juca?
Encosto-me a bancada com a garrafinha na mão, não sei como dizer, fico encarando meus pés durante um bom tempo até que sinto dedos finos levantando meu queixo.
- Você está gostando dele.
- Eu sempre gostei dele.
- Sabe que estou falando de algo a mais.
- Ai Isadora, eu te odeio. – deixo meus ombros caírem um pouco. – Isa o problema é que eu acho que gosto dele sim, mas não do jeito que você está pensando, e de uns tempos para cá eu tenho tido uma atração física descomunal por ele. Mel é tão magrinho que até acho que na cama pode quebrar, mas tudo que ele faz torna seu corpo mais sexy ainda, eu o acho sexy até com aquela gosma preta que ele usa na cara e eu juro que é o venon. – solto uma gargalhada acompanhada por uma suave de Isa.
- Você está vendo minha ostrinha, eu que antes mandava tomar no cú ou ir se foder para quem ousasse dizer que eu não comia boceta, agora estou aqui falando que tenho medo de quebrar um cara na cama. – vou andando para minha varando que vai dá cozinha a sala, encosto-me ao parapeito e sinto Isa ao meu lado. Já que estou falando vou soltar a porra toda. – Eu sinto essa atração por ele, quando vejo o Mel andando só de cueca e camiseta pela casa quase sempre antes eu vou ao banheiro para me masturbar e o pior é que vez ou outra só de ficar perto dele abraçado fazendo carinho, eu fico com o pau duro. – respiro fundo – Isa o Mel está me deixando louco, mas tudo isso é apenas físico e eu não posso fazer nada, pois se nós tivéssemos alguma coisa iria arruinar nossa amizade. Ele não é um cara só para comer. Caralho às vezes eu tenho vontade de pegar um avião e ir a Viena só para quebrar a cara daquele desgraçado que disse que ele só queria o Mel para comê-lo de graça e ainda ter uma grana alta.
- Juca porque você insiste que o que sente por ele não é amor, ou paixão ou qualquer coisa além do tesão? – fala Isa com olhos tão brilhantes como se quisesse me falar algo mais.
- Porque não é Isa. Eu não sou gay – disso eu tenho certeza – se eu fosse qualquer homem me chamaria atenção.
- O que te faz pensar assim?
- Ué, antes qualquer mulher me chamava atenção.
- Mas você chegou a se apaixonar por alguma?
- Nunca me apaixonei na vida e acho muito difícil isso acontecer.
- Júlio Caio as vezes penso que você e Roberta só podem ser farinha do mesmo saco. – fala de forma séria, sem um pingo de humor.
- Como é?
- Nada, eu não posso te fazer enxergar algo que você se recusa a ver. – Isa olha para vista que temos da sacada, ficamos assim por um curto período de tempo. – só espero que você não tenha que perder a melhor coisa da sua vida para finalmente perceber a burrada que está fazendo.
- Você não é mais a garota que eu um dia chamei de barata tonta e palerminha... AAiii filha da put.. PUTA MERDA ISADORA!!
- Se você me chamar assim de novo não vai ser um chute na canela e sim no meio do saco.
- Isa sua porra louca você virou menino de rua por acaso?
- Foi você que me transformou nisso, conviver contigo da nisso, só o Mel mesmo que não muda. – fala sorrindo.
- Verdade.
- Vamos voltar daqui a pouco o jantar será servido e eu não quero perder nada estou morrendo de fome, mas antes me promete que não vai fazer nada – fala levantando seu dedo mindinho para mim – seu irmão deixou eu vim falar contigo desde que eu te fizesse prometer com o dedinho e ele disse que era para você entender que estará prometendo como se fosse para ele.
Respiro fundo, pois por mais bobo que isso possa parecer é algo sagrado para o Quim e para mim.
- Ok – falo entrelaçando meu dedo com o dela. – Isa – falo segurando sua mão para que não se afaste ainda.
- O que meu amigo, ainda tem algo que te aflige?
- Eu não sei explicar, mas eu estou com medo desse jantar. – Isa me olha com cara de interrogação. – sinto que houve algo entre o Mel e primo, Isa você tinha que vê como eles se olharam e aquilo me assustou pra caralho.
- Juca eu só vou falar mais essa vez. Abre teu olho e deixa de se impor um rotulo.
Após me dizer isso ela vai embora me deixando sozinho. Fico pensando nas palavras de Isa e nada faz um sentindo real a mim.
- Juca. – quando me viro Julinha está lá, e assim que a vejo sinto a vergonha me atingir pela primeira vez essa noite. – tudo bem?
- Não. – falo abrindo os braços, ela então vem e me abraça. Ainda bem que ela está com um salto enorme, pois senão teria que ficar totalmente curvado. – Julia me perdoa por ter feito aquela cena. Eu não consigo evitar ficar assim. Algumas coisas simplesmente saem de controle.
- Juca você é tão meu irmão quando o Marcos. Não gostei do que aconteceu, pois eu amo os dois. – Julia põem suas mãozinhas no meu rosto e fala do jeitinho de Julia de ser. – eu te entendo por mais que você mesmo não se entenda. E que eu saiba nada aconteceu entre os dois, mas Juca eu te amo e não vou te esconder nada.
- Esconder Julia?
- Ouvi meu irmão falando com aquela mulher que ele foi noivo, ele disse que nada do que ela fizesse iria prendê-lo, acho que o Juiz de lá dará a guarda da Lilly para ele, então agora veio lutar pelo amor da vida dele.
- O quê? – minha voz se quer saiu direito, essa história do Marcos é muito louca, mas não me interessa em nada, porém medo é a palavra que define meu estado ao escutar que ele veio lutar pelo amor de sua vida.
- Julia para com isso. Não gosto desse tom de novela mexicana não.
- Juca eu não estou brincando e nem fazendo drama, mas eu também notei o jeito que meu irmão se comportou aqui hoje e eu não acredito que exista outra pessoa. – fala me encarando de baixo para cima. – ele estava falando do Mel.
- Não.
- Sim, e por muito tempo nada me faria mais feliz que mel ficar com meu irmão. Só que eu amo muito o Mel e sei que Marcos não é o irmão certo.
- Julia, eu eu eu...
- Ju fica quietinho, por favor, não vai fazer nada tá. – só afirmo com a cabeça. Nada faz sentindo na minha mente. – o Mel está vindo disfarça.
- Juca você está bem?
- Eu não sei. – falo com a voz meio perdida. Será? Será que eu gosto dele assim? – Mel me abraça, por favor.
- Julia o que você fez para ele – fala me abraçando e encarando a prima.
- Como assim o que eu fiz?
- Juca não está normal, ele não é assim. – fala já virando-se em minha direção. – está bem?
- eu só vou ficar bem quando essa noite acabar. – falo fixando nossos olhares. – Mel, por favor, não me abandona tá?! Eu preciso de você.
- Juca você bebeu? Sopra no meu nariz.
- Não mel, eu não bebi nada. Só promete logo para aliviar a porra do meu coração.
E pela primeira vez os papeis se inverteram e Mel é quem beija atrás da minha orelha despertando um arrepio e saindo de mim através de suspiros.
Quando nos soltamos do abraço vejo que Julia não está mais, porém o irmão do capeta está nos observando de longe com o rosto totalmente fechado.
- Me abraça de novo. – falo agarrando o Mel e olhando igual ao cão raivoso para o priminho.
- Meu deus Juca você está muito carente. Será que é falta dos seus pais? Quando que eles voltam? Sou louco para conhecê-los.
- Você vai meu pequeno príncipe. Daqui a dois meses eles chegam, ainda tem meia Europa para eles conhecerem.
- Juca está muito bom esse abraço, mas eu vim lhe chamar porque já iria servir o jantar.
- Mel quando você inventou de por aquela mesa enorme eu achei um desperdício de espaço e dinheiro, mas agora eu vejo que foi ótimo pois posso ter todos que eu amo por perto e até uns indesejáveis também.
Mel me olha bem sério.
- Ele não está nos ouvindo e eu não vou chatear ninguém, pois tenho muitas perguntas a lhe fazer.
- Tudo bem. Vamos logo.
Quando chegamos à sala vejo seu Eugênio ir sentar numa cadeira lateral.
- Seu Eugenio eu quero que o senhor tome a ponta. Além de pai do Mel o senhor representara nossos pais também.
- Obrigado Juca, é um gesto muito nobre ceder seu lugar de direito a mesa.
Isso realmente não foi nada, mas só de ver a carinha do Mel fiquei feliz.
O Jantar se seguiu tranquilamente já que o primo parecia estar com a cabeça a quilômetros de distância. Espero que em breve ele também esteja muito longe, de preferência esteja voltando para o Canadá para sempre.
Quando todos estavam na sala depois de comer a sobremesa, que, diga-se de passagem, era a coisa doce mais gostosa que eu comi na vida. Mel preparou um creme gelado de uma fruta chamada cupuaçu. Quando eu passei na cozinha e belisquei disse ao Mel para servir pouco para os outros e deixa o resto escondido para eu comer mais tarde, mas ele me escuta? Lógico que não! Colocou numas taças enormes e não sobrou nadinha para contar história.
Vou até o banheiro quando estou saindo ouço a voz de Mel e meu sorriso cresce, para morrer no segundo seguinte ao ouvir a frase proferida pela boca do marcos.
- Mel me dá a chance de conversarmos longe daqui, longe daquele cara das cavernas.
- Não fala assim do Juca marcos, ele pode ser esquentado sim, mas não admito ninguém falar dele.
- Tudo bem, só diz que vai falar comigo.
- Para que Marcos hein? – continuo ouvindo tudo escondido estou tremendo para entrar lá e arrancar Mel daquele quarto, mas não vou fazer isso quero saber até onde essa conversa vai. – Marcos tudo que tínhamos acabou, você foi para Toronto, você engravidou uma mulher lá e você ficou noivo. Eu tinha dito que eu ia te esperar mesmo você não querendo um namoro a distância eu ia te esperar, mesmo se você tivesse uma filha eu ia te esperar. – nesse momento meu coração está batendo num ritmo alucinante, ouço a voz de Mel já embargada pelo choro. – mas você disse que eu devia dar uma chance para Miki e te esquecer de uma vez porque você iria se casar com ela, mesmo eu sempre afirmando que assumiria a criança junto contigo.
- Mel me escuta, deixa eu te contar porque fiz e falei tudo isso, por favor, meu amor, deixa eu te contar?
- Não faz mais diferença. – ouço sua fungada. – eu não quero mais, eu não te amo mais como antes, eu adoro você marcos, mas toda a história linda que vivemos ficou para trás. – consigo agora escutar o choro diferente, com certeza é do Marcos. – vou ficar com isso em mim para sempre, você foi e sempre será meu primeiro amor, mas você me magoou muito, e de certa forma me jogou para um cara que me feriu física e emocionalmente.
- Me perdoa bebê – fala chorando – eu nunca deveria ter saído do teu lado, eu deveria ter ido terminar o curso a onde você fosse Mel eu me arrependo tanto.
- Marcos segue tua vida, não se prenda a mim ou ao amor que vivemos lá atrás. A vida é surpreendente – mel solta uma risada gostosa que esquenta tudo em mim – a gente pensa que nunca mais vai acreditar no amor, só que do nada quando vemos estamos amando novamente mesmo que seja a pessoa errada, mesmo que nunca vá dar certo, mesmo com tudo isso é a vida nós dizendo que é possível prosseguir.
- Mel eu não vou desistir tão fácil assim.
- Eu sei que não, você esperou quatro anos para tirar minha virgindade.
- O QUÊ?? – me viro com tudo e sinto algo acertar meu rosto. Porque tudo está escuro?
- Juca – sinto alguém beijar meu rosto – acorda, por favor.
- AI!!! – levando a mão a minha cabeça. – PORRA, CARALHO, FILHA DA PUTA, CADÊ ELE??? – falo sendo encarado por Mel, Isa, Quim, Julia, Seu Eugênio e mais duas pessoas de branco.
- Juca?? – fala Mel me olhando – Oh meu deus você está bem?
- Melanio cadê o filho da Puta?
- De quem você está falando Juca? – fala Quim com semblante preocupado. – eu disse doutor a pancada foi feia.
- Os exames dele estão todos apresentando normalidade, isso deve ser reflexo da sua última lembrança.
O homem que meu irmão se referiu como doutor pediu que todos saíssem do quarto.
- Isso aqui é um hospital. Como eu vim para aqui?
- Não lembra? Acompanhe a luz, por favor – fala focando uma pequena lanterna bem na minha pupila.
- Se eu lembrasse não estaria lhe perguntando. Como diabos você quer que eu acompanhe essa coisa se não para em apenas um olho!
- Sempre está nesse humor senhor Villar?
- Não, hoje estou bonzinho num dia ruim já teria conseguido sua demissão por fazer perguntas tão estupidas.
- Senhor Villar não estou lhe agredindo em nenhum momento e peço reciprocidade no tratamento cordial.
- Tudo bem. – caralho. O que eu estou fazendo aqui? – vou lhe adiantando que não tenho lembranças conexas então não me pergunte se eu me lembro de como vim parar aqui, pois a resposta é: não sei que diabos está acontecendo. Estava num jantar na minha casa e de repente eu acordo aqui.
- Bom meu nome é doutor Mauro Telles e sou o plantonista de hoje. Você chegou aqui há dois dias eDIAS? Eu entrei em coma?
- Que exagero rapaz, apenas o mantemos sedado. – me sinto aliviado, que bom que não foram anos. - pelo que nos foi passado alguém arremessou um livro em seu rosto e por consequência perdeu o equilíbrio e bateu a cabeça em uma parte pontuda de porcelanato. Seu caso não era grave, mas resolvi lhe deixar sedado, pois apresentava intensa atividade cerebral e como não tínhamos todos os resultados apontando se haviam se formado algum tipo de coagulo preferi lhe manter assim.
- Eu cai de uma maneira muito idiota. – falo olhando para o homem de meia idade que continuava me encarando. – quem jogou o livro?
- Isso sua família que responderá. Inclusive quero lhe parabenizar pelo seu namorado, não saiu daqui. E olha que pelo visto ele estava bem ocupado, pois passava o dia no computador e celular e pelo visto era trabalhando.
- Mel? Mel! O restaurante, hoje é sexta-feira?
- Sim.
- Doutor estou ótimo – falo já me levantando até que sinto uma fisgada no meu pau – QUE PORRA É ESSA ENTRANDO NO MEU PAU??
- Um cateter - fala o médico com naturalidade.
Ouvimos a porta sendo escancarada.
- Olha aqui garota ele é meu marido e eu não vou ficar longe dele sua piranha, ou você acha que eu não vi você se aproveitando para pegar no pênis dele?
- Mel.
- Oi meu amor – fala meio trêmulo. – eu ouvi você gritar – fala correndo e me abraçando então cochicha no meu ouvido – por favor, não desmente que somos casados, tive que mentir para conseguir ficar perto de você o tempo todo.
- Doutor esse é Melanio meu marido.
- Oh pensei que fossem só namorados.
- Doutor hoje será a inauguração do restaurante dele, e eu realmente gostaria de estar lá.
- Não há nada que lhe impeça senhor Villar, irei assinar sua alta e às quatorze horas já estará liberado, porém nada de esforço físico e com isso quero dizer sem sexo por pelo menos os próximos cinco dias – olho para o lado e vejo Mel totalmente corado e constrangido. – sem bebida alcoólica até voltar a consulta de retorno e poderá ir a essa inauguração, mas tente ser o mais breve possível.
- Pode deixar doutor que irei cuidar para que ele não descumpra nenhuma orientação. – fala Mel.
- Menino você é um bom marido, se meu ex fosse um pouquinho parecido a você talvez estivéssemos juntos até hoje, então senhor Villar valorize seu marido ele realmente ama você.
Quando o médico sai, Mel chega perto da cama. O chamo ele vem e deita-se comigo e põem sua cabeça sobre meu peito.
- Então você me ama muito?
- Todos te amamos Júlio. – fala com a voz pouco convincente. – estão todos ai fora.
Começo a fazer carinho nos seus cabelos. – como foi que eu recebi um livro na minha cara?
- Pergunte a louca da Julinha com a Isa.
- Como assim?
- Pelo que me falaram elas estavam com um kama sutra.
- Kama sutra? Que história é essa Mel? De onde elas tiraram esse livro. – Mel enfia o rosto com tudo no meu peito. – Mel de onde elas arranjaram o livro?
- É meu – fala baixinho. – elas encontraram nas minhas coisas, na verdade o papai falou a Julia que tinha visto esse livro e elas aproveitaram quando estávamos na varanda para ir lá e pegar.
- Mel porque não fala olhando para mim?
- Eu não consigo Júlio, estou morrendo de vergonha.
- Vergonha? Pelo amor do meu saco Mel quem vai ser zoado para o resto da vida por ter vindo parar no hospital pelo kama sutra vai ser eu.
- Mas agora todo mundo sabe que eu tinha esse livro. – sinto meu peito ficar úmido. – me sinto tão envergonhado.
- Mel não fica assim não, você pode dizer que o livro era meu, que eu deixei lá porque queria vê sua reação.
- E quem é que iria acreditar?
- Todo mundo meu pequeno príncipe. Eu não admito ninguém falar um ai de você e se você não está pronto para admitir que gosta de um livro sobre sexo não tem nenhum problema.
- Juca você não existe – fala me abraçando forte e com o abraço vêm as lembranças. – Mel – falo num tom tão sério que ele me olha de imediato.
- Eu sei que você ouviu Juca, eu tive a certeza assim que você acordou gritando.
- Eu não vou gritar com você, mas eu não estou pronto para ter seu primo perto de mim.
- Ainda bem que ele teve que viajar as pressas, o juiz deu a guarda da Lilly a ele.
- E isso significa?
- Que ele viajou ontem, e que ficara fora até a próxima semana e então retornará de vez com a filha.
Baixo minha cabeça lembrando-me das palavras que Mel usou.
- Ele foi seu primeiro homem mesmo?
- Juca eu não quero falar disso com você.
- Então não havia nada de inocente naquele beijo!
- Eu não sei, mas nem aconteceu você não deixou.
Quando vou fala novamente entram todo resto da família, começamos a conversar e depois que me vêem bem as brincadeiras com o Mel começam e eu as corto de imediato afirmando que o livro era meu.
Fico observando o jeito do Mel, imagino que se o primo voltar com uma criança será que isso reacenderá o que o Mel sentiu um dia por ele? Seu Eugênio mesmo já disse que Mel nasceu para cuidar de uma família. Não posso perder o Mel.
Júlio meu filho chegou a hora de descobrir o que você está sentindo. Mas como é que eu vou descobrir isso?