Cap 19
Fernanda é um pouco cabeça dura, Mari vai ter que se esforçar para reconquistá-la rs Espero que gostem de mais um capitulo. Beijos <3
*Fernanda*
Depois que Mariana se foi, peguei o telefone e ia pedir algo para comer. Por que ela tinha vindo aqui depois de tudo? Eu vi, não adiantava o que ela falasse. Será que estava arrependida? Eram tantas perguntas, mas não queria pensar nisso agora. Novamente bateram na porta.
Mariana não entendia que não queria a ver. Pensei antes de abrir.
Eu: Você? O que esta fazendo aqui?
Bia: Vim ver como esta. Murilo me contou o que aconteceu. E não, não foi culpa dele. Eu estava na casa dele quando ligou de madrugada, tinha dormido lá.
Eu: Tudo bem, mas preferia ficar sozinha.
Ela não me deu ouvidos e foi entrando.
Bia: Fê calma, eu vim para cuidar de você e não vou ir embora.
Eu: Não preciso de cuidados Bianca.
Bia: Então fico aqui de companhia.
Bianca era teimosa e eu precisava esquecer toda aquela historia, a deixei ficar.
Eu: Tudo bem Bia, pode ficar. Estava pedindo algo para comer, aceita?
Bia: De você? Eu aceito tudo. – Sorrimos.
Pedimos e a comida não demorou a chegar. Comemos e por um momento esqueci tudo que Mariana havia feito. Bia era engraçada, espontânea e se importava comigo. Ficamos conversando e quando dei por mim já era tarde da noite.
Bia: Acho melhor eu ir embora.
Eu: Fica, dorme aqui. Esta tarde pra você ir embora.
Ela prontamente aceitou e formos deitar. Deixei ela no quarto de hospedes e fui para o meu. Estava deitada e Bia abriu a porta do meu quarto. Ela não falou nada e deitou do meu lado.
Eu: Bia eu não... – Ela me interrompeu.
Bia: Eu não vou tentar nada, só não quero dormir sozinha.
Eu: Tudo bem.
Me virei de costas para ela, ela me abraçou por trás. Adormecemos. No outro dia acordei cedo e fui trabalhar deixando Bianca lá dormindo. Não conseguia me concentrar em nada, só pensava em Mariana. Nunca fui de me deixar abater mas estava difícil lidar com tudo aquilo. Pela primeira vez eu achei realmente que tinha encontrado o amor da minha vida. Eu a amava, mas estava disposta a esquece- lá.
Durante a semana passei a maior parte do meu tempo trabalhando, chegava em casa cansada e sem disposição pra nada. Minha única companhia era oTéo. Bia tentava se aproximar, mas não queria ninguém e no fundo ela sabia que eu ainda amava Mariana.
O final de semana chegou e eu não estava disposta a nada, queria ficar em casa.
Estava deitada, só com uma camisa comprida e calcinha, assistindo tv com o Téo quando alguém bate na porta. Olhei no olho mágico e era Mariana. Abri a porta.
Mari: Bom dia Fê. Trouxe pra você. – Ela me entregou uma caixa de chocolate, não aceitei.
Eu: O que você quer?
Mari: Você já foi mais educada.
Eu: Não tenho motivos para ser educada com você.
Ela ignorou o que eu disse.
Mari: Não vai me convidar para entrar?
Eu: Não.
Ela não deu ouvidos e me empurrou para dentro. Téo veio correndo e ela pegou ele no colo.
Eu: O que você quer Mariana? Fala rápido.
Mari: Vim buscar o Téo.
Eu: Ele é meu, você deu ele pra mim.
Mari: Eu sei amor, mas combinamos que nós duas éramos mães dele. Eu estava com saudades dele e sua.
Eu: Não me chama de amor. Se quiser ficar passear com ele fica a vontade só trazer ele de volta depois.
Olhei para sua mão e ela ainda usava nossa aliança.
Eu: Já que era só isso, pode ir.
Mari: Não quer ir passear com a gente? – Ela foi andando na minha direção.
Eu: Não. Não quero nada com você.
Ela colocou o Téo no chão. E continuou seguindo até mim.
Mari: Você fica linda assim de coque, com essa camisa. E pelo que posso observar, continua com essa mania de abrir a porta sem se vestir adequadamente.
Eu: Me visto como eu quiser.
Ela parou na minha frente.
Mari: Relaxa, eu só vim mesmo buscar o Téo mesmo.
Ela me olhou dos pés a cabeça, mordeu os lábios, se virou pegou o Téo se dirigiu a porta e antes de sair disse:
Mari: Só pra constar você esta muito gostosa. – Sorriu e saiu fechando a porta.
Saiu me deixando lá parada. Confesse que ser dura com ela era muito difícil, seu olhar me desconcertava, mas não dava pra esquecer o que ela havia feito. Voltei a me jogar no sofá. Não estava com animo para nada. Passei a tarde toda assim. A noite meu celular tocou, era Bianca me chamando pra sair. Recusei o convite e meia hora depois ela apareceu no meu apartamento.
Eu: Bia já falei que não quero sair.
Bia: Tudo bem, vamos ficar em casa então. Trouxe um vinho pra gente.
Bebemos, a garrafa estava quase no final. Eu estava sentada de frente pra ela, ela foi se aproximando e ficou a centímetros da minha boca.
Bia: Eu só preciso de uma chance.
Eu: Não posso. – Falei me levantando.
Bia: Por que não Fernanda?
Eu: Não conseguiria me entregar pra você. Me desculpa Bia, mas não da.
Bia: Eu vou te fazer esquecer ela. Mas eu preciso de uma chance pra isso.
Ela olhou nos meus olhos e segurou meu rosto com uma das mãos.
Bia: Eu não vou desistir de você Fernanda. Mas vou ir com calma. Não tenho pressa.
Não queria me envolver com ninguém agora, ainda amava Mariana. Mas Bia estava aqui, insistindo. Ela era linda e sabia muito bem como me enlouquecer. Resolvi resistir a tentação.
Eu: Acho melhor você ir.
Bia: Tudo bem. Mas você sabe que eu volto, uma hora você vai parar de resistir.
Ela se levantou e eu a acompanhei até a porta.
Bia: Boa noite Fê! – Ela me deu um beijo no canto da boca.
Eu: Boa noite Bia.
Esperei ela pegar o elevador e fechei a porta.