Me apaixonei por Caio! Meu brother do Orkut. 18

Um conto erótico de Fernando
Categoria: Homossexual
Contém 7389 palavras
Data: 03/12/2015 00:34:51

Oi, testanto. Som ah... som. Um, dois. Pronto, funcionou. Fala, galera... demorei heim. E como demorei. Bom, nem vou me desculpar porque já está cansativo isso e sei que sou um cretino... deixar vocês na espera desse jeito. Tsc. Queria mandar um beijo às pessoas do meu email. Conheci uma história de um rapaz por lá que Jesus... Agradeço a todos que acompanham o conto, tantos os que comentam como os que somente o lêe, cês são fodas ♥

S2DrickaS2: KKK, sobre o Goku, é referente à frase que ele diz toda vez que começa o desenho "Oi, eu sou o Goku". Ribeiro é um fofoqueiro falando dos nossos emails, vou quebrar a cara dele kk. Brinks. Consultor amoroso, eu tento. Muito embora eu ache que não sou especializado nisso. Sobre Roger, ele é casado e muito bem casado hum. Olha os assentamentos. E é verdade, ele tem a neca enorme que eu já vi hue. Beijos.

igozinho: Como eu tinha dito no outro capítulo, muito obrigado pelo o convite, eu adoraria ter ido e me sentiria muito bem conhecendo você. Mas não estou em Belém, mas vou aí em breve. Muito obrigado pelo carinho. Abração à vc.

B Vic Victorini: Cê é mó vinhado, mano. Para que ta feio kkk. Amigo, valeu pelo elogio, sei que sou foda e vou acompanhar o seu no wattpad. Vamos ver a merda que é aquela porra kkk. Abraços, meu ex-marido que amei por 7 minutos. Cobrar a pensão agora, flw.

Querido606: Desculpa a demora. Estou com uns bremas esses dias que chesuis! Amei seu email, achei lindo a msg, até suei pelos olhos. Não respondi ainda mas vou responder. Exagerado sim, esse conto nem é isso tudo kkk. Muito obrigado pela consideração e carinhos. Você que é um milhão ♥

FASPAN: Aaah, mano. Assim eu me emociono com suas palavras. Serio, se eu pudesse ia aí te dar um abraço. Eu gosto de detalhes, não gosto de resumos desnecessários, gosto de aprofundar tudo de maneira como realmente aconteceu. Sobre ter sido punk pra mim, bom, isso eu levo de boa. Covardia e preconceito de qualquer maneira são atos horríveis, revolta qualquer ser humano direito. Mas a vida é dura, e não devemos abaixar a cabeça pra esse tipo de gente. Grande abraço a você, cara. Fique bem e eu que sou teu fã *-*

jamesblack: KKKKKKKK estrela do mangue? Ri alto com essa. Comente mais vezes, amo os comentários seus, assim como gosto muito do cês. Parei nessa parte pq se não ficaria longa kkk. Grande abraço, mano. E não me apelide assim, de apelidos já tenho a franquia estourada kkk ♥

Dpeace: Diego do ragatanga. Olha, eu estou amando te conhecer pelo wpp. Sério mesmo. Não vou falar muito pq cê sabe que tenho consideração por você, mano. Fica na "Paz" e até mais. Rimou kk

Bruns: Bruno, meu Hobbit cabeça chata. Cara, acho que estou apaixonado pelo teu crush, onde já se viu um cara daquele tamanho chorar vendo um filme de drama? KKK Zoa, mano. Eu te amo, cara, cê é meu irmãozinho que tanto prezo. Espero que cê esteja melhor e que volte logo aqui pra city. Traga meu iphone6 aí da gringas viu. É uma ameaça. Abraços a vc e V :)

Vi-nícius...: Obrigado ♥

Pedrò: )= Desculpa. Mereço mesmo esse puxão de orelhas. Mereço uns tapas também mas levei bastantes então pode pular essa parte kkk. Obrigado pelo carinho, grande abraço e fique bem *-*

Menina Crítica: Eita, outra exagerada kkk. Tem casais aqui mais normais do que Caio e eu kkk. Obrigado pelo seu elogio e fico feliz por estar gostando. Grande abraço e beijs.

Junior21: Hey, meu empresário do ramo farmacêutico favorito. Como estão os negócios por aí, melhoraram? Poxa, mano, desculpa pelos vácuos no wpp, não faço por mal. Mas você sabe que eu te considero pakas né. Beijao e te gosto ♥

fernando sp: Opa, meu xará. Obrigado pelo carinho. Pais sendo pais, sempre né. Vamos ver o que vai rolar kkk. Abraço a vc, e que nome lindo, cara. Lindo de mais kkkk.

Rph_rj: Opa, cara, que bom ver que cê gostou. Obrigado pela sua gentileza, e não demorei muito kkk. Espero que goste desse capítulo, vamos ver se o gay do meu pai criou juízo. Abraços cara.

Ivy SB: Pó da rabiola KKKK cês me matam de rir. Mas até hoje penso em como Deus gosta de mim porque Caio não ia voltar alí tão cedo e os idiotas iriam abusar do tempo disponível. Grazadeus, apesar de alguns tapas, eu saí quase ileso. Também não sou muito de violência, mas confesso que fiquei muito feliz em saber que fim eles tomaram, pois eles nunca mais iriam fazer isso com alguém. Enfim, águas passadas. Obrigado pelo seu carinho e fique bem... beijinhos à você.

Bolt: Pow, mano. Obrigado. Abraços ♡

LC..pereira: Muito obrigado, cara. Abraços.

R.Ribeiro: Olha, só não crio um FB porque não curto muito e acho meio desnecessário hoje em dia. Mas fico feliz que vocês estejam se dando bem por lá. Assim eu que fico com ciúmes u.u Vi seu email, mandei uns 3, não sei se você viu, e as vezes esqueço dos emails e só vai acumulando kkk. Um dia apareço aí em BELÉM e você será um dos primeiros a saber hehe. Vamos dar uns pinotes pela capital heim. Abraços apertado, Rômulo Ribeiro, meu parça. Flw ♥

prireis822: Poxa, Pri, amo ler seus comentários. Quanto aos meliantes, eles tiveram um castigo melhor que a cadeia, relembrar tudo foi barra, mas sei lá... depois que terminei me senti tão leve, claro que precisei de alguns dias para ficar bem mesmo. Não é frescura, mas quem escreve vive o momento, agora quem viveu o que está escrevendo, volta ao passado e pode ver e relembrar coisas ruins. No final tudo deu certo, estou vivo e meio mongolóide, mas ainda sim bem. Você disse tudo a respeito do meu pai, só damos valor quando perdemos... vamos ver se ele está arrependido ou se vai me dar conselhos antegay... Abraços fortes à você.

Irish: Bem, sobre o que aconteceu com os caras de fato, só fui saber muito tempo depois. Mas vou adiantar uma parte e não me aprofundar muito para não soar desnecessário. Quanto ao fim que eles tomaram hoje em dia, bom... só posso dizer que eles pagaram hehe. Beijos.

ForteAbraço: Kevin, vi seus emails e cara, quanto à sua situação, eu acho que nem sou muito bom em dar conselhos. Só que acredito que ficar negando de mais seus sentimentos pode acabar escondendo o você de verdade, aí vai ter uma hora que cê vai se perguntar "quem sou eu afinal. O hetero que mantém uma imagem, ou o que vive se reprimindo? ". Sei que é complexo isso de se assumir, comigo foi difícil, acredito que um dia com você será difícil. A vida é assim... Não é um conto fácil onde as coisas passam rápido e de forma linda. Mas mano, faz o que seu coração mandar. Medo existe, mas Deus também. Pense nisso. Abraços.

esperança: Obrigado pelo seu carinho. Amo seu nick... ele transmite algo tão bom. Beijinhos e abraços a você ♥

Digos2: Não exagere quanto a sermos fodas... foda só eu mesmo kkk. Obrigado pelo seu carinho, mano. Fico feliz que a cada capítulo vc comenta com amor e gentileza. Obrigado mesmo. Beijos.

Isztvan: Nossa, eu que lhe agradeço pela sua gentileza, é foda de mais ler essas palavras suas kkk. Abraços e obrigado ♥

JhoNatan12: Ricardo ainda não some nessa parada. Aparece hue. Você é como eu, sempre dar chances aos outros e na boa Ricardo estava meio que induzido. Vamos ver o que acontece hehe. Abraços a você, mano :)

afonsotico: KKK malhação é. Bom, eu como disse antes, ia fazer uma coisa pequena. Mas já que muitos gostaram dessas minhas merdas que faço da vida, eu vou prolongar. Até das minhas idas no banheiro eu relatarei kkk, brinks. Obrigado pela sua afeição, carinho e gentileza. Beijinho à você.

sol123: Voltei hue ♡

demonio do bem: Muito obrigado.

Targaryen: Porra, mano, 27 seu niver. Mano, se eu soubesse antes postava alguma coisa pra comemorar pra você. Parabéns, guri, muitos anos de vida e felicidades a você e que Seu futuro marido seja o seu presente maior. Não fiz bolo, mas se fizesse eu comeria tudo. E currar é tipo estuprar... Cara, felizão por você ter feito niver, feliz por você curtir minha história e mais feliz por vc que vai casar e estar faliz com seu noivo. Manda um abraço bem forte pra ele, viu? O que você ganhou de presente? Me conta ae hehe. Abraços ♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥

RedKai: Exagerado kkkk. Brigado pelo carinho seu, grande abraço e beijos :)

Mr. John: Mano, acho que é minha sina errar teu nick kkkk. Vi no outro conto que errei novamente, não faço por mal... é a porra do tradutor pq tenho dois amigos que chamam-se Jhon. Desculpa tá :) E obrigado pela sua gentileza e carinho... Cê é muito querido... querido até de mais. Vamos casar? Zoa, a não ser que vc seja milionário, se sim, pode providenciar os papéis hehe. Forte abraço a você e beijos.

Vi(c)tor: Pow, mano. Assim vc me faz lagrimar. Caramba, mereço isso tudo não, mas fico feliz em saber que alguns poucos me toleram aqui na CDC kkk. Cara, muito, mais muito obrigado mesmo pelas suas palavras... é pessoas como você que motiva qualquer autor aqui da casa a escrever de forma feliz. Cê já tem meu conceito, viu. Abraços, cara... Beijao e se vc tiver os 2 milhões, pode mandar ae por Bluetooth hehe. Abraços novamente :,)

isabela^^: Pois é, qualquer tipo de covardia é revoltante, independente da situação, pessoa, lugar... se há covardia é algo escroto e imperdoável. Bom, sempre uso esse lema de que aqui se faz e aqui se paga, que a gente nem precisa mover um dedo para que as pessoas que nos fazem mal sofram. Elas mesmas se destroem. Beijinho, Isa (olha eu íntimo) e fique com Deus.

YAMASHITO: Yamashitooo! Que nome mais legal de se pronunciar. Yamashitoo. Gostei kkk. Pow cara, nem paro muito aqui no site pra ver esses problemas nos capítulos e não estou toda hora no meu email. Desculpa não resolver seu problema rápido mas fico feliz que esteja solucionado. Quando isso acontecer, mande um email para a casa que eles respondem com carinho. Se os problemas persistirem, ligue para a marinha nacional kkk. Obrigado pelo carinho e grande abraço. Curti teu nick.

Anjo Apaixonado: Curraram... Acredito até hoje que fizeram coisa pior, mas nunca fiquei sabendo o certo. Bom, eles fariam o mesmo comigo né? Então, pra quê sentir pena? É meio complicado pensar no errado e certo, mas no mundo real, o errado as vezes é o certo. Enfim. Grande abraço :)

Hogu: Mano, amo o jeito que vc fala, e esse "menino Caio" faz eu rachar o bico de rir | Então, o Dr. Dolittle me disse que cada pessoa tem sua reação perante a dor, seu corpo reage involuntariamente. Uns mijam, outros se sujam e alguns vomitam. Não tá explicado o certo, mas grazadeus que eu não me borrei | Ricardo é Ricardo, vamos ver se ele aparece ainda | Caio ama branco, isso é de família pq lembro que a casa dele era boa parte branca... coisa de doente kkk. Havaianas são tudo | André é André kkk, mas vai aparecer muito daqui há uns tempos | Romance piegas é chato e eu não sou de sentimentalismos, não tenho jeito | obrigado pelo carinho e me manda teu email, gosto das suas observações e frases malucas hue. Abraços.

Malévola: Oi minha querida *-* Cê é muito linda, cara... se pudesse te dava uns beijos bem quentes kkk Brinks. Abraços ♡♡♡♡

Helloo: Tem coisa bem pior que a morte. Ah, se tem hehe. Beijos.

Anjo Sedutora: Ah, sério? Que legal, manda um abraço pra sua namorada. Grande abraço e fico feliz que tenha gostado. Flw.

Chele: Perai, a anjo sedutora é sua namorada? E obrigado pelo seu carinho. Pois é, vou mundar o nome desse conto para "Minha vida é um UFC", tipo... só tem porrada e eu sempre apanho kkk. Eles tiveram o que mereciam, pra mim até hoje bastou. Ganhador da mega sena, pode dar os 5 milhões da chele e os dois meus... Dá aí pra nós, nunca te pedi nada. KKK Brinks. Abraços, querida *-*

Ufa, cansei kkk.

VAMOS AO QUE REALMENTE IMPORTAMeu pai deu passos determinados, mas bem no meio do caminho ele parou. Instintivamente, apertei os braços de Caio com medo por ele (meu pai) querer me bater. Afinal, ele sempre me tratava com tanta ignorância que eu passei a vê-lo como uma ameaça, pois meu pai, depois de saber que eu estava com Caio, passou a me machucar de duas formas; me odiando e não sendo meu pai que sempre fora antes. O ar no quarto ficou pesado e eu não consegui desviar meus olhos dos daquele homem, que me olhava de forma enigmática, eu não reconhecia aquele olhar nem o rosto daquele sujeito que por sua demasiada intolerância, ele passou a ser algo completamente estranho na minha vida. O corpo de Caio estava tenso e eu ouvia o martelar do seu coração, frenético, ritmado e intenso. Eu sentia que ele iria falar "Tá fazendo o quê aqui, velhote?" mas ele não o fez e eu estranhei. Afinal, ele meio que deveria me proteger do mal.

Eu meio rouco: Pai...?

Ele continuou a me encarar e e falou depois de um silêncio estranho: Oi, Fernando.

Eu: O que houve? - perguntei calmo, mas por dentro eu gritava coisas, coisas as quais eram confusas, indistintas, dolorias, pois estávamos nos tratando como dois desconhecidos. Ele mecânico e eu cauteloso. Ele me viu nascer, crescer, lavou minha bunda, me amou, aturou minhas capetices e me ajudou a ser o homem que eu era, mas alí ele não me considerava mais sendo seu filho. Eu o vi me amar, vi ele a amar minha mãe, a cuidar de mim, se vestir de Papai Noel em todo natal, a me ensinar o que era uma vagina e o quanto as mulheres eram complicadas, mas alí eu tinha medo dele, tinha pavor de ouvir coisas ruins vindas da sua boca.

Ele continuou parado e falou: Fora isso que aconteceu contigo, nada de mais.

Caio: Fêr, vou deixar vocês sozinhos.

Eu desesperando do nada: Não... N-não, mano. Não vai!

Meu pai: Eu queria falar mesmo com você, Fernando. A sós.

Eu não dei importância para o que ele disse e cravei as unhas no braço de Caio: Não, Caio. Não vai mano. Não...

Caio tranquilizando-me: Calma, meu amor. Seu Hilton não vai te matar. Acredito que ele queira bater um lero contigo.

Ele olhou sugestivo para meu pai e o mesmo falou: Claro que sim.

Eu sem dar importância: Não quero falar com ele. Não quero. Não vai, Caio, não vai.

Meu pai falou: Fernando, eu vim falar com você e...

Eu o interrompi apontando o dedo para ele: Não quero falar com o senhor! Não quero! (olhei para Caio) Não quero, mano. Caio, eu não quero - falei em súplica.

Caio: Seu Hilton, se ele não quer eu não saio daqui não. Acho que não foi uma boa idéia o senhor ter vindo.

Olhei pro meu pai e pela primeira vez vi ele triste, cansado, vi ele um homem em ruínas. Mas não me importei. Meu pai falou: Fernando, olha, eu só queria te...

Eu já chorando: Não queria nada... sai daqui!, o senhor me fez mal e está me fazendo agora. Pelo o amor de Deus, sai. Eu não quero falar com ele, Caio - abracei meu crush e ele estava visivelmente atordoado, ouvi ele dizer "Seu Hilton, é melhor o senhor ir", não vi se ele fez o que Caio falara, porque estava com o rosto no peito grande do meu brother. A verdade era que eu estava desabafando toda a dor da rejeição de meu pai. Todos os momentos em que me humilhei pedindo desculpas "desculpa por ser gay, pai, me perdoa por ser gay" eu dissera uma vez a ele e o mesmo cuspiu em mim. Quantas noites eu chorei calado, sem que Caio visse ou ouvisse, por ele e pela tristeza que o dito cujo me causava. Vocês não imaginam se sentir culpado por ser aquilo que seu pai não aceita. Se sentir culpado pelo o fim da sua família e ainda pior, ele te fazer acreditar que de fato você era o catalisador de toda aquela desgraça. É ruim, é ruim ser rejeitado e é ruim se sentir responsável pela rejeição. Talvez a porrada tivesse me desestabilizado, pois quando dei por mim eu sentia medo, um medo voraz e chorei demasiado. Chorei por todos serem tão cruéis, por viver num mundo intolerante, num mundo onde a cor da pele importa, a opção sexual é julgada, onde uma religião mata milhões, onde somos todos iguais, mas nos tratamos de forma diferente.

Acordei sem me lembrar de como dormi. Lembro de chorar por mim, de ter posto tudo pra fora da forma mais frágil possível. No quarto estava Caio, sentado num sofá me olhando. Ainda usava a mesma roupa branca e logo olhei pro relógio. 04:31. Eu tinha dormido umas boas 9 horas. Pedi água e ele foi buscar. Enquanto ele saía do quarto, eu me levantei, senti a cabeça pesada e tudo girou. Os remédios estavam fodendo comigo, eu devia enfiar essas injeções nos cus dessas enfermeiras, pensei quando notei que estava sendo dopado de mais. Eu ralharia com Caio por isso. Não tinha tubos no meu braço e então caminhei meio leso até o banheiro, lavei o rosto e me olhei no espelho. Era o rosto da pessoa mais fodida no mundo; havia marcas arroxeadas na bochecha, dois curativos sobre as sobrancelhas, meu olho esquerdo estava manchado de sangue e o outro meio inchado. Meus lábios feridos, mas normais o suficiente para falar. Tirei a camisa e olhei pro meu corpo... horrível. A pele branca manchada por hematomas grotescos, pareciam tatuagens uniformes em tom roxo-esverdeado-avermelhado. Caio entrou no quarto e falou um "Fernando?" já receioso e percebi que ele já estava desesperado. Sorri e disse "Não fugi ainda, tô no banheiro."

Caio foi até a porta do banheiro e falou com raiva: Vai te fuder, porra! Vai assustar o cão não eu, faz isso não, brother - ele me deu o copo de água com raiva e eu bebi sofregante, ele olhou meu corpo e vi raiva em seus olhos, vesti a camisa rápido e fui até ele, o abracei e perguntei quantos dias eu não escovava a boca. Ele riu e me soltou, foi até uma mochila, tirou de lá uma escova e creme dental. Escovei os dentes e depois disso beijei ele no banheiro mesmo de forma avassaladora. Senti a pica dura dele relar na minha barriga e já estava ereto também com aquele mastro quente pulsando por debaixo de seu short. Mordi o queixo dele com sua barbicha e Caio delirou soltando um "ahhh" rouco e carregado de tesão.

Caio descendo a mão até minha bunda e apertando-a forte e brusco: Não me atiça, leke. Te como aqui sem pensar no amanhã.

Ele passou as mãos nas minhas costas e eu senti uma potadinha de dor aqui e alí porqur ainda estava contundido em algumas áreas, entretanto não reclamei para não estragar o clima. O quarto onde eu estava era exclusivo à mim, o hospital pelo que tinha percebido era pra pessoas bem favorecidas na vida, para ricos e eu gostei, porque eu podia ficar agarrado com Caio no banheiro de boas, fechei a porta sem me desgrudar do meu leke: Ahh, Caio, não - falei quando ele puxou a pica já dura pra fora e a mesma já babava horrores. - É muito nojento fazer isso no hospital. Podemos pegar infecção.

Ele colocou a boca na minha orelha e susurrou: A gente lava as mãos então - eu ri e ele pediu que a gente ao menos se punhetasse alí, pois a tara era maior. - Olha meu pau, Nando. Ta doendo de duro (ele colou a boca na minha nuca e ronronou, guiou minha mão até sua vara e senti ela pulsar ao meu toque) tá babando por ti. Chupa ele vai, meu lekinho.

Eu ri, não resistia àquele garoto impulsivo e a tensão de ser pego por algum enfermeiro ou alguém só aumentava a nossa tara. Me abaixei de cócoras e mais uma vez senti pontadas de dor nas costas, ignorei e abocanhei o pau de Caio que cheirava a cueca e pulsou forte quando engoli a cabeça rosada em formato de cogumelo. Ele urrou e eu dei um tapa no braço dele mandando-o fazer silêncio, ele riu e pôs as mãos na minha cabeça e fodeu de leve minha boca, seu quadril mantinha um ritmo cadenciado e constante. A pica quente dele entrava e saía e ele gemia baixinho, mandou olhar pra ele e eu obedeci. Meu macho mordia os lábios em puro êxtase e eu queimava de fogo vendo o rosto dele vermelho e o mesmo respirando pesado. De quando em vez ele fechava os olhos e jogava a cabeça para trás, fazia isso quando minha boca chupava a extensão do pau e ia até as bolas dele e engolia tudo de uma vez. Gosto de saco de homem é algo sem gosto, assim como o pau, mas extremamente bom de se colocar na boca. A quentura, o cheiro característico, os pentelhos roçando a língua e alguns fiozonhos se soltando na mesma, ouvir o cara gemer de tesão e saber que você está proporcionando isso à ele são coisas que motivam qualquer um a chupar um pau de um homem grandão. Por ser de madrugada, ninguém veio nos pertubar e eu jamais em minha sã consciência imaginaria pagar um boquete num marmanjo em um banheiro de hospital - que era limpinho - e nas primeiras horas do dia.

Tirei o pau da boca e ele me encarou selvagem, Caio me puxou para cima, passou um braço em volta do meu pescoço e prensou seu corpão no meu. Comecei a me punhetar e ele fez o mesmo, as punhetas de Caio eram sempre intensas e fortes, algumas vezes com o vem e vai da sua mão no pau, a mesma batia em mim e eu xingava ele, esse ria e colava a boca na minha. Ficamos meios abraçados, cada um com um braço em volta do ombro do outro enquanto as nossas mãos nos punhetávamos, trocamos a função, eu o punhetava e ele fazia o mesmo comigo e ficamos nisso, gemendo, sentindo a quentura um do corpo do outro e nos devorando com a boca, por uns bons 8 minutos, e senti ele xingar baixinho e morder meu ombro com uma força que me arrancou suspiros de dor e prazer. Então a gala dele veio e espirrou pelo chão do banheiro e seu pau pulsou forte na minha mão. A cabeça vermelha da rola crescia e parecia ter vida própria a cada jato de porra que saía. Ele apertou minha pica e eu gozei louco sentindo aquela mãozona áspera e quente dele. Eu era gemidos e ele arfava pesado e ambos nos abraçamos com nossas picas bombas roçando uma na outra e eu sentia que ele queria mais... queria me foder, foi aí que alguém bateu no banheiro e ele riu rouco.

Enfermeiro: Tem alguém aí?

Eu entre risinhos: Tem.

Enfermeiro: Tem alguém mais?

Caio: Tem sim, mano. To ajudando o leke aqui a cagar. Ele não consegue sozinho

Eu ri e falei na mulecagem: Sim, acho que minhas fezes não sabe mais por onde sair. Que nem com o cara aqui que ta me ajudando, já notou que da boca dele só sai merda quando essas deveria ir pra outro lugar? Pois é.

Ouvimos o cara do outro lado rir e falar um "Tá bom", Caio me beijou colando a testa na minha e disse ameaçador: Falo só merda é? Tu é muito desgraçado, muleque.

Eu com os braços em volta do pescoço dele: Fala as merdas mais lindas do mundo.

Caio: Quantas vezes tenho que te lembrar que você tenta ser romântico, mas fracassa?

Eu ri: Quantas vezes eu estiver contigo, até o fim da nossa eternidade - ri da falta de nexo na frase.

Ele riu: Infundado, contudo amável.

Eu fiquei sério e falei: Meu pai...

Caio: O quê tem?

Eu: Acho que agora tô bem pra falar com ele sem bancar o viadinho.

Caio: Não precisa falar se não quiser. E sim, aquela surra te deixou meio mariquinha.

Rimos e abracei ele forte: Só fica do meu lado tá?

Ele: Meu parça, saio mais da tua vida não. Ta ferrado porque eu sou pra sempre nela.

Deu um beijo terno em mim e eu disse: Caio, temos que casar.

Ele: Hum, eu tava pensando o mesmo.

Eu: Você sabe o que fazer.

Ele: Vou providenciar tudo com calma e até o fim desse dia estaremos casados.

Rimos e ficamos nos namorando mais um pouco naquele banheiro um com a mão na pica do outro.

*

Seu Cá veio umas 6 da manhã ficar comigo, e Caio foi pra casa descansar e providenciar o casório. Seu Cá: Está bem, Nando?

Eu: Sim, quanto tempo mais eu vou ficar aqui?

Ele: Até amanhã. Você ainda vai fazer uns exames de praxe hoje, depois disso estará liberado.

Conversamos mais um pouco sobre o caso de eu ter de fazer uns exames de cabeça, pois ele percebera que eu estava ansioso, das crises que tive e de tudo mais, e isso possivelmente viraria um trauma e devia ser acompanhado com calma. Do nada chega Lise, e me abraçou quase empurrando o seu Cá pro lado. Falou um alemão misturado com português e eu ri.

Lise: Boy, mich fast umgebracht! Diese Schweine aus der Hölle... (Garoto, você quase me matou! Aqueles porcos do inferno...) - a interrompi.

Eu: Hey, eu não sei alemão, caramba.

Ela riu: Desculpa, Nandinho (beijo na bochecha), to tam com ódio daquelas imundos. Ah, meu menina, ainda beim que vocêê esta beim.

Então entrou Mário fazendo zuada: Pá! É um assalto, Nando

Seu Cá ralhou com ele e embora eu risse, meu coração acelerou. Não transpareci medo e só joguei um travesseiro em Mário. Entrou junto com ele o Juan, George, Pedro, Herinque e Pablo. Os bombados da academia e meus heróis. Eles bagunçaram meu cabelo, falaram que eu deveria pagar por eles terem me salvado, que Caio deveria me bater por ter ido na "cola" de Ricardo e outras coisas. Perguntei se eles eram meu pai e eles riram. Trouxeram uma revista da Gmagazine e Lise só dava carão neles por essas brincadeiras bestas. Eles riam e pediam desculpas falsamente. Roger, o mais bruto de todos, mexia com as enfermeiras que passava, Mário e Juan simulavam uma briga para me ensinar como se defendia de verdade e aproveitei e conversei com Henrique e Pedro.

Eu: O que vocês fizeram mesmo com todos lá? Digo... depois que Caio saiu?

Pedro falou: Caio saiu e a gente só deu uma boa curra neles. Juan conheceu o que estava com uma câmera filmando, ele costamava andar com uma gangue de playboys espancando mendigos e quem eles vissem pela frente. Na câmera dele tinha uma filmagem de antes de te baterem dizendo que iria comer um cuzinho. Tu deve saber a quem ele se referia - tremi -, então invertemos e filmamos a gente dando uma jeca em todos... Quando Mário veio te deixar no hospital a gente pediu pra ele comprar cartelas de camisinha. Então foi uma festa para nós e o inferno para os babacas lá. Na hora eu não estava de acordo, mas depois que vi a filmagem deles te batendo meu sangue ferveu.

Eu: Cês pegaram todos?

Henrique: Foi sim, nunca mais vão fazer isso com alguém indefeso. Mano, tenho um irmão e poderia ser ele lá. Nem pensei duas vezes. Ainda tiveram a audácia de trazerem o tal de Ricardo pro mesmo hospital que você.

Eu alarmado: Eles ta aqui!

Pedro: Calma, mano. Ta só ele e tá mais transtornado que não sei o quê. O velho lá acho que até gostou da jeca porque teve hora que gemia que nem mocinha - ele riu.

Eu: Bom, agradeço por isso. Eu sou contra esses atos, mas era eles ou eu. Talvez eu estaria à sete palmos agora.

Pedro: Pois é. Alguns atos são necessários. Agora para de ficar confiando de mais nas pessoas, seu otário - ele riu e Henrique completou. - Verdade, Nando. Tu só te fode. Ajuda mas ajuda com cautela, quem cria cobra, é picado por ela. Não leve pro lado sexual da palavra.

Soltamos umas gargalhadas e Caio chegou: Que porra é essa? Tão pensando que aqui é a casa do pai de vocês?

Juan: Cala boca, pintinha (apelido dado à Caio pelas inúmeras pintas que ele tem no corpo), Nando é gente boa diferente de tu, bonecão de neve.

Ficamos naquele clima descontraído. Lise falava com Henrique e eu sentia um clima entre os dois, já que esse estava novamente solteira. Os outros mexiam na TV para ver Ana Maria Braga, Caio veio até mim e Pedro falava da festa que fariam para mim. Eles sabiam que eu não gostava de surpresas e logo abriram o verbo. Aí foi a hora de decidir em que casa eu iria ficar até está curado. Reclamei dizendo que já estava de boas, mas insistiram em me levar para casa de alguém até eu estar bem completamente. Henrique se ofereceu, disse que na sua casa tinha sua mãe, meiga e mente aberta; seu Cá falou em me levar pro seu casarão; Lise pro seu apê; Mário, Roger, Pedro e Juan também falaram que suas casas estavam abertas. Agradeci e disse que ira pro meu apê com Caio. Não havia lugar melhor que meu canto. A enfermeira entrou e expulsou todos. Novamente bagunçaram meu cabelo, apertaram minha mão, Mário tentou beijar minha bochecha em bricadeira, Juan foi mais radical e apertou meu pau, e depois empurrou a parte de dentro da boca com a língua simulado um boquete e eu joguei meu outro travesseiro nele. Todos loucos, meus brothers heteros loucos. Lise deu beijinho na minha testa e disse que ia no meu apê deixar ele um brinco. Seu Cá falou que qualquer coisa que ligasse para ele e que era para eu não me preocupar com os gastos do hospital. No fim ficou só eu e meu Caio. Fiquei impaciente e disse que já estava melhor e que queria sair daquele quarto. Caio deu um beijinho na minha boca "amanhã tu vai tá de boas. Relaxa", falou sentando do meu lado da cama.

Eu: Preparado para casar?

Ele: Sim, sr meu marido.

Rimos e ele ficou sério: Teu pai tá aí, mano. Disse pra ele esperar que ia perguntar se podia subir pra te ver.

Eu: Pode dizer pra ele vir. To de boas.

7 minutos depois, meu pai entrou e Caio falou que pegaria um café deixando a mim sozinho. Fiquei com uma puta raiva dele por me deixar com meu pai alí. O mesmo veio até mim e ficou um pouco distante. Eu encarei ele sem deixar nenhum emoção invadir meu rosto e esperei ele começar. Se seria uma reconciliação, que ele falasse.

Meu pai: Fernando.

Eu seco: Pai?

Ele meio que não sabia o que dizer, como agir, e eu o imitava pois não conhecia mais o homem que estava alí comigo. Reconciliação? Bom, ele passou 4 bons meses falando palavras horríveis a mim, me denegriu aos meus amigos e conhecidos, mostrou ódio pelo o que optei a ser, sem ao menos parar para conversar civilizadamente e agora estava naquele quarto arrependido? Era isso. Não falei isso há ele, mas um passo infalso dado por ele e eu explodiria. Falei decidido: O que o senhor quer?

Ele: Não é óbvio? - falou ele ainda triste.

O ruim de ser filho do meu pai era que assim como eu, ele não lidava muito bem com sentimentalismos, claro que não éramos frios, mas palavras bonitas eram sempre evitadas. Eu olhando para a porta: Não, nada é óbvio. Diga logo o que é.

Ele riu triste: Vim te pedir perdão por tudo que te falei. Eu sempre estive errado, sempre fui o monstro... eu quero que me perdoe.

Eu: Quem perdoa é Deus, pai. Eu não estou no nível Dele pra isso.

Meu pai: Sem piadas, Fernando.

Eu: Pai, sempre te falei que não mudaria nada, que sempre seria o mesmo Fernando. O cara que te ama, velho. Que ama a mãe, que cresceu sendo criado por vocês dois. Que aprendeu como um homem tem que ser. Mas o senhor deixou seu ódio falar mais alto.

Ele com o semblante triste: Eu sei, mas meu filho (levei um susto, há meses que ele não me chamava de filho e a palavra vindo da boca dele saiu distorcida para mim, quase errada) eu queria te colocar medo. Talvez eu sendo duro como fui, você mudasse e voltasse a ser meu Fernando.

Eu ouvi aquilo e ri de desdém: Acabei de falar que sempre fui o mesmo.

Ele olhou para baixo: Tive medo, medo por você. Medo de acontecer o mesmo que aconteceu com XXX que morreu daquela forma brutal. Queria que, com minhas palavras horríveis, você visse que eu estava certo. Mas eu nunca estive certo em nada. Eu sou um monstro que destruiu minha família, afastou o filho e trouxe desgraças a todos.

Ele tinha razão, pensei, mas me mantive quieto: Desculpa, meu filho, desculpa. Me perdoa por tudo que fiz a você. Me deixa recomeçar com você.

Eu me mantive impassível e falei: Pai, talvez você devesse receber acompanhamento psicológico.

Ele levantou o rosto e vi seus olhos molhados: Como assim?

Eu: Pai, o nível seu de intolerância comigo foi extremo. O senhor tentou prejudicar minha vida social com meus amigos, o senhor desejou minha morte...

Ele: Foi calor de momento, foi impensável o que eu te disse. Não...

Eu cético: Calor de momento vai justifica suas atitudes agora?

Ele chorando: A verdade é que sinto tua falta, meu filho... me arrependo de cada palavra que te falei naquele dia em que soube toda verdade. Mas eu vi meu futuro todo acabado sabendo que meu único filho era gay. E meus netos? E sua família? Como nossa família iria viver gerações?

Eu: Nossa, pai, que viagem essa sua. A gente tem que viver do presente e não de futuro. Futuro nós construímos aos poucos, isso se resolveria com o tempo. Só que com o senhor cego de ódio as coisas só pioraram pra todos, inclusive pro senhor.

Ele: Eu sei. Consegui perder meu filho e minha mulher. Me afundei em dívidas, me afundei em tudo. E quando te vi todo machucado... Quando André me contou e eu disse que não me importava (ele riu sem emoção) ele me olhou e falou que não merecia o filho que "tinha". Ele falou como se você tivesse morrido ou como se você não me visse mais como pai. Vim ao hospital e encontrei Caique e ele me falou tantas verdades que eu enfim desabei e me encontrei. Eu sou o errado, meu filho, eu sou e fiz monstruosidades com você que sempre foi o rapaz que amei na vida.

Não chore, ordenei à mim mesmo, não chore. Olhei pra ele e disse: Ainda não morri, e ainda te considero como meu pai.

Ele não aguentou e meio que me abraçou e eu tomei um susto: Me perdoa meu filho, me perdoa. Me perdoa - repetiu isso enquanto chorava copiosamente. - Você é meu Nandão, é meu garoto. Me perdoa.

Eu empurrei ele de leve para podermos nos olhar nos olhos: Pai, eu sou gay.

Ele: Não, você é meu filho que amo. Gay ou não é meu filho. Não ligo mais para isso, meu garoto. Só quero me redimir contigo e com Caio.

Eu: Pai, Caio ama o senhor tanto quanto eu. Seu genro é minha vida. Sem ele eu nem estaria vivo.

Ele tremeu: Ele é meu filho também, vocês dois merecem tudo de bom... eu desejo a vocês tudo de bom.

Eu: Mesmo você sabendo que ele me deixa descadeirado?

Ele riu: Tu não mudou nada né? O mesmo palhaço de sempre.

Eu o abracei: Senti a falta do senhor, senti muita, seu velho cabeça-dura.

Ele em tom se brincadeira: Olha que ainda sou teu pai. Posso te dar umas cintadas.

Eu: Agora já sei pra quem puxei nisso de não ser bom com palavras bonitas - rimos e ele me abraçou forte.

No fundo não era fácil perdoar meu pai. Tudo o que ele me fez passar e sentir me marcaram muito, mas pra quê dificultar essa aproximação? Na vida tudo é complexo e nada é fácil como os contos descrevem... mas com o tempo eu iria perdoar meu pai de fato. Tempo ao tempo. Ele começou a falar que se arrependia muito de cada palavra, que pediu a Deus para retirar a praga e se culpou veementemente pelas coisas que aconteciam, e que só falava aquelas coisas horríveis a mim para descontar sua raiva que sentia de si mesmo, mas sempre ia para casa e chorava pediando perdão por tudo. Eu ouvia, não falava muito e ria quando era necessário. Caio bateu na porta do quarto.

Ele: Opa, pelo que vejo tão de boas heim.

Meu pai: Vem cá, rapaz. Vem cá.

E abraçou Caio e eu juntos e eu lancei um olhar de estranheza debochada pro meu brother. Depois disso, meu pai disse que tinha que ir, abracei ele forte sentindo-o perto de mim e ele se despediu. Caio sentou do meu lado e olhou surpreso pra mim.

Caio: Uau, da água pro vinho heim?

Eu: O que seu pai falou pra ele, afinal? Eu sei que tem dedo do seu Cá nisso.

Caio deu de ombros: A verdade é que meu coroa chegou com tem pai e mandou a real, que ele estava sendo um imbecil e só foderia a vida dele com tanta intolerância. E o pai fala, tu sabe como aquilo fala - ri concordando. Seu Cá era muito tagarela, por isso a gente se dava tão bem. Nunca havia silêncio entre nós dois. - E como aquele coroa te baba, "Nando é um garoto de ouro" (falou ele imitando o pai), fala sério. Garoto de ouro que se derreter dá um anel.

Eu dei um soco na costa dele: Seu cretino, sai da minha cama. Anda!

Ele riu: Ai, amor... doeu. Ta fortinho heim. Pois é, como ia te dizendo; pai chamou o teu e falou um bucado de coisa. Teu corou chorou e meu pai reconfortou ele, mas exigiu que o mesmo se reconciliasse contigo. E assim se fez a mágica.

Eu: Ai ai... que vida louca. Tive que apanhar pra ter algo bom.

Caio: Tem uma coisa também. Um dos viadinhos deu queixa da gente. E quero que tu dê deles também. Pelo que sei, os meninos podem ser preso.

Eu indignado: Como assim? Se foi aqueles filhos da puta que quase me mataram?

Caio: Os outros lá parecem que tão tudo com medo de falar algo, só um fez o B.O e com isso a polícia pode achar que nós que curramos uma só pessoa juntos. Ou seja, que a gente que fez o crime premeditado.

Meu coração explodia de ódio e indignação, Caio mandou eu me acalmar e disse que só meu depoimento era o suficiente para ferrar com eles e que os meninos estavam atrás das outras vítimas dos mesmos. Me tranquilizou dizendo que nossos brothers não se arrependiam do que fizeram e que fariam de novo se necessário. Também me lembrou que eles todos eram mauricinhos riquinhos e que dificilmente pisariam o pé numa cela de cadeia. Fiquei mais tranquilo e ele me lembrou do nosso casamento.

Eai, falou, vamos casar? - perguntou.

Eu ri fiz que sim com a cabeça. Ele correu até sua mochila, pegou dois notebook's, uma para mim e outro para ele. Me deu um moldem de net e logo fomos até a página do Orkut. Logamos e fomos até a comunidade Eu Odeio Acordar Cedo e lá tinha um tópico muito conhecido "O casamento virtual". Pelo bate papo do Orkut, Viviane (uma das moderadores da comunidade) me dissera que eu estava muito sumido, mas que ainda sim era moderador. Eu me sentia o foda sendo o moderador de uma das maiores comunidades do Orkut. Iria colocar isso no meu currículo um dia kkk. Caio já estava no tópico e falava que iria casar.

*Na página do Orkut*

Juliana: Caio e Fernando vão casar?!!!

Juliana era outra moderadora. eu amava aquela menina, meiga inteligente e linda. Até hoje nos falamos. Digitiei.

"Sim. Quer ser nossa padre?"

Juliana: KKKK sim, seus viadões lindo ♥♥♥.

Caio: Fernando, dá ban nessa vadia. Ta xingando nós.

Jean Kelvin (outro moderador e meu amigaço): Vão casar? Nando, viadão e Caio viadinho. Nem falaram que transam com a bunda. Quero participar dessa cerimônia, poar

Viviane: KKK que lindo esses dois. Eu já sabia desse rolo, me contaram no MSN.

Outros usuários xingaram a gente de "boiolas imundos" e coisas do gênero. Viviane, Juliana, Jean e eu logo dava ban neles, afinal tínhamos esse poder e naquele momento abusávamos dele. Os meus amigos moderadores e outros que eu tinha amizade forte no Orkut apareceram. Amarildo, o mais velho de todos os moderas foi até o tópico e pronto, a festa estava formada.

Lutielle, uma amigaça de todos falou: Casal gay mais top do Orkut.

Juliana: Caio -Cabeça-de-rola, aceita a donzela do Fernando como sua Marido? Para amá-lo e respeitá-lo, até que a falta de Internet os separe?

Todos riram e Caio digitou: Aceito.

Juliana: Fernando, viada top, aceita o picudo do Caio como teu macho? Para amá-lo e respeitá-lo, até que a falta de Internet os separe?

Eu: LOL. Aceito sim.

Juliana: Então, se alguém tem algo para postar que impeça esse casamento, que poste agora ou fique calado forever.

Rimos. Amarildo digitou: Fernando, casamento com divisão de bens heim. FikDik.

Juliana: Calado, Amarildo. Hum. Não interrompe a padre linda aqui. Podem se beijar, e eu os declaro viadinho Nando e viadão Cacá como marido e esposo. Podem se beijar nessaporra. E vamos pro Skype que quero ver esse beijo gay.

Foi uma algazarra no Orkut. Eu beijei Caio na cama do hospital e voltamos pro pc. Estava completo, conheci meu Caio na comunidade e firmei meu relacionamento, mesmo que de zoeira, com ele lá. Estava completo. A net caiu e Caio me tascou um beijo envolvente e quente. Fiquei de pau duro e se não fosse o fato de a porta está aberta eu transaria com ele alí mesmo. Saudades do meu macho dentro de mim e dele pelado suado me desejando. A enfermeira entrou e estragou nosso amasso... olhou com certo nojo pra nós dois e rimos da cara dela.

A vida estava boa. A vida era boa. Faltava só isso de polícia e se fosse pra ferrar aqueles babacas, eu ferraria.

Continua...

Opa, galera. To do beim? Espero que sim. Tem uma pessoinha que é guerreira, a qual conheci através da Casa aqui, ele sofre de uma doença grave e desconhecida, e talvez seja doença mental pois o mesmo disse amar meus contos kkk. Brincadeira. O nome dele é Patrick, ninguém aqui deve conhecer mas usem ele como exemplo na vida. Tipo, ele sofre com essa doença gravíssima, mas mesmo assim ri, é gentil, vê alegria na vida e a vive com intensidade. Você que tem saúde, dois pés, mãos, comida na sua mesa, amor de pai e mãe, enfim... Você que tem tudo isso e reclama da vida, para e pensa um pouco mais. "O mundo é perfeito" (trecho da música do Teatro mágico). Então, esse capítulo é ao Patrick e a todas as pessoas que lutam pela vida de forma alegre e boa. E quero me desculpar pela demora e dizer que amo cada um de vocês. Sério, no natal vou mandar cartões de Natal a todos *mentira só pra iludir mesmo*.

Abraços a cada um e até mais ♥♥♥♥

Ps: Não notem os erros ortográficos. Tenho mais água na cabeça do que cérebro, vocês podem notar isso pela escrita então... mentira é porque sou burro mesmo. FLW

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Comentários

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Fer meu querido , desculpe por ter sumido , minha vida ta uma loucura , eu e o mon discutimos e tivemos uma briga bem feia , quase terminamos mas ponhamos nossas cabeças no lugar e voltamos pra realidade e nos acertamos . Migooooooo adorei que vc e seu pai se acertaram ,vc e o caio sao mt fofos , um exemplo de casal para todos . migo seu conto como de praxe esta perfeitooooo , mais uma vez desculpe por nao ter visto seu conto antes migo . beijos de sangue e fogo de um targaryen . ❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤

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Cara, tu e caio são simplesmente foda, tu principalmente pela ótima escrita. Por um momento pensei que não fosse perdoar teu pai, mas ainda bem que deu tudo certo “Em terra de egos quem perdoa, é rei“ acho que é isso Kkk e ah não precisa mandar cartão, desejando um feliz natal, já ficarei feliz ^^

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Q bom q Fernando se resolveu com o pai dele... Q lindo eles casados... Ha olha eu aqui... Pow mas olha me deu tanto ódio daqueles la... Era pra deixa-los mexendo só os olhos...

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Esse capitulo me lembrou o quanto as comunidades do Orkut eram superiores, saudades eternas :/. | Eu temia que não fosse acontecer, mas foi possível uma reconciliação. Vejamos o quanto pode ser reparado em meio a todo o estrago. | Foda o cara estar e errado e ainda querer ter razão, cara de pau é pouco pros agressores. | É legal chamar os outros de menino nome rs. Mando no próx capitulo um email pra contato.

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Parabéns por enfrentar tudo que seu lhe causou e adicionalmente a situação desses homofóbicos. Pensei que ia tentar a todo custo a voltar a ser hétero depois de tudo isso. Pena que seu pai tomou coragem para falar contigo só depois desse acidente. Estou curioso para saber do Ricardo, se ele é gay e estava escondendo e se virou bonzinho. kkkk. Abraços!

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Aim conto está tudoooo!!! ❤❤❤❤❤❤ bee que vcs sejam imensamente felizes Arrasem....

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Nando, nem sei por onde começar. Li tudo em dois dias e achei a tua história uma das mais sensacionais que já li aqui na CDC ( olha que já estou aqui desde 2012). Sei o quanto é difícil escrever sobre nossas vidas e principalmente revive momentos dolorosos e passar isso pro papel de forma a não ficar tão dramático ou não passar o que vivemos na real. Parabéns de verdade que venha muitas felicidades a vocês !

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Cara kkkkk parabéns história muito especial a sua bjs kkk

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Só se for rasga tanga kkkk. Pessoinha tbm te considero muito e o que acontece no wpp fica no wpp. Kkkk

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Cada vez gostando mais de eu relato. Um abraço carinhoso para ti , para Caio e para teus "brothers",

Plutão

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