Preciso De Você! -- Capitulo 6

Um conto erótico de Phamy
Categoria: Homossexual
Contém 1762 palavras
Data: 24/12/2015 20:43:49

Antes de tudo quero desejar aos meus amados leitores um feliz natal. Espero que gostem do capitulo de hoje. Bjs

CAPITULO 6: JULIA

A Alexia segurou em minha mão e saiu me puxando pela rua. Mesmo com todos os olhares voltados para nós ela não soltou a minha mão em nenhum momento.

Ela me levou para a sua casa e me mandou tomar um banho. Quando olhei meu reflexo no espelho tomei um grande susto. Que mulher era aquela que estava na minha frente? Eu não me reconhecia. Estava suja, muito esquelética e feia. Fiquei alguns segundos olhando aquela imagem na minha frente. Como eu pude chegar naquele ponto?

Tomei um banho demorado afim de tirar todas as impurezas de meu corpo. Quando terminei eu estava limpa e vestida com roupas da Alexia.

A Alexia estava me esperando na sala com um lindo sorriso. Eu me sentia bem perto dela, muito bem.

Fomos para a cozinha onde havia uma mesa repleta de coisas deliciosas. Comi um pouco de cada coisa, eu estava morta de fome.

A Ale me perguntou o que tinha me acontecido. Contei a ela com o coração partido. Eu estava envergonhada demais e do nada comecei a chorar. Ela me abraçou e ficou ali comigo.

Quando ela falou que era melhor eu ir embora, eu congelei. Eu não podia ficar sozinha, não queria ficar longe da Alexia. O que fazer? Implorar? Chorar? Se humilhar? Seja o que fosse, eu faria. O que eu não podia era ficar longe dela.

- Não, não me deixa Alexia. Eu não posso ficar sozinha. -- Falei chorando.

- Calma Ju. Não precisa chorar. Você pode dormir aqui hoje.

- Eu posso?

- Claro.

A Ale entrou no quarto vestindo uma camiseta branca bem soltinha no corpo e um short preto largo. Ajeitou umas cobertas no chão de seu quarto e se deitou.

- O que você esta fazendo Alexia? Porque esta deitada ai?

- Eu vou dormir aqui. Você dorme na cama.

- Claro que não. A cama é sua. Eu durmo no chão.

- Julia isso não é um assunto a ser discutido. Voce dorme na cama e ponto.

Uau. Preferi concordar, né?!

Deitei e dormi como ha muito tempo eu não fazia. Sonhei com a Alexia. Ela dizia que me amava no sonho.

Acordei de bom humor naquela manhã. A Alexia ja não estava mais no quarto. Pela porta entrava um cheirinho de bolo delicioso. Comecei a seguir aquele aroma. Quando dei por mim eu estava na porta da cozinha de frente para a Ale e Seu Cléber.

- Bom Dia. -- Falei esboçando um sorriso.

- Bom Dia. Dormiu bem? -- Perguntou o velho simpatico.

- Dormi sim, Seu Cléber.

- A minha neta tem uma coisa pra te dizer, não é Alexia?!

Ela fuzilou ele com o olhar. Ele deu um leve sorriso e depois os dois voltaram a me olhar.

- Então Alexia...

- Julia é que... que... é... é... eu... Vou precisar ir viajar daqui a pouco... e... e...

- E?

Ela olhava pro avô e depois pra mim. Parecia esta confusa.

- Você quer ir comigo?

Seu Cléber começou a rir como se estivesse deboxando da neta.

- An? Pra onde?

- Rio das Ostras.

- Pode ser.

Terminamos de tomar café e fomos arrumar as coisas. Como eu não tinha nada a Ale me cedeu algumas peças de roupa.

- O que vamos fazer em Rio das Ostras? -- Perguntei.

- Tenho uma casa la. Vamos visitar minha familia.

Familia? Como assim? O medo me consumiu.

- Julia...

- Oi

- Só preciso que me prometa uma coisa. -- Falou ela olhando em meus olhos.

- O que?

- Que vai se comportar.

Sorri e jurei que sim. Mesmo que ela não me pedisse eu iria me comportar, pois não queria decepciona-la. Fomos até a sala onde nos despedimos do Seu Cléber e depois seguimos para a rodoviaria.

Assim que nos acomodamos nas poltronas do ônibus eu encostei minha cabeça no ombro de Alexia e dormi.

- Ju? Acorda. Chegamos.

- Ja?

- Ja. (Risos)

- Foi tão rapido.

- Rapido pra você que dormiu o trajéto inteiro (risos).

Eu não sabia ao certo o que estava acontecendo com a Alexia. Ela não parava de sorrir. Um sorriso lindo, o mais lindo.

Paramos em frente ao portão de uma casa e a Alexia começou a chamar por uma tal de Kamille.

Poucos segundos depois o portão se abriu e uma garota pulou nos braços da Ale.

- Que saudades! -- Disse a menina. Ela aparentava ter uns 15 anos.

Depois de um tempo abraçadas a Ale nos apresentou.

- Julia essa é minha irmã mais nova, a Kamille.

- Muito prazer Kamille.

- Prazer é todo meu. Seja muito bem vinda a nossa casa. -- Disse sorrindo.

Ja dentro de casa fomos até a cozinha, onde havia uma mulher de meia idade lavando alguns copos.

- Tia Jô!

- Meu amorzinho. -- As duas se abraçaram -- Que saudades de você. Você esta bem? Ta se alimentando direito?

- Ai Tia. Tambem estava morrendo de saudade. Essa aqui é a Julia.

- Ola Julia. -- Me deu um abraço -- Tudo bem?

- Tudo sim.

- Sinta-se em casa.

- Obrigada.

- Cadê o Junior? Ta na escola?-- A Ale perguntou.

- Não. Hoje ele faltou pra ficar te esperando, mas como você estava demorando ele foi jogar bola la na rua 8. -- Respondeu a Kamille

- Alias Alexia, o Joel tambem faltou ao trabalho hoje só pra ficar te esperando. -- Falou a Tia.

- Sério? E cadê ele?

- Advinha. Lá na rua 8.

- Claro. Esses dois são loucos por futebol.

A Alexia começou a fazer varias e varias perguntas para a irmã que respondia a todas pacientemente. De repente entrou dois rapazes na cozinha e começaram a abraçar e a fazer cócegas na Ale.

- Ju esse é o meu irmão mais novo, o Junior -- disse apontando para o rapaz mais novo-- e esse é o Elias, namorado da Kamille.

Os dois me olharam como se tivessem me avaliando. Até que o Junior disse:

- Você é bonita.

- Obrigada. -- Corei na hora. Fazia tempo que eu não recebia um elogio.

- Vocês são namoradas?

Essa pergunta me pegou de surpresa. Eu olhei pra Ale que começou a torci desesperadamente na esperança dela dizer alguma coisa, mas ela ficou calada.

- Junior não é da sua conta. -- Disse a Kamille por fim.

- Vamos sair hoje a noite? -- Perguntou o Elias. Os três irmãos se entreolharam e responderam que sim.

- Eu vou precisar sair pra resolver umas coisas. Kamille faz companhia pra Julia, ta?! -- Disse a Ale.

- Pode deixar. -- Kamille respondeu sorrindo para mim.

Alexia veio até mim, me deu um beijo no rosto e disse que não demoraria. Foi até a Kamille cochichou algo e saiu.

Eu estava sentada no sofá da sala olhando um porta retratos onde contia a foto da Alexia com uma mulher muito parecida com ela, provavelmente sua mãe quando a Kamille chegou.

- Ela gosta de você.

- O que disse?

- A Alexia gosta de você.

- Por que esta me dizendo isso?

- Porque você é a primeira garota que ela traz aqui. Você deve ser uma garota especial.

Fiquei a olhando sem saber o que dizer.

- Eu não sei o que você fez com a Alexia, mas quero te agradecer do mesmo jeito. A tempos que não vejo ela sorrir tanto. Alias, desde o dia da trajédia.

- Que trajédia?

- Ela não te contou?

- Não!

Ela ficou muda, totalmente muda. Depois tentou mudar de assunto mais eu a cortei.

- Agora que você começou, termina. Me conta logo que trajédia foi essa.

- Esta bem eu conto, mas tem que me prometer que não vai comentar nada com a Alexia.

- Ok. Eu prometo.

- Moravamos aqui nessa casa minha mãe, a Alexia, o Junior, o Marlon que é meu irmão mais velho e eu. O Marlon começou a se envolver com drogas... No começo ele era apenas um usuario, mas depois acabou virando traficante. A familia toda sofreu muito com isso. Esse problema afetou a todos. Uma vez ou outra a Alexia e eu presenciavamos nossa mãe chorando desesperadamente sem saber o que fazer com nosso irmão. O tempo foi passando e as coisas começaram a sair do controle. O Marlon começou a ficar muito agressivo e a bater em mim, no Junior e em nossa mãe. A Alexia sempre nos defendia, mas não era sempre que ela estava por perto para nos ajudar. Morar nessa casa se tornou um inferno para todos nós. Uma vez ou outra a policia entrava aqui dentro e revirava tudo e os viciados não saiam do portão. O Marlon gostava muito de ostentar, só andava de roupa de marca. Com essa mania de ostentar ele acabou fazendo muitas dividas e ai um dia chamaram por ele aqui no portão, porém, quem foi atender foi minha mãe...

A Kamille estava chorando demais, num impulso eu a abracei.

- Se não quiser continuar eu entendo.

- Agora que comecei vou até o final. Então quando ela abriu o portão dispararam sete vezes contra ela e três balas a perfuraram fazendo com que ela morresse na hora. Nós ficamos apavorados, perdidos, tristes, destruidos,... O Marlon fugiu, mas duas semanas depois foi preso em flagrante com uma sacola cheia de drogas em Cabo Frio.

- Eu sinto muito!

- Não sinta. Depois que mamãe faleceu ficamos muito tristes, mas quem ficou pior foi a Alexia, pois foi como se naquele fatidico dia toda a sua alegria de viver tivesse morrido junto com nossa mãe, mas felizmente surgiu você Julia que a fez sorrir de novo.

- E porque ela foi morar em Niterói?

- Porque aqui estava muito dificil de encontrar emprego. Depois que a nossa mãe faleceu nós começamos a depender das pessoas para tudo, para comer, para se vestir,... Então quando o avô dela ligou fazendo uma proposta de emprego para ela, ela não teve como recusar.

- Que louco tudo isso.

- Eu sei.

Eu nunca poderia imaginar o que eu faria sem minha mãe ou meu pai ou até mesmo a minha irmã. Comecei a pensar na minha vida, no sofrimento que minha familia estava passando por causa de mim, a minha ausencia, as brigas,... Meus pais sempre me deram tudo e eu só os magoei.

- Julia você esta ai? Terra chamando (risos).

Olhei pra Kamille que ja não chorava mais e sorri. Ela era uma menina inteligente, animada e muito madura.

Me levantei e fui até a janela. O sol ja se despedia dando lugar para um ceu negro e estrelado. Me perguntei por onde a Alexia estaria naquele momento, até que a vi entrar pelo portão com um lindo sorriso trazendo em suas mãos algumas sacolas. Assim que me viu disse:

- Eu tenho um surpresa pra você!

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Comentários

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Adotando a história, a cada capítulo uma surpresa !!! E um Feliz Natal atrasado rsrsrs

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Acabei de ler todos os capítulos. Muito bom o enredo. Parabéns! Aguardando o próximo.

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