Sangue Quente: Irmã de volta?

Um conto erótico de V.
Categoria: Homossexual
Contém 2197 palavras
Data: 28/12/2015 21:57:48

O meu coração com toda certeza havia parado. Bem, pelo que parecia não só o meu. Rebekah, a minha irmã que tinha morrido na floresta com um ataque de vampiro estava na minha frente, bebendo algo. Meu estomago veio até a garganta e voltou. Minha vontade era de pular em cima dela e agarra-la para nunca mais sair de perto de mim, mas a mão de Thomas me deteve. E eu entendi o por que.

Rebekah não era mais a menina doce e meiga que eu vi crescer. Eu senti sua áurea. Ela agora pertencia as trevas. A vampira percebeu que a atenção da sala pertencia a ela e a mesma me olhou nos olhos. Levei outro soco no estomago. Rebekah não me reconhecia.

Eu vi em seus olhos o puro ar de quem olha para um estranho, ou no caso dela, para alguém que tinha sangue correndo nas veias. O que mais estava por vir? Eu tinha que me aproximar.

Me livrei da mão de Thomas e com passos cuidadosos fui me aproximando, enquanto a vampira apenas observava com seus olhos vermelhos. Quando fiquei em sua frente a garota se levantou e eu pude perceber a grande diferença que não tinha visto.

Rebekah agora tinha uma pele parecida com porcelana e mais lisa que mármore. Seus olhos agora tinham um ar de inocência misturada com maliciosidade que só ela poderia ter. Suas íris não eram mais o azul escuro que eu tanto amava, agora eram uma cor que chegava a ser um misto de vinho com purpura. Seu rosto estava mais anguloso e seus lábios mais cheios que antes e vermelhos como se ela tivesse acabado de morde-los. Seu corpo não era mais de uma menininha e sim de uma mulher totalmente perigosa e sensual. O vestido negro que ela usava deixava bem evidente essa evolução. Seus cabelos agora eram ondulados a lisos e a coloração era um louro quase branco de tão claro. Ela parecia outra pessoa!

Rebekah olhou de mim para os dois irmãos que estavam atrás de mim. Ela com certeza não entendia nada.

- Senhor Thomas, senhor Octavian, tem algo que eu possa fazer? - Perguntou a menina com uma voz mais educadamente possível, pelo menos sua voz continuava a mesma. - Querem que eu me livre do humano?

Eu não consegui aguentar. Eu simplesmente me segurei na cadeira para não cair. Meu pior pesadelo tinha se concretizado. Estava na minha frente se encarando. Era a minha fraqueza, quem fez isso, eu juro para mim mesmo, eu iria me vingar.

Eu reuni a maior força de vontade que eu tinha e tentei manter a voz estável possível enquanto eu falava:

- Rebekah - não deu muito certo. - Você lembra de mim?

- Eu deveria? - Disse com toda pureza necessária.

- Eu-Eu não aguento isso! - Falei com Thomas - Eu realmente não posso suportar isso Thom. Podem fazer o que quiser comigo, mas isso é como me destroçar de dentro para fora.

- Calma Nick, calma - Thomas encostou sua mão fria em meu rosto. - Eu prometo que iremos resolver isso juntos.

- Nicco, eu falei que você não ia gostar - Caius tentou falar.

Eu me levantei e sai da sala. - Me deixem sozinho um pouco. - Sai correndo quando passei pela porta. Eu precisava de ar fresco se não eu ia pirar mais do que já estava.

Quando encontrei a luz do sol eu deixei que ela me banhasse. A luz do sol era reconfortante depois desses meses longe de casa. Eu sentia tanta saudade dos velhos tempos. Tudo era tão simples, a minha vida era tão calma. Era pedir muito que tudo isso voltasse como antes? Se existisse um Deus em algum lugar, por que ele gosta tanto de me castigar? Agora minha irmã ressuscitada, como vampira, tinha que perder a memória. Isso parecia uma brincadeira macabra comigo.

Depois de um tempo Thomas apareceu atrás de mim. Me virei para ele e o rapaz enxugou as lágrimas que eu não sabia que estavam ali. Thomas me abraçou da maneira como só ele sabe fazer. Eu o amo, cada partícula do meu ser pertence a ele. Eu levantei meu rosto para encarar a sua beleza angelical. Os meus preferidos olhos cinzas me encararam de volta. Era como uma tempestade de neve os seus olhos, era uma confusão que eu adorava.

- Tudo vai ficar bem, meu nick.

- Eu não sei como - falei - mas eu acredito em você. Thom... - Tentei falar. - Ela-ela olhou para mim como se fosse um estranho! Eu não sei se consigo suportar isso. - comecei a chorar de novo. - Eu odeio chorar

- Tudo bem meu anjo. - Thomas afagou meu cabelo. - Rebekah passou por muita coisa. A transformação deve ter sido dolorosa o suficiente que fez sua mente bloquear certas lembranças. Isso pode acontecer as vezes. - Disse o rapaz. - Principalmente no caso dela.

- Eu devia ter percebido, eu devia ter desconfiado, ter ficado com ela. - A cada minuto eu entrava mais em histeria. - Eu sou um péssimo irmão para ela.

- Niccolau! - Thomas puxou meu rosto para perto do dele. - Eu lhe proíbo que repita isso. Todos sabem o quanto você sofreu com a morte de Rebekah. Não é justo consigo mesmo você se culpar por isso.

Thomas aproximou mais seu rosto do meu e nossos lábios se encontraram. Foi uma mistura de doce com salgado das lágrimas. Thomas sabia que seu beijo causava uma eletricidade em meu corpo, mas dessa vez ocorreu uma calmaria que eu não esperava. Senti meu temperamento se acalmar. Eu nunca pensei que isso poderia acontecer comigo.

Começou a chover e meu estomago começou a fazer barulho.

- Eu as vezes esqueço que você precisa comer. - Falou o vampiro. - Vem vamos procurar algo para você comer.

Eu gemi mas deixei ele me guiar. Lorenzo passa por nós sem a Sarah. Ele parecia transtornado quando nos viu passando. Thom tentou chama-lo e o garoto quase não presta atenção em nós.

- Está tudo bem ? - Perguntei.

- Na medida do possível. - Respondeu o garoto. - O que posso fazer por vocês dois?

- Lorenzo, Nicco precisa comer... Comida. - Os olhos de Thomas pareciam brincalhões. - Sabe se a geladeira está abastecida?

- Bem, senhor, acredito que o senhor Baltasar mandou nós comprarmos comida por causa do senhor Nicco. - Ele olhou para a porta e revirou os olhos. - Então eu acredito que tenha sim.

- Obrigado. - Concluiu Thomas e saímos andando.

Já na cozinha, Thomas parecia familiarizado com o lugar e usou a sua super velocidade para fazer um prato para mim. Só que como sempre ele exagerou e fez parecer que era comida para quatro pessoas.

- Obrigado Thom, mas assim... Eu sou só tenho um estomago e não três. - Brinquei com ele.

- Desculpa, mas como você anda se alimentando tão mal, eu pensei que você precisasse comer bastante.

Eu tentei colocar um pouco de comida para dentro, mas tinha algo que me incomodava muito e eu sabia o que era.

Thomas ficou comigo o dia todo. Contudo, eu estava ficando louco preso naquela mansão. Eu acho que ele percebeu isso no momento em que eu comecei a andar pela casa sem destino.

Amo a parte dele que está tão bem conectada comigo que ele me puxa para o estacionamento e entramos em um jeep e saímos da casa. Andamos um pouco pela cidade. Tinha lugares adoráveis e eu realmente tentei me distrair um pouco mas não conseguia. Uma coisa na minha mente martelava, falando que não estava certo. Eu realmente tentei tirar algumas fotos do local, porque, com certeza, eu nunca mais voltaria aquele lugar em vida.

- Ta, fala o que ta acontecendo? - Thomas me interrompe o meu devaneio

- Como assim, Thom?

- Eu sei que você ta pensando em algo, mas eu quero que você diga! - Ele me observou por um momento então conseguiu concluir. - Você está pensando na Rebekah, certo?

- Sim, eu não sei como não parar de pensar. - Ele abraçou. O seu cheiro de calma e de café me fez relaxar.

Chegamos em uma parte da cidade em que eu pedi para ele para, pois eu queria muito tirar algumas fotos de lembrança. Passou algum tempo e Thomas beijou minha nuca, me deixando arrepiado. Foi respirando bem perto da minha pele. O ar frio me fazia ter varias sensações boas, boas até de mais. Eu acho que ele percebeu porque ele mesmo parou e me virou. Começamos a nos beijar. Era tão bom quando estávamos na nossa pequena bolha de sentimentos. Enquanto nos beijávamos sentia que nos conectávamos mentalmente. Com isso, eu pude mostrar tudo o que sentia e o vampiro tentava me tranquilizar a cada imagem que eu mostrava a ele.

Thomas teve que me levar para casa, porque começou a chover.

Mas quando eu pensei que íamos seguir o caminho para a grande casa, Thomas entrou em uma rua deserta e eu o olhei. O garoto me devolveu o meu olhar com um sorriso travesso que eu conhecia muito bem. Ele estacionou o carro, em um lugar mais deserto e eu me joguei em cima dele.

O nosso beijo foi mais forte, desesperador, daquele tipo que eu ficava sem ar no começo. Aquela eletricidade que saia dos lábios e chegavam até a ponta dos meus dedos. Eu tava começando a ficar exitado e o meu namorado também.

O vampiro começou a beijar meu pescoço de forma mais calma e demorada. Isso me fazia me contorcer mais ainda. Thom começou a tirar minha camisa e a beijar meu peito. Seu hálito frio me fazia me arrepiar todo. Eu fechei os olhos para me concentrar mais ainda. Contudo, veio um pensamento ligeiro. Eu havia pensado na boca de Caius em mim e rapidamente abri meus olhos. Thomas sabia exatamente o que estava fazendo. Eu queria a boca dele em mim.

O rapaz pareceu entender meu pedido e me olhou com a maior cara de pervertido que ele podia fazer. Isso aumentava ainda mais meu tesão. Ele desabotoou e abriu minha calça e começou a dar leves mordidas em meu pau, por cima da cueca. Mas isso não ficou por muito tempo. Quando Thomas tirou minha ultima peça de roupa, ele começou a fazer o melhor boquete da minha vida.

O vampiro conseguia engolir meu pau sem nenhum problema, e eu amava isso. Depois ele focava na cabeça, fazendo movimentos circulares. Thomas ia para o meu saco, enquanto me masturbava. Eu estava pirando com aquilo tudo. As vezes ele me lançava um olhar de garoto malicioso. Como um anjo que não ia fazer coisas boas.

Eu gozei em menos de dez minutos. Aquilo estava muito bom e Thomas engoliu tudo satisfeito. Por incrível que parecia eu estava suado. Mas o jogo não tinha acabado, era a minha vez. Eu comecei beijando aquele corpo esculpido e feito para mim.

O garoto parecia estar se divertindo tanto quanto eu. Eu desabotoei sua blusa cor de vinho. Pude ver aquele corpo sarado e com o rastro de pelo que eu era apaixonado. Fui beijando cada centímetro daquela maravilha, cada gominho que ele tinha na barriga. O vampiro arfava de tesão.

Tirei sua calça, que parecia tão pequena, guardando aquele membro. Quando eu puxei sua cueca, o seu pau saltou no meu rosto. Era tão grande e cheio de veias. Comecei chupando a cabeça, onde eu consegui tirar mais suspiros ainda. Eu engolia o seu pau com certa dificuldade. O local não colaborava muito, mesmo Thom tendo feito os bancos chegarem mais para trás. Eu tinha certo receio de sermos pegos. Mas o perigo me exitava. Thomas gozou bastante quando eu massageava as suas bolas com minha boca. Acabei me sujando, só que para minha sorte, ou era já planejado, o vampiro tinha lenço de papel. Resolvi não perguntar ou pensar muito.

Nos vestimos e nos limpamos, na volta o meu namorado parou em uma cafeteria e tomamos um café. Seu sotaque parecia perfeito. Um verdadeiro francês. A cada segundo, eu ainda conseguia me surpreender com ele. Voltamos para o carro e tomamos nosso café durante o caminho.

Chegamos na mansão em menos de vinte minutos. Só que quando pegamos o caminho da casa dele, me veio um pensamento na mente. Um que eu tentava ao máximo afastar. Eu me peguei pensando em Octavian. Isso me deu uma estremecida. Por que eu estava pensando naqueles beijos? Eu pertenço ao Thomas. Isso é fato.

Mas quando chegamos na mansão, o irmão de Thomas nos esperava na porta. Não tinha uma cara muito boa.

- O que ele quer? - Perguntei.

- Falar com você - Sussurrou Thomas. Eu podia sentir a raiva passando por ele.

Sai do carro, o mais rápido que pude para não me molhar muito e era seguido por meu namorado.

- Precisamos conversar Nicco. - Começou Octavian.

- Pode falar na frente do Thomas, não existe segredo entre nós. - Falei. Os dois trocaram olhares significativos, então eu consegui concluir. - Mas pelo que eu vejo, vocês tem um segredo de mim. - Olhei de um para outro. Estava magoado com Thomas e... Com Octavian? O que ta acontecendo comigo, pensei.

- É sobre a Rebekah...

- O que tem minha irmã?

- Nicco eu... - Começou a falar Octavian com uma vos mais aveludada tentando me desconcentrar.

- Sem truques Octavian, eu te conheço. - Eu já estava ficando irritado. - Começa a falar!

Ele trocou outro olhar com Thomas. - Eu... Fui eu que mordi Rebekah...

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Comentários

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Nossa, seu conto é incrível e vc escreve muito bem. Não sei se vc pretende ser escritor, mais posso dizer que vc tem muito talento. Parabéns.

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