LIBERDADE 4EVER - CAPÍTULO 36

Um conto erótico de Rocio
Categoria: Homossexual
Contém 2364 palavras
Data: 31/12/2015 10:34:06
Última revisão: 31/12/2015 10:36:04

Priscila:- Já estão indo pro velório?

Jéssica:- sim

Priscila:- Tarssi, meu amor – ela disse indo dar um abraço, mas Tarssila recusou

Tarssila:- me esquece Priscila

*LIBERDADE 4EVER – CAPÍTULO 36*

Tarssila:- você já causou muito transtorno na minha vida, eu não quero falar com você agora – ela estava arrasada

Priscila:- meu Deus, eu sinto muito pelo que houve com o João, mas eu não tive culpa de nada Tarssi, eu te amo, você não pode me dar as costas agora

Tarssila:- eu to muito confusa, não me procura mais

Deyse estava com um olhar mortal para Priscila.

Suelen:- vem Priscila, acho que agora não é o momento certo para discutir – ela puxou a amiga

Priscila:- Tarssi eu te amo, você não acredita no meu amor?

Tarssila não quis responder. A dor da perca do pai, era maior que a raiva que Deyse estava sentindo das duas. Priscila entrou no carro de Suelen.

Priscila:- eu não acredito que ela não quer mais nada comigo – ela estava chorando

Suelen:- Priscila se acalma, ela está muito abalada agora, você precisa dar um tempo, vai ficar tudo bem

O cemitério era perto e todos foram caminhando a pé até a capela onde o corpo de João Carlos seria velado. Deyse estava sendo consolada nos braços do tio Luan.

CASA DE ELIS

Tamy estava cuidando de Elis mais uma noite.

Tamy:- Suzan, você se importa de colocar água para ferver, está na hora do banho

Suzan:- não

Tamy:- eu vou precisar da sua ajuda, da sua também Maria

Maria:- ela não consegue levantar?

Tamy:- você sabe que não, ela está acamada

Maria:- então como vai fazer?

Tamy:- existe todo um preparo que vocês vão ver agora

Tamy não estava ligando para a frieza que Suzan estava para com ela.

Suzan:- até quando você vai continuar aqui?

Tamy:- até quando eu quiser, não tenho nenhum motivo para trocar de paciente, venham me ajudar

VELÓRIO

Todos aguardavam em silêncio a chegada do corpo, quando o celular de Jéssica começou a tocar.

Jéssica:- alô?

Daiane:- Jéssica querida

Jéssica:- oi mãe

Daiane:- onde você está? Que voz é essa?

Jéssica:- estou em um velório

Daiane:- era isso mesmo que eu queria saber, liguei para Antônio e ele me disse que não sei quem tinha morrido, não soube me explicar direito

Jéssica:- o marido da Tarssila

Daiane:- ai que pena, eu vou aí dar os meus pêsames, me passe o endereço

Jéssica informou e em seguida encerrou a ligação pois a funerária estava chegando com o corpo. Foi um momento de tristeza para a família e amigos. Deyse desabou no choro em cima do caixão.

Tarssila:- filha – ela foi tentar abraçar, mas Deyse se esquivou

Deyse:- tire essas mãos sujas de mim

Tarssila:- Deyse, eu estou sentindo a mesma dor que você – ela chorava

Deyse:- como a senhora pode dizer isso? Se ele está aqui, a culpa é sua, vagabunda – a garota saiu chorando

Ser rejeitada pela filha estava doendo no peito de Tarssila. Era maior que a dor de perder o marido, muito maior.

Dandara:- calma Tarssi, vocês duas vão se acertar ainda

Tarssila:- minha filha me dizendo isso, e ela está com toda razão – ela chorava

Dandara e Jéssica olhavam com pena para amiga. Luan tentava fazer Deyse entender a situação.

Luan:- Deyse desse jeito nada vai se resolver

Deyse:- eu não quero que nada se resolva, eu to cansada, cansada

Luan:- não fica assim, eu sei que você tá mal, mas brigar com a sua mãe só dificultam as coisas

Deyse:- ela não é mais minha mãe, será que ninguém me entende? Parece que vocês todos querem que eu aceite uma coisa que não é normal cara, eu não entendo, eu acho que não quero mais saber de vocês, todos vocês estão me dando asco

Luan:- Deyse – ele segurou ela com força – não se trata de aceitar as coisas, mas olhe onde você está, você está num cemitério, um dia todo mundo vem pra cá e de nada adianta ficar guardando mágoa desse jeito, ainda mais da mulher que te criou a vida inteira

Deyse:- não fez mais do que a obrigação dela, antes de morrer, o meu pai falou comigo no telefone, ele só bateu o carro porque estava pensando na safadeza que minha mãe aprontou mais cedo, se ela não tivesse feito isso, ele estaria aqui agora, sai daqui Luan, eu quero ficar sozinha, não quero ninguém me pertubando – ela disse chorando

Luan percebeu que seria muito difícil de resolver aquele problema.

Daiane e Antônio chegaram, ambos que os seus carros.

Daiane:- boa noite querido

Antônio:- boa noite, a noite não é das boas

Dandara:- amor – ela foi beijar o companheiro

Daiane:- boa noite Dandara

Dandara:- boa noite Daiane, veio fazer o que aqui?

Daiane:- prestar minha solidariedade, estou chocada com isso, sinto muito pela Tarssila – ela disse reparando que Dandara estava um pouco gorda

Dandara:- entendi, mas você já arrumou seu carro?

Daiane:- eu peguei hoje na oficina, obrigado pela carona de sábado

Daiane entrou para conversar com Tarssila.

Daiane:- minha querida, sinto muito por você, meus pêsames – ela disse abraçando a mulher

Tarssila:- obrigado Daiane

Daiane:- eu sei que não é fácil perder um amor, ainda mais para a morte, que Deus o tenha

Tarssila:- pois é

A noite foi longa, as horas passavam, o cansaço batia, mas ninguém ia embora. Deyse estava no seu canto, longe de todos. Por volta da meia-noite, Duda chegou ao velório.

Duda:- Deyse, amiga – ela deu um abraço na amiga

Deyse:- obrigado por ter vindo

Duda:- imagina, to muito triste por você, vai ficar tudo bem

Deyse:- eu não to aguentando essa dor

Duda:- chora amiga, chora que é bom chorar, por que esta aqui isolada?

Deyse:- não quero saber dessa gente falsa

Duda:- nossa, vou pegar uma água pra você – ela saiu

Gisele e Yngrid chegaram ao local para buscar Jéssica.

Yngrid:- Jéssiquita, viemos te buscar – ela sorria

Gisele:- oi Jé, estamos chocadas com isso

Jéssica:- todos nós né, mas eu irei ficar aqui

Yngrid:- sério que a gente veio aqui atoa? Eu disse pra perguntar pra ela Gisele

Gisele:- Yngrid menos, tem certeza Jéssica?

Jéssica:- a Tarssila está muito mal

Gisele:- a gente veio pra ficar um tempo aqui

Yngrid:- como assim um tempo Gisele? Você disse que já ia voltar pra casa! Não quero passar a noite num velório

Jéssica:- não era você que gostava de ir visitar o cemitério em dia de finados? Aqui você está bem pertinho dele

Yngrid:- aff, ok, já que estamos aqui, vamos dar os nossos pêsames a família

Jéssica reconheceu a blusa que Yngrid estava usando.

Jéssica:- espera aí, de quem é essa blusa aqui? - ela se dirigiu a Yngrid

Yngrid:- ai Jéssica, como Curitiba faz frio a noite e eu tava sem nenhuma blusa de manga cumprida, a Gisele disse que não tinha nenhum problema de eu pegar uma sua, já que usamos o mesmo tamanho, eu adorei ela

Jéssica:- nenhum problema é?

Yngrid:- tem algum problema?

Jéssica:- devia ter me avisado antes

Yngrid:- fiquei meio retardada na hora que esqueci

Jéssica estava com vontade de arrancar a blusa daquele corpo.

Jéssica:- não quero que isso se repita

Yngrid:- tá bom amiga, relaxa – ela disse indo olhar o falecido

Yngrid reconheceu Deyse sentada e foi falar com a garota.

Yngrid:- sinto muito pelo seu paizinho

Deyse:- quem é você?

Yngrid:- não lembra da festa? Yngrid

Deyse lembrou que ela era lésbica.

Deyse:- sai daqui sua lésbica

Yngrid:- é assim que você me trata? Sua ignorante

Deyse:- não quero saber de gente da sua laia

Yngrid:- eu só não meto a mão na sua cara aqui porque tenho classe, vai arrumar esse cabelo que você está parecendo uma bruxa, beijos – ela disse saindo

A madrugada fria foi passando, dando lugar ao amanhecer do dia. Em algumas horas, aconteceria o enterro de João Carlos. Tarssila novamente, foi tentar conversar com a filha.

Tarssila:- Deyse, deixa eu te dar um abraço

Deyse:- eu não quero te abraçar – ela disse chorando

Tarssila:- não faz isso comigo filha, pelo amor de Deus

Deyse:- não quero te ouvir, por favor, saia daqui

Tarssila:- você está pegando muito pesado comigo

Deyse:- ah eu é que to? Muito bem dona Tarssila, eu é estou errada né? Me poupe

Tarssila:- eu espero que você não passe pelo o que estou passando, acho que não tem dor maior do que isso que você está fazendo comigo

Deyse:- tem, tem a dor que a senhora está fazendo eu passar, que foi perder o meu pai, descobrir a vergonha que a senhora fez, CHEGA eu não quero mais olhar na sua cara, todo o carinho, todo o respeito que eu tinha, caiu por terra, você não é mais a minha mãe, você matou o meu pai, ai eu não quero mais ver você na minha frente – ela disse indo perto do caixão

Tarssila:- meu Deus tenha misericórdia de mim

Deyse:- pai, eu te amo, eu te amo paizinho, levanta pai, levanta pai – ela estava surtando

Tarssila:- Deyse para de descontar tudo em mim, foi uma fatalidade ele morrer nesse acidente

Deyse:- NÃO, NÃO FOI – ela se desesperou no momento de fechar o caixão e desmaiou novamente

PERUÍBE

Tamy acordou Suzan e Maria Fernanda para relatar um acontecimento.

Tamy:- acordem as duas, rápido

Suzan:- o que houve?

Maria:- oi

Tamy:- a dona Elis está passando mal

Suzan e Maria deram um pulo da cama ao ouvir isso e correram para o quarto, onde Elis estava sendo colocada em uma maca. O SAMU estava no local.

Maria:- o que aconteceu?

Tamy:- ela passou muito mal, a temperatura caiu, a pressão baixou, eu tive que chamar a ambulância

Suzan:- mas ela não estava assim sua incompetente, o que você fez?

Tamy:- eu não fiz nada sua louca, é normal que ela tenha alguma crise desse jeito depois de passar por aquelas cirurgias

Maria:- ai meu Deus do céu – ela se desesperou

Suzan:- pra onde estão levando ela?

Tamy:- pro hospital, eu vou acompanhá-la na ambulância, podem chamar a tia de vocês para irem juntos

Maria Fernanda rapidamente ligou para a tia Elenice.

SÃO JOSÉ DOS PINHAIS

A equipe da polícia militar prestava as últimas homenagens no enterro do soldado João Carlos.

Deyse:- vai com Deus pai

Tarssila:- adeus João Carlos, eu sentia um grande carinho por você, adeus

Priscila acompanhava o enterro de longe e de óculos escuros, emocionada. Ela ainda foi tentar falar com Tarssila, mas desistiu ao ver Deyse se aproximando dela. Priscila pensou em sair correndo.

Deyse:- espera ai

Priscila:- que foi?

Deyse ficou analisando o rosto de Priscila e deu uma cuspida na cara da moça.

Deyse:- sua vagabunda

Priscila grudou no cabelo da ex-amiga e começou a maior confusão no cemitério, as duas rolavam no chão entre tapas e socos.

Tarssila:- meu Deus, Luan separa essas duas – ela disse empurrando o irmão para tomar alguma atitude

Luan:- já chega disso – ele se meteu

Priscila estava com a cara toda arranhada.

Tarssila:- Priscila, eu não quero mais saber de você

Priscila:- tá colocando toda a culpa em mim né, deixa

Tarssila estava muito aflita e confusa com toda a situação e resolveu deixar Priscila para trás, ela percebeu que Deyse tinha sumido dos seus olhos.

CASA DE TARSSILA

Deyse chegou em casa sozinha, arrumando todas as coisas numa mochila. Ela estava disposta a fugir de casa.

Deyse:- vida maldita – ela colocou a mochila nas costas e entrou no quarto do pai

Deyse revirou as coisas dele até encontrar o revólver de João Carlos.

Deyse:- vou levar comigo esse presente pai – ela ensaiava uma maneira de atirar em frente ao espelho e colocou na mochila a arma.

Deyse saiu de casa sem um rumo certo.

HOSPITAL

Jéssica e Suzan se falavam ao celular.

Suzan:- como que foi o enterro?

Jéssica:- triste, muito triste pela Tarssila, a filha dela e a Priscila saíram no tapa no cemitério

Suzan:- gente, que desgraça isso que aconteceu, to aqui aflita esperando pra saber o estado de saúde da minha mãe

Jéssica:- amor, sinto muito, espero que fique tudo bem

Suzan:- vai trabalhar ainda?

Jéssica:- sim, já estou a caminho

Suzan:- mas você nem dormiu essa noite

Jéssica:- mesmo assim, não posso faltar

Suzan:- beijos então, qualquer notícia eu aviso você

Jéssica:- volta hoje né?

Suzan:- eu espero que sim

Jéssica:- tá bom então, to com saudade, beijo

Alguns minutos depois, o médico se aproximou da sala de espera.

Médico:- quem são os parentes de Elis Regina?

Maria:- a gente

Elenice:- então doutor?

Suzan:- ela já está melhor né?

As 3 estavam com o coração na mão.

...Got a tattoo that says, "2gether thru life"

Carved in your name with my pocket knife

And you wonder when you wake up will it be alright

Feels like there's something broken inside

All I know, all I know

Is that I'm lost whenever you go

All I know is that I love you so

So much that it hurts

Got a tattoo and the pain's alright

Oh, oh, oh, oh, oh, oh

Just wanted a way of keeping you inside

Oh, oh, oh, oh, oh, oh...

INK - COLPLAY ( TEMA DE ANTÔNIO & DANDARA )

( https://www.youtube.com/watch?v=cbixLt0WBQs )

#CONTINUA

NO PRÓXIMO CAPÍTULO...

Tarssila se desespera mais ao saber que Deyse fugiu. Luan pede Duda em namoro.

FELIZ ANO NOVO GENTE! QUE EM 2016 POSSAMOS ESTAR JUNTOS NOVAMENTE, COM MAIS HISTÓRIAS PRA CONTAR, BEIJOS.

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Comentários

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mt bom.. Feliz ano novo para vc com mta prosperidade e realizacoes!

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Que sacanagem! Nos deixou na curiosidade kkkkkkkk. Feliz ano novo 🎉

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Acho que a mãe delas não resistiu.

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