- Gente, eu posso fazer uma pergunta pra vocês? Mas eu preciso que sejam sinceros- Eu digo
- Manda- diz Luciano
- Vocês acham que esse lado no meu rosto é mais gordo que esse?- digo meio apreensivo pela resposta.
- Branco, meu amigo. Você é muito estranho- Paty sorrindo
- Pra falar a verdade você está bem gordinho ultimamente, Branco- Diz Luciano serio
- Eu sabia. eu preciso emagrecer- digo meio cabisbaixo.
Os dois não contem as risadas.
- Eu posso saber o motivo de tantas risadas? – Pergunto triste.
- É porque você não é e está gordo Branco. Eu não sei de onde você tirar essas ideias- Diz Luciano.
-Falam isso porque são meus amigos.
- Não, Nós falamos isso porque é verdade- diz Paty
- A única coisa redondinha e grande é essa sua bundinha ai. O Maurício deve se acabar ai né?- Diz Luciano me dando um tapinha.
- Ohh... Gente que vergonha. A gente ainda nem... chegou lá-falo sem jeito.
- O Mauricio é muito fofo. Ele realmente deve gostar muito de você, Branco. Ele é o garoto mais gostoso daqui e agora ele é só teu - Diz Luciano.
- Só meu- digo vermelho.
- Eu preciso falar uma coisa com vocês- Diz Mel meio cabisbaixa.
- O que foi amiga? ... Você estava tão bem e de repente mudou de expressão- digo.
- Eu acho Paulo não me ama mais- Diz ela.
- Por que você diz isso?- Eu pergunto
- O beijo dele é frio, o jeito dele falar comigo mudou. Faz muito tempo que a gente não transa. Ele não me deseja mais- diz com os olhos marejados.
- Será que ele está gostando de outra garota?
- Luciano, Cala a boca- digo o repreendendo- Amiga, eu tenho certeza que isso é só uma crise. Logo...logo estarão bem- Eu toco em suas mãos e sorrio.
- E tem mais uma coisa? – diz ela com o olhar meio preocupada- Mas não sei se conto.
- Pode falar. Nós somos amigos estamos do seu lado- Eu falo
- Ela tira um teste de gravidez da bolsa. E entrega pra mim o resultado dava positivo.
Eu e Luciano começamos a sorrir sem parar.
- Ahh.. Paty para de brincadeira- Diz Luciano
Quando vemos ela cair em prantos a abraçamos. Então é verdade ela está realmente grávida. O que vai acontecer com o futuro da minha amiga? Ela ainda é tão jovem. Eu tenho que falar com o Paulo. Ele é o pai e dar apoio a ela. Isso não vai ficar assim.
- Eu não posso ter esse filho- Diz ela.
- Mas é claro que pode- eu digo tocando em seu queixo.
- Não, vocês não entendem, eu tenho um futuro planejado e eu bebê não está nos meus planos agora. Minha mãe me mataria, o Paulo me abandonaria. Isso vai acabar com minha vida.
- “Isso” não vai acabar com a sua vida- digo enfatizando com as mãos o “ISSO”.
- Não vai mesmo, porque eu vou tirar esse bebê- diz ela.
- Não, você não vai tirar- eu digo
- Eu vou tirar. Isso vai me destruí. Será que vocês não entendem o mundo. Está desmoronando sobre mim. E vocês só sabem falar que vai dá tudo certo. Mas deixa eu falar uma coisa para vocês não vai dá tudo certo. O Paulo nunca assumiria essa criança.
- Porque vocês diz isso ele te ama eeee – Luciano é interrompido.
- O filho não é do Paulo- diz ela saindo correndo de nos.
Eu e o Luciano ficamos chocados. Eu não consigo acredita no que eu acabei de ouvir. A Paty nunca trairia o Paulo. Eu sei que deve ter uma explicação coerente pra tudo isso. Ela enoja traição. Eu tenho que fazer alguma coisa pra ajudar ela isso não pode ficar assim.
- Lu, Eu vou procurar o Paulo. Eu preciso falar com ele
- Não, você não pode. Isso vai piorar mais a situação
- Eu vou- Digo me afastando.
Ele só poderia estar em um lugar na quadra jogando a essa hora. Eu caminho em direção ao campo. E vejo um amontoado de pessoas. Eu sabia algo de muito grave tinha acontecido. Com muita dificuldade eu passo pela multidão. E vejo um lado do olho roxo. Ele estava deitado no chão e no outro lado eu vejo o Paulo está com o nariz sagrando e em seu olhar eu vejo ódio. Ele está sendo segurado por mais dois garotos. A primeiro momento eu estava petrificado. Sem reação. Eu acordo do meu transe e vou em direção ao Maurício desesperado.
- Maurício, o que aconteceu? – Em falo quase gritando
Ele tava meio desorientado. Nem conseguiu me responder.
- Vem comigo- digo o ajudando a levantar.
Ele segura no meu ombro e nós começamos a caminhar para fora da quadra. Antes eu olho para Paulo com decepção e digo.
- Covarde.
Nós nos saímos da quadra. E vamos em direção a enfermaria. E como de costume a enfermeira não estava na sala. Então eu decidi ligar para o Marcos vim nos buscar. Em casa eu poderia cuidar dele melhor. Ele queria me contar o que havia acontecido, mas, eu disse para ele ficar quieto o sangramento ia piorar. Logo, Marcos chega, nos estramos no carro e vamos para casa. Vamos o caminho todo em silêncio e a raiva do Paulo só aumentou depois de hoje.
Chegamos em casa e o Cássio está na sala assistindo tevê todo estirado no sofá. Ele logo nota nossa presença e se aproxima.
- Ei, o que aconteceu como garanhão? - Diz ele rindo
- Eu ainda consigo quebrar a cara dele- diz Mauricio diz olhando pra mim.
- Você vai para o meu quarto- digo olhando pro Maurício- E você Cássio não enche minha paciência. Quadrupede!
- Vem Mau- digo puxando ele pela mão.
Entramos no meu quarto e ele senta na cama. Eu pego um kit de primeiros socorros. Eu começa limpando o corte com algodão, passando um pomada e colocando um band-aid na sua testa.
- Amor, O que foi aquilo?- Eu pergunto calmante.
- O Paulo pirou, nós estávamos jogando. Ai... Ele sofreu uma falta por minha parte, mas, eu não fiz por mal. Então ele levantou com toda a fúria e começou a me socar quando eu percebi eu estava reagindo. E nós fomos parar no chão e agora eu to aqui- diz ele.
- O Paulo é um babaca- Eu digo.
- Desculpa bebê por te fazer passar por isso. Eu queria poder ter evitado toda essa situação- diz ele olhando nos meus olhos.
- Tá tudo bem a culpa não foi sua- digo dando um selinho que ele reclama por causa do corte.
Eu conheço o Mauricio. Ele é um cara maravilhoso. Ele mesmo sendo lindo, engraçado, rico e inteligente. Não se acha melhor que ninguém. É amigo de todo mundo. Não gosta de confusão. É sempre pacífico, racional e equilibrado. É impossível não se apaixonar por ele. Ele me trata tão bem. Eu sou louco por ele. Às vezes eu acho que ele é demais para mim. O sorriso dele é radiante o abraço dele é maravilhoso, o seu cheiro é hipnotizante.
- Eu acho melhor eu ir para casa. Sua mãe pode chegar e não gostar de eu estar aqui no seu quarto- diz ele.
- Acredite, a minha mãe não gosta de mim, mas, quando se trata de meus “amigos”. Ela te adora- Eu sorrio- Ela não se importa. Cochila um pouquinho. Eu vou está aqui do teu lado- digo deitando na cama.
Eu digo pra Cici fazer um suco e sem o Mau perceber. Eu ponho um calmante. Ele precisa relaxar. O dia dele foi bem estressante hoje. Logo, O meu amor. Está dormindo. Enquanto isso eu logo fico pensando em uma maneira de resolver o problema da Paty. Eu preciso ajudar minha amiga, mas, eu não consigo resistir. O cansaço é mais forte que eu.
- Horas depois....
Acordo um som muito alto, com as paredes do meu quarto tremendo e com um barulho ensurdecedor, não era nem terremoto, nem trovão. Era o idiota do Cássio tocando a desgraça da guitarra dele. Eu não queria que o meu bebê acordasse. Ele está tão calminho. Então eu saio cuidadosamente da cama e fui em direção ao quarto do peste.
Eu bati, bati. E o desgraçado não abria até que de repente a porta se abre e...
- Dá para você para de tocar essa tralha, seu Jumento? - Eu pergunto irritado.
- Jumento é? - Diz ele se aproximando de mim com aquele cara de sínico que eu odeio.
- Sim, Jumento. O Maurício está dormindo e não quero que ele acorde. Então eu peço por gentileza para você parar.
- Bom, tudo bem, mas, você vai ter que entrar aqui e puxa o cabo da tomada. Ai...eu paro- Diz ele.
- Eu não vou entrar no teu quarto- Eu digo.
- Cê que sabe? - Diz ele fechando a porta lentamente.
- Tá bom- Eu falo cedendo.
Eu puxo a guitarra da tomada e ouço o Cássio trancando a porta. Nesse momento eu sinto um arrepio medonho percorrendo meu corpo. Ele vem se aproximando lentamente de mim e diz no meu ouvido.
- Eu sei que você quer.
- Me dá a chave
- Você não quer ela, quer? - Ele sussurra
Nesse momento uma fúria me atinge e eu aperto o saco dele por cima da cueca.
- Me dá chave? Ou eu vou esmaga as tuas bolas- digo apertando com força.
Eu aperto mais forte, ele grita e larga a chave no chão.
- Obrigado pela gentileza- digo destrancando a porta e voltando para o meu quarto.
Eu ouço seus xingamentos enquanto volto me sentindo realizado para o meu quarto. E percebo mau está acordado sentado na cama. E lendo os meus papeís.
- Porque você está pesquisando sobre bulimia e anorexia?
- Ahhh... ÉTrabalho da professora- Eu digo os tirando da mão dele.
- Hummm. Não to sabendo dele- diz.
- Não é nada demais- digo- Você quer comer alguma coisa?- Eu pergunto com a intenção de mudar de assunto.
- Branco, Nós precisamos conversar sobre isso.
Obs:
Eu sinto muitoo por ter desaparecido. Eu deixe um recado aqui não sei se todos leram quais motivos me levaram a parar de escrever, mas, isso não vem ao caso. Agora. Eu voltei. Enfim, não me odeie :).
E como perceberam a história voltou a ser teen.