Aquele maldito conselho de guerra não tem fim, pelo que parece.
Mas eu finalmente consigo achar Eduardo. A porta da qual ele sai é a mais velha de todas, no fundo do grande salão. Eu não estou perto, mas consigo sentir Eduardo se aproximando antes mesmo de vê-lo. Vou em direção a porta.
Eduardo emerge junto a outros vampiros. Ele é o mais bonito de todos, não deixo de notar. Ele está na frente. Seu longo cabelo longo solto a não ser por uma pequena porção formando um rabo de cavalo. Seus olhos vermelhos me vêem se aproximar e olham para o outro lado, ignorando-me. Ele está usando um sobretudo preto por cima da camisa da mesma cor, e anda como se fosse o dono do mundo. Os seus companheiros são todos de aparência mais jovem e se vestem de modo mais atual.
Ando em sua direção.
“Eduardo” chamo. Ele continua a andar para longe e eu vou atrás dele. “Eduardo!”
Dois de seus amigos olham para trás, mas Eduardo continua andando.
“Eduardo!” gritei. Daquela vez não só Eduardo olha para mim como também a maioria das pessoas ao nosso redor. Engulo em seco e tento não prestar atenção nos outros, apenas nele. Ele caminha entre os vampiros na minha direção.
“Estou ocupado agora, Jesus. Vá encontrar algo para fazer...” Eduardo pisca os olhos vermelhos que subitamente começam a brilhar. “O que é isso na sua boca, de quem é esse sangue?”
“Não é nada” falo.
Eduardo chega perto e levanta um dedo. Toca no meu lábio levemente e coloca o dedo na boca. Ele chupa, olhando-me intensamente como um adulto olha para uma criança que fez algo de errado e está prestes a descobrir. Apesar de toda a minha vontade de reclamar e protestar contra o seu tratamento, fico quieto, apreensivo. Eduardo estrala a língua e lambe os lábios.
“Lobisomem” ele diz. Eu me encolho.
“Eu só...”
“Você não pode sair chupando o sangue de todo mundo, Jesus.” Ele parecia decepcionado. Suspirou fundo.
Todo mundo ao nosso redor está parado e observando. Mais uma vez eu sou o centro das atenções naquele lugar. Começo a ficar cansado disso. Eduardo olha meus olhos por alguns segundos a mais até começar a virar de costas.
“O lobisomem deixou eu chupar” eu digo, apressado, sem deixá-lo se afastar. Surte o efeito que quero, pois Eduardo se vira para mim mais uma vez.
“O que quer dizer com isso?”
“Foram dois lobisomens, na verdade. A gente estava sozinho no banheiro e as coisas aconteceram. Tinha um sátiro também, mas não deu muito certo.” Eu adoro assistir ao rosto de Eduardo adquirir uma dureza sem humor, seus lábios tremerem levemente de raiva. Apesar disso, ele continua muito calmo.
“Diga-me os nomes desses lobisomens, Jesus.”
“Não é sobre isso que quero falar com você.”
“Diga-me os nomes.” Ele insiste, com mais veracidade. Começo a ficar com um pouco de medo, Eduardo parece que pode matar dois lobisomens ali mesmo naquele evento sem se importar em começar uma guerra com a raça inteira.
Eu fico calado. Eduardo não insiste, vira-se e começa a ir embora novamente. Eu me sinto muito pequeno, e muito cansado de ser dado as costas.
“Se você me deixar agora, eu vou chupar o sangue de todo mundo nessa festa” eu digo a Eduardo, alto o bastante para que todo mundo, os quais eu acabo de ameaçar chupar o sangue, escute. “Mas eu não vou matar,” digo para acalmar o público.
“O que está acontecendo com você, Jesus?” Eduardo pergunta.
“Você não quer falar comigo.” Devo ter parecido uma criança.
“Eu estou falando com você.”
“Porque eu estou ameaçando chupar o sangue de todo mundo.”
“Com licença, senhores” Aleera aparece do nada no meio do público com seu longo vestido e cabelo cacheado ruivo. “Eduardo, acho melhor levar seu querido companheiro para um lugar mais calmo. Eu não acho que esse seja um lugar adequado.”
A postura de Eduardo mudou completamente. Ele fez uma reverência exagerada para Aleera, inclinando para frente o corpo e tocando a testa com dois dedos. Fez um gesto que pareceu com o de tirar um chapéu, mas sem o chapéu.
“Está certa, Lady Aleera. Perdoe meus modos.”
Eu seguro a vontade de revirar os olhos. Eduardo segura no meu braço e me carrega para longe dos espectadores, caminhando por entre a multidão sem se importar em desviar. Seu punho está apertando fortemente na minha carne, puxando-me como se eu fosse uma bagagem. Uma bagagem que ele não gosta muito, por sinal. Eu derrubo um garçom no caminho, as taças de sangue mancham minha roupa, mas Eduardo não se importa e continua a andar, ignorando as minhas reclamações.
Chegamos a uma porta que abre para as escadas que nos leva para o subterrâneo, onde ficam os apartamentos. Eduardo ainda não conversa comigo. Aceito sua força e o fato de que não consigo lutar contra ele. Ele é tão forte. Pergunto-me se ele gostaria de saber que acho isso dele. Ele me olha naquele instante, como se pudesse escutar meus pensamentos. Os olhos vermelhos ainda conseguem me deixar meio atordoado.
Eduardo não fala, no entanto. Apenas caminha, descendo as escadas, descendo, descendo, descendo. Aquele lugar é imenso, profundo, largo. Chegamos finalmente a uma porta que abre para o corredor onde o nosso ‘apartamento’ fica. Só estive ali duas vezes. É bem simples, na verdade. Paredes de cimento forte cinza-escuro, uma cama grande no meio e luz. Não tem banheiro, não precisamos de banheiro. Mas há um guarda-roupa que também é entendiante, só tem sobretudos e roupas pretas.
Ele me coloca no quarto e fecha a porta.
“Eduardo, eu...”
“O que eles fizeram com você?”
Eu pisco os olhos. “O quê? Quem?”
“Os malditos lobisomens, Jesus, o que... vocês...” O seu rosto ganha uma escuridão, como se estivessem em dor. Eu sorrio.
“Está com ciúmes?”
“Eu não sinto ciúmes” diz ele, que claramente está com ciúmes.
“Não, o grande Eduardo, o comandante de guerra, o vampiro que logo se tornará num ancião...”
“Não zombe de mim.”
“Por que não?”
“Você não é digno, é apenas uma criança tola que acha que sabe de tudo, e age como uma praga na minha vida só para me atormentar.” Ele se senta na cama e cobre o rosto com as duas mãos.
Eu me sinto como se uma estaca tivesse atravessado o meu coração.
“Então você me odeia, não me quer mais por perto, é por isso que vem me evitando esse tempo todo?”
“Eu te odeio? Você que me envergonha na frente de todos, divulga a minha vergonha de ter me apaixonado por um humano, e vai se divertir com dois lobisomens só para gritar para metade do salão, e sou eu que te odeio?” Ele coloca o cabelo para trás e me olha.
“Eu não ‘me diverti’ com os lobisomens, para a sua informação. E nada disso teria acontecido se você não tivesse me evitado. Eu não sabia que era uma vergonha tão grande contar o que aconteceu com a gente.”
“Eu preciso de sangue” ele se levanta e abra o guarda-roupa, ajoelha-se e abre uma gaveta, tirando de dentro uma garrafa de vinho. O conteúdo da garrafa não é vinho, no entanto. Ele nem se preocupa em pegar uma taça, abre a garrafa e vira tudo garganta abaixo. Sangue escorre pelo seu queixo, deixando um rastro vermelho maravilhoso, e mancha sua roupa. Tudo que eu mais quero é lamber por onde o sangue escapou e deixar sua pele limpa novamente.
Eu me seguro no canto.
Eduardo abaixa a garrafa, passando a mão para limpar os lábios. Ele aponta um dedo para mim. “Você me odeia” ele diz. “Desde que lhe transformei, até mesmo antes, você planejou me matar.”
“Me culpa por isso? Você é um demônio que chupa o sangue dos humanos. Eu era um humano! E eu te salvei.”
“Você é um demônio também agora.”
“Eu sei! É por isso que eu não estou tentando te matar.”
“Sério? Porque parece que você quer me matar constantemente. E NÃO GRITE COMIGO.” Ele grita.
“Eduardo...”
“Não... Eu pensei que era o que você queria, ficar longe de mim, então eu lhe dei isso. Eu lhe dei. Mas você nunca fica satisfeito. Eu só quero te deixar feliz, Jesus.”
Eu dou um passo em sua direção. “Desde que eu me transformei, eu não consigo me controlar... Eu não sei como lidar com esses sentimentos. Antes eu os deixava trancados, escondidos nas partes mais escuras, mas agora eles estão vindo à tona. Você é o centro de todos esses sentimentos, Eduardo. Eu não posso me virar para mais ninguém. Eu não tenho mais família. Meu tio morreu por minha causa. Agora eu sou como você e não sei de nada. Não quero que vire as costas pra mim, não quero que me odeie.” Minha voz quebrou. Eu começo a chorar um choro sem lágrimas. Caio de joelhos diante dele e seguro na sua perna. “Não me deixe sozinho, Eduardo.”
“Não vou, Jesus, não vou.”
Ele se ajoelha também e me dá um abraço forte. “Você tem razão,” ele diz, sussurrando. “Precisa de mim mais do que nunca agora. Eu fui burro. Não é mais humano. Precisa aprender a viver de modo diferente. Como eu. Mas antes de tudo, eu preciso que você saiba que eu te amo, entendeu? Eu te amo.”
“Eu também te amo, Eduardo.”
“Escute-me. Você não é só mais o meu amor, mas é meu descendente. Toda vez que me desobedecer ou fizer algo que eu não aprovo, eu vou bater em você.”
“Mas...”
“Shh. Eu não acabei. Você vai aprender comigo como se comportar, como tratar os seus mais velhos, como respeitar. Eu lhe darei uma chance antes de lhe castigar. Eu direi o seu nome com uma entonação forte, zangada, você vai entender o que isso significa, vai se calar ou parar o que estiver fazendo e pedir desculpa. Sempre vai me chamar de ‘mestre’, nunca ‘Eduardo’ até eu lhe permitir novamente. E você vai falar, ‘Perdoe os meus modos, Mestre.’”
Eu tinha me acalmado no abraço de Eduardo. Meu rosto estava enfiado em seu pescoço, sentindo o seu cheiro. Muitas emoções se misturam dentro de mim e me deixam maluco. Não sei como me comportar, por isso me agarro a única coisa que me deixa seguro. Tudo que Eduardo disse trabalhava dentro de mim, uma parte de mim quer muito que aquilo aconteça, mas outra é rebelde e delinquente.
“Está decidido” diz Eduardo. “A primeira coisa que preciso de você é que não conte nada ao nosso respeito para os outros, absolutamente nada. Quanto mais eles sabem, mais vulneráveis somos.” Ele se afasta de mim, pega a garrafa de sangue e coloca na minha boca. “Beba.”
Ele vira a garrafa e eu bebo todo o resto que ele deixou. O sangue trabalha automaticamente e instantaneamente no meu organismo. Eduardo está sorrindo agora, olhando-me com orgulho. Eu quero aquele olhar para sempre, percebo. Ele passa a mão pelo meu peito e, com os dedos, enfia-se na minha camisa por baixo do terno e rasga-a continuamente. Sua mão vai rasgando a minha roupa até chegar no final.
Deixando a garrafa de lado no chão, ele tira o terno e a camisa. Eu me lembro que faz muito tempo que ele não me toca daquela maneira, cada mão em um peito, esfregando os mamilos com os dedões de uma forma dura e violenta, mas não cruel. Eu recuo os braços e me abro para ele, minha garganta vibrando com os pequenos gemidos que ele provoca em mim.
Eduardo abre suas presas para mim e morde o meu peito bem em cima do mamilo direito, invadindo minha carne facilmente. Ele bebe um pouco do meu sangue. Seus braços me rodeiam e agarram-me por trás, e uma de suas mãos desce pela minha costa e aperta o meu traseiro. Tem tanta vontade expressa naquele aperto, eu percebo. Ele me quer mais do que eu o quero, se é que isso é possível. No fundo, ainda sinto raiva dele, mas incrivelmente isso não significa nada agora. Fico mole em seus braços, um boneco pronto para ser usado. Completamente sujeito às suas vontades.
“Hoje você vai me dar tudo que me negou, tudinho” ele cochicha no meu ouvido. Suas mãos me soltam e vão para a parte da frente, seguram na calça e explode o botão com um pequeno gesto. Vou precisar de roupa nova. Depois de atacar o botão, ele abre a calça sem se importar com o zíper, estragando tudo. Desce a roupa do meu corpo, calça e cueca, e agarra minha bunda. Eduardo me abre completamente, eu mordo o lábio e sofro com o tesão. Meu membro viril está duro como o cimento daquelas paredes, e encosta levemente no estômago de Eduardo. Quero tirar suas roupas, mas não consigo fazer nada a não ser ficar parado.
“A gente vai...Hmm.” As palavras fogem de mim. Eduardo entende mesmo assim.
“Nós já estamos, Jesus.” Ele parece divertido. Suas mãos travessas estão me abrindo tanto que consigo sentir o ar batendo no meu buraco. Eduardo coloca um dedo bem de surpresa, rodeando o anel. “Meu erro foi ter tratado você como algo sagrado... Você sempre esteve maluco por um pouco de corrupção. Sedento por pecado, Jesus. É por isso que eu te amo.”
“Como é que tem tanta certeza de que é isso que quero?”
Eduardo ri um riso provocador em meu ouvido. Seu dedo pressiona o meu buraco, o que me faz arquejar levemente sobre o seu corpo, e é como se eu tivesse um coração vivo novamente só para que ele parasse. “Eu apenas sei.”
“Eduardo...”
“Não” ele me corta. Fico calado, tentando descobrir o que fiz de errado, a memória volta então.
“Mestre” digo.
“O que foi?”
“O senhor me ama de verdade?”
“De verdade. Amo demais. Mais do que qualquer coisa que já amei. Fique parado, não saia dessa posição.” Eduardo se afasta e se levanta, deixando-me ajoelhado e triste por ter perdido o seu contato. Minha roupa rasgada está por todo o meu redor, eu no meio, nu e duro, ansiando pelo meu mestre.
Quando ele retorna, ajoelha-se por trás de mim e não na frente como estávamos anteriormente. Ele encosta em mim, está sem roupa, seu membro arranhando o meu traseiro. Eduardo abraça a minha barriga com os dois braços e enfia suas presas no meu pescoço, chupa mais do meu sangue, beija em cima da ferida e dá uma mordida inocente no meu ouvido. Não consigo nem me mexer. Estou completamente desconectado do mundo. Perdido e perdendo para os meus desejos, nunca me senti tão bem.
Ele me puxa para perto dele e coloca o seu membro diretamente no meu ânus. Seu pau está lubrificado, mas mesmo que não estivesse, sou um vampiro agora e não ligo tanto para a dor. Ele me teve naquela posição mesmo, ajoelhados no chão, ele por trás e empurrando o seu quadril no meu traseiro, colocando todo o cumprimento do seu membro no meu interior. Sinto ele entrar, cada pedaço, cada centímetro de sua carne me invadindo. Eu não posso mais falar seu nome, mas sussurro ‘mestre’ várias vezes, enquanto ele rosna seus gemidos no meu ouvido.
“Diga que me ama de novo” eu peço ao meu mestre. Ele me diz.
“Eu te amo” fala, e empurra dentro de mim. “Eu te amo.” Cada vez que me diz, enfia-se forte e sai novamente, só para poder entrar. “Eu te amo, eu te amo, eu te amo.”
Meu membro está em pé e com a cabeça no umbigo de tão duro. Eu me toco, sentindo muito prazer, estou muito sensível por causa de Eduardo. Minhas emoções ficam mais intensas por ser vampiro, então já esperava que o final daquilo fosse muito feliz, mas acaba sendo muito melhor que isso. Não é só felicidade.
Eu não ejaculo. Apenas sinto a explosão por dentro, meu pau tremendo e tendo espasmos, assim como o meu corpo. Eduardo me segura no lugar. É um prazer tão forte que chega a doer, eu reviro os olhos e tremo em seus braços. Ele continua dentro de mim. Dá um riso debochado em meu ouvido e continua a me foder. Eu estou cansado. Exausto. Quero cair no chão e ficar ali para sempre. Mas Eduardo me usa como se eu não tivesse sentimentos. Ele me deu prazer e agora quer também. Justo.
Eu me seguro ali por ele, continuo a gemer por ele. Meu mestre chega ao seu auge por fim e sua reação é bem mais controlada que a minha. Ele geme baixo no meu ouvido, sinto o seu corpo vibrar contra o meu. Uma sensação tão gostosa e íntima.
“Eu te amo... Mestre.”
Tem uma cama bem ao nosso lado, mas a gente se deita no chão. Eduardo beija a minha boca, eu sinto o gosto do meu próprio sangue na sua língua. É estranho, mas eu busco por mais e enfio-me na sua boca. Sua barba arranha o meu rosto a cada movimento de nosso beijo.
“Me morda” ele diz. Por alguma razão, algum instinto vampiresco cuja lógica eu desconheço, obedeço rapidamente e mordo o seu ombro. Eduardo segura firme no meu cabelo e abre a boca como reação a dor. Mas ele sente prazer também. O gosto do seu sangue é agridoce como o amor. “Você não está permitido a morder ou beber o sangue de nenhum outro vampiro a não ser o meu.”
“Sim, mestre.”
“Bom garoto.”
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Luanegra: se no passado você achou ele safado, quero saber o que acha nesse. hahahaha. espero que tenha gostado, principalmente porque você estava com saudade deles juntos. obrigadinho pelo seu comentário. e pelo convite, e olha, acredite em mim, se eu não quisesse entrar no grupo eu diria, mas eu não tenho whatsapp, já faz alguns meses que exclui porque ele estava me estressando.
Ru/Ruanito: obrigado!
Kempzz: o que ele precisa é de uma mão de ferro pra fazer ele se comportar...
Hello: obrigado, <33
S2DrickaS2: ahahahah <3 eu te entendo. eu escrevo sobre ele negando com a cabeça e pensando 'você não deveria fazer isso, jesus' mas ele faz, é um idiota mesmo. mas vamos ver como vai ser o futuro agora. vamos ver se eu consigo lhe dar uma descrição melhor do corpo nu do épini kkkkk.
Edu19>Edu15: valeu :)