~~Leonardo~~
13 de Fevereiro de 2008
(A verdadeira História de Leonardo)
-Você me traiu - gritou meu pai dando socos e tapas na minha mãe - sua Vadia!
Tentei correr e entrar no meio para defender a minha mãe, mas eu tinha apenas 10 anos.
-Larga minha mãe - gritei e levei um chute do meu pai.
-Eu cansei de apanha de você, até quando achou que eu ia aguentar isso? - minha mãe gritou e recebeu outro tapa na cara.
-Eu quero você fora dessa casa! Hoje! - meu pai gritou saindo porta afora.
Quando meu pai saiu, minha mãe logo pegou seu celular e se trancou no quarto. Como o telefone estava no viva voz, eu podia escutar toda a conversa do lado de fora.
-Eu não tenho onde ficar André! - dizia minha mãe por telefone.
-Se vira - ele gritava - eu tenho uma esposa, não vou abrir mão de tudo por uma putinha qualquer...
Foi então que eu parei de escutar, e apenas chorava. André.... Era o chefe da minha mãe, ele já tinha falado muito dele...
-Vamos fazer o seguinte - ele disse por telefone - eu vou depositar um bom dinheiro para você, o suficiente para você comprar uma casa em uma favela qualquer e seguir sua vida.
-Mas...
-Ou é isso, ou Vai morar em baixo da ponte. - ele respondeu.
Depois daquele dia, eu só tinha uma certeza em minha vida, esse homem ia pagar por tudo que fez a minha mãe, nem que fosse preciso eu morrer para conseguir me vingar.
...DIAS ATUAIS...
-Calma - André gritou olhando para a mulher dele.
Foi nesse momento de distração, que eu peguei meu celular de baixo do travesseiro e disquei o número da polícia e larguei o celular na cama.
-Socorro - Gritei e comecei a chorar, olhando para a mulher dele - Me tira daqui, esse homem é um monstro.
André ficou me olhando, não entendendo nada oque se passava.
-Me ajuda! Ele está abusando de mim - Gritei
Durante alguns segundos eles ficaram parando tentando entender tudo que estava acontecendo, até que a mulher dele pegou o Abajur ao lado da porta do quarto e avançou para cima dele.
Ele a empurrou com tamanha força que ela voou porta afora e acabou caindo da escada.
-Você matou ela? - Gritei
- Eu não fiz... - Antes que ele pudesse falar algo, continuei toda minha bela encenação.
-Me solta - eu gritava e batia em mim mesmo - por favor, me solta.
Sem entender nada, ele ficou apenas observando enquanto eu me levantava do chão, ia em direção ao espelho do quarto e jogava minha própria cabeça com toda a força no espelho.
-Por favor - eu gritava
Ele correu em minha direção tentando fazer eu parar, e me segurou pelo pulso, mas já era tarde de mais, já se podia ouvir sirenes policiais do lado de fora da casa.