FLAGRADA ENQUANTO SE MASTURBAVA

Um conto erótico de Ehros tomasini
Categoria: Heterossexual
Contém 1862 palavras
Data: 11/12/2015 12:40:45
Última revisão: 11/12/2015 13:09:35
Assuntos: Anal, Heterossexual, Oral

O CRIME DOS VIEIRA DE MELO - Parte 23

O negro Malaquias ainda não conseguira dormir. O ódio lhe corroía a alma. Não conseguia esquecer a morte do pobre negro que tentara acudir o padre e foi abatido pela fera assassina que era Felipe Ortega. Donana e Violeta ajudaram-no a enterrar o escravo. Os outros negros o recriminavam por ele ter socorrido um branco. Mais ainda: por isso ter resultado na morte de um irmão de cor. E foi Malaquias quem chamou o outro para ajudá-lo contra o capitão do mato. Na verdade, sua intenção era a de ficar com os pertences de Ortega. Com seu cavalo e suas armas, seria mais fácil fugir dali. Ir para algum quilombo. Viver finalmente em liberdade. E foi pensando nisso que levantou-se e caminhou para fora da senzala. Por ter ajudado Donana, ele tinha ganhado o direito de dormir sem estar preso por correntes. Pelo menos enquanto o Patrão estivesse ausente.

Era costume amarrar-se o escravo a uma tora de madeira pesada, todas as noites, quando eram recolhidos à senzala depois de um longo dia no corte da cana. Seus donos temiam que fugissem ou se rebelassem enquanto estivesse escuro e a recaptura por capitães do mato se tornasse mais difícil. Tomando cuidado para não ser visto por algum feitor, dos que dormiam em condições melhores que os escravos mas dentro da mesma senzala, Malaquias procurou algum clarão por entre as nuvens, mas a noite estava fria e sem Lua. No entanto, ele tinha as vistas muito apuradas. Tanto que percebeu um movimento ao longe, entre as árvores que arrodeavam a casa grande. Avistou um enorme pilão encostado na parede da senzala. Apanhou a "mão" do pilão e armou-se com ela. Aproximou-se sorrateiro das moitas onde viu o leve movimento e deparou-se com o cavalo atado pelas rédeas a uma jaqueira.

O animal agitou-se quando sentiu o faro do negro, mas este soube tranquilizá-lo logo. Acariciou o focinho do cavalo e colocou em sua boca um punhado de capim. Catou mais uma moita do capim e pôs ao alcance o bicho, que entreteve-se comendo. Malaquias aproveitou para fuçar os alforjes de couro amarrados à sela. Um continha carne seca, feijão, broas de milho e farinha de mandioca. Noutro encontrou pólvora e muitas esferas de chumbo mas nenhuma arma. De repente, o negro gelou. Ao abrir o último alforje, uma serpente por pouco não lhe pica. O bote fez com que ela caísse no chão, bem aos seus pés. Rapidamente, ele deu-lhe um chute, jogando-a longe. Ela afastou-se em direção ao mato, rastejando veloz. Com cautela para não ser surpreendido novamente, ele espalhou o conteúdo da bolsa de couro no chão. Se alguém tivera o cuidado de esconder uma cobra ali, certamente tentava proteger de curiosos algo importante - pensou ele. Ficou feliz com o que encontrou.

O alforje estava cheio de moedas de ouro. Ali havia uma pequena fortuna, muito mais do que daria para ele comprar sua alforria. O coração do escravo quase lhe veio à boca e ele juntou tudo e devolveu à bolsa. Reconheceu aquele cavalo como sendo de propriedade do homem que matou seu irmão de cor naquela manhã. Jogou-se entre uns arbustos, temendo que o sujeito estivesse à espreita. Segurou bem a pesada peça de madeira, empunhando-a como um tacape. Apurou os ouvidos e distinguiu passos apressados se aproximando dali. Escondeu-se bem e ficou à espera.

Logo o capitão do mato apareceu ainda ajeitando as calças. Tinha um sorriso de satisfação nos lábios e usava roupas novas e caras do sinhozinho. No entanto, quando Ortega viu o animal comendo o monte de capim, alarmou-se. Alguém havia estado perto do seu cavalo e lhe dado uma tocheira de mato. Sacou uma garrucha que levava enfiada na bota, mas já era sem tempo. O negro partiu rápido pra cima dele e, aproveitando-se que Ortega se agachara para pegar a arma, deu-lhe uma violenta porrada nas costas.

Ortega envergou-se todo, gemendo de dor, e caiu ajoelhado. O negro golpeou de novo, da frente para trás, desta vez acertando-lhe a cabeça em cheio. O sangue jorrou. O homem caiu de costas e ficou de pernas esticadas, estrebuchando no chão. Malaquias deu o golpe de misericórdia. Esfacelou a cabeça do sujeito. Então, mais que depressa, o negro arrancou-lhe toda a roupa do corpo, antes que essa se sujasse mais de sangue. O cavalo de Ortega estava agitado e o negro temia que ele relinchasse, dando o alarme. Então, voltou a acalmá-lo, lhe acariciando o focinho. Mesmo assim, o animal continuou irrequieto. Malaquias montou-o e fez com que trotasse para longe dali. Depois de amarrá-lo a uma árvore, a uma certa distância de onde jazia Ortega, voltou apressado e alijou o defunto de todos os seus pertences, inclusive de outra garrucha e um afiado punhal que trazia escondido na casaca. Vestiu as roupas do morto e arrastou-o para o meio do matagal. Cobriu o cadáver com uns galhos de mato e voltou para onde havia deixado a montaria. Pouco depois, desaparecia estrada afora, na escuridão da noite.

*********************

De manhã cedo, os feitores deram pela falta de Malaquias. Trouxeram cães farejadores e logo encontraram o corpo de Ortega na mata. Examinaram o solo e viram as marcas de luta e os rastros do cavalo. Logo chegaram à conclusão de que o negro havia matado o capitão e fugido com sua montaria e pertences. Mas o que o sujeito estaria fazendo ali tão perto da casa grande? O caralho do homem ainda sujo de merda induzia-os a adivinhar a resposta. E ele ainda mantinha no corpo o cheiro do perfume de D. Catarina. Porém, não eram doidos de insinuar isso a ela. Muito menos aos escravos, que poderiam lhe alcaguetar à megera. Por isso, combinaram de enterrar o corpo e apenas dizer que o negro Malaquias tinha arribado.

Donana sentiu-se culpada pela fuga do escravo e achava que a sogra iria pressioná-la por conta do prejuízo, já que fora ela que havia insistido com D. Catarina para que ele ficasse solto até a volta dos Vieira. No entanto, a megera tomou a iniciativa de fazer um trato com a jovem: não tocaria no assunto com o marido se ela convencesse os escravos a não falarem sobre o ocorrido com o padre. Ana de Faria concordou no ato, já que assim também salvaguardaria o religioso da sanha da Santa Igreja. Donana falou com Violeta e a orientou a convencer os escravos a não darem com a língua nos dentes e, pra todo efeito, Malaquias mais o pobre negro que foi morto por Ortega haviam fugido juntos para algum quilombo. No entanto, Ana sentiu a tristeza no rosto de Violeta quando soube da fuga de Malaquias. Perguntou se a negra nutria alguma paixão por ele e ouviu a resposta:

- Não, Donana, eu não sou apaixonada por Malaquias. Mas ele havia me prometido que eu iria junto quando fosse embora do cativeiro. E terminou não cumprindo com a sua promessa.

Ana de Faria entendeu que a pobre escrava vivia muito insatisfeita com sua vida na senzala e prometeu para si mesma que um dia iria ajudá-la a fugir dali. Mas não disse nada à negra para não deixá-la cheia de esperanças e ter alguma decepção, mais tarde, caso ela também não pudesse cumprir com a promessa de libertá-la. No entanto, tinha curiosidade de saber se a negra tinha alguém que gostaria de despojar. Perguntou a ela. Violeta demorou um pouco a responder:

- Faz tempo, andou por aqui um negro forro por quem me apaixonei. Mas acho que ele nem sabe da minha existência. Era um mascate que quase foi enxotado por Dona Catarina e o senhor Bernardo, que detestam esse tipo de comerciante. Mais ainda se ele for negro.

- Vosmecê lembra o nome dele? - quis saber a jovem.

- Não lembro. Mas ele tem idade de ser meu pai, apesar de aparentar ser ainda jovem. Ele é de porte ostentoso e parece mais um rei, Donana - disse Violeta com olhar sonhador, como se visualizasse claramente a imagem do mascate em sua mente.

Donana fez-lhe um afago e depois despediu-se dela, dispensando seus serviços naquele dia. A negra foi deitar-se na esteira onde dormia e ficou sonhando de olhos abertos. Estava carente de sexo, principalmente por haver se decidido a não mais trair a sinhazinha com D. André. Nenhum escravo da senzala lhe interessava. E os que haviam se interessado por ela passaram a ignorá-la depois de saber do seu segredo: ter um pinguelo enorme. Não contara a Donana, mas a história havia sido um tanto diferente. Lembrou-se que não tirou os olhos do negro quando ele estava oferecendo suas bugigangas aos Vieira. O que lhe chamou à atenção foi que o negro não se irritou quando a megera destratou-o, mesmo sendo um escravo sem dono. Tranquilo, recolheu suas peças de tecido fino e, quando passou por perto dela, ofereceu-lhe uma saia rendada a ouro. Ela sorriu-lhe, dizendo que não tinha com que pagar. Ele olhou diretamente para os seus seios empinados, escondidos por baixo da blusa de tecido ordinário de linho, e pediu para ver-lhe os peitos. Ela mostrou-os um tanto acanhada e ele entregou-lhe o vestido caríssimo como presente. Depois foi embora sem nem olhar para trás.

Desde aquele dia, Violeta não mais cobriu os seios. Tinha orgulho deles. Passou muito tempo esperando que o seu guerreiro voltasse e a arrebatasse dali, pagando a sua a alforria, já que demonstrava ter posses. Então ficou excitada com aqueles pensamentos. Olhou para os lados e, achando que estava sozinha na senzala, levou a mão ao sexo. O pinguelo estava protuberante, como sempre acontecia quando se excitava. Levantou a saia, deitada de costas na esteira. Pegou no pinguelo com o polegar e mais dois dedos, abarcando-o como se fosse um pequeno pênis. Começou a masturbá-lo, imaginando-se um homem. Pensou na vez que foi parceira sexual do sinhozinho e Donana e desejou a vulva dela. Apressou os movimentos do punho mentalizando os lábios vaginais da ama. Mas logo a imagem transformou-se no ânus piscante da patroazinha. Virou-se na esteira e ficou de quatro, desejando tê-la ali na sua frente, também de quatro, para enfiar seu "falo" no rabo de Donana.

Aumentou a velocidade da "punheta", já quase a ponto de gozar. Não percebeu que alguém se aproximava por trás dela. De repente, uma mão lhe tapou a boca enquanto sentia um pênis tocar-lhe o ânus. Tentou voltar-se para ver quem tentava lhe enrabar, mas forçaram seu rosto para frente. Eram mãos másculas e fortes e ela não conseguiu desvencilhar-se. Mas a glande resvalou do seu ânus e tocou a entrada da vulva já encharcada. Encaixou-se nela numa rapidez que a deixou impressionada. Sentiu que seu agressor estava vestido. Apenas baixara as calças para poder foder-lhe o cu ou a xoxota. Violeta tentou lhe assestar uma cotovelada, mas ele a imobilizou rapidamente sem deixar de lhe tapar a boca. Aí ela sentiu aquele pau enorme lhe varar a boceta. Ficou lutando contra a vontade de ter prazer, mas a masturbação a deixara muito excitada e a ponto de ter um gozo. Quando ele deu a segunda estocada, ela abriu-se toda num primeiro orgasmo.

FIM DA VIGÉSIMA TERCEIRA PARTE

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