Descobrindo o amor (02)

Um conto erótico de Dr. Romântico
Categoria: Homossexual
Contém 2460 palavras
Data: 11/12/2015 23:40:43
Assuntos: Homossexual, Gay

Ola pessoal, tive que fazer esse outro perfil pois não consigo mais acessar o anterior. Espero que estejam gostando da história e estou tentando faze-la mias curta, mas gosto dos detalhes.

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Martines, obrigado pela leitura, realmente nesse primeiro momento é dar dó do Antônio.

Anjo Sedutora, pois é, quero ver se vou ter saúde em escrever mais um conto, kkkk, o terceiro capitulo até agora não escrevi, mas o ultimo capitulo já tenho inteiro formado em minha cabeça.

Ru/Ruanito, tadinho? Isso não é nada, perto do que ele ainda irá sofre. Também queria ele pra mim, kkk

afonsotico, adoro contos adultos também, claro que vou colocar um pouco de fantasia também e se a historia sair como espero, mais pro meio ela fica um pouco policial.

R.Ribeiro, obrigado pela leitura, vou tentar postar com frequência.

Tay Chris, então, nada nesse conto é por livre acaso, tudo tem um motivo, igual meus outros contos. O Antônio jamais trairia alguém. Sim, escrevi Em busca da felicidade e além da vida.

Ninha M, fico feliz que tenha gostado, não vou desistir dele, posso apenas faze-lo mais curto, com poucos capítulos, vai depender de como a historia se desenvolver.

VALTERSÓ, você acha que o Antônio sofre demais? Kkkk, ele ainda não sofreu um decimo do que ele ira sofrer nessa historia.

Marcelo - Vem cá meu gostoso, hoje a noite é só nossa, já fiz o papel de bom namorado hoje de manhã.

Marcelo e seu amante estavam nus e começaram a se agarrar, rindo sem parar, um engolindo a boca do outro.

Marcelo - Eu te amo.

Se pegando como dois tarados no cio, tiveram uma péssima surpresa ao darem de cara com Antônio, que estava na porta do quarto, com os olhos cheios de lágrimas, assistindo toda aquela cena.

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Capítulo 2

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Antônio nunca havia se apaixonado e quando conheceu Marcelo achou que seria um amor para a vida inteira. Por ser uma pessoa intensa e honesta com seus sentimentos, Antônio se entregou de corpo e alma nessa relação e ao perceber que sua historia de amor era uma farsa, ficou totalmente perdido.

Sem poder contar com mais ninguém, só restou conviver com sua solidão e a grande culpa que sentia, por ter permitido que seu amor o deixasse cego, a ponto de não enxergar todos os defeitos que Marcelo possuía.

A única coisa que ainda mantinha vivo dentro de si era a esperança de encontrar Guilherme, e isso era a energia que o movia, que o fazia levantar todo dia e encarar a vida.

Segurando uma foto muito antiga, tentou puxar o máximo que pode as lembranças de sua infância. Na realidade a cada ano que se passava as lembranças iam se perdendo, sumindo de sua memoria.

Antônio – Meu irmão, onde você esta?

Antônio – Me sinto tão sozinho. Será que um dia vou poder lhe abraçar novamente?

Antônio – Tenho tanta coisa pra lhe perguntar, pra lhe falar, pra compartilhar com você.

Ao guardar a foto no fundo de uma gaveta, viu uma foto de Marcelo, e sua raiva aumentou ainda mais, pois mesmo não querendo admitir, ainda o amava.

Seu inferno astral parecia não ter fim, achando que nada mais de ruim poderia acontecer, Antônio foi surpreendido no trabalho, sendo informado que estava demitido por corte de pessoal. Claro que bateu um medo em seu peito, mas a cada obstáculo como esse, sentia que as chances de encontrar seu irmão ficavam cada vez mais distantes, pois tudo envolvia dinheiro.

Em um final de tarde, depois de passar o dia todo buscando trabalho, sentiu que suas energias haviam se esgotado. Precisando de um pouco de carinho, foi no lugar onde teria isso de sobra.

Shirley – Que surpresa Antônio você anda sumido.

Antônio - Como vai Dona Shirley? Disse, já abraçando a mulher.

Shirley – Fiquei um pouco preocupada com você. Sumiu e não mandou noticias.

Antônio – Esta tudo bem, tive que me mudar, estou morando longe.

Antônio matou a saudade daquela mulher, mas estava um pouco impaciente.

Antônio – Cadê as crianças? Esta um silêncio isso aqui.

Shirley – A prefeitura mandou um ônibus ate aqui, eles foram fazer um passeio no zoológico.

Antônio – Que legal, elas devem estar eufóricas.

Antônio – Na minha época a gente não tinha essas coisas não.

Shirley – Eram épocas mais difíceis.

Antônio – Não estou reclamando não.

Shirley – Eu sei.

Shirley se levantou, indo ate o rapaz, o abraçando.

Shirley – De todas as crianças que já passaram por aqui, você é o mais especial.

Antônio deu um sorriso, beijando a mão da mulher.

Shirley – Eu te conheço muito bem. Fale o que lhe aflige.

Antônio tentou desconversar, mas acabou falando de suas dificuldades, mas nunca se fazendo de coitado.

Antônio – o pior de tudo é que nunca mais tive nenhuma pista do Guilherme.

Shirley – Você ainda pensa nisso?

Antônio – Sim, esse o objetivo da minha vida, não vou sossegar enquanto não souber o que aconteceu com meu irmão.

Shirley ficou em silencio, mas logo mudou de assunto.

Shirley – Sabe quem esteve aqui e perguntou por você? A Cris.

Antônio deu um pulo da cadeira, só de escutar esse nome.

Antônio – Por favor, a senhora não conte pra ela onde estou morando.

Shirley apenas riu.

Passado algumas semanas, sua situação não havia melhorado, os bicos que conseguia estavam ficando cada vez mais escassos, e emprego de verdade não aparecia.

Sua sorte começou a mudar quando recebeu uma visita de Shirley. A chefe do orfanato havia feito alguns contatos, conseguindo um emprego para Antônio em uma grande empresa, com vários benefícios.

Antônio nem quis saber mais detalhes, aceitou logo de cara e depois muito tempo conseguiu sentir um pouco de felicidade.

Seu entusiasmo era tão grande, que ficou a noite toda fazendo planos, todos eles incluindo seu irmão.

Na data combinada, Antônio foi até a sede da empresa, num dos endereços mais caros de São Paulo. No caminho não pode deixar de notar os carros de luxo, as lojas sofisticadas e as pessoas muito bem arrumadas, que mais pareciam viver em um mundo a parte, bem diferente de sua realidade.

De frente de um arranha-céu todo de vidro, olhou o nome da empresa no cartão e minutos depois estava em uma sala sendo recepcionado por uma bela mulher.

Simone – Bom dia, Antônio?

Antônio – Bom dia. Como vai?

Simone – Seja bem vindo, me chamo Simone.

Simone, a superintendente geral da empresa, se apresentou e explicou sobre a vaga que Antônio estava prestes a ocupar.

Simone – Nossa empresa de importação e exportação, atende diversas multinacionais e, além disso, estamos ampliando nossas atividades.

Simone – Para o trabalho que você irá desempenhar, normalmente contratamos empresas terceirizadas, mas devido a uma certa urgência, estamos contratando você como funcionário da nossa matriz.

Antônio ouvia tudo atentamente e aos poucos foi ficando mais a vontade.

Simone – Nossa empresa ocupa seis andares desse prédio e você ira trabalhar como suporte, atendendo todos os departamentos, levando e trazendo documentos, providenciando o que lhe for solicitado.

Simone – O Dr. Carlos me ligou e recomendou que eu lhe recebesse. Ele esta um pouco ausente, por conta de problemas de saúde, mas na ausência dele e do filho eu sou a responsável por contratações estratégicas e outros assuntos que caberiam a eles resolverem.

Antônio – Gostaria de agradecê-lo por essa chance, mas tenho certeza que não faltara oportunidade.

Simone – Não tenha duvidas, até porque, ter um padrinho como ele é para poucos.

Antônio – Vou fazer valer essa oportunidade.

Simone mudou o tom da conversa, fazendo perguntas pessoais e mais descontraídas. Em seguida foram para outro andar e Antônio foi apresentado para o setor onde iria trabalhar.

Aos poucos foi se familiarizando com sua nova rotina de trabalho e mesmo um pouco tímido e desempenhando uma função sem status, se enturmou com todos, principalmente com Lucas, um estagiário do setor de compras.

Lucas era um pouco mais novo que Antônio e de cara já se interessou pelo rapaz, mostrando-se sempre prestativo. Antônio nem percebeu, sua única preocupação era corresponder de maneira positiva, à oportunidade que tivera.

Já fazia uns três meses que Antônio estava trabalhando na empresa e aos poucos foi se permitindo a querer crescer um pouco mais. Olhando aqueles executivos, se deu conta que existia um abismo entre eles, mas mesmo assim pensou se teria chances de crescer, de deixar de ser um mero faz tudo dentro do escritório.

Meio a contra gosto, resolveu começar pelo lado mais fácil e barato, recorrendo a quem ele queria uma certa distancia saudável.

Cris – Quem é vivo sempre aparece né.

Antônio – Como vai Cris?

Cris deu um pulo sobre o rapaz, beijando sua bochecha.

Cris – Não estou boa com você. Você se mudou, sumiu, nem deu sinal de vida, nem convidou a gente pra conhecer sua casa nova.

Antônio – Foi mal, é que ...

Cris – Sempre um bicho do mato né Antônio.

Cris – Veio dar um trato no visual? Nossa!!! Essas suas unhas estão horríveis, parece um homem da caverna.

Cris – Vamos fazer um serviço completo, unha cabelo, arrumar essa taturana que você chama de sobrancelhas, depilação total, e..

Antônio – Nada disso. Só quero cortar o cabelo.

Cris – Mas preciso que você espere um pouco, estou com um visita lá importantíssima lá dentro, vem comigo.

Cris apresentou Tânia, uma mulher toda exótica, estranha e logo descobriu que se tratava de uma cartomante.

Antônio deu um suspiro, já se arrependendo de ter ido até o salão da amiga.

Depois de prever o futuro amoroso da amiga, Antônio achou que aquele tormento tinha acabado, mas estava totalmente enganado.

Cris – Tive uma ideia, vamos ver sua sorte meu amigo.

Antônio relutou, se esquivou o quanto pode, mas vendo que não venceria, tratou logo de fazer a vontade da amiga e se livrar o mais rápido possível daquela situação.

Tânia – O que quer saber meu jovem?

Antônio – Os números da mega sena. Disse Antônio, totalmente incrédulo.

Cris fez uma cara feia para o amigo, dando um sorriso amarelo, tentando contornar a situação.

Cris – Já sei, veja se ele vai encontrar um grande amor.

Cris – Melhor, veja se ele vai reencontrar o irmão dele, que esta desaparecido.

Antônio estava prestes a pular no pescoço da amiga, mas Cris estava em êxtase.

Tânia – Sim, vejo um grande amor. Você irá se apaixonar.

Cris – Hummm. Veja sobre o irmão dele.

Tânia abriu algumas cartas e logo fez a revelação.

Tânia – Você irá encontrar seu irmão, mais cedo que você pensa.

Tânia – Alias seu grande amor e seu irmão já estão em seu caminho.

Antônio arregalou os olhos, parecendo se interessar, não no grande amor que a mulher falava mas sim no seu irmão.

Antônio – Quando vou encontrar meu irmão?

Tânia – Interessante. Antes de encontrar seu irmão, você terá que ensinar o que é amor, ensinar a amar.

Cris – Ensinar alguém a se apaixonar, é isso?

Tânia – Não entendo. Vejo um grande amor e essa pessoa que você tanto procura, mas não vejo vocês três juntos no futuro.

Cris – Como assim.

Tânia – Esta estranho, mas vejo que você terá que fazer uma escolha.

Tânia – Não existira você, seu irmão, e seu grande amor.

Tânia – Num determinado momento você terá que fazer uma escolha, vai ter que escolher um deles.

Antônio – Sempre vou escolher meu irmão. Disse com o olhar de poucos amigos.

Sem cerimonias a mulher terminou a consulta, juntando todas as suas coisas.

Antônio ficou um pouco inquieto, enquanto a mulher o encarava se despendido de Cris.

Antônio – Só você pra me fazer passar por isso hein, não gostei dessa bruxa, dessa macumbeira.

Cris – Relaxa, madame Tânia é ótima, sempre acertou comigo, não dou um passo sem consultar ela.

Antônio – E você ainda gasta dinheiro com essa charlata.

Cris – Relaxa meu querido, você vai reencontrar seu irmão e de quebra uma grande amor.

Cris mudou a conversa, enquanto cortava o cabelo de Antônio, na verdade apenas aparando, deixando seus cachos intocáveis.

Antônio – Quanto lhe devo?

Cris – Não deve nada, pra você sempre será cortesia. Cortesia do salão mais badalado da cidade.

Antônio – Obrigado, mas já esta tarde, amanhã acordo cedo e nem deve ter mais ônibus a essa hora.

Sentindo-se culpada, Cris obrigou Antônio a ir embora com seu carro e também usou como pretexto para ver o amigo mais vezes.

Mesmo sendo cético, Antônio gostou de saber que estava prestes de encontrar seu irmão e também de ter um novo amor, mas jamais pensou em ter que fazer uma escolha.

Após tomar um banho, Antônio ficou se olhando no espelho e no fundo acabou achando graça de tudo aquilo. Abrindo sua gaveta, olhou a foto do irmão, repetindo em voz alta:

Antônio – Nunca vou precisar escolher entre você e outra pessoa, você sempre está sempre em primeiro plano Guilherme.

Lucas – Nossa, cortou o cabelo?

Antônio - É, estava muito grande.

Lucas – Pelo menos ficaram os cachos, ficou bonito.

Antônio deu um sorriso sem graça, deixando Lucas também sem graça.

Os dois conversaram mais alguma coisa e logo cada um partiu para seus afazeres.

No fim do expediente, foi até o vestiário e passando pelo espelho, reparou em si mesmo. Não sabia explicar, mas naquele dia estava se sentindo muito atraente. Além de seu sorriso, o que chamava atenção era seu cabelo negro, levemente cacheado e seus pelos que insistiam em sair pelo colarinho e a manga da camisa.

Totalmente distraído, Antônio decepou o retrovisor do carro ao lado do seu no estacionamento, arranhando toda lataria do carro vizinho.

Antônio – Que droga, o que eu fiz?

Antônio – Vou ter que trabalhar a vida toda pra pagar isso, mas que lerdo que eu sou.

Antônio era o tipo de cara todo certinho e pra ele, aquilo era o fim do mundo, não se perdoava por ter sido tão negligente.

No mesmo instante ligou pra Cris, que nem se importou, mas seu instinto de culpa não o deixava relaxar.

Tirando uma folha de papel do porta luva, escreveu seu nome e celular, indicando onde estaria.

Sem saber a quem pertencia o veiculo, Antônio ficou num café em frente ao prédio, esperando o motorista. Pediu um café e depois outro, enquanto o tempo passava.

Já cansado de esperar, pegou suas coisas e atendeu seu celular que indicava um numero desconhecido, mas ao falar alô a pessoa desligou.

- Antônio!!!

Virando-se para ver quem lhe chamava, Antônio nem teve tempo de pensar duas vezes.

Levou um soco no queixo, que o fez voar por cima da mesa que estava atrás de si, caindo no chão.

Antônio levou a mão até o supercílio, passando o dedo num filete de sangue que escorria na sua face.

Se dando conta do que havia acontecido, Antônio sentiu o peso daquele homem sobre seu corpo, com a mão direita fechada, prestes a lhe dar um outro soco.

Mas o que chamou sua atenção foi aquele olhar cerrado e aquele par de olhos verdes que mais pareciam duas esmeraldas.

Continua...

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Comentários

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Que bom que voltou, fico muito feliz. Vou me esforçar para descobrir os segredos de mais um conto teu. Abraços.

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vc terar muita e muita saude pra concluir essa historia e mtas outras querido. Bom, vejo q vc mudou um pouco as cenas, ne? :)

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Adorei a estória. Vou passar a acompanhar, abracos man...

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Puts agora quero saber quem é esse cara será que é o irmão?. . .

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fiquei em extasequandk soubeda sua volta.!!! muito bom ter voce entre nós de novo.essa historia promete grandes e fortes emoçoes..beijos e abraçoz meu fofo e lindo amigo.

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pensei em ser seu irmão, mas você não descreveu os personagens, então fica dificil. Estranhei o fato da ligação e depois o soco, foi meio sem lógica, mas to adorando a história!

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Agora estou mais feliz ainda, por saber que um autor tão bacana voltou a escrever para nós. Como falei, a forma como escreve, os detalhes, adorando seu retorno. Com peninha do Antônio.

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Nossa foi vc que escreveu do meu Tiago que morria e o coração dele foi transplantado ne outro moço que se apaixonou pelo mesmo amor do Tiago né?

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