Que quase todos os problemas do mundo, se resolvem com a boceta e o restante, se resolve com o cu, eu sei. Mas estou com um problema do tipo que pode ser que nem o cuzinho mais virgem, rosado, cheiroso, apertado e palpitante resolva.
Sou a Nalim. 32 anos, casada, fisioterapeuta, ainda sem filhos, cabelos pretos, lisos, na altura do queixo, olhos pretos, lábios vermelhos como pecados capitais, 1,65m, 68kg, cintura fina, seios médios, coxas grossas, um bundão da porra e a pele branquinha como leite. A Branca de Neve pervertida.
Casei-me há três anos. Pouco tempo, mas o suficiente para a monotonia chegar e se instalar. Rafael, meu marido, tem o pior dos defeitos: é careta. E quem ia levantar voz pra dizer que casei porque quis, fique sabendo que durante o namoro e noivado, ele afirmava que ia realizar as minhas fantasias sexuais. E até realizou algumas, que eram as que lhe convinham, não as que eu queria. Insisti e ele, finalmente, deixou a máscara cair.
A máscara caiu, vi meu marido sem disfarces e pensei que se não fosse aquele defeito, seria outro. Decidi pagar pra ver o quanto eu, safada e fogosa como um vulcão, poderia conviver com a caretice do Rafael, que, afinal de contas, era um bom homem e também fogoso, porém, careta de doer, travado.
Para matar o tédio, comecei a buscar por contos eróticos e conheci a Casa, há pouco mais de ano. Lia avidamente os temas que mais atiçavam o meu fogo: ménage, grupal, interracial, sodomia, sadomasoquismo, incesto. Quanto mais lia, mais forte era a sensação do que estava perdendo! Um pau no rabo, um na boceta e, quem sabe, pela primeira vez, uma boceta na minha boca, tudo junto? Um bocetão grande, do grelo grande, sendo esfregado no meu rosto, com palavras sacanas e gemidos de prazer.
Imaginar-me dentro da orgia era delicioso e quanto mais violenta a pegada ou até se rolasse sexo sujo e/ou não consentido, melhor ainda!
Os contos me ajudavam a fantasiar o tesão necessário para me satisfazer no sexo com o meu marido. Quanto mais o tempo se passava, mais eu lia e foi desse jeito que encontrei a fonte do meu problema.
Gente, eu juro que nem era o meu estilo, mas, por curiosidade, li um conto do ex autor José Roberto Gontijo. Não tinha sexo grupal, nem sado, nem ménage, nem traição, nem tantas das tags que me deixavam excitada, mas tinha uma coisa diferente, um tesão que não dava pra questionar, um jeito diferente de usar as palavras. Comi os contos, gozei até com o avesso e esperava, na maior ansiedade, a publicação de um novo conto.
Só que o filho de quenga escreveu um conto de despedida mais-que-perfeito e desapareceu!
José Roberto Gontijo, você ainda lê os contos daqui? Se lê, olha só, sei que não era a sua intenção, mas você me seduziu! Seu jeito de se apresentar como um homem simples e de gostar de ser chamado de Zé parecia ser só uma das faces dum amante completo. Não dá pra alguém inventar fetiches e ser tão preciso sem ter em si mesmo o laboratório. O puto descalço e com cinto de castidade era você mesmo. O garoto fantasiado de mulher era você, também. Curte inversão, seu safado? Eu ia adorar comer a sua bunda com pressão! O namorado que ataca de dominador e se fode era você, mas o ex da Luiza também era! Eu pagava o que fosse pra ser Luiza e viver uma noite de putaria com dois de você, só não queria ter que escolher um, pra fugir. E o Zé da mulher proibida? Esse mesmo que eu queria, inteiro, na cama, na mesa da cozinha, na rua, no carro, no meio do mato, em qualquer lugar, enfiado dentro de mim e me lavando de porra. Queria que fosse meu, tá entendendo?
E queria não confundir a cabeça de quem está lendo, porque o meu marido não aceita fazer grupal. Não aceita nem um ménage feminino. Pelo jeito, também não é a praia do José Roberto Gontijo. Mas, com ele, eu nem ia sentir falta de mais gente na cama, porque o piranho sabe ser tantos machos vadios num só! Morrendo de ciúme, confesso que eu comia a mulher do cara e dava pra ela, se isso me desse a foda dos meus sonhos.
Pode ser que perguntem por que vim até aqui e relatei o meu tesão desenfreado por um ex autor da Casa. Vim porque não tenho outro meio de achá-lo, não tenho nada a perder e quis arriscar. Mas se não tiver a resposta que eu quero, os homens da Casa ficam sabendo que existe uma mulher que quer provar os frutos mais proibidos. Ainda não traí meu marido. E esse fogo todo, que tenho guardado, para quem será? Não sei, mas espero. Eu, Nalim, à espera de ser mais puta, mais mulher e mais feliz.