Sexta-feira era um dia muito especial para Humberto. Era o dia em que ele e Fred almoçavam juntos. Faziam duas semanas que eles não se viam. Fred foi á um desfile as pressas em Roma na sexta retratada, que fez com que eles não pudessem almoçar juntos. Mas a espera tinha acabado. Fred tinha chego de viagem na quinta a noite. Depois de descansar de acordo, Beto tinha certeza que Fred iria pró mesmo restaurante de sempre comer a mesma comida de sempre na sexta: X Burger com batatas fritas e Coca-cola.
Não aguentando a espera, pegou o seu celular e discou o número de discagem rápida que tinha escolhido para Fred, o número um, claro!Eram 8h:30m da manhã quando Frederico acordou. Virou para o lado da cama onde tinha um criado mudo de mogno e pegou o celular e olhou as horas. - Francamente, 11 horas de vôo e eu dormi três horas a menos do que eu poderia. - Espreguiçou-se e levantou da cama indo direto para o banheiro. Escovou os dentes, lavou o rosto e voltou para o quarto. Pegou a mala enorme e colocou em cima da cama. Abriu-a e de lá retirou duas caixas muito bem embrulhadas. Eram os presentes de seus pais.
Fred nunca quis morar sozinho. Com 22 anos de idade, uma carreira invejável e país maravilhosos como os dele, quem iria querer morar sozinho! Seu pai era um dos donos da empresa da família, juntamente com seus tios. Sua mãe era arquiteta brilhante. Fred invejava o casamento maravilhoso de seus pais. Sempre com muito amor e carinho. Era esse tipo de relação que ele queria em sua vida. Calçou os chinelos e saiu do quarto. O andar de cima da casa pertencia à Fred. Ao lado de seu quarto tinha uma porta que ao abrir, revelava uma área de lazer coberta que era usada sempre que seus primos vinham em casa. Quando fechou a porta e foi descendo a escada, viu um porta-retrato com uma foto que ele adorava: Ele e Beto num jogo de basquete. Beto estava de boné branco e camisa preta e Fred com um chapéu vermelho cobrindo seus cabelos loiros desxoloridos, óculos escuros e uma camiseta azul. Sentia saudades de seu primo. Duas sextas feiras sem almoçar com ele já estava ficando estressante. Fora que eles mal tiveram tempo de se falarem devido à correria de Fred. Mas hoje, naquela sexta-feira, iria matar a saudade do primo. Desceu as escadas e foi em direção à cozinha. Ao lado da entrada da cozinha, ficava uma mesinha com um arranho de flores, onde Fred colocou os presentes. Quando estava à um passo de entrar, viu sua mãe toda elegante preparando um chá e seu pai sentado á mesa tomando um café e lendo o jornal.
- Toc, Toc. - bateu Fred na porta da cozinha.
Sua mãe e pai automaticamente olharam para a entrada da cozinha e sorriram. Gian Carlo foi o primeiro a levantar num pulo da mesa para abraçar o filho.
- Fred! Meu filho, quantas saudades de você!
-Eu também pai. Muitas saudades.
Assistindo à cena dos homens de sua vida se abraçando, Desirée foi até o filho sorrindo e puxou Fred dos braços do pai.
- Amor da minha vida! Como é bom te ver! Me promete que não vai ficar tanto tempo fora assim de novo? Eu estava morrendo de saudades. - Disse Desirée abraçando e beijando as bochechas do filho.
- Nossa gente! Se eu soubesse que iria ter essa recepção toda, teria ficado mais tempo fora! - Disse Fred sorrindo.
- Sente aqui conosco filho, vamos tomar um café juntos.
- Claro pai! Mas antes...
Fred voltou para a porta de entrada e pegou os presentes.
- Essa caixa verde é pra você pai. E essa vermelha é pra você mãe. - Disse, estendendo as caixas uma em cada mão. Eram duas lindas caixas com laços. Vendo que o laço estava intacto, Fred se perguntou como isso seria possível, devido ao fato de ele ter levado o quarto dele dentro da mala.
- Que vidro lindo filho! Disse a mãe segurando um lindo vidro de perfume italiano que ela sempre usou. - Não acredito que você acho lá!
-Eu tenho os meus contatos mãe! - disse rindo. - Um amigo me deu o endereço da loja que vende ele aqui. Depois precisamos ir lá.
- Obrigado Fred. Eu amei!
-Que bom que gostou mãe! - E você pai, abriu o seu?
- Ainda não. Não consigo tirar esse laço.
- Deixe que eu tiro. - Fred cuidadosamente tirou a fita que formava o laço e deu a caixa para o pai.
- Charutos Cubanos! - Exclamou Gian Carlo. - Você sabe que eu adoro filho!
- Mas é claro que eu sei. - Disse Fred abraçando e beijando o lado esquerdo do rosto do pai. - E você deu sorte. Era o último da loja!
- Obrigado filho! Eu gostei muito.
- Que bom!
- Bom, agora precisamos ir não é Dê?!
-Precisamos sim. Estou bem atrasada. Filho, que bom que está em casa!
- Sim, que bom mesmo Fred, - emendou Gian Carlo. - E, o que vai fazer hoje? Espero que descanse!
-Não pai. Tenho um almoço ao meio dia com o Beto.
- É verdade! Ele ligou pra mim ontem a noite pra saber se você tinha chegado e se estava bem. E hoje de manhã ligou também! - Disse soltando um sorriso.
- Pois é. Em Roma nós não nos falamos direito. Estou com saudades dele.
- Então aproveite o seu dia e curta seu primo. - Falou puxando o filho para um abraço e um beijo na testa.
- Obrigado pai! Bom dia pra vocês dois! Amo vocês.
Desirée e Gian Carlo saíram pela porta da cozinha que dava acesso à garagem no subsolo. Fred subiu para o seu quarto com uma necessidade imensa de um banho. Tirou o pijama, pegou uma toalha e foi para o banheiro. Quando estava prestes a ligar a ducha, ouviu seu celular tocar. A princípio não quis atender, mas logo pensou que seria seus pais ou... Humberto.
Saiu do banheiro e foi para o quarto. Pegou o celular e viu a foto de quem estava sempre com ele desde criança.
-Alô?
-Alô, como assim Alô? Você não fala comigo fazem exatas duas semana e nem pra falar um "Oi Humberto"?
- Você ainda não se masturbou hoje não é, Humberto!
-Palhaço! Estou morrendo de saudades. Você tem exatamente meia hora a partir de agora para se trocar e vir para o meu escritório com sorvete de morango, chantilly e Creed. Se não vier, vou te buscar. Tenho a chave do seu quarto.
- Estou com saudades tambem! Mas não vou para o seu escritório. Preciso de um banho. Foram doze horas de vôo. E também sexta-feira é um dia corrido. E meu pai está chegando ai daqui a pouco.
-Frederico, isso não é uma opção. Você vai vir e pronto. E como sabe da minha reunião com o seu pai?
- Eu sei de tudo! E eu realmente queria ir. Mas sua reunião com meu pai é bem mais importante. Nosso almoço é daqui a três horas. Te encontrarei no restaurante, ok?
- Como eu sei que não vou conseguir te convencer do contrário, vou esperar até o meio dia pra te ver.
- Estarei te esperando baby! Um beijo.
- Um beijo, My Blonde!
Ambos desligaram. Fred foi para o banho. Cinco segundos depois que desligou o telefone com Fred, Humberto ligou para Gian Carlo. Tentou duas vezes sem sucesso. Resolveu mandar uma mensagem de texto.
"Tio, é o Beto, tudo bem? Sei que hoje temos uma reunião importante daqui à 10 minutos, mas, bem... Eu... Eu queria fazer uma surpresa pro Fred. Só preciso da aprovação do senhor. Um abraço, Beto."
Menos de dois minutos depois, uma mensagem chamou a atenção de Humberto.
"Bom dia Beto! Esse tipo de coisa você nem precisa me perguntar. Basta só me avisar, rs. Divirtam-se. Um abraço."
- Oba! Isso é otimo. Agora só preciso de mais uma coisa.
Humberto pegou o celular, digitou uma mensagem e mandou para o número 1 da discagem rápida do celular dele.
" Você tinha razão. A reunião era muito importante. Mas mais importante que ela, é ver você. Estou levando sorvete e Creed. Um beijo, my blonde!"Notas do autor:
Boa noite meus queridos. Nesse capítulo, logo de cara eu quis mostrar um pouco da relação dos nossos protagonistas. Queria também agradecer pelos cometários de vocês. Obrigado, e até breve! :)
