Descobrindo o Amor Cap.26

Um conto erótico de gustavinho
Categoria: Homossexual
Contém 1100 palavras
Data: 17/12/2015 02:53:09

Cap.26

O sorriso que no meu rosto se criou quando eu recebi aquela carta logo se desfez, assim que eu vi o que estava escrito. A minha alegria, em questão de segundos tornou-se numa enorme tristeza e melancolia embebida de lágrimas. Não conseguia acreditar, mas a minha mãe havia me deixado só no mundo.

- Eu não acredito ! - falei, sussurrando, sem forças para pronunciar uma sílaba - eu não consigo acreditar ! Não pode ser ! Deve ser mentira ! Não pode ser - logo lágrimas sobre lágrimas começaram a cair do meu rosto. O meu mundo caiu !

- O que foi ? O que houve ? - com as Mãos extremamente trêmulas, entreguei a ele o telegrama. Ele leu, e então fez a mesma cara de surpresa que eu. Acabou deixando a carta cair.

- Ela me deixou Maurice ! - em seguida, me segurei fortemente nele. Parecia ser a única forma de me manter firme. Todas as minhas forças sumiram. De uma hora para a outra eu já não sabia como continuar. Estava desnorteado, sem planos, sem chão.

DIAS DEPOIS

Obviamente desmarquei tudo o que eu tinha para fazer na Suécia, e embarquei no primeiro navio que encontrei para o Brasil. Por sorte, consegui encontrar um na manhã seguinte do dia que recebi o telegrama. Ele me acompanhou. Durante toda a viagem, eu não tinha forças para muita casa. Preferia ficar dentro da cabine, deitado, pensando na vida, e me perguntando porquê o mártir da minha vida havia me abandonado.

- Oi ? - ele entrava na cabine, com uma bandeja na mão - trouxe o jantar para você.

- Não quero comer - dizia, abraçando as minhas pernas na cabeceira da cama.

- Não me faça ter que fazer aviãozinho com você até comer toda essa bandeja ! - como sempre, me fez sorrir. Ali ele já provava o seu valor, não me deixando sozinho no momento de tristeza em que eu mais precisava dele.

HORAS DEPOIS

Ao menos Deus pensou um pouco na tristeza que eu viveria, me trazendo de volta aquele que mais me trouxe tristeza nos ultimos. Desembarquei no Rio de Janeiro, ainda de luto, me apoiando nele. No primeiro trem que partiu, embarcamos para Juiz de Fora. Mais algumas horas, em que quase toda a viagem eu passei abraçado ao seu corpo, querendo sentir um pouco do seu calor e dos seus afagos, que aliviavam um pouco da minha tristeza atual.

HORAS DEPOIS

Depois de alguns dias e horas de viagens, enfim eu estava de volta a Fazenda. Aquela que foi o centro da minha vida. Aonde eu fui nascido e criado. Aonde eu descobri as maiores alegrias da vida. Aonde eu conheci e descobri o maior amor da minha vida. Aonde eu fiz coisas impossíveis. E agora, aonde a maior tristeza da minha vida havia acontecido.

- Antônio ! - minha tia gritou, ao me ver. Correu para me abraçar. Quando conseguiu, me abraçou forte - aí meu filho, que bom que Você voltou. Está diferente, está maior !

- Como isso aconteceu tia ? - foi só o que eu consegui dizer.

- O Médico disse que foi um infarto fulminante.

- Mas ela nem era cardíaca !

- Mas o Médico me disse que isso não importa, que qualquer pessoa pode sofrer essa parada. E que é muito difícil evitar a morte - mais uma vez olhei pro chão. Mais uma vez encarava a morte de frente. Porém dessa vez ela havia sido mais cruel. Havia levado de mim o alicerce da minha vida. Eu não tinha mais minha confidente, minha conselheira, minha mãe coruja. Tudo isso havia ficado para trás, a partir do momento em que o coração dela atacou.

- Aonde ela está enterrada ?

MINUTOS DEPOIS

Eles haviam a enterrado no final do nosso terreno, num lugar que ela realmente gostava muito de ficar. Já haviam construído a lápide rapidamente. Lá estava, o nome dela estampado. Foi ali que realmente caiu a ficha. Quando eu vi foi o túmulo, foi quando o meu coração aceitou que ela havia me deixado, e que agora eu devia seguir a vida sozinho. Ou melhor, ao lado de Maurice. Ele, como sempre companheirissimo, veio comigo até o túmulo, e comigo admirou. Só me restaram as lembranças dos grandes momentos, dos olhares felizes, das maravilhas vividas.

" - Bem, eu acho que não é nenhum segredo que irei homenagear a mulher que me deu a vida, e que sempre será o pilar principal da minha existência. Minha mãe !"

Agora era só eu e ele. Eu nem tive tempo para pensar em família e amigos. Ali, na frente de todos, me apoiei nele. Eu precisava desse apoio. Ele agora era a pessoa mais importante para mim, e eu tinha que fazer de tudo para que o nosso amor ficasse acertado.

MINUTOS DEPOIS

Parei por alguns minutos, e fiquei sentado no sofá. A minha cabeça começou a pensar. A minha mãe havia me deixado. Já não sei se vai ser tão necessário ir para longe de todos. Havia se aberto um leque de oportunidades. E se eu viesse para o Brasil e passasse a administrar a empresa da minha mãe ? Poderia ser uma ótima forma de ser feliz e confortável. Eu e Maurice teríamos que repensar tudo depois disso. Porém, não era o momento certo para eu ficar pensando nisso. O momento agora era de luto e tristeza. Eu havia perdido quem sempre me apoiou, e quem mais me motivou a continuar vivendo. Decidi entrar no quarto dela, e ver quais seriam as lembrança que ali reservariam para mim. Entrei no quarto, extremamente bem arrumado, característica da minha mãe. Olhei as prateleiras, haviam diversas retratos. Um a um, olhei. Fotos de quando eu era de criança, de casamento, da posse do mandato do meu pai, da família. Eram muitas lembranças de várias pessoas que já haviam me deixado. E foi olhando aquelas lembranças que eu Achei uma carta. Peguei, havia um destinatário. Eu. Abri a carta, muito bem colocada. A caligrafia era muito nervosa, e trêmula. Abri o papel, a carta não era muito grande. Mas marcante

" Escrevo esta carta para você, meu filho Antônio, o orgulho da minha vida, a razão do meu viver. Não nego, senti muito a sua falta durante a sua viagem a França. E sinceramente, meu coração apertou quando li que os seus planos são ir para a Suécia. Uma mãe quer ter o seu filho sempre por perto. Mas não ligue para mim, isso é um egoísmo meu. Deve ligar para você, e para a brilhante vida que você vai ter a partir de agora. Eu só queria dizer-lhe uma coisa, que está me fazendo perder o sono. Eu sei das suas relações com o Maurice..."

Continua

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Comentários

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Cap bem triste esse, espero q após ler esta carta Antonio por sentir culpa ñ invente de despachar o Maurice e mais uma vez se afaste do seu grande amor. Agora eu no lugar dele faria questão de voltar a França e acabar com a raça da mãe do Maurice sem pensar duas vezes, pq a culpa de Christine ter perdido noites de sono e ter infartado foi totalmente dela, pq2 p q a mãe do Antonio soubesse do q se passava entre ele e Maurice seria preciso contato com a "amiga" q lhe fez mais mal do q bem ao revelar algo q de fato ñ existia ainda. Aguardando ansioso pelo próximo post Gu.

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Eita meio triste essa parte. . . esperando o proximo.

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Nossa agora ele vai se sentir culpado por isso. :(

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