Olá queridos leitores ansiosos. O conto, Meu chefe, meu príncipe, já foi finalizado, os eventos que estou narrando, não seguirá uma ordem, portanto, posso parar de escrever a qualquer momento. Esse conto também está chegando ao fim, assim poderei focar no outro. E vamos combinar, a ansiedade faz parte do processo da leitura. Desculpe, mas eu também sou leitor da CDC e também fico injuriado quando os autores demorem a postar... né, Taciturno? hahaha...faz parte. Obrigado pelos comentários, adoro todos eles... bjs.. ;)
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Sua voz estava furiosa, mas baixa. Sua respiração ofegante demais e sua expressão de nojo e reprovação me assustava um pouco. O Quim me empurrou pra trás dele, foi o jeito de me proteger. Mas eu não podia me esconder atrás de meu irmão. Por mais que aqueles olhos estivessem sangrando de ódio em nos ver um nos braços do outro como dois amantes, eu não era covarde, nosso amor não poderia se acovardar diante do meu tio Henrique.
Me coloquei ao lado do Quim e o encarava da mesma forma. Ele tentava nos humilhar. Nos xingou de várias formas possíveis, mas não abaixamos nossas cabeças.
— peguem suas coisas e desapareçam daqui. Eu não quero explicações e não me interessa o que fazem de suas vidas, mas se não quiserem que eu arme um escândalo, vão embora. Sua avó teria um infarto se os vissem.
— você não precisa nos mandar embora. Eu mesmo não queria ter vindo, foi você que foi em casa me incomodar. O Guto e eu vamos, mas não sem antes nos despedirmos da vovó. — o Quím disse e me pegou pela mão.
Façam como quiserem, mas façam rápido.Não quero olhar nem mais um segundo pra cara de vocês. Que vergonha!
Nos despedimos de nossa vó e primos. Voltamos pra casa e ele se jogou no sofá. Ficou deitado por um tempo olhando PRP teto e eu me sentei na poltrona.
Ele estava nervoso. Eu tirei minha roupa, ficando somente de cueca, estava suado. Fui ajoelhado até ele e apoiei minha cabeça em sua barriga. Ele me fazia carinho e uma lágrima caiu de meus olhos. Ele limpou e me puxou pra perto dele.
— não chore amor.
— amor, amor, amor. Parece que essa palavra não nos define. Parece que não nos pertence. Viu como ele nos olhou?
— Guto, não deixe ele arruinar nosso dia.
Nos amamos, de verdade. O que eu sinto por você, vai além de qualquer preconceito. Pode não ser natural aos olhos de muitos, mas é natural pra gente. Você me ama, eu sei, eu sinto e é tão bom olhar pra você e ver isso em seus olhos. Eu estou nervoso, só isso, mas não quero te ver chorando.
Eu chorava de raiva, como se meu tio fosse um exemplo de pessoa. Um homem que sempre enganou a esposa e ambicioso ao ponto de enganar a própria família. Por isso meu pai e ele brigavam, meu tio sempre gostava de tirar vantagem de tudo.
— me beija?
— claro. Você é a única pessoa nesse mundo por quem eu vivo. Vem aqui, meu amor, meu mundo.
Sentir seus lábios era maravilhoso. O gosto da boca dele, o cheiro dele, suas mãos tocando meu corpo, eram tudo que eu queria naquele momento. A avides com que me beijava, como ele saboreava meus lábios, era magnifico. Eu tinha fome de seu corpo e queria me deliciar dele.
— faz amor comigo? Quero esquecer tudo. — disse e ele enfiou as mãos na minha bunda e apertou forte.
— e precisa pedir?
Nos amamos com fúria. Foi voraz e ao mesmo tempo, calmo e apaixonante. Minhas mãos percorriam seu corpo em sintonia com seus beijos. Sentia seus músculos retesarem e o gozo veio me inundando, como prova de seu amor. Delicioso era fazer amor com ele.
— você é incrível. — ele disse.
— é fácil ser incrível com quem a gente ama. Amanhã eu volto pra casa só no final da tarde. Vou na casa de uma amiga, tenho um grupo de estudos.
— tudo bem. Já que não vai ficar em casa, vou terminar meu roteiro com Rafael. A gente precisa começar a gravar, antes que os patrocinadores desistam e não liberem a verba.
— está certo. Toma banho comigo?
— claro.
Tomamos banho e me joguei na cama pelado. Ele me cobriu com um lençol e
se deitou ao meu lado. Eu estava cansado, peguei no sono e quando acordei, ele já tinha ido trabalhar.
Fui pra faculdade e depois, meus amigos e eu, fomos pra casa de uma amiga. Tínhamos que simular um julgamento. Aquele dia foi exaustivo e voltei pra casa já era quase onze horas da noite. Assim que cheguei vi meu irmão cochilando no sofá. Fui até a cozinha e ele já havia preparado o jantar.
— Quim, acorda! Cheguei.
— oi, você não atendeu o celular. Tava preocupado.
— acabou minha bateria, desculpa. Eu estava até agora na casa da Ane. Se quiser, pode confirmar com ela.
— não, nossa. Não preciso confirmar nada com ninguém. Se você falou, está falado. Só diz que ainda não comeu.
— não comi. A mãe da Ane nos serviu uns aperitivos, mas ainda tenho fome. Você já jantou?
— não. Fiquei te esperando e acabei dormindo. Vou la esquentar. Vai tomar banho.
— ta bom. — dei um beijo nele e fui pro banho.
Enquanto a gente jantava, ele perguntou como estava meus estudos. Disse que estava bem e que minhas notas eram boas. Eu gostava quando ele se interessava pelas minhas coisas. Perguntou também se teria como eu transferir minha faculdade pra outro estado. Fiquei meio surpreso.
— porque quer saber se consigo transferência? Quer se mudar daqui?
— eu preciso conversar direito contigo, Guto.
— o que está acontecendo?
— eu recebi uma proposta de emprego no Rio de Janeiro. Me chamaram pra trabalhar numa produtora de lá. Eu venho avaliando nossa situação e queria muito que você pensasse nessa possibilidade. Eu sei que você tem sua vida. seus interesses e sei também que consigo te manter aqui, caso você não queira ir. Eu não posso te obrigar, mas do fundo do meu coração, queria muito que você aceitasse. Eu acho que seria muito bom pra gente. Vida nova, lugar diferente. Você sempre quis morar no Rio, lembra? Guto, eu quero o que for bom pra você também, mas não quero ter que me separar de você. Não quero te pressionar, mas preciso de uma resposta até mês que vem.
— entendi. Você pensa em ficarmos lá pra sempre? Morar no Rio pro resto de nossas vidas?
— eu penso sim. Acho que está na hora da gente mudar de ares. Ainda mais agora com o tio Henrique. Eu não quero mais ficar aqui. Quero uma vida nova contigo. Se você precisar de um tempo, eu posso ir na frente e ajeito tudo, depois venho te buscar.
— acho que não preciso de tempo algum. Eu vou pra onde tivermos que ir. Consigo sim transferir meu curso. Amanhã mesmo informo a faculdade que ferei que me mudar e dependendo onde vamos morar, entro em contato com a nova instituição. Não quero mais ficar nessa casa. Não faz mais sentido.
— você concorda e vendermos essa casa e dividirmos o dinheiro? Nós temos o dinheiro do seguro, já andei pesquisando por apartamentos no Leblon. Da pra comprar e ainda sobra uma boa quantia.
— faça como achar melhor. Mas eu prefiro alugar essa casa. Nos dará uma boa renda.
— tudo bem. Bom, vou providenciar tudo e dizer pro Rafael que aceito a proposta que ele me fez. Certeza que quer embarcar nessa comigo?
— eu só tenho você, Quim. Não posso e não quero ficar longe de você e sei que faria o mesmo por mim.
Ficamos acertados que eu encontrasse uma faculdade que me recebesse e ele arrumaria um apartamento pra gente comprar.
De certa forma, ele não estava errado. A gente precisava de novos ares e uma vida nova sem ninguém nos apontando o dedo.
Comecei a procurar por universidades e entrei em contato com uma que me interessou bastante. Liguei e acertei tudo por telefone e eles também entrariam em contato com a minha faculdade atual.
Eu estava animado, não nego que estava meio triste por ficar longe dos meus amigos, mas estava feliz por me mudar e começar uma nova vida com o Quim.
A gente precisava nos desligar do passado e seria uma excelente oportunidade para começarmos uma vida nova.
No fim da tarde o mano chegou feliz. Disse que conseguira um apartamento não muito longe da Produtora, o que seria muito bom pra ele. Nada muito exagerado, três quartos, um dos quartos seria uma suite, banheiro social, uma sala ampla, cozinha e área de serviço.
— depois você da uma olhada no site. Se você gostar, vou pro Rio e fechamos negócio. O apartamento é novo, fica três quadras do mar. Você vai adorar.
— vou ver sim, mas o que você decidir, pra mim, está ótimo. Como anda nossas finanças?
— bem. Fui no banco, tirei extrato. Está na minha mochila, se você quiser olhar...
— o que vamos fazer com a chácara?
— vamos arrendar. Tem um produtor de soja interessado em arrendar as terras, temos que resolver isso também. Caramba, são tantas coisas.
— e a gente pensando que era só se mudar, não é?
— verdade, não é tão simples assim, mas a gente vai dar conta.
— aproveitando que você chegou, que acha de tomar um banho comigo?
— ótima ideia.
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Continua...