Oi gente, obrigado pelos comentários.
Continuando...
NARRADO POR DANIEL
Meu mundo desabou assim que o Rafa saiu pela porta, Lina havia tentado ligar para ele, mas o celular havia sido desligado, e provavelmente não seria ligado tão cedo.
Eu chorava muito, estava deitado no sofá, Lina me abraçava e passava as mãos em meu cabelo.
Lina: Não fica assim, Dani, ele vai voltar, ele está nervoso e tomou uma decisão precipitada, logo ele volta.
Eu: Não, Lina, se eu o conheço bem, mesmo que ele veja que está errado não vai passar por cima do orgulho, e se ele não quiser ser encontrado... Bom... Ele realmente vai sumir...
Eu sabia disso, uma vez ele ficou uma semana sem aparecer em casa, eu o procurei pela cidade inteira e não o encontrei.
Eu: Eu não sei o que vou fazer sem ele. Eu o amo muito!
Lina: Calma, Dani, tudo vai se resolver.
Ela passava as mãos em meu cabelo cada vez mais carinhosamente e eu a abracei mais forte.
Eu: me ajuda.
Lina: Vou fazer de tudo para ver vocês felizes novamente. Ele também te ama muito, sempre que fala de vc seus olhos brilham, e ele começa a sorrir que nem um bobo, quando vocês brigam, ele não chora na sua frente por causa do orgulho, mas assim que se distancia de você ele não para de chorar... Ele vai voltar, não se preocupe.
Apertei mais o abraço e meu choro começou a diminuir. Ninguém disse mais nada, só ficamos lá abraçados e ela passando as mãos em meu cabelo.
NARRADO POR RAFAEL
Já era noite quando cheguei na casa da Lesly, eu estava com o rosto inchado pq havia passado a viagem inteira chorando, ela me recebeu e fomos para o quarto, antes passamos pela sala, onde estava a Dona Lia.
Lesly: Mãe, lembra do Rafa né?
Dona Lia: Sim, filha, lembro. Oi Rafa! Tudo bem com você? Por que essa cara de choro?
Ela ainda continuava a mesma. Eu tinha morado nessa cidade desde criança, eu e a Lesly éramos quase irmãos, e a mãe dela me tratava muito bem quando eu ia lá, e ela se preocupava se acontecesse algo comigo, como se eu fosse seu filho.
Eu: Não muito bem, Dona Lia, aconteceram umas coisas por lá...
Dona Lia: Mas o que aconteceu pra deixar o meu Rafa tão mal assim.
Lesly: Nem eu sei ainda, mãe.
Dona Lia: Vem cá senta aqui – ela fez sinal para eu sentar no sofá – e conta pra gente o que aconteceu.
Me sentei e comecei a contar.
Eu: Mais cedo, quando eu cheguei em casa, encontrei meu marido beijando outro cara, o Miguel, na nossa casa. Ele tentou dizer umas desculpas ridículas dizendo que era armação do Miguel para separar a gente, mas era óbvio que era mentira.
Disse me esquecendo totalmente da mensagem que havia recebido quando estava com Lina. Eu já estava chorando.
Eu: Eu peguei algumas coisas importantes e saí de casa, não conseguia mais olhar pra cara dele. Foi aí que liguei pra Lesly e pedi pra passar um tempo aqui na casa de vocês.
Eu estava chorando muito, Lesly veio e me abraçou, eu a abracei de volta com força e continuei chorando.
Lesly: Mas como que o Daniel conseguiu fazer isso com você? É uma coisa tão ridícula isso que ele fez.
Ouvir o nome dele doeu muito em mim, e eu comecei a chorar mais.
Dona Lia: Eu entendo, mas o que você vai fazer agora?
Eu: Não sei, Dona Lia, não sei... Eu pretendo ficar um tempo aqui até eu ter cabeça pra pensar no que fazer.
Nesse momento olhei para a minha mão e vi a nossa aliança. A tirei do dedo e a coloquei na minha Bolsa, bem no fundo.
Eu: Eu posso ir deitar um pouco?
Lesly: Vamos lá, você deve estar cansado da viagem.
Ela me levou até o quarto de hóspedes.
Eu: Obrigado, amiga.
Lesly: Por nada, tô aqui pra tudo o que você precisar.
Entrei, peguei uma roupa na bolsa e tomei banho, ao voltar pro quarto eu deitei e continuei chorando até que adormeci.
NARRADO POR DANIEL
Já era noite quando a Lina precisou ir. Ela disse que voltaria amanhã e que era para eu ficar bem.
Eu: Vou tentar ficar bem...
Lina: Vai conseguir.
E com um abraço nos despedimos e ela foi embora.
Tomei um banho. Demorei muito porque eu fiquei chorando lá. Quando voltei deitei na cama e chorei mais... Não consegui dormir.
...
NARRADO POR RAFAEL
Ao acordar já estava um pouco melhor. Fui para a cozinha onde Dona Lia fazia café. Havia uma mesa de granito escuro com quatro cadeiras onde me sentei.
Eu: Bom dia Dona Lia. Tudo bom com a senhora?
Dina Lia: Quantas vezes vou precisar dizer que não sou senhora?
Comecei a rir.
Dona Lia: Comigo tudo bem. E você, meu anjo?
Eu: Acordei um pouco melhor... Cadê a Lesly?
Lia: A Srta. Sono ainda está dormindo.
Nesse momento ela chegou na cozinha e se sentou.
Lesly: Quem é Srta. Sono?
Eu e Lia rimos.
Lesly: Não sei aonde está a graça.
Eu: Lesly você sempre foi dorminhoca.
Lesly: Mentiraaaaaa !
Lia: O Café tá pronto.
Ela levou para a mesa um bolo que ela havia preparado (estava delicioso), e a garrafa de café.
Comi e bebi pouco, porque estava com pouca fome. Depois fomos para o quarto da Lesly e ela foi me contar as novidades.
Lesly: Rafa, você lembra do meu primo? O Marcus?
Eu: Claro que lembro! Ele era legal com a gente.
Lesly: Ele se assumiu gay. E tá namorando com um amigo meu! O Phill!
Eu: Mentiraaaaaa! Não acredito que ele é gay! E quem é esse Phill? Já me trocou?
Lesly: Pra começar você é insubstituível! E outra, faz anos que você não aparece aqui.
Eu: Mesmo assim... Kkkkkk
Ela riu.
Eu: E você, amiga? Algum boy?
Lesly: Eu? Boy? Mais fácil ganhar na Mega Sena.
Eu ri.
Eu: Sqn né! Você é Linda!
Lesly: Ah sei lá... Ainda não apareceu O garoto...
Eu: Logo aparece, amiga. Você merece um cara legal.
Nesse momento o celular dela toca e....
Continua...
E aí gente! Quem vocês acham que ligou para ela?
Se quiserem saber mais da história de Phill e Marcus já publiquei um conto com a história deles. É o conto “Graças a uma amiga”.
Escrevam um comentário! Para me incentivar a escrever logo o próximo conto!