Boa noite galera! Então essa história público no Wattpad, mas estou migrando a mesma para cá! Pois tem muitas cenas de sexo picantes e acho a história mais a ver aqui com a CDC! Muito obrigado a todos que votaram nos capítulos anteriores! Não me gabando mas a história só tende a melhorar!
Vamos ao capítulo!
Talvez... essa é apenas uma palavra até então sem sentido nenhum. Não é uma afirmação, tmuito menos uma negação. Talvez se Diego e Dudu não tivessem se envolvido naquilo tudo, hoje estariam aqui. Talvez se não tivessem contado naquele dia... Ou talvez se eu tivesse feito algo para parar aquele soco... Talvez a História seria totalmente diferente.
Fiquei alguns segundos tentando raciocinar tudo aquilo. Eu ouvi bem? Eu vi aquilo mesmo? Felipe era realmente gay? Talvez sim, talvez não... Meus olhos não saiam daquele volume, algo me atraía diretamente pra lá, desviei meus olhos para os seus e toda sua descontração foi sumindo, dando lugar a um olhar indecifrável, ele estava sério e me olhava de forma tão penetrante que eu não conseguia mais me mexer. Algo estava muito errado ali, eu até então nunca tinha sentido isso por outro homem. Mas o Felipe era diferente, era diferente até pelo que senti por Luíza no dia em nos esbarramos. Pela minha namorada eu senti carinho, amizade, claro que sua beleza me chamou atenção, mas com ela foi tudo ao seu tempo, primeiro a amizade, depois amor que consequentemente trouxe a atração. Já com Felipe eu me sentia como se estivesse num trem desgovernado, eu sentia atração, eu sentia carinho, eu queria sua amizade e tudo isso me deixou extasiado, pois eu não queria apenas sua amizade, talvez eu quisesse também o seu amor. Uma semana havia se passado, mas o que eu estava sentindo aquele momento era algo surreal, eu precisava raciocinar melhor, eu tinha uma namorada.
E foi com esse pensamento que saímos do nosso transe, meu telefone não parava de tocar lá no meu quarto. Eu não disse nada, Felipe ainda continuava imóvel assim como eu estava há segundos atrás. Saí da cozinha e corri em direção ao meu quarto. Não vi quem era apenas atendi.
Eu : Alô? - Eu estava pouco ofegante pelo ocorrido.
Luiza: Amor? Amor estais aí? - é claro que era a Luíza, quase ninguém tinha meu número novo
Eu: Bom dia amor! É que eu estava preparando o café e vim correndo atender...- me desculpei, meu coração parecia que iria sair pela minha boca e tenho certeza que não foi pela pequena corrida até meu quarto.
Luiza: Tu viu a mensagem que te mandei?
Eu: Uh não o que era? - disse tentando lembrar se havia alguma mensagem.
Luiza: Hoje vai ter um churrasco do pessoal da facul, to ligando pra chamar você e o Lipe. - Eu fiquei um tanto receoso, depois dessa nossa cena na cozinha, mas não poderia dar bandeira.
Eu: Claro! Meio dia eu passo na sua casa pra te buscar... - Porra e agora?
Fiquei naquele impasse, eu estava sem coragem de voltar na cozinha. Para disfarçar, liguei meu pc e torci silenciosamente para que mamãe ou papai estivesse online e para o meu alívio assim que entrei minha mãe me chamou na conversa. Apesar da distância meus pais estavam cada vez mais presentes em minha vida e isso era um bom sinal, eu os amava independente do que aconteceu no passado. Quando voltei para a cozinha, Felipe não estava mais lá. Em cima da mesa havia um bilhete:
"Bernardo precisei sair e talvez volte só amanhã, agradeça a Lu pelo convite por mim. Felipe."
Naquele momento um misto de sensações me pegou, primeiro ele não me chamou de Bê, segundo eu queria muito que ele fosse e terceiro eu queria muito que ele não fosse. Eu fiquei feliz e ao mesmo tempo triste. Um desanimo tomou conta do meu corpo, eu queria ligar pra Lu e desmarcar, eu não estava com animo pra sair. Mas eu precisava ser homem e cumprir meu papel de namorado. Minha namorada já estava percebendo que eu estava um "pouco" distante, mas eu tinha dado a desculpa que era por causa dos estudos. Eu preciso tirar esses pensamentos de minha cabeça. Até poucas semanas atrás eu pensava em casar, ter filhos com a Lu e agora eu não sei mais o que eu quero realmente. Em meio a esses pensamentos eu cochilei, acordei o relógio já marcava 11:30 e meia da manhã. Pulei da cama direto para a ducha, me vesti com uma bermuda branca, uma camiseta preta e um sapatênis. E corri para minha Hillux.
Cheguei na casa da Lu e ela ainda estava se arrumando, fiquei aguardando enquanto jogava conversa fora com seu avô. Quando ela apareceu eu sorri e por alguns segundos esqueci de toda minha confusão, lembrei o quanto era gostosa, ela estava linda em um vestido branco marcando suas curvas.
- Fiu fiu que gata essa minha namorada né seu Antônio? - Brinquei piscando para o seu avô que me pediu pra ter juízo e cuidar da neta dele e com isso deu uma piscadinha e saiu.
Chegando à festa confesso que fiquei meio deslocado, não conhecia muitas pessoas em Pelotas, somente alguns amigos da faculdade e poucos amigos da Lu. Então eu fiquei um bom tempo conversando apenas com a Lu e a Clarinha sua prima. Mas conforme a tarde foi rolando foram chegando algumas pessoas e eu fui ficando sozinho na beira da piscina. Minha namorada é daquele tipo de pessoa que todos querem sua companhia, meiga e divertida então ela estava em todas as rodinhas, às vezes ela vinha me checar ou me arrastava para uma conversa, mas logo eu ficava só novamente.
Quando era lá pelas 4 da tarde eu já tava meio pilequinho, foi quando eu olho pra entrada e vejo um loiro alto de olhos azuis que já estava tomando conta dos meus pensamentos. Logo que Felipe chegou Luíza se jogou em seus braços, dizendo que estava muito feliz por ele ter ido, após apresenta-lo para várias garotas (coisa que me deu muito ciúme). Ele vem em minha direção e senta-se ao meu lado, meu coração já estava na boca.
- E aí brother blza? ele fala batendo seu ombro no meu.
- Beleza e você? - Eu digo envergonhado, minhas bochechas queimando.
- To legal... eu vim aqui que precisava falar com você... queria te pedir desculpa por hoje cedo... - Eu olhava para todos os cantos, menos pra ele.
- Que isso cara não foi nada. - Foi sim fiquei excitado ao ver o pau do cara que não saia dos meus pensamentos.
- Foi sim eu te deixei envergonhado, cara às vezes eu sou muito palhaço e acabo exagerando na brincadeira... Desculpa. - Ele diz olhando para o chão, velho aquela hora eu queria pular nele e beija-lo, ele estava tão fofo pedindo desculpas que não aguentei e sorri para ele.
- Pow cara desculpa nada, foi só uma brincadeira entre amigos!- o tranquilizei pegando em sua perna, aquilo me deu um arrepio, um frio na espinha que logo soltei. Ele também sentiu pois ficou meio desconfortável.
Levantei num pulo dizendo que ia pegar uma cerveja para ele, eu precisava mudar de assunto.
- Ei cara melhor não hoje eu vou dirigir sua caminhonete e preciso estar são, pois não é todo dia que vou ter essa oportunidade.- Ele diz piscando.
- Ué e quem disse que vai? Ninguém toca na minha bebê!" falei cruzando os braços e fazendo birra.
- Sua namorada me ligou e me pediu esse favor, ela disse que você estava pilequinho kkkkkk. - Não aguentei e caímos na gargalhada. Eu estava sem moral.
Depois dessas gracinhas dele aquela tensão que nos envolvia foi logo dissipada. Confesso que a cerveja me ajudou a me soltar. Quando anoiteceu fomos embora, deixamos Luiza e Clara em casa, essa ultima estava dando em cima do meu Lipe e mais uma vez o ciúme me pegou. Chegando em casa eu tropecei e cai em cima dele. Felipe se desequilibrou e caiu comigo no chão, a cena foi cômica, lembrei de nunca mais beber cerveja artesanal.
Ficamos rindo ele me zuando como sempre, ele me chamando de príncipe do pileque, príncipe do desastre, que eu era todo príncipe mas quando eu bebia eu perdia a linha. Quando fui levantar eu não dei conta eu caí novamente em cima dele.
- Velho eu não consigo levantar... - Com muito custo e muitas risadas ele me ajudou a levar pro meu quarto. Depois que me deitou na cama, ele para e olha um porta retrato que fica na minha cabeceira.
- Porra cara que massa tu tem um irmão gêmeo e nunca me contou?- Foi só olhar para aquela foto que fui preenchido por lembranças.
- Eu tinha um irmão gêmeo, mas aquele filho da puta e o Diego me deixaram pra trás cara...- Nisso eu comecei a chorar, um pouco pela bebida, um pouco pelas lembranças, chorei como no dia em que recebi a noticia que meus irmãos faleceram.
Felipe ficou totalmente sem reação, imagine também eu um homem de 1,83m barbado chorando feito criança.
- Bê me desculpa cara... eu não sabia...- Então ele me abraça forte, tão forte que chega a doer, eu apenas chorava enquanto ele me consolava passando a mão em meus cabelos.
- Calma Bê eu to aqui, você não está sozinho, eu não vou te deixar...- Cara naquele momento eu confirmei minhas desconfianças... eu estava me apaixonando por Felipe.