MATANDO A FOME! (PARTE UM)

Um conto erótico de O BEM AMADO
Categoria: Heterossexual
Contém 1999 palavras
Data: 20/12/2015 23:30:03
Assuntos: Heterossexual, Sexo

“Você está precisando é trepar, minha filha!” A frase desconcertante ocorreu em um contexto que, em princípio, me causou certo espanto, mas, depois, deixou-me excitado.

Tudo se deu logo no início de minhas férias de fim de ano; como da hábito, eu costumo passar os últimos dias do ano em casa, somente viajando no começo do ano seguinte. Nesta época do ano, alguns costumes ficam mais arraigados e um deles, em especial, repete-se quase como uma espécie de rotina sem a qual os dias não são os mesmos.

Pela manhã, todos os dias, após levar minha filha até o Metrô, eu passo em uma padaria próxima de casa, onde saboreio meu desejum. É um horário atípico e poucas pessoas a frequentam, razão pela qual fico mais tranquilo para deliciar-me com uma média e um sanduíche de queijo branco e tomate quentes. E lá estava eu, apreciando o que há de melhor no início de férias, quando ouvi a frase que veio da mesa ao lado da minha.

Minutos antes, ela havia sido ocupada por duas mulheres; uma, mais jovem, com idade aproximada entre trinta ou trinta e cinco anos, e a outra, mais idosa, porém também mais atraentes, com idade entre cinquenta e cinco e sessenta anos. Esta última, era um belíssimo exemplar de fêmea, com um rosto destituído das marcas do tempo, corpo no segundo estágio do plus size, exibindo curvas exuberantes que podiam ser percebidas mesmo quando ela estava sentada, sempre exibindo um delicioso sorriso nos lábios carnudos.

A mais jovem também era muito bonita, mas, por outro lado, não tinha aquele sex appeal da sua parceira, demonstrando um contínuo estado de mau humor, semelhando ao da pré tensão menstrual. De qualquer maneira, sua beleza ainda suplantava essa mácula em seu jeito de ser, e não diminuía sua beleza límpida.

Percebi de imediato que se tratavam de mãe e filha pelo diálogo travado que culminou na frase dita pela mãe em um momento de grave irritação. Tentei me controlar, mas foi impossível fazê-lo, já que o tom de voz foi taxativo e de bom volume. Olhei para o lado e a mãe me olhou sem jeito, vindo a sorrir meio sem graça logo depois. Sorri de volta e continuei meu lanche matinal.

Assim que pude, terminei de comer e fui em direção ao caixa, sem olhar para trás, já que não queria causar qualquer constrangimento tanto para a filha como também para a mãe. Entrei em meu carro e de lá ainda pude observá-las, já que a área para o café era envidraçada. Tive a nítida impressão de que a mãe olhou para mim com um olhar insinuante, mas não de deixei levar pelas aparências e segui meu caminho.

Na semana seguinte, houve um novo encontro, só que desta vez, a mulher mais madura estava desacompanhada da filha. Eu estava na mesa de sempre, saboreando meu desejum, quando ela veio, e sentou-se na mesma mesa ao lado da minha. Depois de fazer seu pedido à garçonete, pressenti que ela me observava com certa discrição, fato que comprovava minha sensação de que havia algo no ar.

E no momento em que olhei para ela, recebi um lindo sorriso, que me permitiu observar melhor aquele rosto; era um rosto suave de forma com delineamentos de origem árabe; os lábios carnudos pintados de vermelho eram, ao mesmo tempo, uma tentação e uma provocação; os olhos negros, grandes e profundos, tinham um quê de desejo queimando nas entranhas e o sorriso dizia mais do que um simples gesto de aproximação.

-O senhor me desculpe – disse ela com uma voz doce e suave.

-Pelo que devo desculpá-la? – perguntei eu, olhando com olhos gulosos.

-Pelo que eu disse na semana passada – respondeu ela, sorrindo sem jeito – Eu acho que abusei do verbo …, me desculpe, por favor.

-Não há o que desculpar! – respondi sorrindo para ela – Afinal, você devia ter razão com sua irmã.

-Ela é minha filha! – respondeu ela com um ar surpreso.

-Pois não parece! – disse eu em tom de elogio – Você é tão linda …

-Obrigada! – respondeu ela com um ar desajeitado – Eu acho que ela trabalha demais e se diverte de menos …

-Concordo com você – interpelei com tom provocante – Sexo é sempre um excelente remédio para os males do corpo e da alma.

A mulher abriu uma expressão de espanto, que foi quebrada pelo meu sorriso afável. Rimos sobre o comentário e, em seguida, fizemos as apresentações formais. Seu nome era Alícia, viúva, cinquenta e oito anos (com jeito de, no máximo, quarenta e cinco!), morava com a filha de nome Pâmela em um apartamento de meio andar em um luxuoso condomínio em um bairro nobre bem próximo dali.

Enquanto conversávamos eu acabei sentando-me na mesa junto com ela e pude sentir o delicioso aroma de Jasmim que seu corpo emanava. Elogiei aquela fragrância, ao que ela agradeceu e disse tratar-se de essência vinda do Egito, trazida por um amigo. A conversa caminhou bem, e, a certa altura, enveredou por algo mais picante.

-E como é ficar viúva na flor da idade? – perguntei com um tom malicioso na voz.

-Ai, meu querido! – lamuriou ela – É muito difícil …, principalmente quando você gosta muito de sexo como eu.

Imediatamente, senti meu pau endurecer e pulsar, denunciando o quanto aquela frase havia me excitado. Alícia olhou para mim e corou ao perceber o impacto daquela frase. Instintivamente, pousei minha mão sobre a dela e senti um choque elétrico que pareceu atingir a ambos. Alícia ficou ainda mais corada, mas não ofereceu nenhuma resistência ao meu gesto.

-Vou te confidenciar uma coisa – disse eu em tom baixo de voz, aproximando meu rosto do dela – Eu também adoro sexo …, na verdade, sou um tarado por sexo …, mas, faz algum tempo que estou na secura!

-Como assim! – exclamou ela surpresa – Você não é casado?

-E o que isso quer dizer? – retruquei eu com ar inconsolado – Nem sempre sexo e casamento se dão muito bem …

Alícia ficou ainda mais empertigada, em uma clara demonstração que também estava muito excitada com tudo aquilo. Decidi que precisava provocá-la um pouco mais.

-Diga-me uma coisa? – perguntei em tom intimista – O que mais faz falta para você no sexo?

-Tudo! – disse ela com uma gargalhada logo a seguir – Mas, para dizer a verdade …, o que mais me faz falta é aquilo que eu nunca tive …

-E o que é? – insisti curioso.

Nesse momento percebemos que a padaria estava mais movimentada e aquilo, aliado ao tema que discutíamos, deixou Alícia um tanto quanto constrangida. Mudei de assunto a fim de evitar que ela fosse traída pela própria palavra. Fomos para o caixa e eu fiz questão de pagar a conta dela. Ela agradeceu e elogiou meu cavalheirismo. Já do lado de fora, estávamos a nos despedir, quando, sem intimidação, forcei um reencontro.

-Vamos tomar café juntos amanhã? – perguntei-lhe com um olhar provocativo.

-Amanhã? – titubeou ela – Não sei …, você não prefere me ligar antes …

Concordei meio que a contragosto, e saquei do meu aparelho, anotando o número que Alícia me passou. Nos despedimos com um beijo na face que serviu apenas para atiçar ainda mais o meu tesão. “Que mulherão”, pensei eu enquanto caminhava para o meu carro e via aquela silhueta exuberante, de formas generosas afastar-se de mim. Fui para casa com a certeza de que havia uma oportunidade me esperando junto daquela lindeza, mas, mesmo assim, estava descontente com o andar da carruagem.

Na manhã seguinte, seguindo a mesma rotina, deixei minha filha na estação do Metrô e rumei para a padaria, exceto pela ligação que fiz para o telefone de Alícia; tocou …, tocou … e tocou, até cair! “Acho que me dei mal”, pensei, sentindo a dor da perda de uma deliciosa oportunidade. Todavia, fui surpreendido ao chegar na padaria, já que Alícia estava lá, na mesma mesa de sempre …, sozinha e a minha espera. Seu sorriso denunciava a satisfação em me reencontrar, e eu não podia esconder que também sentia a mesma coisa.

Sentei-me ao seu lado e deixei de lado qualquer pudor, beijando sua face com sofreguidão, ao mesmo tempo em que a abraçava para que pudesse sentir o seu calor. Quando nos desvencilhamos, Alícia não conseguia esconder seu enrubescimento, mas eu sentia que ela havia gostado do meu arroubo. Tomamos nosso café e continuamos nossa conversa sobre filhos, família e casamento. Neste último, o tema “sexo” voltou à baila. E Alícia foi mais curiosa que o usual.

-Mas, você me disse que seu casamento não vai bem? – perguntou ela a queima-roupa.

-E qual casamento vai bem! – retruquei com ironia.

-Mas, você ainda transa com a sua mulher? – tornou ela a perguntar.

-Vou te contar um segredinho – respondi eu aproximando-me dela – Creio que a última vez foi há mais de dois anos!

Alícia arregalou os olhos e fez uma expressão de puro espanto. Em seguida, veio o silêncio …

Terminamos nosso café e passamos pelo caixa onde, mais uma vez, eu fiz questão de pagar a de ambos. Quando saímos, Alícia olhou para mim, sorriu e despediu-se. Insisti em saber se, no dia seguinte, tornaríamos a nos encontrar.

-Me liga amanhã – respondeu ela com um largo sorriso e olhos brilhantes.

Fiz careta, mas acenei afirmativamente com a cabeça. Mais uma vez nos despedimos com beijos na face e seguimos nosso caminho. Passei a tarde, envolvido com afazeres domésticos, e por pouco, a imagem de Alícia escapou de minha memória. Mas, houve um momento, em que, pensando nela, experimentei uma deliciosa ereção que fez minha rola pulsar dentro do calção.

Não resisti e liguei para ela, mesmo achando que ela não me atenderia. Quando ouvi sua voz fiquei ainda mais eriçado. Disse que era eu e ela me cumprimentou com uma voz afável e alegre.

-Algum problema? – perguntou ela com ar de preocupação.

-Sim – disse eu, respirando fundo e criando coragem para dizer – Estava aqui em casa, pensando em você e …

-E? – completou ela, curiosa – E o quê?

-Fiquei excitadíssimo! – confessei meio envergonhado.

-Verdade! – exclamou ela – E você ainda está …, digo, excitado?

-Para dizer a verdade – prossegui em minha confissão – sim …, com o pau duríssimo!

-Ai, que loucura! – exclamou ela – E você me ligou para dizer isso?

-Sim! – respondi – Fiz mal?

-De maneira alguma! – respondeu ela carinhosamente – Adorei saber que ainda deixo um homem de pica dura!

Ficamos em silêncio por algum tempo e, logo depois ela retomou a conversa.

-Você ainda está aí?

-Sim – respondi – estou …, pensando em você ...

-Faz uma coisa para mim? – pediu ela com tom meigo.

-O que você quiser – respondi de pronto.

-Põe ele para fora e bate uma punheta para mim? – pediu ela lânguida.

-Já estou com ele na mão – confessei – E também estou me masturbando.

-Ai, meu lindo! – disse ela ainda mais lânguida – Você vai gozar para mim?

-Se você quiser – respondi – Mas, me diga, o que você está vestindo …, onde você está?

-Ai, gostoso! – respondeu ela – Depois que você me disse que estava excitado, vim para o meu quarto, tirei a roupa e estou na cama, brincando com a minha peludinha!

-Nossa, que delícia! – exclamei alegre enquanto intensificava os movimentos do meu ato solitário – Vamos gozar juntos?

-Vamos, gostoso – concordou ela – bate essa punheta só para mim …

Houve um momento em que as palavras foram substituídas por suspiros, respirações ofegantes e gemidos até que …

-Ai, Alícia – gritei eu do outro lado da linha – Acho que vou …, acho que …, vou gozar!

-Goza, meu tesão! – pediu ela, ofegante – Goza …, goza que eu também vou … Ahnnnnnnnnn!!

Minutos se passaram até que qualquer um de nós fosse capaz de falar alguma coisa; e foi Alícia que retomou, após um profundo e doce suspiro.

-Ai, meu doce! – disse ela quase num sussurro – Fazia muito tempo que eu não gozava …, e ainda mais assim, na companhia de alguém tão …, tão …, delicioso!

-Obrigado, minha linda – agradeci alegre e satisfeito – Mas eu também precisava disso …, aliás, preciso de muito disso … (silêncio ...)

-Ainda tomaremos café amanhã pela manhã? – retomei nosso diálogo interrompido.

-Claro que sim, meu amor – respondeu ela com voz meiga – Nos vemos amanhã …, beijos, e fique bem ...

(fim da primeira parte)

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 3 estrelas.
Incentive Bem Amado a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários