Preciso De Você! -- Capitulo 5

Um conto erótico de Phamy
Categoria: Homossexual
Contém 1027 palavras
Data: 21/12/2015 20:20:20

Mais um episódio :D

CAPITULO 5: ALEXIA

Acordei no dia seguinte com os olhos inchados, minha cara estava horrivel. Fui trabalhar obrigada. Eu não tinha ânimo para nada.

A semana passou se arrastando. Meu avô vendo meu estado me chamou para conversar.

- Então Alexia... Eu andei pensando... Que tal você ir passar o final de semana em Rio das Ostras junto dos seus irmãos?

- Até que é uma boa idéia vô, mas esse final de semana vou sair pra procurar casa para alugar.

- Por que a pressa? Nao gosta da minha companhia?

- Claro que sim vô, mas eu gosto da minha privacidade, quero ter um cantinho só pra mim.

- Entendo. Faz o seguinte: vai passar o final de semana com seus irmãos que eu procuro uma casa pra você.

- Sei não vô.

- Não seja boba Alexia. Eu prometo achar a casa mais bonita pra você.

Realmente seria ótimo passar o final de semana com meus irmãos. Decidi aceitar a proposta de meu avô, pois ele só estava querendo me ajudar.

- Ta bom. O senhor me convenceu.

- Agora, tem como você ir la na farmacia do Seu Mendes pra comprar meu remédio de pressão?

- Tem sim.

Fui até a farmacia e comprei o remédio. Meu avô estava me surpreendendo a cada dia.

Quando eu estava voltando para a minha casa avistei a Julia. As pessoas que estavam em volta a olhavam com nojo. Ela estava toda suja, os cabelos estavam desalinhados e quando me aproximei constatei que estava fedida tambem.

Segurei seu braço com toda a minha força, ela se virou pra me olhar e parou de se debater.

Seu rosto estava machucado e ela parecia estar mais magra. Fiquei com pena.

- Você vem comigo! -- Falei a olhando nos olhos. Ela não falou nada, acho que estava em choque (risos).

Fiz o trajéto até em casa de mãos dadas com a Julia. Não havia uma pessoa naquela rua que não parou para nos olhar, um olhar acusador, julgador... Porem, não soltei a mão dela em nenhum momento. Meu medo dela fugir era maior do que qualquer tipo de vergonha.

Meu avô se levantou do sofá assim que passamos pela porta da sala.

- Por favor vô, não me faça perguntas.

- Ok. Vai precisar de ajuda?

- Talvez depois.

Levei a Julia direto para o banheiro.

- Olha só Julia. Você vai tomar um banho agora enquanto eu pego uma roupa limpa pra você. Se precisar de alguma coisa me chama. Ta ok?

Não disse nada... Apenas balançou a cabeça em sinal afirmativo.

Separei uma peça de roupa para ela, por sorte havia umas calcinhas que eu tinha comprado e nem tinha usado ainda.

Quando a Julia surgiu na sala ela parecia outra pessoa. Estava limpa e cheirosa. A peguei pela mão e a levei para cozinha afim de comer alguma coisa.

A Julia não se fez de rogada e comeu tudo que estava na mesa. Ela realmente estava com fome.

- O que aconteceu com você Julia?

Ela não me respondeu.

- Ta ok. Não quer me falar, tudo bem.

- Eu estava presa.

- Presa? Como? Quando?

- Desde aquele dia da praça e só saí hoje.

- O que você fez?

- Roubei um microondas... Da minha casa.

Ela abaixou a cabeça e começou a chorar. Sem saber o que fazer a abracei. Ela chorava muito.

- Eu... Eu... Sou um... uma vici... ada.

- Não fala assim Ju.

Ela estava tão fragil, tão vulneravel. Não sei por quanto tempo ficamos ali abraçadas.

- Ju é melhor você ir para casa. Sua familia deve esta preocupada com você.

- Não, não me deixa Alexia. Eu não posso ficar sozinha.

Voltou a chorar. Se tem uma coisa que parte meu coração é ver mulher chorando. O que eu ia fazer?

- Calma Ju. Não precisa chorar. Pode dormir aqui hoje.

- Eu posso?

- Claro.

A Julia tinha acabado de descobrir meu ponto fraco: o choro de uma mulher. Ela adormeceu mais eu não consegui pegar no sono. Comecei a andar de um lado para o outro na sala de casa. Não conseguia relaxar. Por que eu tinha que ser uma pessoa tão boa? Porque ajudar aquela gatota? Porque? Porque? Porque?...

- Insonia? -- Perguntou meu avô me dando o maior susto.

- Não. Só perdi o sono mesmo.

- Quer conversar? Parece que algo te atormenta minha neta.

Olhei pra ele meio desconcertada. Sera que eu podia confiar? Como eu poderia contar dos meus sentimentos pra ele?

- Vô o senhor não fica receioso em me ver com a Julia?

-Não, minha querida. Porque eu ficaria?

- Porque ela é uma...

- Nem ouse falar essa palavra Alexia. Olhe para mim! A Julia é uma menina boa, só não foi feliz nas suas escolhas. E você Alexia, tinha tudo pra ser uma pessoa ruim, mas olha pra você. Não é qualquer pessoa que passa pelo o que você passou e mesmo assim tenta ser uma pessoa melhor a cada dia.

O que dizer nessas horas? Preferi ficar quieta e ouvir.

- Imagine quantas pessoas teve a oportunidade de fazer pela a Julia o que você esta fazendo e não fizeram nada. Você é especial Alexia. A Julia precisa de você.

- Eu não sou a pessoa mais apropriada para ajuda-la nesse momento vô.

- É sim Alexia. Você só não percebeu ainda.

- Olha pra mim, vô. Porque eu deveria ajudar essa garota?

- Porque você gosta dela!

An? Eu ouvi isso? Só posso esta ficando louca.

- O que?

- Isso mesmo que você ouviu. Você gosta dela!

- Claro que não.

- Você pode tentar se enganar, mas a mim você não engana.

Eu estava ficando cansada daquela conversa. Me levantei e saí andando.

- Alexia?

- Fala vô. O que foi agora?

- Amanha você precisa ir para Rio das Ostras. O que vai fazer em relação a Julia?

- Vou manda-la ir pra casa.

- Você quem sabe. De qualquer forma se você quiser leva-la com você esta aqui o dinheiro pra vocês.

- Vô isso é muito dinheiro. Melhor eu não aceitar. Pode lhe fazer falta.

- Eu sei o que estou fazendo. Pode pegar sem medo.

- Tem certeza?

- Sim!

Levar ou não a Julia comigo?Agora eu tinha uma grande decisão para tomar. Meu avô tinha acabado de colocar um enorme ponto de interrogação na minha testa. Putz!

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