Depois do banho, Fred foi até o quarto, secou os cabelos e passou um perfume. Se secou e colocou um shorts leve. Ainda não era hora de se arrumar de acordo para sair, então deitou novamente na cama. Quanto estava quase pegando no sono, ouviu passos subindo as escadas. Num rompante, levantou da cama e pegou o abajur que ficava ao lado. Ficou atrás da porta esperando o suposto "ladrão" aparecer. Só que não esperava que o ladrão estaria usando um perfume amadeirado tão característico. Fred saiu de traz da porta.
- Humberto Rogério Alighieri, seu desgraçado! Você quase me matou de susto! Quer que eu morra?
Imediatamente Beto largou o pote de sorvete e o CD do Creed e puxou Fred para um abraço quase o estrangulando. O mesmo começou a dar socos nas costas do primo.
- Eu vou matar você por ter me assustado desse jeito. - gritava o loiro.
Humberto se quer dava atenção para os cinco minutos de xilique do primo. Só queria ficar abraçado à ele pra sempre. Com um tom calmo e sereno na voz que era característico do moreno, ele falou enquanto segurava o primo acima do chão.
- Você não tenha a noção do quanto eu senti sua falta. Eu não estou nem um pouco preocupado com os seus socos. Minha mãe bate melhor que você! E não vou te soltar nunca mais!
Fred então parou e colocou os braços ao redor do pescoço do primo e repousou sua cabeça no ombro de Humberto.
- Eu odeio quando você faz isso comigo. E você sabe disso! Sorte sua que eu te amo e não vou xingar você de novo por ter me comparado à sua mãe.
Estavam os dois ali: abraçados, sentindo a respiração um do outro. Fred se sentia protegido quando estava na presença de Humberto. Seu corpo magro e esguio sumia no corpo viríl e definido do primo. Era ali que ele queria ficar pelo resto da vida.
A ligação dos dois era tão terna, que eles nem notaram que aquele abraço tinha passado quase dez minutos. Humberto soltou Fred e pegou o pote de sorvete e o CD do chão.
- Como você está meu loiro?
- Eu estou bem, baby! Só cansado.
- Eu sei. Por isso resolvi vir pra cá.
- Mas e a reunião com o meu pai e o conselho da empresa? - Disse Fred enquanto colocava o CD do Creed para tocar.
- Ficou para tarde. Eu mandei uma mensagem de texto pra ele dizendo que queria te ver e ele mesmo disse que nem era pra eu perguntar à ele se podia adiar a reunião. Bastava só avisa-lo.
- Espertinho! As vezes eu me impressiono com a sua audácia sabia? Mas que bom que está aqui. Vou descer até s cozinha para pegar as tigelas e as colheres de sobremesa.
- Não precisa das tigelas, Fred. - Disse Beto puxando Fred pelo braço. - Vamos comer no pote mesmo. Como fazíamos qua do éramos criancas, lembra?
E Fred lembrou. Com a música preferida dos dois tocando, lembrou de um episódio em que estavam naquele mesmo quarto à uns 12 anos atrás quando eram pequenos e a decoração chique do quarto do loiro não passava de desenhos de roupas e paredes com desenhos feitos por ele e Humberto. Os dois sentados embaixo de uma barraca, comendo sorvete de morango e discutindo sobre o que fariam nas férias" Será que vamos sempre gostar de sorvete de morango, Beto?"
- "Não sei Fred. Mas é delicioso não é?" - disse Humberto pegando o sorvete e colocando na boca de Fred.
- É sim. Eu adoro. Mamãe disse que esse sempre foi o nosso sabor favorito."
Os amor fraternal dos dois foi assim desde o princípio quando Humberto, com apenas 2 anos de idade olhava o bebê careca e de olhos azuis no colo de sua tia.
- "Beto, você me ama? "
- "Eu te amo desde que eu vi você no colo da sua mãe na maternidade do hospital."
- "O que é maternidade?"
- "É onde os bebês ficam depois de terem saído da barriga da mãe. "
- " Ah! Eu também amo você se você quer saber. "
- "Obrigado Fred. E eu te prometo que vamos ser irmãos pro resto de nossas vida e que eu vou sempre te proteger de tudo, por que eu sou o irmão mais velho. "
- " Oba! Se você promete, eu acredito."Fred?
- FRED! - Gritou Humberto. - O que foi? Está parado ai à uns 5 minutos. Está tudo bem?
- Oi?... Está sim baby. Eu só me lembrei de uma coisa. Bem, vou pegar as colheres lá na cozinha.
Quando estava saindo do quarto, Beto o segurou pelo braço.
- O que foi? Por que está me segurando?
- Me conta! Em que você estava pensando?
- Quando você falou aquilo de quando éramos crianças, eu tive uma nostalgia. Lembrei de quando estávamos nesse mesmo quarto, tomando sorvete de baixo de uma barraca e você me disse que...
- Iria te proteger pra sempre e sempre?
Fred sorriu. Era incrível como Humberto o conhecia tão bem quanto ele mesmo. Era como se fossem almas gêmeas.
- É, isso mesmo. Eu... Eu acho estranho isso sabe?! Tipo, nós somos melhores amigos desde que eu nasci e me lembro de você. Sempre foi tudo tão perfeito. E eu tenho medo de que, sei lá, alguma coisa ou alguém pudesse estragar tudo isso.
- Own! Eu adoro quando você fica todo dramático assim. - Beto puxou Fred para um abraço.
- Eu não sou dramático. - disse o loiro com o rosto repousado no peito do primo.
- Eu prometo que nada nem ninguém vai separar a gente, ok? Você lembra? Sou o seu irmão mais velho.
- Tecnicamente você é o irmão mais velho do Dante e da Samantha. Eu sou filho único.
- Hahahahaha! Seu palhaço. Eu te amo. Eu te prometo que estaremos juntos. E quando estivermos velhinhos com o pinto muxo, vou continuar sendo pra sempre seu!
Humberto deu um beijo na cabeça do primo e o abraçou.
- Oba! Se você promete, eu acredito!Notas do autor:
Boa noite gente! Como vão? Estão gostando da história? Obrihado de novo pelos cometários de vocês. E esclarecendo algumas dúvidas do título da história, My Blonde significa "Meu Loiro em inglês. É uma menção ao jeito que Humberto sempre chama Fred. E o "Creed" é uma banda de Rock que eu sou apaixonado. E consequentemente, nossos protagonistas também, rs.
Tenham uma boa noite e comentem o que estão achando! Se quiserem trocar uma ideia comigo, é só me escrever: leohanzalhg@gmail.com.
Valeu e até breve,
Léo.
