Era um dia qualquer na escola, eu estava triste meu melhor amigo tinha acabado de mudar para Goiânia. Nada me animava naquele dia "Eiii mano para com essa tristeza! O Rafa vai vir sempre! A mamãe disse que podemos ir visitar ele sempre que quiser!" Uma coisa que eu amava no meu irmão é que mesmo que eu tivesse o Rafa como melhor amigo e ele andasse mais com o Diego, é que nós tínhamos uma conexão muito grande com o outro. Ao ponto de saber o que o outro tá pensando, o que está sentindo. "Eu sei, não to triste não Dudu é só uma dor de cabeça" ele me olha desconfiado e não falou nada até o fim da aula. "Vamos fazer o seguinte? Arruma tua bolsa que a gente vai sair!" nisso ele vai guardando todo o material na mochila "Você tá louco Dudu tem mais duas aulas de filosofia!". Ele não se nem ao trabalho de responder e pegou minha mochila saindo da sala "Para de ser nerd pelo menos um dia Bê! Cola em mim que é sucesso!". Super sucesso fui pular o muro da escola, cai de mau jeito e ainda rasguei meu uniforme, meu irmão só sabia rir, me deu uma raiva, mas como eu não conseguia ficar muito tempo com raiva do Dudu logo comecei a rir com ele. Eduardo era um cara iluminado, daqueles que onde chega contagia o ambiente com a sua alegria. "Mamãe vai me matar filho da puta e se ela souber que a gente matou aula, ela acaba com a nossa raça!" eu digo assim que paramos de frente ao Fliperama. "Bê sério ela tá trabalhando, essa calça rasgada a gente costura, joga fora... foda-se! Eu só quero passar um tempo com meu irmão mais velho posso?" Aquilo tocou meu coração, eu fiquei muito feliz em ouvir aquilo "Pensei que seu irmão mais velho fosse o Di" falei bagunçando aqueles cabelos negros "Bê o Diego é mais que um irmão pra mim, mas você cara eu não sei explicar sabe? Tu é minha referência, é a minha metade, mesmo nós dois sendo diferentes, você me completa como pessoa! É uma conexão que eu tenho certeza que nem a morte vai ser capaz de quebrar". Fiquei sem palavras diante daquilo, meu irmão nunca foi de demonstrar sentimentos comigo "Dudu obrigado cara! Obrigado por ser o melhor irmão do mundo! Te amo irmãozinho!" e dou um abraço bem apertado nele. Fazia muito tempo que eu não passava a tarde toda com meu irmão gêmeo, gastamos todo nosso dinheiro em fichinha. Riamos como crianças, imagina a cara das pessoas quando viam dois doidos cara de um fucinho do outro, fazendo aquela algazarra toda? Foi muito bom! Aquele dia ficou gravado pra sempre em minha memória e não importa o que aconteça Eduardo será sempre uma parte de mim!
- Como assim mãe? Perdoar o quê? - eu pergunto olhando nos olhos negros da mulher que me gerou.
- Filho... eu... eu sou sua mãe, eu conheço vocês melhor que vocês imaginam... quando Diego contou sobre ele e o Eduardo de certa forma eu já sabia, eu via a forma como eles se olhavam - meu estomago começa a doer porque eu estava com medo onde ela iria chegar -era a mesma forma que você e o Rafa se olhavam... não era apenas amizade aquilo meu filho!
Eu fiquei extremamente sem palavras, eu abria a boca mas não saia som algum. Que desespero! Aquilo não poderia estar acontecendo! Assim como Diego, ninguém conseguia mentir para minha mãe, então nem me preocupei em arrumar uma desculpa.
- Mãe... - ela estava com uma fisionomia difícil de ler e eu já estava com o olhos cheios de lágrimas, minhas mãos não paravam de tremer - me perdoa, eu nunca quis isso!
- Filho isso ainda está estampado na cara de vocês, meu Deus mesmo depois de tanto tempo... - ela segura meu rosto conforme eu segurava o dela segundos antes - de certa forma eu tirei sua felicidade... quem tem que me perdoar é você Bernardo!
- Mãe co-como assim? - Se eu já estava confuso antes, agora eu não sabia mais nem como era meu nome - não entendi? Porque te perdoar?
Os olhos da mulher voltaram a lacrimejar, ela sentou na cadeira e disse que tinha algo que ela precisava me contar. Eu já estava a ponto de correr no banheiro vomitar, de tão nervoso que eu estava.
- Bê... - ela dá um longo suspiro como se estivesse criando coragem - Uma vez eu ouvi o Eduardo conversando com o irmão de você sobre algo relacionado a briga que você teve com o Rafael, eu não era de ficar atrás das portas ouvindo o que vocês diziam, mas eu fiquei muito curiosa sobre a briga de vocês, desde pequenos vocês não se desgrudavam e de uma hora para outra vocês pararam de se falar. Eu não estava dando muita importância até escutar o Diego falar que vocês se beijaram e depois brigaram. Aquilo foi surreal de ser ouvido, você e seu primo? Eu perdi meu chão, eu só não fiquei mais louca porque vocês pararam de se falar, então resolvi guardar aquilo para mim pensando que um dia aquilo iria acabar, eu nunca contei para o seu pai.
Eu não conseguia encara-la, estava muito constrangido com tudo aquilo. Ela fica me olhando, mas logo continua.
- No começo eu fiquei agradecida por essa briga, acreditava que tudo não passou de curiosidade de adolescente, até o dia em que vocês se reencontraram no enterro. Eu via que mesmo não se falando a forma de olhar ainda era a mesma. E fiquei mais desesperada quando ele tomou coragem e foi te abraçar, Bernardo aquele dia foi o pior dia da minha vida. Tudo o que eu mais temia estava acontecendo então tomei uma decisão, eu não iria deixar vocês se reaproximarem.
Aquela revelação me deixou mais surpreso ainda! - Como assim mãe? - minha voz saiu num sussurro.
- Hoje eu tenho vergonha de te falar isso... depois do enterro por várias vezes o Rafael tentou falar com você... meu filho perdoa a mãe! - ali eu comecei a entender onde ela queria chegar.
- Ele tentou falar comigo e você não deixava é isso mãe? - Porra! Eu nunca imaginaria aquilo.
- Sim meu filho... eu estou muito arrependida Bernardo! Eu não tinha o direito, mas tenta entender, depois de tudo o que tinha acontecido, seu pai já tinha ido parar no hospital, mesmo não sendo de sangue o Rafael é um filho para seu pai... eu não poderia deixar aquilo acontecer novamente. - sua voz que sempre fora autoritária, durona agora saia com um sussurro embargado - tenta me entender Bernardo por favor!
- Mãe você imagina o que eu passei por todos esses anos? - eu falava com uma calma que eu não sabia de onde estava tirando - Eu era um garoto feliz até meus 15 anos, eu vivia um mundo sem complicações, se eu pudesse escolher por quem eu me apaixonasse eu não teria ido por esse caminho! Eu tentei namorar com garotas, mãe eu não fui feliz! Eu encontrei uma falsa felicidade com a Luiza, porque aquilo não era namoro era apenas amizade!
Minha mãe se ajeita na mesa e segura minhas mãos - Filho se eu pudesse voltar no tempo, eu mudaria muita coisa que eu fiz! Eu estava desesperada, mas quando você foi embora eu percebi que nada adiantava nessa vida se eu não tivesse meus filhos perto de mim! - Dona Fabi chorava copiosamente, não era fácil ver ela daquela maneira.
- Mãe eu não sei o que falar... Eu... Porque você vem me contar isso logo agora?
- Eu não consigo mais olhar vocês dois e saber que eu fui um dos motivos da separação de vocês, Bernardo só me resta você nesse mundo! Eu quero a sua felicidade meu filho e se a sua felicidade é o Rafa... eu não tenho mais o que falar! Todos perceberam como ele mudou só de ter você novamente na vida dele. Até a Rosa e o Otavio perceberam a felicidade do filho.
Então você deve estar se perguntando cadê o barraco? Cadê a gritaria? Mas quando você perde alguém que você ama, aquilo te define o resto da vida. Eu não era mais criança para fazer birra, sair gritando ou quebrando tudo... até porque quando eu tinha 16 anos eu realmente fiz tudo isso! Fiz da vida dos meus pais um inferno pois acreditava que a morte dos garotos era realmente culpa deles. Até o dia em que papai foi parar no hospital e quase teve um infarto. Aquele dia eu mudei de garoto problemático para um homem de verdade.
- Mãe hoje talvez seja muito tarde pra mim pro Rafael, eu não vou esconder isso de você, eu sou gay, sempre fui gay. - ela me dá um sorriso triste, que doeu em mim - Eu estou realmente muito magoado com tudo isso, mas quando se vive uma história como a nossa, o que todos nós já passamos... eu não tenho o porque de te crucificar mãezinha!
Ela dá a volta na mesa, ajoelha-se entrelaçando seus dedos nos meus - Eu amo você meu filho! Amo mais que minha própria vida! Eu às vezes posso ser meio áspera, meio durona mas nunca duvide do meu amor por você! Tudo o que você precisar estarei aqui, vai ser muito difícil compreender mas eu vou me esforçar para isso! Se não for o Rafael, você vai ter minha benção para ser feliz com quem você quiser!
- E o meu pai mãe? Ele nunca vai me perdoar! - Só de pensar nos olhares de reprovação do meu pai, meu desespero já retornava.
- Seu pai é um homem de bom coração filho, ele casou comigo grávida, assumiu vocês como filho, por tudo o que ele passou até hoje tenho certeza que ele um dia vai entender! E se não entender eu enfio isso na cabeça dele até ele aceitar! - Acabamos sorrindo, eu levanto e a puxo para um longo e apertado abraço agradecendo por ela ser minha mãe, independente do que aconteceu no passado.
Bom eu imaginava que seria mais difícil se assumir para a minha mãe, mal sabia eu que ela já sabia do babado! Fiquei a manhã toda na cozinha ajudando ela a fazer o almoço, ela não tocou mais nesse assunto e eu agradeci, foi como se nunca tivesse acontecido. Ela me perguntou da faculdade, dos pais do Biel e do Sandrinho, ela realmente gostou deles e prometeu que assim que puder quer voltar a Pelotas. Eu fiquei mais leve depois de tudo, eu ainda estava magoado, mas estava muito mais feliz, porque não iria mais ter que esconder aquilo da minha mãe.
Já estávamos sentados à mesa quando papai e o Fael chegaram, meu pai me cumprimenta com um beijo na testa e o meu primo repete o gesto. Olhei rapidamente para minha mãe e eu vi um leve sorriso em seu rosto. A mesa então foi tomada por assuntos relacionados ao escritório e ao contrário do que você possa imaginar, eu adorava quando aquilo acontecia, era cada história hilária, principalmente quando tratava-se de divórcios milionários era cada coisa mais escandalosa que a outra.
Aquele sábado foi muito calmo, estava chovendo então ficamos os quatro em casa assistindo filme na sala de cinema, Fael estava sentado do meu lado, sempre fazendo brincadeirinhas comigo mas nada de teor sexual, coisa de amigo mesmo. O Rafa me ligou e até aquele momento eu não tive tempo de ter sentido falta dele (tadinho) kkkk mas fiquei feliz que ele tenha ligado. A ligação foi rápida porque ele estava sozinho com as gêmeas e ao fundo eu ouvia uma rindo enquanto a outra chorava. Deu uma dózinha dele.
A noite Fael me chamou para uma festa aqui perto de casa, eu estava morrendo de preguiça então não fui. Ele só foi chegar domingo de manhã, bebasso, só caiu na cama e dormiu o dia todo. Eu e meus pais fomos almoçar em Goiânia com o resto da família dele. Foi muito bom rever algumas tias, primos mas ao mesmo tempo era estranho pois muita gente não nos considerávamos da família, as vezes me sentia um pouco excluído. Quando eles se casaram muita gente disse que Dr. Fabiana só queria se aproveitar deles, pois a família do papai é muito rica, mas para a surpresa de todos minha mãe sempre trabalhou, nunca dependeu do dinheiro do meu pai, temos uma casa muito grande mas nada luxuosa, sempre moramos em um bairro classe média alta, mas nunca ostentamos nada, todo o dinheiro do meu pai foi empregado no seu escritório, pois ali sim ele precisava ostentar para estar a altura dos clientes que ele atendia.
Enfim...
A semana passou preguiçosa, choveu todos os dias, fiquei morrendo de tédio kkkk O Fael trabalhava com meus pais e sempre chegavam em torno das 7 da noite. Minha única alegria era trocar mensagens com o Rafa, ficava o dia todo com cara de bobo olhando para o celular. Eu não sei de onde tirávamos tanto assunto! Rolava desde assuntos mais sérios até putaria kkkkk
Já meu primo não tentou mais nada comigo e eu fiquei um pouco decepcionado! Sim gente safado né? Quando foi sexta ele me chamou pra uma festinha, do povo da faculdade, na verdade ele me obrigou a ir, vesti uma polo rosa que minha mãe tinha me dado, um jeans escuro e um tênis preto, dei uma aparada na barba deixando ela bem cerradinha. Modéstia eu tinha ficado gato, meu primo estava muito lindo também com uma blusa branca que deixava seus músculos marcados, eita aquele dia eu estava todo trabalhado na safadeza!
- Hummm tu ta gostosinho hein Fael, posso provar? - Falei assim que entramos no estacionamento.
- Tá tarado hoje né filho da puta? Eu vi a forma que vc me olhou safado! - O desgramado deu aquele sorriso safado que quase me fez gozar.
- To tarado mesmo! Ainda mais você nessa blusa colada! Que tesão cara! - Fiz a cara mais safada do mundo e dei um aperto no meu pau.
Gente a cara que ele fez foi muito engraçada, ele não estava esperando aquilo, pois eu sempre fui muito certinho, muito quietinho. Sem eu perceber ele avançou em cima de mim, me deixando grudado na caminhonete dele.
- Bernardo eu não sou de ferro! Tu não me provoca porra! Se não te agarro aqui mesmo! - eu não sabia o porque eu tava daquele jeito, mas tem dia que a gente acorda com o cão no corpo.
- E quem disse que é pra vc se segurar? - Eu sabia que estava cutucando a onça, mas eu não estava nem aí e olha que eu nem tinha bebido ainda - Vem pegar vem?
Ele me soltou rindo e foi pra dentro do carro balançando a cabeça. Hoje eu ia experimentar aquele cara de novo. Ah se ia!
Chegando na tal festa, só tinha gente bonita, cada homem gato que meu santo expedito! Pela primeira vez em anos eu estava solteiro, gostosinho e cheio de amor pra dar! Mas o Filho da puta fez graça me apresentando para algumas garotas, passou a noite rindo da cara de merda que eu estava fazendo. Só tinha oferecida, daquelas que quando via um macho se jogava pra cima. Uma delas em especial ficou na minha cola, vestido curtíssimo, a garota era até bonita mas sinceramente eu sou gay mesmo, pois só o cheiro do perfume e a conversa dela estavam me deixando enjoado! "Só abrindo parênteses era engraçado como antes eu só me considerava hétero porque antes eu não pagava homem nenhum, mas depois que experimentei kkkk as coisas foram ficando bem normais e eu já me considerava gay"
Graças a deus escapei daquela garota e fui pra pista dançar, o Fael tinha sumido e eu fiquei lá tomando uma caipiroska de morango e curtindo um David Gueta. Dancei muito até que fiquei cansado e fui atrás do Fael, o filho da Tia Rosa estava grudado na boca da biscate que estava dando em cima de mim. Que Nojo! Quando vi aquela cena meu barato foi cortado na hora. Fiquei com ciúme, com nojo, com vontade de matar aqueles dois! A festa já tinha perdido a graça, então fui lá pra fora pra pegar uma brisa fresca, comecei a mandar mensagem pro Rafa, pro Sergio, pro Biel e para o Sandro. Pra minha sorte todos responderam, começamos uma conversa engraçada e já eu ria sozinho... até tinha esquecido daquele beijo.
- O que você ta rindo sozinho aí cara? - Me virei ao ouvir o som daquela voz, era um cara muito bonito, sorriso bem branquinho, moreno, todo fortinho.
- Nada não só matando tempo mesmo e você? - eu perguntei guardando o celular no bolso.
- Eu também só matando tempo - ele tira a mão do bolso e se apresenta - Prazer Fabio.
- Prazer Bernardo! - Ele ficou um tempo segurando minha mão e eu estava começando a ficar desconfortável
- Faz Direito Bernardo? - Eu respondo que não, que aquela festa era do meu primo que estava se formando - Quem é teu primo?
- Rafael conhece? - eu pergunto a ele, então ele dá aquele sorrisão e fala:
- Ô conheço até demais! - percebi um pouco de malicia naquilo, já não estava gostando daquele cara - e Você Bernardo? Faz o que da vida? Tem namorada?
Ali já derrubei a fita dele, algo me dizia que ele era do ramo também. Eu nem tive tempo de responder, pois o Rafael chega do nada segurando meu braço - Bernardo te cacei a festa toda, o que você ta fazendo aqui fora? - Ele simplesmente ignorou o Fábio.
- Eu estava conversando com seu amigo aí o Fábio - Ele ficou meio sem graça... Como se eu tivesse descoberto um segredo dele.
- Ah beleza Fábio? Bernardo vamos pra casa? Essa festa já deu! Falou Fábio!- E nisso eu nem tive tempo de dar tchau para o cara.
Ele me puxou de lá como se eu fosse um boneco, eu fiquei puto com aquilo. Toda aquela história dele que nunca tinha pego ninguém além de mim estava na cara que era mentira!
- Você já ficou com o Fábio? - assim que entramos no carro perguntei na lata, o bicho ficou mais branco que fantasma.
- Ele te contou? - BINGO!
- Não... mais você acabou de confirmar! - Arqueei a sobrancelha e fiquei olhando esperando sua resposta.
- Foi só uma vez Bê, foi um beijo só, aquele cara é um babaca... ele... ele deu em cima de você?
- Não! Aliás nem deu tempo né? Você saiu me arrastando de lá... Estava com ciúmes Rafael? - Seu sorriso sínico deu uma vacilada - Bingo de novo!
- Lógico que não né? Aquela garota lá era um grude... saí de fininho dela... - Só de lembrar daquele cheiro doce, me embrulhava o estomago.
- Teve que ter muita coragem mesmo, o perfume dela estava me enjoando... Oferecida demais! - reclamei.
- Ah Bernardo para de ser gay... aí já está demais né? A mina era gostosa! - Eu já estava pronto pra bater na cabeça dele quando seu celular começa a tocar.
- Oi Gabi? Em casa... porquê?... humm to passando aí gatinha! - Se eu achasse que tinha chance com ele, esquece! Definitivamente eu tinha que esquecer aquele sem noção! - Valeu priminho! O dever me chama! Vou ali já volto!
Eu nem dei moral, saí do carro com um boa noite super seco e fui abrindo o portão de casa, assim que entro em minha humilde residência, sinto um cheiro delicioso de pão de queijo que minha mãe deve ter assado antes de dormir, ataquei a cesta toda, estava morto de fome.
Depois de comido, deitei no sofá e continuei conversando por mensagem com o Rafinha. Conversa vai, conversa vem ele começa de putaria:
"Saudade do seu pau"
"Vontade de te morder todinho"
"To louco pra você ser meu"
Meu pau já estava acordado, resolvi tomar um banho e claro bater uma né? Liguei a hidro e fiquei lá, tava num tesão fora do comum. Então uma ideia surgiu:
"Bora fazer sexo por telefone?"
Eu mal terminei de enviar ele me liga...
Rafa: Hummmmm to num tesão Bernardo! - Aquela voz grave no meu ouvido me fez tremer.
Eu: Hummm eu também! Sabe onde eu estou? - eu já estava segurando meu pau duro bombando ele lentamente.
Rafa: Onde Bê? Nossa cara to morrendo de saudade de você, do seu corpo... Do seu cheiro! - Ao fundo eu escuto aquele ele suspirar fundo.
Eu: Eu Rafa? To aqui pelado na banheira, batendo uma pensando em você! - eu falava aquilo sussurrando pra que meus pais não acordassem, aquilo deixou ele mais louco.
Rafa: Porra Bernardo! Que delicia! Puta que pariu! Meu pai tá babando por você!
Ele deu uma gemida tão alta que eu dei risada, era muito bom saber que eu estava excitando aquele garoto.
Eu: Imagina ele na minha boca então? Eu passando a minha língua quente na sua cabeçona depois descendo ela devagar até a base? - ele só gemia - e aí eu começo a chupar seu pau igual pirulito, hummm que delicia de pau você tem ruivinho!
Rafa: Hummmm Bê isso! Você abocanhando ele com vontade, eu consigo até sentir meu pau batendo na sua garganta!
Eu: Que pau gostoso! Esse cheiro de macho que tu tem me mata Rafael!
Rafa: Sabe o que eu to louco pra fazer com você Bê? Depois de te chupar todinho eu vou lamber cada pedacinho da sua bunda e sabe o que vou fazer depois de chupar seu cuzinho?
Aquilo já estava elevando a conversa a outro nível, mas por incrível que pareça eu estava adorando imaginar aquela cena, pois meu pau pulsava na minha mão.
Rafa: Eu vou te chupar até você implorar pra eu te comer! E quando eu te comer Bernardo, tu vai viciar seu puto! Vou te bombar até você pedir mais e mais!
Eu batia tão rápido que já estava sentindo meu orgasmo chegar, no outro lado da linha eu ouvia seus gemidos e tinha certeza que ele também já estava perto.
Rafa: Porra Bê seu cú deve ser muito delicioso! E só de pensar que eu vou ser o primeiro... Ahhh porra que delicia!!! Eu to gozando!!!
Eu: Vem Rafa! Goza! Ahhh
Ouvir aquele homem gozando, me deixou louco, logo meu cú piscava freneticamente enquanto eu estourava em cima da minha barriga.
Foi difícil voltar ao normal, aquela onda de prazer tomou meu corpo me deixando extremamente relaxado. Rafael estava rindo do outro lado dizendo que a gente era muito doido, mas que ele morria de tesão por mim. Eu já não tinha força nem de levantar da banheira. Ele me deu boa noite e disse que me ligaria amanhã. Terminei meu banho a água já estava fria mas nem liguei.
Quando volto pro quarto vejo o Fael deitado na cama, segurando seu mastro grosso, com um sorrisinho sacana - Hoje tu tá bem devasso hein priminho? Que delicia ouvir você gozando! Vem cá vem?
#morri