E la estava eu, dentro do carro do Lucas, com roupa do Lucas, perfume do Lucas e sandália do Lucas.
Berg – Tem alguma sugestão de um lugar tranquilo pra gente conversar.
Lucas – tenho sim.
Berg – Onde?
Lucas – Motel, é o único lugar que da pra gente ir nessa chuva. Topa?
Fiquei pensativo, não sei se conseguiria conversar com o Lucas dentro de um motel, ele mexia muito comigo.
Lucas – E ae Berg, o que me diz?
Berg – Eu topo Lucas, pode ser motel sim.
XX
E la estávamos Lucas e eu no Motel, pra quebrar aquele clima chato eu liguei o som e resolvi pedir algo pra comer.
Berg – Lucas, quer comer alguma coisa?
Lucas – Você vai comer?
Berg – Vou mesmo.
Lucas – Pode ser então.
Fiz o pedido, e deitei na cama, estava deitado de barriga para cima, o Lucas deitou do meu lado na mesma posição.
Lucas – E então?
Berg – Eu sinto muito...
Lucas – Não sinta. Eu estou vivo não estou?
Berg – Mas você deve ter passado por muita coisa na tua vida, não teve um pai presente.
Lucas – ...
Berg – Voce deve ter passado muitas necessidades. Passou fome?
O Lucas me olhou com uma cara de: ‘’ O que tu acha?’’
Berg – Desculpa véi, que pergunta besta eu fiz agora.
Lucas – Não tem problemas, Berg. Eu respondo: passei fome sim, passei frio, passei necessidade, fui privado de conforto, brinquedo eu só tinha quando os patrões da minha mãe davam os usados de seus filhos.
Vi uma lagrima escorrendo pelos olhos do Lucas.
Berg – Me desculpa cara, eu não sabia de nada disso...
Lucas – Tu não tem que pedir desculpas Berg, você nunca me fez nada, eu que vacilei contigo.
Berg – Isso é passado cara.
Lucas – Não Berg, não é, isso ainda ta martelando aqui dentro. Eu não aceitava o Edgar te tratar tao bem, ele te tratava como um filho, e eu que era o filho biológico ele abandonou.
O Lucas não conseguiu segurar o choro.
Berg – Ei véi, vem aqui, chora não cara.
Lucas – Não da Berg, eu tenho muito ressentimento aqui dentro. ( ele fez isso apontando para o coração)
Berg – Por mim ta de boa cara, vamos fazer o seguinte eu me afasto do sr Edgar pra vocês ficarem mais a vontade, se conhecerem melhor, ae voce ver o que realmente vai fazer com tua vida. Vamos esquecer isso tudo, vida nova mano.
Lucas – Por que voce é assim Berg?
Berg – Assim como Lucas?
Lucas – Tão tranquilo? Sempre de bem com a vida, parece que não guarda magoa de ninguém!
Berg – A vida é tão curta cara, hoje estamos aqui e amanhã?
Lucas – Só Deu sabe...
Nessa hora minha barriga roncou.
Lucas – Que foi isso?
Berg – Sei la mano, veio la de fora.
Lucas – ahan, sei (kkk)
Rimos alto e nossos rostos se encontraram, minha risada estava ofegante e a do Lucas também.
Lucas – Berg...
Berg – Fala Lucas.
Lucas – A vida é tão curta, não é mesmo?
Berg – Muito...
Lucas – Não temos como ter o controle do nosso futuro, estou certo?
Berg – Ahan. ( eu estava ofegante demais, nervoso demais, ansioso demais )
Lucas – Posso fazer algo que quero fazer a algum tempo?
Berg – Faz logo po, eu quero também.
Lucas – kkkk, mas você nem sabe o que eu quero fazer.
Eu fiquei sem graça, achei que ele tivesse me curtindo e quisesse me beijar.
Berg – Eu pensei que...
Lucas – Xiiiii, cala a boca Berg, tu fala demais, tu pensa demais. ( e me beijou, um beijo calmo, lento ,sem pressa. Aqueles lábios rosados estavam me beijando, eu imaginei tanto aquele momento, eu esperei tanto por aquele momento.
Berg – Lucas...
Lucas – Oi Berg.
Berg – Eu não queria me apaixonar por outro cara, eu tenho medo de sofrer, tenho medo de não da certo.
Lucas – Você confia em mim?
Berg – Não. (rs)
Lucas – como não?
Berg – Tou brincando véi.
Lucas – brincadeira besta porra, assim tu corta o clima.
Apenas sorri, e voltei a beijar o Lucas, estava decidido, eu ia viver cada coisa por vez, não iria ficar sofrendo antecipadamente.
Lucas – teu beijo é tão gostoso.
Berg – é sim, eu sou todo gostoso. ( não resisti, virei o corpo do Lucas contra a cama e fui por cima o beijando cada vez mais, queria aproveitar cada pedaço do corpo daquele cara ).
Lucas – Berg
Berg – Fala.
Lucas – Me chupa?
Berg – Nisso eu não sou muito bom Lucas.
Lucas – impossível cara.
Berg – Posso conduzir?
Lucas – Da forma que você quiser.
Desabotoei e tirei a calça do Lucas deixando-o apenas de cueca e blusa, pude sentir o cheiro dele, cheiro de macho, meu macho (era isso o que eu pensava), quando cheguei próximo ao seu pau, pude sentir que estava quente e duro, não queria abaixar a cueca, queria congelar aquela imagem. Comecei a beijar o pau do Lucas ainda por cima da cueca e fui descendo-a lentamente, coloquei a cabecinha de sua rola dentro de minha boca, como aquilo era gostoso, rosarinha com veias, deveria ter uns 19cm.
Lucas – Isso meu garoto, chupa vai.
Lucas – Que delicia cara, por que passei tanto tempo longe dessa boquinha.
Teve uma hora que ele tentou colocar tudo dentro da minha boca e eu engasguei.
Lucas – Desculpa brother, foi impulso.
Berg – sem problemas. (foi a única coisa que eu consegui dizer) e voltei a chupar aquela rola gostosa.
O celular do Lucas tocou, só então eu sai do transe e lembrei do meu celular.
Berg – Ei po, meu celular?
Lucas – É não, é o meu!
Berg – Eu sei porra, quero saber do meu celular!
Lucas – Não sei.
Berg – Eu perdi meu celular mano.
Lucas – Quero saber de celular não, continua ae, eu te dou o meu.
O Lucas nem se quer abria os olhos.
Berg – Blza véi, eu finalizo o boquete, mas não vou liberar pra voce não?
Lucas – Isso tudo por causa de um celular Berg?
Berg – Claro véi.
Lucas – porra, tu quer fazer eu sair pra ir atrás do teu celular nessa chuva?
Berg – Só quero saber do meu celular mano, só isso.
Lucas – Poxa véi, você vai fazer isso mesmo comigo? Lembra do que você falou?
Berg – Não. O que?
Lucas – A vida é muito curta, não tem como sabermos o dia do amanhã. Vamo aproveitar mano, esquecer tudo la fora.
O filho de uma puta tinha usado minhas palavras contra mim, e o pior é que ele tinha razão.
Berg – Tu é muito otario mano.kkkk
Lucas – sou sim, de hoje em diante, sou teu otario, todo teu! (não acredito que ele estava dizendo que era meu)
Berg – Pode repetir mano?
Lucas – O que? Que sou teu?
Berg (rs) é!!!
Lucas – Sou todo teu. E agora deita ae que daqui pra frente eu conduzo.
Eu deitei com a barriga pra baixo e bunda pra cima, eu queria aquilo, estava desejando aquilo, mas estava com medo. Fazia tempo que eu não fazia sexo com homem.
Berg – Lucas
Lucas – Oi
Berg – vai devagar cara
Lucas – você é virgem, Berg?
Berg – Mais ou menos.
Lucas – Não se preocupa você esta em boas mãos, eu vou cuidar de você cara.
Eu fechei meus olhos e deixei rolar, ia sentir dor, sei que ia sentir, mas ia deixar rolar, tava curtindo aquele momento com o Lucas. Eu senti algo melado em minha bunda, e depois senti o Lucas lambendo, nossa a boca dele não era boa só pra beijar e a língua dele era incrível, eu gemia alto, estava sentindo prazer (Fiquei tanto tempo sem sentir prazer porque achava que era errado).
Eu senti a ausência da boca de Lucas no meu anus e ouvi barulho de plástico de camisinha rasgando. Sabia que agora ele iria me penetrar, queria suportar tudo, não queria arregar em momento algum, queria dar prazer ao meu macho. Lucas colocou a cabecinha na porta do meu cu, doía muito, eu senti mais dor que prazer. O Lucas aproximou a cabeça dele da minha e começou a lamber meu ouvido, pedindo pra me relaxar.
Lucas – Já vai passar mo, é só a cabecinha.
Ele tinha me chamado de mo? **
Berg – Pode colocar mano, eu aguento, pode ir com tudo.
Lucas – Eu não quero que você sinta dor, quero te dar prazer.
Berg – Mas você ta me dando prazer, pode ficar relaxado.
O Lucas colocou a mão dele próximo a minha boca e falou:
Lucas – Vou bombar, se por acaso voce sentir dor, voce morde minha mao com força que passa, mas agora se a dor for muita, ae voce me avisa que eu paro. Blza?
Berg – Blza mo. ( eu o chamei de mo propositalmente, queria acostumar com aquilo, queria chamar e ser chamado de amor )
O Lucas cumpriu o que ele havia dito, a cabeça já tinha entrado, ele deu uma forçada mais brusca e quando viu que já estava tudo dentro, começou a bombar sua pica dentro de mim. ‘’Pqp’’, que dor era aquela?. Ficamos naquela posição por um bom tempo, aos poucos eu fui relaxando e já não sentia tanta dor, o Lucas me colocou de frango assado e eu pude contemplar seu rosto. O Lucas tinha uma beleza perfeita.
Lucas –Mo você quer cavalgar um pouco na minha pica?
Berg – Posso tentar mo.
Lucas – Então vem.
O Lucas se deitou e eu fui por cima, antes de colocar a pica dele dentro de mim, eu fui de encontro aos seus lábios. Demos um beijo apaixonado e calmo. Comecei então a cavalgar, estava me sentindo um puto, mas quando é com quem gostamos, acho que é valido.
Depois de quase uma hora o Lucas gozou na minha barriga e eu gozei logo em seguida.
Lucas – gostou?
Berg – Muito.
Lucas – Que bom. Tava com medo de você não gostar.
Berg – Nada vei. Gostei demais, e tu... gostou?
Lucas – Hum... deixa eu pensar... Claro que gostei mano, você é uma deliciasinha!
Aquela foda tinha me aberto um apetite, eu precisava comer e ainda queria procurar meu celular. Depois da comida o Lucas pagou a conta e voltamos ao mundo real. Entramos no carro, antes de ele ligar me deu um beijo e pegamos a estrada, eu tomei a liberdade de ligar o som e sintonizar numa radio local de musicas sertanejas, aqui na minha região é muito comum.
**
Essa é uma velha história
De uma flor e um beija-flor
Que conheceram o amor
Em uma noite fria de outono
E as folhas caídas no chão
da estação que não tem cor
E a flor conhece o beija-flor
E ele lhe apresenta o amor
E diz que o frio é uma fase ruim
Que ela era a flor mais linda do jardim
E a única que suportou
Merece conhecer o amor e todo o seu calor
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Tava feliz, dessa vez feliz de verdade, não sei se era por estar com o Lucas, pelo sexo, ou pela comida. Mas acho que a felicidade não é pra vida toda, a vida é formada na realidade por um mistura de sentimentos. O Lucas guiava o carro com a mao esquerda no volante e a direita passeava pela minha coxa.
Lucas – Mo?
Berg – Fala mo.
Lucas – Eu já tomei uma decisão.
Berg – Sobre?
Lucas – Sobre continuar aqui ou voltar pra capital.
Berg – E a qual decisão tu chegou mo?
Lucas – Eu vou voltar Berg, tenho muitos compromissos la na capital, meus negócios estão la, minha mae esta la..
Berg – Mas pera ae Lucas, e como é que eu fico mano?
Lucas – vem comigo mano, tu vai gostar de la. E ae topa?
**
Ai que saudade de um beija-flor
Que me beijou depois voou
Pra longe demais
Pra longe demais.
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Continua...