Irresistível Força - 8

Um conto erótico de Renan Garini
Categoria: Homossexual
Contém 2626 palavras
Data: 19/01/2016 16:43:38

Eu acordei e me dei conta que já passava das dez da manhã. Eu tinha dormido no chão e estava na mesma posição da noite anterior. Eu vi as cartas ao meu lado. Fui ao banheiro, tomei um banho, escovei os dentes, e sentei-me no chão. Precisava ler aquelas cartas. Queria saber se eram do Arthur mesmo.

Todas as cartas estavam datadas. Uma estava com a data do dia em que brigamos. Foi a primeira que eu li. Naquela carta ele falava que foi um fraco, que nunca deveria ter te traído, ainda mais com o Eduardo. Ele dizia que não conseguia se perdoar por ter ficado com ele, pois ele não aguentava ter me perdido. Falou de todas as ligações que tinha me feito, de todas as mensagens que havia me mandado... Eu estava um caco. O que mais me emocionou foi ele ter narrado o momento que me conheceu, nossa primeira vez, nosso começo de namoro. O Arthur me trazia muitas lembranças boas, apesar de tudo o que aconteceu. Os nossos momentos bons superaram os ruins.

[Trecho da carta]

(...) Depois de tudo o que aconteceu, é mais do que admissível você estar me odiando, me ignorando, e ter o seu ódio é o que mais me dói. A transa que tive que o Eduardo foi seca, coisa de momento. Com você o sexo sempre foi intenso, sempre teve amor envolvido. Nossas almas estarão ligadas pra sempre, meu Rê. Lembra do nosso primeiro encontro? Eu era capitão do time de futebol, sempre fui assediado pelas meninas do colégio, mas eu sempre fui gay.

Naquele dia eu estava chateado com as investidas, com o cerco daquelas Marias Chuteiras, e fui muito claro ao dizer que era gay. Você sabe que fui muito zoado por todo mundo, mas que se danasse o mundo, eu queria ser feliz com um garoto. Quando eu te vi saindo da biblioteca e os nossos olhos se cruzaram, foi amor à primeira vista. Eu só queria saber seu nome, seu endereço. Foi por isso que me aproximei do Eduardo. Ele era seu melhor amigo. Acho que foi por isso que ele se apaixonou por mim. Deve ter pensado que tinha se interessado por ele. Eu lembro da cara dele quando contei que te amava. Lembro que ele brigou com você por conta disso. Foi aí que se afastaram, e eu me aproximei. Como eu te amo, Rê.

[Renan narrando]

Eu enxugei as lágrimas. Não tinha mais forças para ler aquelas cartas, mas mesmo assim continuei.

[Carta]

(...) Eu sempre agradeci a Deus pelos pais maravilhosos que tenho. Eles me aceitaram numa boa. Como foi bom ver que o amor deles por mim era maior que qualquer preconceito. E, em pouco tempo, já tinham aceitado o genro mais lindo que eles poderiam ter. Como foi difícil ganhar seu coração. Você sempre foi tímido, reservado, e depois eu descobri o porquê dessa autodefesa: seus pais. Apesar do maravilhosos avós que você têm, seu medo de se machucar e ficar sozinho era maior que o amor que tinha por mim. Mas eu quebrei sua resistência, meu Rê. Lembra que quem começou a te chamar assim fui eu? A dona Virginia adorou. Você não tinha nenhum apelido.

Nossa primeira vez foi incrível. Como foi linda. Você estava tão nervoso. Eu também estava uma pilha. Foi a nossa primeira vez. Eu me guardei para o amor da minha vida. Nós amamos como nunca. Tiramos nossas roupas. A gente se beijava intensamente. Quase desmaiei de prazer quando seus lábios tocaram meu pênis. Foi a melhor coisa do mundo. Você até errou em alguns momentos, mas éramos tão inexperientes. Lembro que você engoliu todo o meu esperma e depois eu te dei um beijo bem demorado. Eu coloquei minha língua no seu ânus que pegava fogo. Seu anel tão apertadinho e indefeso, logo seria rompido pelo meu membro que sempre foi grosso. Eu lembro de todas as posições, de como nos entregamos um ao outro e de como gozamos juntos. Foi perfeito e intenso o nosso sexo.

Amor, foram quase dois anos de dedicação mútua. Eu fui um tolo. Eu cai na lábia do Eduardo e te perdi. Agora vou viver o resto da minha vida com essa dor e essa tristeza. Como pude te perder? Como pude trocar tudo por apenas uma noite? Acho que nem o tempo vai conseguir responder.

Pedi pra minha mãe te entregar essa carta. Não tenho coragem. Sei que não vais me perdoar nunca, mas quero te deixar essa lembrança. Te amo, Rê. Te amo eternamente.

Assinado: seu Arthur.

[Renan narrando]

Nem sei como tive força de ler todas as cartas. A pior foi a do suicídio. Ele dizia que que a dor que sentia era grande demais, que não conseguiria mais viver sem mim. Eu cheguei a lembrar das palavras dele. Eu mandei ele morrer. Ele morreu de amor. Foi como se meu ódio tivesse puxado o gatilho da arma do George. Ele disse que estava morto desde o dia em que brigamos. Ele sabia que o Eduardo tinha me contado tudo. O desgraçado havia dito a ele que contaria. Ele queria o Arthur pra ele.

A carta que o Arthur deixou para os pais foi bem simples. Ele se despediu de uma maneira bem direta e não falou muita coisa. Como as cartas estavam abertas, eu tive certeza que eles leram antes de mim. Afinal, faziam mais de sete anos que eles a guardavam. Mas por qual motivo eles guardaram isso durante tanto tempo? Deve ter sido por achar que a culpa de tudo era minha.

Eu assisti ao DVD da Rosana. Ela tinha gravado um vídeo pra mim me pedindo perdão. Ela disse que me odiou durante muitos anos, mas que hoje sabe quem foi o culpado por tudo: o Eduardo. Foi a forma como ele contou toda a história que fez o Arthur se matar. Ela disse no vídeo que durante os dois dias de vida do Arthur após a briga, que ele não deixava o Arthur em paz. Ele preferiu morrer a ter que me encarar de novo. Ela contou da sua doença, do quanto precisava e queria me ver. Eu não podia jamais rejeitar esse pedido. Eu ainda gostava muito dos Milano.

Confesso que me senti meio aliviado. Vi algumas fotos que eles me mandaram. Algumas tinha se perdido no dia do suicídio. O Arthur se matou sobre a maioria das nossas fotos. Fiquei com o estômago embrulhado só de pensar.

Não quis ir ao seu velório. Me disseram na época que o semblante dele estava horrível, não transmitia paz. Eu sei que não suportaria vê-lo naquele estado. O meu Arthur era lindo. Seus olhos verdes, sua pele branquinha, seus cabelos castanhos, sua boca vermelha, se corpo definido com alguns músculos por conta dos exercícios físicos. Ele era lindo. Se o Miguel não fosse mais velho, acho que eu acreditaria que o Arthur havia reencarnado.

Saí do quarto ainda atordoado. Precisava contar tudo pra minha vó. Ela havia saído. A Eliane, nossa governanta, me falou que ela foi ao salão de beleza. Acho que tinha ido se preparar para o jantar.

Eu comi um pouco de cereal e tomei um suco. Quantas emoções nessa semana. Em apenas uma semana sou chantageado, arranjo um novo amor, descubro que minha ex-sogra está morrendo, que ela quer me ver... Era demais pra mim.

Resolvi que não iria a empresa. Liguei para o Rodrigo. Precisava conversar.

Rodrigo - Até que enfim retornou minhas ligações. Sua vó me contou tudo.

Eu - Estou uma pilha. Li as últimas cartas do Arthur. A Rosana está morrendo. Ela quer me ver.

Rodrigo - Amigo, que bagunça nessa sua vida!

Eu - Acho que a única coisa boa que me aconteceu foi o Miguel ter aparecido.

Rodrigo - Já vi que tem alguém apaixonado.

Eu - Desteto admitir, mas estou mesmo. É melhor se arrepender depois da merda feita, que chorar de arrependimento por não ter feito.

Rodrigo - Esse é o Renan que conheço. Preparado pro jantar?

Eu - Preparado pra dar de cara com o Afonso? Lógico que não. Mas vou estar seguro com minha vó, meu namorado e meu melhor amigo.

Rodrigo - Fiquei em último plano. Droga!

Eu - Deixa de ciúmes. Aproveita e leva tua policial.

Rodrigo - Só se for pra ela levar todo mundo pra delegacia. Dona Virginia já garantiu que a Kátia vai subir na mesa hoje.

Eu - Ela nem é louca. Vou dar um calmante a ela antes de irmos.

Rodrigo - Se fosse eu, deixava ela ir sem tomar nada. Vou convidar a Stela.

Eu - Fazendo meu escritório de suíte, Rodrigo? Já vi que quando o gato não está...

Rodrigo - Até que não é má ideia... Mas é sério: nunca tentei nada com ela.

Eu - Acho que o amor está na Garini Novaes Med. É contagioso.

Rodrigo - Menos...

Eu - Preciso falar com o meu amor. Você acredita que ele foi embora? Ele não brigou, não me ligou, me deixou sozinho pra eu pensar melhor nessa história. Ele é perfeito!

Rodrigo - Esse papo é doce demais. Preciso desligar antes que minha glicemia suba.

Eu - Cuida de tudo pra mim. Até à noite.

Rodrigo - Tudo certo. Tchau...

Eu - Tchau...

[Miguel narrando]

Nem estava acreditando que o Rê resolveu me ligar. Acho que ele gostou da minha atitude. Se eu fosse ficar no pé dele, talvez fosse pior. Sei o quanto ele é sensível a história do Arthur. Não quero que ele esqueça o seu primeiro amor, mas quero o Arthur nas lembranças dele. Eu quero que ele se entregue a mim por completo, quero viver com ele o nosso amor.

Eu - Como vai, meu amor?

Renan - Melhor impossível. Você é perfeito. Obrigado por me entender, por me deixar ficar sozinho.

Eu - Eu quero você inteiro pra mim. Não quero dividir você com ninguém. Eu te amo!

Renan - Quero beijar essa sua boca gostosa!

Eu - Você já está voltando ao normal. É assim que eu gosto.

Renan - Quero te pedir um favor.

Eu - Até dois...

Renan - Vamos ao hospital comigo? A Rosana quer me ver.

O Rê me contou toda a história das cartas, do DVD. Ele confiava em mim. Ele me amava.

Eu - Que horas eu te pego?

Renan - Às 14:00 horas.

Eu - Posso almoçar com você?

Renan - Pode fazer o que quiser comigo...

Eu - Estou ficando pervertido por sua causa.

Renan - Não falei nada demais.

Eu - Estou no B. Health. Estou tentando dar prosseguimento ao meu plano. Depois eu te ligo.

Renan - Que plano é esse? Me fala logo.

Eu - Tudo ao seu tempo, amor. Confia em mim?

Renan - De todo o meu coração.

Eu - Vamos nos livrar do Afonso. Te amo! Preciso desligar...

Renan - Também te amo.

[Virginia narrando]

Cheguei em casa e me deparo com o Renan na janela olhando o mar. Era tão ver o seu rosto sereno. Eu amo o meu neto mais que tudo nesse mundo. Ele é o bem mais precioso que tenho. Cheguei por trás daquele homem gigante e o abracei. Era tão bom abraçar o meu netinho. Ele poderia ter me deixado sozinha, afinal, já tenho 72 anos. Ele poderia ter ido morar sozinho, mas quis ficar comigo. Eu não poderia ter um neto melhor. A gente cuidava um do outro.

Renan - Te amo, vózinha!

Eu - Você é meu amor maior! Não sei como ainda atura essa velha.

Renan - O que é isso? A senhora é minha vida. E, a propósito, a senhora está uma gata! Que penteado fabuloso! Vai lacrar!

Eu - Só você mesmo pra me dar tanto amor. Você tenta ser afeminado, mas é impossível. Tem que ensaiar sua "pinta" mais vezes.

Renan - Pode deixar. Vou virar uma drag. Preciso te falar sobre as cartas, sobre a Rosana, sobre a doença dela, meu namoro com o Miguel... Vó, dá um aperto nele. Ele tem que pedir minha mão logo.

Eu - Hoje mesmo faço isso. Mas me conta essa história das cartas e da Rosana.

O Renan me contou tudo. Inclusive leu as cartas e assistiu o DVD junto comigo. Eu estava profundamente sentida com a doença da Rosana. Ela não merecia passar por tanto sofrimento. Resolvi ir ao hospital com os meninos. Inclusive encomendei uma flores. Precisava dar um pouco de alegria ao quarto daquele hospital.

Depois do almoço fomos aos hospital. A Rosana estava com um câncer de fígado em estado avançado. Só um transplante poderia salvar a sua vida. Os meninos fizeram o teste de compatibilidade. Quem sabe algum deles poderia ser compatível com ela.

Nós duas conversamos bastante. Matamos um pouco da saudade desses mais de sete anos. Uma pena ver que ela estava naquema situação. Ne ofeteci para pagar todo o tratamento. Queria fazer tudo que estava ao meu alcance para ajudá-la.

Havia chegado a hora da conversa dela com o meu neto. Uma conversa de mais de sete anos.

[Renan narrando]

Quando eu vi a Rosana naquele estado, cheia de aparelhos e sendo monitorada constantemente, quase desmaiei. Ela sempre foi tão forte, tão guerreira. Mas quando se tem um câncer em estágio terminal, o inimigo parece que é mais forte que a gente.

Conversei com ela por alguns minutos. Nos perdoamos mutuamente. Ela começou a passar mal. Eu comecei a gritar.

Eu - Socorro! Ajudem aqui!

Rosana - Rê, cuidado! Muito cuidado! Você está correndo perigo!

Eu - O que você está falando? Fica calma. Socorrooo!

Duas enfemeiras e um médico entram no quarto. Eu precisei sair. Eu tinhs ficado desesperado. Ela poderia ter morrido na minha frente.

Ficamos esperando alguma notícia. O médico nos informou que ela estava sedada. Precisou ser colocada no balão oxigênio. Estava respirando com dificuldade. O que ela quis dizer com "cuidado"? Por que será que ele falou que eu estava em perigo?

Fomos pra cobertura. O Miguel tomou banho lá em casa. Lógico que transamos muito no banheiro. Acho que a bicha lacradora aqui, deveria ser bombeiro. O Miguel tinha um fogo... Ui! Fico molhada só de pensar.

Tinha chegado a hora do jantar. Todos os homens de smokings, a Stela estava muito elegante num vestido chiquérrimo. Tirei minha gravata borboleta com fios de ouro da gaveta. Ela tinha um diamante no meio. Usava em ocasiões especiais. Fiz uma surpresa pro Miguel. Dei pra ele um dos relógios do meu pai. Ficou lindo no braço do meu amor.

Quando minha vó desceu as escadas como uma verdadeira diva dos palcos. Ela usava um vestido verde muito longo com um decote do poder. Minha vó era linda. Sua pele branca, seus olhos castanhos claros, cabelos castanhos levementes grisalhos, quase não tinha rugas e marcas de expressão. Ela não fazia plásticas, apenas tratamentos estéticos. Ela tinha um metro e setenta e dois de altura. Era uma mulher linda e apesar da idade, parecia ser mais jovem.

Ela estava usando seus brincos e seu colar de diamantes. Meu avó deu a ela de presente para que ela usasse no casamento. Muita gente morria de inveja daquela jóia. Todos a elogiaram e fomos em direção ao jantar.

Eu cheguei no jantar de braços dados a minha vó e ao Miguel. Stela e Rodrigo vieram no carro dele logo atrás. Quando eu entrei na mansão da doutora Lúcia, já dei de cara com o Afonso. Ele fez uma cara de espanto e de propósito veio falar conosco. Minha avó quase pulou no pescoço dele. Conheço bem aquela expressão dela. Ele chama seu irmão e vem nos apresentar. Eu quase tive um treco e caí pra trás.

Eu - Você? Irmão do Afonso? Como assim?

Quem será esse convidado misterioso? O que vai acontecer nesse jantar? Qual será o plano do Miguel? O Renan vai conseguir se livrar do Afonso?

Continua...

Gente, mais um capítulo. Não terei tempo de revisar. Desculpem os erros. Esse foi extenso. Talvez outro capítulo só amanhã. Gostaram?

Meu email: thonny_noroes@hotmail.com

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Comentários

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Cadê o capítulo, o site está chato sem textos bons, não some senão eu fico entediado! =( :'(

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O Renan e o Miguel vão sofrer um pouquinho... Já fiz a escaleta do capítulo nove. Vai ter muito bafo, viu!

CDC, eu vou ver se consigo postar o capítulo nove mais tarde. Preciso manter o suspense. O capítulo nove vai ser lacrativo!

Grazy e Helloo, muito obrigado!

Amo vocês! Beijos!

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Oh my good,to pedrificada e anciosissima,qm será q é hein?To curiosa,continua :)

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Pra que parar bem aí??? Continue ligeiro por favor cara 👏👌👏👌

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Me surpreenda, porém não faça o Miguel e o Renan sofrer mais e sim se sair dessa situação! O:)

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Luk, como você é mau! Você acha que o Rodrigo ia querer se prejudicar? Ele é sócio da Garini Novaes Med.

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Primeiro deixa eu fazer uma correção eu escrevi no outro comentário ANFONSO e é Afonso! Segundo, você me deu uma dica que não pode ser, não acredito que o Rodrigo seja o irmão do Afonso!

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Hummm....legal, ainda não confio no Miguel.

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Ficou muito claro. Eu dei algumas dicas. Enfim, estamos na reta final do conto. Muita coisa boa vai acontecer. Acho que devem ter mais uns 4 capítulos só. Obrigado pelos comentários! Amo vocês!

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