Obrigado, obrigado e obrigado, Alison. Você leu três contos meus. É uma honra. Sabe, Alison, a questão nem é de coragem. É a minha vida. Por que enfeitar a verdade? Se tantos deficientes parassem de escolher o que convém ser detalhado e o que convém ser olvidado, a sociedade saberia lidar melhor conosco. Para que esperar mais? Vamos abrir o jogo! A ideia é essa. Abração!
Amor sem preconceitos
Comentários
Moço, como você é corajoso! Obrigada, viu? Foi uma aula e você é ótimo professor da vida. Só tenho algo a colocar: volte a escrever, Alec W.! Não é justo todo esse dom ficar parado. Beijos para você e sua família linda.
Boa tarde, Mallu! Novamente aqui estou, pois Sofia, que está usando a minha conta para comentar, hoje, leu a resposta que dei, neste e me alertou para um fato muito verdadeiro: MINHAS DIFICULDADES NÃO SÃO AS MAIORES. Diversos deficientes não tem ereção, mas dão o jeito deles, usando bomba peniana, anel peniano, injeção ou vasodilatador. Vários deficientes só tem ejaculação retrógrada (quando o esperma retorna para dentro da bexiga, pois o colo vesical não fecha). Seria ótimo se tivéssemos um tetraplégico escrevendo, pois aprenderíamos muito mais que comigo. Tenho ereção normal, psicogênica. Tenho ejaculação. Costumo esvaziar a bexiga antes de manter relação sexual, mas é hábito e não necessidade, porque consegui resolver a encrenca com a minha incontinência, rs. É só tomar cloridrato de tansulosina, que consigo controlar normalmente, como qualquer pessoa. Minha deficiência é uma paresia (paralisia incompleta), como já comentei noutro conto. Mas se até agora, só eu me dispus a falar de tudo aquilo que geralmente calam, vamos em frente! À época dos fatos expendidos neste conto, minha mãe tocava o terror, dizendo: "-Alec, sabe o que vai acontecer, se você não fizer a cirurgia para ampliar a bexiga? Você vai ser pai, seu filho vai parar de usar fraldas e você NÃO VAI. E aí? Como vai explicar isso para ele ou ela?" Um dia, enchi de escutar a mesma coisa e respondi: "-E qual é o problema? Simplesmente vou mostrar a ele ou ela qual é a diferença entre uma fralda de adulto e uma infantil! Se nenhum adulto precisasse, simplesmente não existiria! Isso não muda quem eu sou, mãe!" A princípio, minha mãe estava em pânico, porque não nasci deficiente. Mas hoje, ela já entendeu, aceitou e já sou outra pessoa, noutro nível de autonomia. E ainda que não fosse, seria feliz dependendo de todos. Porque eu nasci para ser feliz e creio nisso com todas as minhas forças. Minha felicidade não está restrita às circunstâncias, porque é um processo interior. Beijão especial!
Olá, Linda Mallu! Receber a tua visita muito me alegra! Cada vez que surge um comentário de apreciação a este conto, minha mãe fica surpresa, rs. "Isso é doideira de hospício, Alec!" - disse-me ela, quando lhe mostrei o conto publicado. Respondi que era pior que isso, pois nenhum hospício me aceita, ahahahahah. Zoação à parte, o fato é que o escrevi para mostrar a realidade. "Ain, tenho incontinência urinária, ninguém vai gostar de mim!" ...."Ain, uso muletas, ninguém vai me querer." ... "Ain, sou deficiente, nenhuma pessoa vai me olhar com tesão." VAI, SIM, COM CERTEZA! Não somos nossos problemas. Somos PESSOAS, que sentem, desejam e amam. Amar é entregar a chave do próprio labirinto infinito particular nas mãos do outro, ciente de que o outro vai saber entrar, conhece as saídas e não vai sair por escolha. Pessoas permanecem juntas quando se escolhem. E eu escolho a Sofia, todos os dias. Beijão carinhoso, Mallu! Ainda hoje, retribuirei à visita. Obrigado pela participação!
Amigão Jota, meu caro, a minha felicidade por amar e ser amado pela Sofia é inexprimível. Nunca lamentei meu acidente e depois de conhecer a Sofia, aí é que não lamento, mesmo, só agradeço, pois descobri de forma inequívoca que O AMOR EXISTE e é sublime. Eu não saberia explicar a isto, mas é como se Sofia e eu tivéssemos histórias e mais histórias juntos, através dos milênios, sendo carne, sangue e osso um do outro. É até difícil falar em amor à primeira vista, pois sinto que sempre a vi, que ela sempre esteve lá, dentro de mim, intensamente. Três meses de gravidez e o mesmo ocorre. Sentimos como se o Abner já soubesse o que é ser nosso filho, pois ele interage conosco o tempo todo, por meio do seu desassossego, rsrs, e também quando conversamos. É simplesmente incrível como ele me obedece. Peço-lhe para ficar quietinho, a fim de que a Sofia possa dormir e ele se aquieta NA HORA. É tanta coisa boa, na vida, que não podemos nos permitir estar presos às lutas. Lutas existem para que as guerreemos. Sempre ganhamos, mesmo quando o resultado não pesa em nosso favor. Ganhamos experiência, estratégia, sabedoria e resiliência, o que já é uma vitória excelente. Muito obrigado pela participação, a qual emocionou a Sofia. Ela adorou e te envia milhares de beijos. Grande abraço!
Continuo fazendo isso até hoje, caro Coroa Casado! Se todos os portadores de deficiências abrissem a boca para falar do que precisam, o mundo seria diferente. Se nenhum cadeirante ou muletante pedir quarto adaptado, quando os donos de motéis vão se conscientizar de que a necessidade existe e a demanda é real? Uso as muletas, na maior parte do tempo, mas quando estou muito cansado ou sentindo dores, não hesito em usar a cadeira de rodas. Tenho bastante prática com as duas coisas, já me acostumei, pois é a minha realidade. Não nego que, às vezes, é osso, é punk, rsrsrs. Mas quem quiser viver, tem que aprender a romper obstáculos, tendo deficiências ou não. E vamos em frente, pois há muito a viver! Abração.
Ah, Amora... a cumplicidade é um dos frutos do amor e amor não se explica, vive-se. Muito obrigado pelas orações. Estive muito aflito, pois quem disse que a Sofia vinha para casa? Primeiro trimestre de gravidez e ela lá, no hospital, cuidando de mim. Não era virose. Tive dengue. Ainda bem que isso já é passado, rs. Não posso deixar de dizer que meus pais, meu sogro e cunhados, todos são teus fãs incondicionais. Beijos e cheiros!
Falando assim, fico muito emocionado, Amora! Saiba que a reciprocidade flui, perfeita. Foi a Sofia que me mostrou o teu conto "De mão em mão - a homenagem." Ainda estava hospitalizado, quando o li e comentei. Ainda não me considero um escritor e se ouso escrever o conto retributivo, é porque confio totalmente na inspiração: você, Linda Amora. Beijos intensos!
Rsrsrsrs... vá por mim, caríssimo colega: funciona, sim, kkkkkkk. Estou comemorando a sua presença, aqui! Muito obrigado! Abração!
Cara, vi que você postou hoje mais dois contos. Acho que quando eu estiver lendo o décimo, você vai estar no centésimo, desfrutando as delícias da Sofia que é bem completa na cama. Gostei da sugestão de contar as bombadas para retardar a ejaculação. Vou experimentar para ver se funciona. Rsrs. Espero que seja bem sucedido na entrevista com o sogrão.
Rsrsrs... deixe-me compartilhar um segredo, Adélia: eu também não deixaria meu filho dormir fora, naquele contexto, rs. Quando vier a ser pai, sei que serei dos mais babões e protetores, rs. Mas eu sempre fui o que a minha mãe diz, um 'menino impossível', rs. Pra que me trancar em casa por causa duma sequela com a qual vou conviver a vida inteira? Não posso resolver meu problema, mas posso ser bem resolvido, em relação a ele. Até hoje não fiz a enterocistoplastia. Nem vou fazer. Mexer lá embaixo, onde está funcionando muito bem? Nem, rsrsrs. Deixa quieto, rs. Alegra-me que este conto tenha sido do seu agrado, pois quase apanhei da coronela Andréa, por tê-lo escrito, rsrs. Beijos e mais beijos!
Querida Vanessa, todas as rampas que faltam no Brasil e no mundo, podem ser construídas por terceiros. Há acessos cuja construção cabe ao próprio deficiente. Considero-me muito abençoado por ter entendido isso bem cedo. No hospital, tanta gente me viu pelado e me ajudou com coisas íntimas que eu não tinha como fazer, que, ao receber alta, já tinha perdido a vergonha, rs. De que me adiantaria ficar cheio de pudores, se, dentro da minha realidade, eles representam a ausência duma rampa importantíssima? Tenho amigos deficientes (de ambos os sexos) que iniciaram namoros e terminaram quando chegou o momento de abrirem o jogo sobre suas limitações íntimas. Muitos agem desta forma e é triste, pois não é uma coisa tão pequena que vai separar um casal unido por sentimentos verdadeiros. Minha mãe quase me bateu, por ter escrito este capítulo e disse que abusei, que passei dos limites. Passei? Fazer o que, se este sou eu, rs? Beijo carinhoso!
E que retaguarda, rsrsrs... Quando conheci a Sofia, ela se achava feia, por considerar que se uma mulher tiver muito seio, não pode ter bunda e se tiver bunda, não pode ter seios grandes. E ela, então, pequenina, mais estranho ainda ter peitão e bundão. Mas o tempo se passou e a Sofia passou a se ver como é: linda. Para mim, não podia ser mais perfeita. E quanto a botar a cabeça no lugar, rsrsrsrsrs... por isso que você é rei, Samir Afonso! Genial! Abração!
Val, a divina Diva é minha fã? Não faça isto com esse coração, minha Linda, rs. Hoje, eu nem durmo, afinal, já estou vivendo um grande sonho! Sendo muitíssimo sincero: não há palavras boas o bastante, para agradecer pelo carinho e incentivo. E... ainda bem que de politicamente corretos, não temos nada, rs. Beijos, minha Diva!
Meu caro Fernando808, li seu comentário e digo-lhe de coração: mexeu comigo de forma que precisei de um tempo para respirar e assimilar o incrível sentimento. Emocionou-me. Percebo que és uma pessoa sensível ao outro e que tens uma leitura positiva do diferente, o que nos aproxima. Penso que não há mundos diferentes, o que há são olhares diferentes sobre o mesmo mundo e pouco respeito para unir esses olhares. No amor, acredito que não existe gênero, afinal, Deus é amor e não o tem, então, pulemos de cabeça no infinito, o qual podemos viver desde já! Vi que tens contos e será grande prazer visitá-lo. Abração grande e apertado!
Viuvinha, quanto prazer e quanta honra tê-la aqui! É surpreendentemente gratificante ver autores tão experientes votando na minha história! Irei retribuir-lhe a visita! Decidi escrever minha história por não ter visto nada parecido, ainda. O deficiente se cala, o parceiro também e, por isso, uma história como a minha é penetrante como uma facada na fachada que se cria, a fim de fazer de conta que os deficientes não são diferentes. Somos, sim e eu que não acho tabu falar de nada, aqui estou, rs. Na verdade, eu deveria ter escrito uma série, pois os contos estão encadeados, desde o primeiro. Lendo desde o início, o texto é de fácil compreensão. Ocorre que a amiga que me indicou o site alertou-me de que há um índice razoável de rejeição às séries, razão pela qual adotei este formato, em títulos diferentes. Ah, e se a minha mãe, por um só minuto, imaginasse que deveria participar das minhas transas, ela teria ido, mesmo sem tesão nenhum e contra a minha vontade, rsrsrs. Ainda bem que já lá se vão sete anos, desde o acidente e minha família já me ressignificou como pessoa independente. Adorei ter você aqui! Beijo!
Tava passando por aqui pela casa, o que faço com pouca frequência, e seu conto me intrigou. Li esse capítulo primeiro e depois os dois anteriores. Posso lhe falar uma coisa? Espetaculares. Você tem o que poucos aqui na casa tem: o dom de narrar algo de forma simples porém magnífica. Não pense você que a sua deficiência atrapalhará ou atrapalha algo na desenvoltura da história, que é real e sua - e incrível - que isso não acontece. A preocupação dos pais retratada de forma impecável, o sexo que me fez perder o fôlego e tantas outras coisas que se eu for apontar, levarei a noite inteira. Alec, virei teu fã, pois você é um escritor incrível. Olha só, eu sou gay, li seu conto, mas isso muda nossos mundos? Não!, porque sua história é tão boa que chama atenção de qualquer pessoa que saiba apreciar o espetacular e o incrível. Parabéns, posso dizer que sinto inveja de você por ser um escritor "phoda" e que retrata sua história de superação de uma maneira superada e não lúgubre ou triste. Obrigado por compartilhar isso, por compartilhar a Sofia, essa gata. Flw, mano. Aguardando o próximo.
A quem iniciar a leitura por este, recomendo a leitura dos contos anteriores. Aos queridos que já me dão a honra de suas presenças, boa leitura e um grande abraço.