Aprendendo a amar o amigo hetero. 01

Um conto erótico de Berg
Categoria: Homossexual
Contém 2625 palavras
Data: 20/01/2016 22:45:03

Desde que me entendo por ser humano, sou gay, não tenho vergonha de falar, não tenho vergonha de admitir, eu tenho é medo do que os outros vão pensar de mim. Vocês também tem medo disso? Medo de as pessoas te virarem as costa? Medo de serem visto como um ser diferente?

Certa vez eu estava em um hospital, para fazer exames de rotina, e eu estava sentado em uma cadeira na recepção quando ouvi duas moças que aparentavam serem mãe e filha conversando.

**

Moça 1 – Ele tem o que?

Moça 2 – O psicólogo disse que é aids.

Moça 1 – Aids?

Moça 2 – Foi o que ele disse.

Moça 1 – Não é possível, ele é casado a tanto tempo com a mesma mulher, não é baladeiro nem é gay.

**

Aquilo ficou martelando na minha cabeça. O que fazia ela pensar que aids era uma doença dos gays? Por esses e outros motivos eu tinha medo, me acovardava, me escondia, sofria, não amava, não era amado da forma que gostaria. Com 23 anos de idade, eu me considerava quase um virgem, quando eu recebia cantada de homens, eu dizia que não curtia, quando recebia cantada de mulher eu investia, acho que sou considerado o ‘’gay enrustido’’. Mas agora eu queria que isso mudasse, queria que as coisas fossem diferentes, queria me entregar a alguém, queria que o mundo fosse tomar no cu, queria aproveitar o tempo perdido, quem fosse meu amigo iria continuar comigo, e os outros? Estes seriam restos.

XX

Beto – Ei mano, acorda. Acorda dorminhoco.

Berg – Betão.

Beto – que sono gostoso vei. Tu dormiu igual a uma criancinha.

Berg – (rs) que horas são?

Beto – 19:30

Nessa hora tomeu um susto. como assim 19:30?

Berg – Porra Beto, por que não me chamou cara? Eu dormi o dia todo?

Beto – Ahan (rs) já fui pra faculdade, voltei, fui pra academia, fui na casa da Debora, voltei pra casa e voce ae dormindo.

Berg – porra, eu tenho que falar pra meus pais que eu não viajei.

Beto – Eles já estão sabendo. Eu atendi uma ligação de sua mãe e disse que você estava aqui, sua mãe gritou tanto de felicidade que a ligação caiu. (rs)

Berg – (rs)

Beto – O tal do Lucas ligou também.

Berg – E o que ele disse?

Beto – Não sei, eu não atendi nenhuma das vezes que ele ligou. Acho melhor você esquecer esse mané, Berg.

Berg – Vou ligar pra ele quando chegar em casa.

Beto – Já sabe o que vai fazer com ele?

Berg – Como assim?

Beto – suponho que vocês não vão continuar namorando a esta distancia neh!?

Berg – Ainda não sei mano, vou ter que conversar com ele.

Beto – Me diz uma coisa: Como é namorar um homem?

Berg – É isso que estou tentando descobrir brother. Nunca tinha namorado um cara, é minha primeira vez.

Beto – E como tem certeza que é isso que você quer?

Berg – Porque me sinto mais bem perto dele que da Cecilia. Isso é o motivo de eu ter certeza que eu gosto de homem. Agora deixa eu ir nessa que já ta tarde e como vou continuar na cidade, amanha tenho que voltar pra bagaça da faculdade.

Beto- Berg...

Berg – fala.

Beto – tenho vergonha de falar isso po.

Berg – Então não fala.

Beto – Mas eu preciso falar.

Berg – Eu vou tomar banho, ae você pensa se vai falar ou não. Blza?

Beto – Vai la então.

Tirei minha roupa e entrei no banheiro do quarto do Beto, meu sorriso estava largo, eu estava com um pressentimento que iria acontecer algo bom.

Xx

Berg – Beto, posso pegar uma roupa tua emprestada.

Beto – Claro po, pega ae.

Berg – Já tou pegando. Cade o Guga e o Kadu?

Beto – Depois da faculdade eu não mais os vi.

Berg – E o lance de morar nos 4 juntos, você acha que vai da certo?

Beto – Eu que pergunto. Você acha que seus pais vão te liberar?

Berg – O pai com certeza, a mãe eu já não sei. Eu os convenci a me deixarem ir pra capital, alegando que iria fazer uns cursos na minha área, e isso seria bom pra minha futura carreira de engenheiro.

Beto – Que gaysinho mentiroso você ta se saindo mano. Kkkkkk

Berg – E tu nunca mentiu não neh bonitão!? Kkk

Beto – Jamais. (rs)

Esse nosso dialogo durou o tempo suficiente de eu me trocar de roupa.

XX

Já no carro de Beto rumo a minha casa, eu me sentia livre, o Beto e a Cecilia haviam sabido de minha orientação sexual, e ate agora estava tudo tranquilo.

Beto – O lance la que queria falar, eu pensei e vou perguntar, pode?

Berg – Manda.

Beto – Se você curte homem, eu suponho que você já tenha transando com um. Tou certo?

Berg – kkkkkkkkkkk, que pergunta é essa po? Ta querendo dar pra mim é?

Beto – deixa de ser mané mano, eu sou espada, só tou curioso, nada demais.

Berg – hummmmm, sei. Tu ta curtindo o babado mano?

Beto – A po, esquece, da nem pra conversar serio com você

Berg – Esqueco nada (rs). E eu já transei com homem sim mano, é bem mais gostoso que transar com mulher.

Beto – Duvido.

Berg – Duvida o que? Que eu tenha transado com homem, ou que seja mais gosto que sexo mulher?

Beto – Que seja mais gostoso que com mulher.

Berg – tou falando.

Nessa hora meu celular tocou, era uma ligação do Lucas.

Berg – É o Lucas.

Beto – Não atende Berg, deleta esse cara da tua vida.

Berg – Não é tão simples assim Beto.

Beto – Humm, então vai enfrente, quebre a cara, mas não diga que eu não avisei.

XX

Quando cheguei em casa estava apenas minha mãe e Bernardo, papai provavelmente estaria trabalhando.

Mãe – Seu filho desnaturado, graças a Deus, eu sabia que Deus ia tocar no teu coração e você não ia nos abandonar.

Berg – A sra é muito dramática Mãe. ( Rs)

Mãe – Quando você tiver os seus filhos você me diga se eu sou mesmo dramática.

Berg – Pode deixar.(rs)

Bernardo – porra Berg, eu já tinha me mudado pra o teu quarto cara.

Berg – Credito não mano, isso tudo é o amor que tu sente por mim é?

Bernardo – Claro, fui pra la pra ficar mais perto de tu.

Berg – Sei (rs). Mas você pode ficar com o quarto cabeção, é todo seu.

Bernardo – E tu vai dormir aonde? Na cozinha?

Mãe – Que historia é essa de ele ficar com seu quarto Berg? Vai dizer que não esqueceu essa viagem louca?

Berg – A viagem eu esqueci mãe, mas vou morar na casa do Beto.

Mãe – Pra que morar na casa do Beto? Gutemberg você tem casa e...

Berg – Mãe, eu sei que a senhora me ama e tem grande preocupação por mim, mas já ta na hora de eu viver minha vida.

Mãe – Olha a rebeldia comigo.

Berg – Não estou sendo rebelde, estou falando a verdade. Mãe, eu cresci, não sou mais um garotinho não, já sou um homem.

Mãe – será mesmo que você cresceu Berg? Você não sabe fritar um ovo.

Berg – Não sei porque a senhora não deixa, a senhora tem que me deixar mais livre. ( me exaltei um pouco)

Minha mãe fez uma cara de tristeza misturada com decepção.

Berg – Mãe, por favor, não faz assim, vamos facilitar as coisas.

Mãe – tudo bem Gutemberg, não vou lhe impedir, eu só não quero que você sofra meu filho.

Berg – Não irei, se eu sentir que vou sofrer eu volto pra casa, eu volto mãe, eu juro.

xX

Subi a meu quarto, um dia longe dali, e eu já sentia falta. Acho que o nosso quarto é a parte mais importante da casa, é onde guardamos nossos segredos, passamos a maior parte do tempo, recebemos nossos amigos, fazemos amor. Enfim é a parte da casa que tem a nossa cara. Tomei um banho e quando sai resolvi ligar para o Lucas.

Lucas – OI mo. Tava preocupado já. Você não atendia esse telefone, liguei pro teu pai e ele disse que ainda não tinha visto você.

Berg – E é verdade, ainda não vi meu pai, ele ainda deve esta no trabalho.

Lucas – Me diz: você ta bem? O que aconteceu com teu amigo?

Berg – Tou bem sim, meu amigo também, foi só um acidente domestico, mas ta tudo bem com ele. ( menti, queria evitar brigas )

Lucas – Que bom. E você vem quando mo?

Berg – Pois é Lucas, eu não vou mais.

Lucas – Como assim?

Berg – Eu tava agindo por impulso Lucas, tava empolgado com a possibilidade de ter um lance serio com você, mas não tou preparado pra isso.

Lucas – Não precisa esta preparado Berg.

Berg – Claro que precisa Lucas, isso tudo é novo pra mim.

Lucas – Deixa disso cara, vamos tentar. Vem pra ca essa semana ainda, a casa é grande, tem piscina, você vai gostar.

Berg – Piscina?

Lucas – é po, só pra nós dois. Vem Berg, por favor!

Caralho, que situação.

Berg – Me deixa pensar um pouco?

Lucas – Não tem o que pensar, é só disser que vem. Aqui você vai ter tudo.

Berg – Preciso pensar Lucas, me da um prazo.

Lucas – Mas continuamos juntos neh!?

Berg -...

Lucas – Berg?

Berg – Sim, continuamos.

Lucas – Blza, vamos morar juntos mo, você vai ver.

Berg – Agora eu preciso desligar Lucas, depois agente se fala tah!?

Lucas – Ta bom mo.

Berg – Falou.

Lucas – Berg.

Berg – Oi Lucas.

Lucas – Eu te amo muito.

(quanto tempo agente precisa pra amar uma pessoa?)

Berg – Eu também, ate mais.

Lucas – Até mo. Bjão!

XX

No dia seguinte tivemos aula de Eletromagnetismo II, pensa em uma matéria top.

XX

Berg – E ae, quem vai pagar o lanche pra mim hoje?

Beto – Ta liso denovo véi?

Berg – Claro po? Comprei nosso ingresso pra ir ao show. Tu acha que eu tiro dinheiro do meu cu?

Beto – Ta jogando na minha cara é safado? Tu não disse que era presente.

Berg – presente se eu tivesse ido embora, já que eu não fui, quero meu dinheiro de volta.(kkkk)

Beto se aproximou do meu ouvido e falou quase cochichando:

Beto – Vou te dar outra coisa.

Eu respondi também no ouvido dele:

Berg – Ta duro mano?

Beto – Voce pode fazer ficar.

Berg – Entao eu vou aceitar.

Beto – Fuleiro.

Fomos todos ate a praça de alimentação, fizemos uma refeição caprichada, e depois seguiríamos pra casa.

Kadu – Caralho, de onde que surgiu essa chuva?

Cecilia – você quer saber de onde ela vem ou como se originou?

Kadu – Os dois. Você pode me explicar?

Cecilia – Você tem tempo disponível para isso?

Kadu – O dia todo, se possível.

Berg – Frescura de vocês dois, eu tou indo nessa galera super choque.

Beto – Como tu vai na chuva, mano?

Berg – Vou te moto mano.

Beto – se fuder seu careleo.

Berg – O que foi otario? Tou mentindo? Vou de moto mesmo.

Beto – Va se fuder.

Berg – Va você. (rs). É serio já estou indo, falou pra todos, e eu ainda vou voltar hoje, tenho que recuperar alguns conteúdos.

Beto – vamos comigo de carro? Nessa chuva é mo perigo andar de moto.

Berg – E o que eu faço com minha moto.

Beto – Deixa ela travada, quando voce voltar pega ela.

Berg – Blza, vou aceitar.

Cada um foi para o seu respectivo carro. Eu estava precisando comprar um carro, andar sempre de moto estava ficando foda.

Beto – Voce vai voltar mesmo pra facu ainda hoje?

Berg – Vou sim, tou precisando me recuperar em algumas materias.

Beto – Almoça la em casa, agente fica por la e na hora que voce quiser voltar pra facu eu te levo.

Berg – Pode ser.

XX

Beto – Quer almoçar o que?

Berg – pode ser bife, arroz, feijão.

Beto – não vou ter esse menu mano (rs)

Berg – então por que tu pergunta seu filho de uma puta?

Beto – Queria só saber se depois que tu virou pro outro mudou de gosto. Tava imaginando que voce fosse pedir uma saladinha.

Berg – Se fuder, va. (rs)

Beto – mas é serio mano, tu encara uma lasanha?

Berg – Só uma não mano. Mas quem vai fazer?

Beto – Nós dois ué.

Berg – Posso te ajudar cara, mas não sei fazer não.

Beto – Vou precisar de ajuda mesmo.

XX

Berg – por onde eu começo?

Beto – Lavando as mãos véi, sabe Deus o que voce tava fazendo com ela.

Berg – Tocando uma ciririca.

Beto – kkkkkkkkkkk, porra, serio?

Berg – Claro que não caralho, eu tenho rola, neh buceta não. (rs)

Beto – sei la neh!?

Berg – Tomar no cu Betão. Bora logo começar que eu não tenho muito tempo não.

Beto – vamos sim. Voce vai cortando as verduras, blza?

Berg – na hora. ( peguei tudo o que tinha na geladeira do Beto – verduras e legumes –

Beto – Tu ta doido? Não é tudo isso não.

Berg – E o que é então.

Beto – tem que te ensinar tudo mesmo?

Berg – Claro, e fale direito, tou armado aqui e posso enfiar uma faca no teu cu.

Rimos dessa besteira que eu falei. Beto separou o que era pra cortar, eu lavei tudo antes e comecei o serviço.

XX

Berg – Beto, presta atenção no papai trabalhando.

Beto – Quero só ver a merda que vai sair dai.

Tentei fazer como minha mãe sempre fazia, (cortar as verduras rapidamente de uma só vez ), mas faltou técnica e eu ganhei de brinde um corte no dedo.

Beto – Olha ae, sabia que ia dar merda.

Corri ate a pia e joguei agua, jorrava muito sangue.

Beto – Deixa eu ver esse dedo aqui.

Berg – Ta de boa mano, continua no teu serviço que eu tou brocado.

Beto – deixa de ser teimoso mano, deixa eu ver logo esse dedo.

Mostrei o dedo. O corte havia sido profundo e doía muito. Beto procurou um pano de prato mas não tinha nenhum próximo, ele acabou tirando a camisa e enrolando meu dedo.

Beto – Isso é pra estancar o sangue mano, voce não vai morrer agora não.

Berg – Ta doendo véi.

Beto – Isso é pra voce aprender, parece que é macaco.

Eu estava soltando leves gemidos de dor.

Beto – Segura aqui, vou pegar álcool.

Berg – Precisa não mano, já passou.

Beto soltou uma risada alta e longa.

Beto – Porra, tu curte rola no cu e ta com medo de álcool mano?

Berg – Para de graça po, ta doendo de verdade.

Beto saiu da cozinha e quando voltou veio com uma garrafa de conhaque.

Berg – O que é isso po.

Ele tomou um gole e depois falou.

Beto – Alcool.

Berg – kkkkkkkkkkkkk, isso é o álcool?

Beto – ta rindo de que? Me da o dedo.

O Beto começou a jogar conhaque no meu dedo, acredito que para matar os germes.

Beto – Ainda dói?

Berg – Bem menos.

Beto enfaixou meu dedo e fez a lasanha sozinho mesmo, eu estava aleijado. A lasanha tava boa demais, comi a metade, depois coloquei um short rasgado do Beto e cai na cama. Quando estava quase pegando no sono, senti alguém se movendo na cama atrás de mim.

Beto – Berg?

Berg – Hum?

Beto – Ta dormindo?

Berg – ahan.

Eu sentia a respiração do beto na parte de tras do meu pescoço.

Beto – Berg.

Berg – O que é caralho, eu viro gay e tu fica com frescura, fala logo o que tu quer.

Beto – Deixa pra la mano.

Berg – Tu é foda cara. Fala o que é po, vou te morder não

Beto – Se eu fizer uma coisa voce jura que não fica com raiva, nem vai estragar nossa amizade.

Nessa hora eu virei pra ele, o assunto parecia ser serio.

Berg – Fala ae po, o que ta te afligindo.

Beto – Ta po, eu falo, mas primeiro vira pra la.

Berg –kkkkk, porra é essa mano, ta com vergonha de mim é?

Beto – Vira porra.

Berg – Ta bom, virei, agora fala po, o que é?

Beto -...

Berg -...

Beto – Tu deixa eu roçar na tua bunda? Pode ser por cima da roupa mesmo mano.

Continua.

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Comentários

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Eita, vai dar treta. haha Adorei o capítulo.

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Aplausos, maravilhoso, não demora a postar, adorando, bjs

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no capitulo anterior ja tinha um clima entre o Beto e o Berg, quase um bj rolou.....

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legalzão, se der pra detalhar um pouco mais as ações do personagem ficará ótimo. Continua

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Amei demais menino!!! Seu lindo!!! Perfeito ... Maravilhosoooo...você merece todos os melhores adjetivos possíveis seu porra!!!

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Puxa! Gosto muito do jeito que você conduz os diálogos, fica bem natural. Esses dois são bem divertidos! Quanto ao Lucas, quero ver aonde isso vai dar. Sei lá, ele não me convence. Ao mesmo tempo, se Berg confirmou que ainda estão juntos, não acho legal que role algo com o Beto. Feliz demais com essa continuação! Só não vale sumir e depois reaparecer dizendo que está muito feliz por ter aceitado Jesus e deletar toda a história, viu?!

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Cara to feliz demais que resolveu ficar, o conto ta fodão e quero ver o Beto em ação!

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