EGEU - 14º Episódio

Um conto erótico de Lord D.
Categoria: Homossexual
Contém 2869 palavras
Data: 21/01/2016 12:30:53
Última revisão: 21/01/2016 12:32:50
Assuntos: Gay, Homossexual, Romance

14.

- Não! – Christian deu um soco na cara de Pedro Miguel.

- Ah! Christian, por que fez isso? – Pedro Miguel levou a mão até a boca, sentindo o peso do punho do outro.

- Eu é que pergunto: por que você fez isso? – Christian se afastou de Pedro Miguel. – Venho até a sua casa com a melhor das intenções e você me beija descaradamente. Como assim?

- Achei que você ia gostar – Pedro Miguel se aproximou de Christian. – Você não me perdoou, não é Christian?

- Perdoei a você e a mim, pois culpo nos dois pela besteira daquela tarde – Christian não deixava Pedro Miguel se aproximar muito. – Mas agora, eu só posso te oferecer a minha amizade, e nada mais.

- Você disse que me amava... – Pedro Miguel parecia um garoto contrariado.

- Paixão e amor se confundem – começou a Christian. – O tempo é que diferencia um do outro. Aquele que sobrevive. Aquele que te faz uma pessoa melhor, esse é o amor. Eu lamento, Pedro Miguel, mas esse sentimento eu só tenho pelo Érico.

- Eu não acredito – Pedro Miguel balança a cabeça. – Não acredito que não sinta nada por mim. – ele agarrou a mão de Christian e pôs sobre o seu peito.

- Por favor... Pedro Miguel. – Christian implorava para que ele desistisse.

- Olha no fundo dos meus olhos e diz que não sente absolutamente nada por mim.

- Não precisamos fazer isso, eu...

- Fala, olhando nos meus olhos! – Pedro Miguel gritou, apertando a mão de Christian contra o seu peito.

Christian abaixou a cabeça, e refletiu um instante antes de fazer o que o outro exigia dele:

- Estaria mentindo se eu dissesse que você não me provoca nada...

- Eu sabia!

- Mas... – Christian cortou a alegria de Pedro Miguel. – Vemos pessoas bonitas na rua, conhecemos gente interessante, e é comum sentirmos alguma coisa, como um impulso natural do corpo. Só que, quando olhamos para a pessoa amada ao nosso lado, a sensação pela a pessoa de fora não é nada, ou tão frágil e sem importância que um sopro é capaz de desfazê-la. Quando eu te vejo é essa bruma que eu sinto, mas só preciso pensar no Érico, que nada é lembrado. Torço, de verdade, para que você encontre alguém que o ame e o deseje, que possa compreendê-lo. Mas não sou eu essa pessoa.

Pedro Miguel soltou a mão de Christian lentamente, à medida que a sinceridade do rapaz o flechava. Não era mais a sua a imagem que habitava nos olhos de Christian, como ele sempre percebera. Érico havia tomado o seu lugar. O lugar que ele abandonara, e sabia que não podia reclamar. Christian o esperou, mas outro se apressou em sua frente.

- Por favor, não tome nenhuma decisão insensata – pediu Christian em face do silêncio de Pedro Miguel. – Reflita sobre cada caminho que irá tomar.

Pedro Miguel largou a mão de Christian e foi sentar-se em sua cama, enterrando o rosto nas mãos.

- Jura que vai pensar no que eu disse? – pediu Christian pondo a mão no ombro de Pedro Miguel.

Pedro Miguel balançou a cabeça lenta e positivamente. Mas Christian não sentia que aquela concordância era genuína. Todavia, ele já não podia fazer mais nada.

- Bom, Pedro Miguel, eu vou descendo – Christian não via sentindo em continuar ali. – Minha já está quase chegando e ela odeia esperar.

- Vá – Pedro Miguel apontou para a porta do quarto, mas sua voz revelava que ele na verdade estava apontando, com pesar, para a porta da sua vida.

- Tchau! – Christian apertou o ombro dele e saiu, sem olhar para trás.

Verdadeiramente, Christian sentia que essa história havia sido encerrada. Era como uma longa e difícil maratona, finalmente vencida. Iria contar tudo para Érico, e esperava sua compreensão. Nesse intento prometeria não se aproximar de Pedro Miguel, e, mesmo que viessem ser amigos, obviamente, haveria muitas restrições. Não necessariamente por causa de Érico, mas é que depois de tudo que viveram, amigos cúmplices, já era pedir demais.

- Boa noite! – uma voz grossa surpreendeu Christian, quando ele chegava na sala de Pedro Miguel.

Sandro, o pai de Pedro Miguel, estava sentando, de perna cruzada, em uma poltrona e encarava Christian com detida atenção e muita curiosidade. Ele era um homem com traços brutos, bem encorpado e se vestia como um bicheiro da década de 70.

- Boa... noite – Christian estava entalado. Totalmente paralisado diante da figura do homem. Ele o enxergava salpicado de sangue. O sangue dos indesejados gays.

- Pedro Miguel não me disse que teria companhia essa noite – o homem se levantou e caminhou em direção a Christian, com passos lentos e pesados. Lembrava uma pantera, caminhando sorrateiramente, marcando o pulo para atacar sua presa.

- Na verdade, não tínhamos marcado nada – Christian gaguejava, nervoso com o hálito de Sandro soprando em suas narinas. – Vim apenas deixar, uns papéis da escola.

- Ah, papéis! – Sandro forçou uma cara de compreensível. – Eu odiava os papéis da minha época.

- Bom, eu já vou indo – Christian fez menção de andar, mas Sandro não saiu da sua frente.

- Você parece forte. Deixa eu adivinhar: é esportista.

- Sim. Sou atleta.

- Atleta! Que maravilha! – Sandro tinha um sorriso desagradavelmente enigmático. – Sabe, Christian, Pedro Miguel é um bom rapaz, só um pouco confuso. Acho que o abandono da vadia da mãe dele, mexeu com seus miolos.

Sandro soltou uma gargalhada repugnante. Seus pulmões cheios, denunciava o constante uso de cigarros.

- Me diz, Christian, você tem aproveitado as bocetas do bônus de ser atleta? – Sandro lambeu os lábios.

- Desculpe?

- Ah, qual é? Estou falando das novinhas gostosinhas, doidas por uma rola. As vadiazinhas dessas colegiais, sempre estão atrás da rola de um esportista. Não imagina quantas eu comi na minha época. Quebrei tantos cabaços na escola, que perdi a conta. Mas o melhor, o mais excitante, é quando elas desistem no meio do caminho e você mostra quem manda, e desce o cacete até chorarem. Quando pedem pra parar porque está doendo e você manda calarem a boca e aumenta as estocadas. Ooooohhhh! Que delícia.

Christian estava aterrorizado com a imundice daquele homem. Não suportava ser tocado por aquele porco. Sua vontade era vomitar em cima dele.

- O que me irrita, é que com tanta cachorra pra se dá umas boas chineladas, ainda tem gente que não gosta – Sandro tocou na bochecha de Christian. – Não acha isso um absurdo?

- Eu... – Christian criou sangue no rosto, antes pálido. – Eu acho que as pessoas têm direito de serem felizes, gostando de quem desejam.

- Hã! Você falou como esses políticos liberais filhos de uma puta. – Sandro mantinha o sorriso. – O mundo está de cabeça pra baixo, Chris. Felizmente ainda existem aqueles que tentam concertar as coisas. Resgatar o que era bom.

- O problema, senhor, é que esses “resgatadores”, por alguma deficiência mental, acham que têm o direto de decidirem sobre a vida dos outros.

- Nem sempre se sabe o que é melhor para si – Sandro riu. – É preciso ter muito cuidado com o que se escolhe. O mundo é um lugar muito perigoso.

Christian ficou bem assustado dessa vez. Sandro acariciava suas bochechas, esquadrinhando sua alma com olhos mais apurados do que os de lince.

O carro de Teresa buzinou, provocando um alívio tremendo em Christian. Seus batimentos cardíacos voltaram a quase normalidade.

- É minha mãe – Christian apontou pra fora. – Tenho que ir. Ela odeia esperar.

- Fique à vontade, Chris – Sandro falava com uma desagradável intimidade. – Espero vê-lo em breve.

Christian não respondeu nada. O que ele mais queria era sair daquela casa mal-assombrada. A presença daquele homem o fazia se sentir em um filme de serial killer. Ao ver sua família no carro à sua espera, Christian foi tomado por uma sensação de proteção e amor. Ele sabia que o quão era importante ter essas duas coisas, e por essa razão imaginava que inferno deveria ser a vida de Pedro Miguel.

- Tudo bem? – perguntou Teresa, que estava no volante. Arnaldo e Suzana falavam paralelamente ao celular, sentados no banco de trás.

- Não muito – respondeu Christian sentando no banco do carona.

- Em casa conversamos – Teresa ligou o carro e saiu.

Sandro acompanhava toda a movimentação por uma janela pouco iluminada da sala. Aquele sorriso receptivo que oferecera durante a conversa sinistra com Christian, fora substituído por um semblante diabólico. Fora com esse mesmo olhar que ele matara Felipe, o primeiro amor de Pedro Miguel.

Em casa, Christian relatou tu para a sua mãe, que ficou indignada e horrorizada com a personalidade de Sandro. Ela achava, antes, que o problema de Pedro Miguel com o pai, não passava de um simples caso de rebeldia adolescente.

- Você está proibido de entrar na casa daquele homem escuso – Teresa sentenciou.

- Sim, mãe – Christian concordou.

- Você está me entendo – Teresa segurou nos ombros de Christian. – Em hipótese ou circunstância alguma, eu quero você perto dessa família. É uma ordem irrevogável, inviolável e sem exceções. Prometa?

- Eu prometo – disse Christian, não muito certo de que cumpriria essa jura. – Vou ligar para o Érico e contar tudo. Não quero esconder absolutamente nada dele.

- Faz muito bem – Teresa beijou o filho. – Só não demore muito. Vou preparar o jantar.

Christian foi para o quarto tomar um banho, antes de ligar para Érico. Que dia longo estava sendo aquele. Ele não se lembrar se existiu um parecido, com tantas emoções ao mesmo tempo.

- Querido? – Teresa chamou da porta.

- Estou tomando banho – Christian gritou.

- Sabe quem está na sala, estonteantemente lindo e perfumado, à sua espera? – Teresa cantou a pergunta.

- O Érico!? – Christian pôs a cabeça espumada, para fora do box.

- Exatamente. – confirmou Teresa. – E eu convidei para jantar conosco. Ainda bem que tinha um frango recheado na geladeira no ponto de ser assado. Espero que não estejam com muita fome.

- Mãe, você convidou o Érico e nem perguntou nada?

- Não achei que precisasse da sua permissão. Hum!

- Estamos falando do meu namorado, dona Teresa. – Christian revirou os olhos.

- Olha, chega de conversa fiada e termina logo esse banho – ordenou Teresa. – O Érico vai jantar conosco, e espero que ele faça o que imagino que veio fazer.

- Do que a senhora está fa... Não! – Christian saiu do banheiro pelado e foi até a porta do seu quarto, onde sua mãe estava parada. – Eu não acredito que ele vai fazer palhaçada.

- Não se atreva a estragar – Teresa fechou a cara. – Não se fazem mais jovens românticos como antigamente. Eu vou voltar para cozinha. E você, trate de não demorar – Teresa fechou a porta.

- Raios! – Christian voltou pisando pesado para o banheiro.

Quando o filho de Teresa desceu, Érico estava conversando com Arnaldo sobre carros. Christian achou uma cena linda. Linda de se ver. Os dois homens mais importantes de sua vida, conversando como se fossem amigos de longa data, transportando a barreira das idades.

- Boa noite – Christian interrompeu a conversa dos dois.

- Boa noite – respondeu Érico, indo abraçar Christian como se fossem colegas.

- Não esperava sua visita esta noite – disse Christian.

- Pois é. Eu decidi de última hora – respondeu Érico. – Na verdade, eu ia mesmo passar só para falar com você e a sua família, mas aí a Teresa me convidou para jantar... eu não resisti ao cheiro que estava vindo da cozinha.

- Perguntei a ele por que não trouxe William – falou Arnaldo.

- Faz um tempão que não o vejo – disse Suzana, que mexia em seu celular, isolada no canto da sala. – Diga a ele que estou com saudades. Na escola quase não nos falamos, ultimamente.

- Eu direi – Érico ficou contente.

- Tenho certeza que ele vai adorar sua mensagem, Suzana – observou Christian.

- Estou chegando com uns salgadinhos, para enganar a fome – Teresa colocou a bandeja sobre a mesinha de centro. – Suzana vá pegar as bebidas.

- Obrigado, Teresa – Érico se serviu de um.

- Forma feito pela Suzana, então é melhor arranjar um sal-de-frutas com urgência – cochichou Christian.

- Eu ouvi isso – Suzana voltou para a sala com as bebidas.

A família de Christian ficou a conversar trivialidades com Érico, dando boas gargalhadas das tentativas de Arnaldo de desenferrujar uma piada batida e explodindo de rir das crônicas da vida Érico. Por um momento, Christian não se lembrou do episódio na casa de Pedro Miguel, e, obviamente, muito menos de contar para Érico o sucedido.

Demorou um pouco para que o jantar ficasse pronto, mas ninguém se incomodou, pois estavam bem envolvidos na conversa.

- Teresa, o jantar estava divino – agradeceu Érico depois da sobremesa. Ele estava inteiramente satisfeito. – Bom, gente, eu não vim só pra encher a barriga.

Christian ficou mais vermelho que um tomate maduro.

- Há um motivo especial – Arnaldo ficou curioso.

- Sim! – Érico bebeu cruzou as mãos sobre a mesa. – Eu sou gay!

- Uau! – Arnaldo quase se engasga com um suco que estava tomando.

- Os melhores sempre são – Suzana falou com tristeza.

- Bom... Eu. Nós não temos nenhum preconceito – declarou Arnaldo. – Não se é do seu conhecimento, mas o Christian também é.

- Eu sei – Érico riu para ele. – Eu sou namorado do seu filho.

Arnaldo se engasgou de vez, mas agora acompanhado de um sorriso.

- Você quer matar seu sogro, meu rapaz. Tenham mais calam quando forem dar as notícias. – disse o pai de Christian, ao se recuperar da sequência de surpresas.

- O Christian já havia me falado – informou Teresa. – E saiba que damos total apoio para esse namoro.

- Com certeza – Arnaldo se recuperava do susto. – Você me parece ser um bom rapaz.

- E tenho a melhor das intenções com o seu filho – garantiu Érico. – Quero um compromisso sério.

- Sua atitude hoje, demonstra isso – observou Arnaldo. – Se Christian está feliz...

- Muito feliz! – falou Christian empolgado.

- Nós estamos também – disse Arnaldo erguendo o copo com suco. – Um brinde!

Todos brindaram.

Teresa e Arnaldo foram cuidar da pia de louças do jantar, enquanto Christian levou o seu namorado para o quarto. Os dois já estavam com saudades do corpo um do outro.

- Segunda intenções? – Érico empurrou Christian na cama e subiu em cima dele, massacrando sua boquinha.

- Não podemos – Christian sussurrou, enquanto seu namorado friccionava seu pau sobre o dele. – Meus pais podem ouvir.

- A gente não faz barulho – disse Érico.

- Acho impossível – Christian riu, mordendo o lábio de Érico.

- Tem razão – Érico rolou para o lado, puxando Christian para o seu peito.

- Preciso de contar uma coisa, mas espero que não fique chateado – Christian ia relatar o acontecido.

Érico apenas ouviu. Christian contou todos os detalhes, dando ênfase para a promessa de que não mais procuraria Pedro Miguel, até porque sua mãe não permitiria. Érico ficou um pouco cismado, mas conseguiu engolir a história, até ficando feliz pela defesa do amor dos dois, feita por Christian para Pedro Miguel, sem mencionar o soco.

- Fique longe do pai do Pedro Miguel! – propôs Érico.

- Sim. Totalmente – Christian disse.

- E vamos tentar passar uma borracha nessa história – Érico sacudiu a cabeça.

- Claro. Vamos esquecer tudo isso – Christian ficou aliviado.

Os dois ficaram em silêncio por alguns minutos, até que Érico falou:

- O que vamos fazer então, já que não podemos brincar de outras coisas?

- Que tal, o túnel do tempo? – Christian propôs.

- Boa ideia – Érico se animou. – Estou doidinho para conhecer seus segredinhos sórdidos.

- Tá. Eu começo – Christian ficou a pensar: - Qual a foi a sua maior perversão.

- Quer mesmo saber? – Érico riu.

- Por favor!

- Eu transei com um cara em um ônibus lotado – disse Érico. – Já era tarde, eu estava em pé no fundo do ônibus, e um carinha com shortinho de academia veio se encaixar na minha frente. Ah, como eu agradeci os buracos da rua. A cada solavanco do ônibus, as coisas ficavam mais quentes.

- Pervertido do caralho! – Christian socou o peito de Érico. – Um cara gostoso gozando no meu jeans na fila do banco, perde feio perto disso.

- Como é que é? – Érico caiu na gargalhada – Safadinho. Bom agora eu pergunto: sua fantasia sexual mais secreta, senhor Christian.

- Você vai rir de mim – Christian tampou os olhos.

- Não vou não, fala amor – Érico pediu com a voz melosa.

- Tá – Christian começou a rir – Um cara lindo, musculoso, todo suado, só de calça jeans, sem cueca ou sapatos, invade o meu quarto no meio da noite e diz que me deseja.

Érico prendia o riso.

- Ele não quer outra pessoa além de mim, e diz: estive sonhando com você durante toda a minha vida, quero possuir-te, fazer-te meu.

Érico disparou a rir sem controle.

- Isso foi a coisa mais gay que já ouvi – ele explodiu em riso.

- Idiota! – Christian o encheu de socos.

- Calma amor – Érico tentava beijá-lo.

- Conta a sua, Senhor Machão Gostosão – Christian falou irritado.

O celular de Érico tocou antes que ele começasse a falar. Era sua tia Laura, pedindo que ele voltasse para casa, pois William estava com febre e precisava dele. Christian não ficou muito contente, mas compreendeu a situação. Longe dele querer fazer alguma objeção.

- Amor, tenho que ir – Érico o beijou. – Avisa seus pais, e diz que agradeço muito pelo jantar.

- Mas é sério?

- Garganta inflamada – explicou Érico. – Não é muito sério, mas é extremamente desagradável, e não falo da doença, e sim de William. Ele fica mimado demais quando está doente.

- Eu entendo – Christian o levou até a porta.

- Boa noite meu amor – Érico foi embora depois de um beijo longo.

Mal Christian fechou a porta, a campainha tocou. Ele imaginou que fosse Érico querendo mais um beijo.

- Já sentiu saudades, bad boy – Christian abriu a porta levando um susto. – Oh, meu Deus!

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