Nessa hora eu virei pra ele, o assunto parecia ser serio.
Berg – Fala ae po, o que ta te afligindo.
Beto – Ta po, eu falo, mas primeiro vira pra la.
Berg –kkkkk, porra é essa mano, ta com vergonha de mim é?
Beto – Vira porra.
Berg – Ta bom, virei, agora fala po, o que é?
Beto -...
Berg -...
Beto – Tu deixa eu roçar na tua bunda? Pode ser por cima da roupa mesmo mano.
Eu fiquei tão nervoso que comecei a rir.
Beto – Ta rindo de que po?
Berg – Ué, tu não disse que era espada?
Beto – Sim po, sou macho. Foi só uma curiosidade que bateu mas já passou.
Berg – De boa, mas se essa curiosidade bater novamente pode roçar po, tem grilo não.
Beto não falou nada. Só de pensar em ter o Beto me abraçando por trás me deixou todo arrepiado, mas isso não iria acontecer, acho que ele ficou constrangido.
Beto levantou-se, procurou pelo controle, voltou à cama e ligou a TV. La fora a chuva caia mais fraca e debaixo das cobertas eu sentia meus olhos querendo fechar, mas não conseguia dormir, Beto estava se mexendo demais e sua respiração estava muito ofegante.
Quando finalmente achei que fosse dormir, senti algo pesado na minha costa. O Beto finalmente tinha decidido ‘’roçar’’ nimim (rs) ele era um pouco mais pesado que o Lucas, e sinceramente eu acho que ele não sabia o que estava fazendo. Ficou um tempo parado em cima de mim e depois começou a fazer movimentos, eu conseguia sentir sua respiração em meu cangote, era claro seu nervosismo e o meu também (meu melhor amigo estava em cima de mim igual a um touro).
Mesmo com o ar ligado eu comecei a suar.
Berg – Beto. ( eu falava quase sem voz, mesmo sem ser penetrado eu me sentia cansado )
Beto – Fala ( respondeu o Beto com a respiração falhando )
Berg – precisa ficar parado não po, pode fazer o que tu tiver afim de fazer. (eu só não iria dar pro Beto, não naquela tarde)
Beto começou a fazer movimentos parecido como se estive me penetrando.
Beto – assim?
Berg – É...
Beto – Gosta?
Berg – ahan.
Beto continuou os movimentos ( penetrando reto e depois começou a fazer movimentos circulares na minha bunda.
Beto – Tu me deixa abaixar um pouco o short?
Berg – Deixo sim po. (a minhas mãos que antes estavam acima da cabeça, foram de econtro ao meu short, mas Beto me impediu)
Deixa que eu tiro mano.
Berg – Ta blza.
Beto abaixou meu short ate os joelhos me deixando ainda de cueca, e tirou o dele totalmente, mas ficando também de cueca. Beto voltou a se deitar sobre mim, mas dessa vez foi diferente, ele envolveu minha cabeça com seus braços e começou a fazer movimentos retos e circulares, sempre bombando.
Beto – que vacilo mano.
Berg – Que foi po?
Beto – Janela ta aberta.
Tinha uma janela de vidro no quarto do Beto que dava para a casa do vizinho. Beto levantou, só de cueca box preta, e foi ate lá fechou a janela e passou a cortina.
Beto – Agora já, nada pra atrapalhar agente.
Beto voltou para a cama, deitou sobre mim novamente e fez todo movimento que eu já citei anteriormente, mas parecia que ele não estava satisfeito. (Sem falar nada, puxou minha cueca, fazendo eu me assustar).
Berg – o que ta fazendo po?
Beto – Você disse que eu podia.
Berg – Mas tu disse que seria por cima da roupa.
Beto – E qual a diferença? Vou te comer não, só brincar mesmo!
Berg – A po, sei la, vai que tu inventa de comer!
Beto – Vou não po, mas se eu comesse o que teria de mal nisso? você já ta acostumado mesmo.
Na mesma hora eu empurrei o Beto, o fazendo cair pro outro lado da cama.
Beto – O que eu fiz?
Berg – Nada não vei.
Beto – Fala veio, o que eu fiz?
Berg – Mano, pelo amor de Deus cara, tu disse que eu sou acostumado a dar o cu.
Beto – E o que eu falei de errado nisso?
Berg – a po, deixa queto.
Me levantei da cama, fui ate onde estava minha roupa e comecei a vesti-la.
Beto – O que tu ta fazendo?
Berg – Tou me trocando!
Beto – Tou vendo isso po. Tu já vai?
Berg – já. ( fiquei chateado, se ele tivesse falado aquilo na putaria eu levaria numa boa, mas ele falou serio e nem se tocou)
Beto – Ta cedo Berg, eu num disse que te levava mano? Fica mais um pouco.
Berg – Da não vei, eu lembrei que tenho muita coisa pra revisar, e amanha tem aula o dia todo, tenho que aproveitar hoje que estou com a tarde livre.
Beto – Ta com raiva mano?
Berg – Não, não, tou de boa!
Enquanto eu vestia minha roupa de origem o Beto apenas olhada pra mim.
Beto – Se não tem outro jeito, vou tomar um banho, tu me espera que eu te deixo na faculdade.
Berg – Blza.
Beto levantou-se somente de cueca, pegou uma toalha e entrou no banheiro. O tempo que ele passou no banho foi o suficiente pra eu sair dali. Peguei um taxi e fui ate o escritório do meu pai pedir uma grana emprestada para pagar a corrida. Depois fui ate a faculdade pegar minha moto, a verdade é que eu tinha que estudar, mas estava sem cabeça pra isso.
Cheguei à faculdade, e fui direto ao estacionamento onde havia deixado minha moto ( meu celular começou a tocar dentro do bolso da calça, era Beto. Eu não atendi, quando a ligação caiu, pude ver que ele já tinha ligado varias outras vezes ) coloquei o celular novamente no bolso da calça e quando ia dando partida ouço alguém chamando meu nome.
-Hey, Berg. ( era Rafael que acabara de estacionar seu carro e estava vindo em minha direção – Rafael estudava na minha turma, mas não éramos chegados, ele sempre saia conosco por que era muito amigo do Kadu, mas não meu.
Berg – E ae Rafael?
Rafael – fala ae, blza?
Berg – Tou de boa e tu?
Rafael – eu tou é ferrado.
Por mais que você não queira saber da vida da pessoa, não tem como você deixar de fazer a seguinte pergunta:
Berg – por que cara? O que ouve?
Rafael – tou meio perdido em algumas disciplinas.
Berg – a po, isso é foda mesmo, mas fica mal não cara, vê onde você ta tendo problema e dobra o tempo de estudo.
Rafael – Tempo pra estudar eu tenho mas não consigo assimilar, acho que vou reprovar cara.
Berg – Paga umas aulas particular cara.
Rafael – E onde vou conseguir professor de eletromagnetismo e eletrônica?
Berg – É nessas disciplinas sua dificuldade?
Rafael – Isso, essas duas são como Fred e Jason em minha vida.
Berg – Tou ligado (rs), mas vem ca, se voce conseguisse alguém pra te dar umas aulas particulares, voce taria disposto a pagar?
Rafael – Claro mano, com minha própria vida se fosse preciso, mas você conhece alguém?
Berg – sim po.
Rafael – Quem?
Berg – ta falando com ele véi.
Rafael – verdade po, você é mesmo cu de ferro nessas disciplinas, mas topa me ajudar?
Berg – Claro véi, tou precisando de grana pra fazer a revisão da minha moto.
Rafael – Então ta contratado.
Berg – Massa.
Rafael – quando podemos começar?
Berg – Você que decide chefe.
Rafael – agora mesmo então.
Berg – agora?
Rafael – é, tou indo la pra biblioteca estudar.
Berg – Pode ser então. ( puta que pariu, estava doido pra ir pra casa, mas estava mais doido pra receber aquela grana do Rafael, já que o otario tinha dinheiro pra pagar por algo que pra mim era tão simples eu iria aproveitar).
XX
Do estacionamento ate a biblioteca meu celular tocou infinitas vezes, duas ligações da minha mãe e as outras todas do Beto, quando ia colocar meu celular no bolso da calça, uma outra ligação, dessa vez do Kadu, eu não iria atender poderia ser o Beto querendo testar se eu estava ignorando as chamadas dele.
xX
Berg - Então Rafael, é o seguinte, o que tu sabe dessas disciplinas?
Rafael – Nada.
Berg – Ta com tanta dificuldade assim po?
Rafael – mais do que você imagina.
Peguei alguns livros, meu caderno e comecei a fazer um mapa mental, ve de se tinha alguma forma simples de ensinar o Rafael.
xX
Rafael – Porra, começamos hoje e já aprendi mais coisas com você do que com nossos professores. Você manda bem mesmo cara, vou te dar uma boa recompensa. ( disse aquilo, bagunçando meu cabelo )
Berg – Porra, vlw mano, fico feliz em poder te ajudar de alguma forma. ( o fato é que não era ajudar, era conhecimento em troca de grana )
Rafael – amanha, voce prefere aqui mesmo, na minha ou na sua casa?
Berg – amanha não da, temos aula período integral.
Rafael – Putz, verdade, pode ser a noite então, o que tu acha? ( de jeito nenhum, a noite era pra mim descansar ou sair pra tomar cachaça) ae eu pago no final de cada aula que tu me der.
Berg – Claro que pode vei, também tava pensando nessa possibilidade.
Rafa – massa. Vamo comer, por minha conta?
Berg – só se for agora.
O Rafael não era meu amigo, mas ele não era aquilo que eu julgava. Parecia ser gente fina.
Durante o tempo que ficamos lanchando o Beto me ligou mais varias vezes, fora as conversas no whats.
xX
Berg -Bom Rafael agora tenho que ir nessa meu amigo, ate amanha a noite.
Rafael – tu nem falou onde vamos estudar amanha po.
Berg – Você escolhe po, o que decidir pra mim ta bom.
Rafael – Beleza passa te numero ae que vamos conversando. (passei meu numero e ele também pediu meu endereço, não sei pra que, mas passei endereço e ate ponto de referencia).
Berg – agora tou indo nessa, ta ficando tarde.
Rafael se levantou da cadeira onde estava sentado lanchando e me cumprimentou.
Rafael – falou mano, ate amanha.
Estava tarde e eu queria logo chegar a minha casa, devido ter chovido bastante o clima estava meio frio, e como eu estava de moto, sentia o vento penetrando por todo meu corpo.
xX
Berg – enfim casa (falei pra mim mesmo esfregando uma mão na outra tentando inutilmente me manter esquentado).
Estacionei minha moto, fechei a garagem, o carro do papai já estava lá e eu supus que ele não iria sair mais naquela noite, entrei em casa e me senti protegido, pelo menos lá dentro estava quente.
Geralmente quando eu entrava em casa a primeira pessoa que eu via era minha mãe, meu pai, o Bernardo e as vezes não via ninguém, mas dessa vez vi alguém que não queria ver.
Beto – Porra, ate que enfim hen mano? Agora da pra me explicar que porra eu fiz de tão grave pra você ta me evitando?
Continua.