À noite me despedi de meus pais e Bernardo. Peguei o carro na garagem, e sai pelas ruas sentido o bairro do Beto. Passei no supermercado, comprei uma pizza de calabresa e um pote de sorvete, voltei pro carro e comecei a lembrar da noite anterior, será que o Beto havia sido sacana em chamar a Débora pra casa dele, ou eu que estava querendo que tudo fluísse a meu favor? O Beto não era gay, e se rolasse algo, seria apenas sexo? Não iria rolar sentimentos? Fiquei pensando nisso durante toda a viagem, parei no sinal e resolvi mudar de percurso.
Não durou nem 15 minutos e eu cheguei aonde queria.
Interfonei e não demorou muito vieram abrir o portão pra mim.
Rafael – Berg?
Berg – Foi aqui que pediram sorvete e pizza?
Rafael – foi aqui mesmo: sorvete, pizza e muitos beijos.
Rafael me agarrou na entrada do portão de sua casa e tentou me beijar.
Berg – aqui não mano, pessoal que passar na rua vai ficar olhando.
Rafael – então entra, vamos la pro meu quarto.
Berg – e a pizza e o sorvete.
Rafael – fica para sobremesa. (rs)
Berg – tu é muito safado véi.
Rafael – só com quem merece. (rs)
Rafael guardou as coisas que eu trouxe na cozinha e em seguida subimos as escadas. Assim que passamos pela porta de seu quarto ele me agarrou com selvageria e me beijou como se aquele fosse o ultimo beijo do mundo. De longe dava pra perceber que Rafael era experiente, ate então ele nunca havia me chamado a atenção, mas naquela noite era diferente, ele foi tirando nossas camisas e a pele dele estava arrepiada. Rafael era desses caras que não se preocupava só com o prazer dele, ele queria que eu me sentisse confortável, me deitou em sua cama, começou a lamber e beijar meus dedos, foi subindo pelo meu braço ate chegar em minha nuca. Eu já estava explodindo de tesao, minha pica pulsava dentro da bermuda.
Meu celular começou a tocar. Eu pedi um minuto pra atender.
Rafa – atende depois.
Berg – pode ser meus pais. É rapidão.
Rafa – humm, rapidão hen!? (rs)
Quando olhei para o visor do celular era o Beto. (Eu estava me sentindo mal, havia combinado de assistir a filme com ele, e tinha furado). Apenas olhei para o visor, mas não atendi, coloquei-o no silencioso e deixei ele encima do criado mudo.
Rafa – e ae?
Berg – Nada de importante. Vamo continuar?
Rafa – precisa nem falar duas vezes.
A pele do Rafa era macia, cheirosa, as mãos dele eram másculas, mas ao mesmo tempo delicadas.
Eu tirei minha bermuda, ficando apenas de cueca, Rafael começou a me punhetar, minha pica estava pra estourar, quanto mais ele batia, com mais veias ela ficava.
Berg – Chupa meu pau mano?
Não precisei pedir duas vezes, Rafael começou passando a língua na minha glande foi engolindo a cabecinha aos poucos, e quando dei por mim ele já estava com minha jeba toda em sua boca.
Aquilo estava uma loucura, como eu poderia imaginar que aquele macho curtia da fruta?
Mesmo estando no silencioso, vi quando o visor do meu celular ascendeu, e apareceu o nome Beto. Comecei a pensar no meu brother. o que estava acontecendo comigo? Estava na cama com um cara daqueles e estava pensando no Beto? Pensei no meu primo da adolescência, pensei no Lucas. Em menos de um mês já era o terceiro cara diferente que estava na cama comigo. eu não era assim. Fui cortado de meus devaneios com a voz do Rafael.
Rafa – O que foi po?
Berg – comigo nada, por quê?
Rafa – teu pau encolheu, ta sem tesao por mim?
Puta que pariu, não agredido que estava broxando.
Berg – nada po, coloca na boquinha que é já que ele cresce.
Esqueci tudo e todos e tentei me concentrar só no Rafael. Com a chupada dele meu pau acordou novamente. Tava voltando a curtir o clima, quando meu celular tocou.
Rafael – Berg, pode atender po, tranquilo.
Berg – não e importante.
Rafael – Nós sabemos que é mano, atende, conversa com ele.
Berg – é rapidao vei.
Pedi licença, troquei minha roupa e sai do quarto para falar com o Beto.
**
Berg – fala Beto.
Beto – Tu esqueceu onde é minha casa porra?
Berg – Não. Por que véi?
Beto – Nós combinamos de assistir uns filmes, liguei la na tua casa e tua mae disse que fazia tempo que tu tinha saído pra vim pra ca.
Berg – Mano, foi mesmo oh, eu esqueci.
Beto – esqueceu neh safado!?
Berg – Pois é.. rs
Beto – e tu ta aonde agora?
Berg – tou aqui na casa do Rafa.
Beto – uiiiiiiii, já e Rafa é?
Berg – Ué, mas é o nome dele po.
Beto – O nome dele é Rafael, e não demora muito ae não, que eu tenho uma surpresa pra ti.
Berg – não eu... filho da puta desligou na minha cara. (liguei novamente)
*
Beto – já ta chegando aqui?
Berg – Pois é Beto, não vai dar de eu ir não.
Beto – Como não Berg, eu loquei uma pa de filmes.
Berg – Desculpa cara, eu havia esquecido, e não tem como sair daqui agora.
Beto – vocês estão estudando?
Berg – não!
Beto – então não tao fazendo nada de interessante, vem logo po, deixa de muagem.
Berg – não da véi, tamo no meio de um filme aqui.
Beto – como é que é? Tu ta assistindo filme na casa desse mané?
Berg – Pois é po, eu esqueci que tinha marcado contigo, mas chama a Debora cara, acho que ela ta disponível.
Beto – já entendi tudo, tu ta agindo assim porque a Debora veio pra ca ontem.
Berg – nada a ver mano, foi só esquecimento mesmo.
Beto – tu mentes mal pra caraleo mano. E o pior é que ultimamente tu ta ficando com umas frescuras que tu não tinha.
Berg -...
Beto – Berg?
Berg – tou aqui po, vou ter que desligar, amanha agente se fala na facu.
Beto – amanha um caralho, tu vai vim hoje pra ca, pode dispensar esse pau no cu ae que eu tou te esperando, e se tu não vier, amanha eu vou la na tua casa e falo pro teus pais que tu ta queimando a rosca.
Berg – va tomar no cu fila da puta. Ta ficando doido é?
Beto – me testa pra voce descobrir. Tou te esperando. (disse aquilo e mais uma vez desligou o telefone na minha cara). Quando eu me virei o rafael estava atrás de mim.
*
Rafa – pode ir la mano.
Berg – não po, vou ficar aqui.
Rafa – so teu corpo ta aqui, tua cabeça ta la.
Berg – ta tão na cara assim?
Rafa – na cara, nos olhos, na boca. Vai la po, vocês dois querem isso.
Berg – me desculpa cara, eu queria ficar com voce.
Rafael – eu não tenho ninguém na minha vida Berg, e se não der certo com o Beto, pode vim que eu vou ta esperando.
Aquilo me desmontou totalmente, o rafa era um cara fantástico. Eu não entendo qual critério nosso coração usa para escolher o nosso par ideal.
Me despedi do Rafael e fui correndo pra casa do beto, mas ele não ia me comer, íamos ter uma conversa seria e cada um pro seu lado.
xXX
Toquei na campainha, não demorou muito e o Beto veio me atender.
Beto – há, ficou com medinho foi?
Berg – tu é muito pau no cu mano.
Beto – entra ae, vamo ter que conversar.
Berg – e vamo mermo, tu ta ficando doido é?
Beto – doido por que? Hã?
Berg – cada dia da semana fode uma buceta diferente, e no dia que eu consigo um cara pra mim, fica me ligando?
Beto – mano, tu já viu como tu ta ficando?
Berg – como eu tou ficando?
Beto – conheceu o tal do Lucas se apaixounou e já queria ir embora com ele, agora conheceu o Rafael, só vive na casa dele. Tu não precisa disso mano.
Berg – e tu pode ficar com a Debora a hora que tu quiser?
Beto – Eu conheço a Debora há muito tempo, e tu mal conheceu esses caras e já vai querendo casar.
Berg – e dai po, tu não tem nada haver com isso.
Beto – claro que tenho, você é meu melhor amigo, e eu não vou deixar tu acabar com tua vida. Tu anda diferente, anda sensível a tudo, não curte mais como antigamente, fecha a cara pra tudo o que eu faço.
Berg – va tomar no cu véi, tu ta tentando fazer com que eu acredite que estou errado.
Beto – e não ta?
Berg – eu vou pra casa po. Não ta dando pra conversar contigo.
Beto me puxou pelo braço e me jogou no sofá.
Beto – para com essa frescura, querer fugir dos problemas, fechar a cara pro mundo. Tu não era assim véi. Cade o meu parceiro de antes?
Eu não tava aguentando mais, abaixei minha cabeça e comecei a chorar. Beto sentou a meu lado no sofá, escorou minha cabeça no ombro dele e começou a fazer cafuné.
Beto – lembra quando você contou pra mim que curtia homem?
Berg – O que tem? ( eu falava soluçando )
Beto – eu prometi a você que eu não iria mudar e que nossa amizade não seria abalada
Berg – mas você não cumpriu vei. Você mudou sim.
Beto balançava a cabeça em negativa. Enquanto isso com as mãos tentava, atoa, enxugar minhas lagrimas que insistiam em cair.
Beto – não, eu não mudei. Você sim mudou Berg. eu continuo o mesmo, mas você não tem paciência comigo, não me ajuda a entender teu mundo, você tem que conversa comigo, tem que explicar porra.
Berg – o meu mundo é o mesmo teu Beto, nós somos do mesmo mundo.
Beto – olha ae, ta vendo? já tou aprendendo isso contigo. (rs)
Berg – tu é babaca demais mano.
Beto – nós somos. (rs) me desculpa.
Berg – eu não vou poder te desculpar sempre.
Beto – mas eu sou um cara imperfeito, sempre irei errar tentando acertar.
Eu apenas olhei pra ele e balancei a cabeça em confirmação, ele tinha razão, somos imperfeitos, e erramos constantemente em busca de acertos.
Beto – agora eu quero que tu me espere aqui.
Berg – Por que mano?
Beto – eu tenho uma supressa e acho que tu vai gostar, mas eu tenho que arrumar ainda, quando tiver tudo pronto eu venho te buscar. Blza?
Berg – é um consolo?
Beto – kkkk, claro que não po. Na hora certa você ver.
Berg – então tah, se não tem outro jeito vou ficar esperando.
Beto – isso mesmo, bom garoto.
O Beto subiu ate seu quarto e eu fiquei esperando na sala, deitei no sofá e estiquei meus músculos sobre ele. Eu já tinha parado de chorar, mas meus olhos ardiam, fiquei com eles fechados e quando estava quase dormindo, o Beto veio me buscar.
Berg – pra que isso vei?
Beto – vendar teus olhos, vai que você tenta trapacear.
Berg – ta certo, vende mesmo, que eu sou malandro.
Beto me vendou e fomos subindo as escadas de vagar, ele abriu a porta, passou na frente e foi me conduzindo.
Beto – pronto, pode tirar a venda.
Eu então abri os olhos.
**
Beto - e ae, gostou?
Berg – Mas que porra é essa mano?
Continua.