Alguns dias haviam se passado e o Rickson não saia do meu pé, não importava o quão rabugento e sem humor eu fica-se ele continua lá sorrindo como um bobo, eu penso será que a pancada que ele levou o deixou biruta? Mas por um lado tudo aquilo me deixava até um pouco admirado.
Nesse momento eu estava na casa da minha melhor amiga Bruna, e ela não parava de dizer o quanto ele era lindo e maravilhoso e o quanto eu era ‘’sortudo’’ por te ele.
- Aff Nicolas para de reclamar! Ele e o cara mais lindo da turma! – Ela não parava de pentear meu cabelo, que aproposito e RUIVO e liso, puxei minha mãe que também tem cabelos ruivos.
- Você já pensou em pegar um bronzeado? Assim sua pele ganha uma cor e esconde um pouco suas sardas que você tem no rosto! Sabia? – Eu apenas revirei os olhos e disse.
- Nem morto! Minha pele e muito sensível, você sab..Ai!! – Nesse momento ela havia puxado meu cabelo com muita força.
- He he desculpa me empolguei! Não é todo dia que posso mexer em um cabelo ruivo como o seu - Bruna era minha melhor e única amiga verdadeira, nos conhecemos nas seções com o psicólogo, ambos sofríamos de timidez e dentre vários outros problemas relacionados, e por coincidência agora cursamos a mesma faculdade de Publicidade e Propaganda, o que nos permitiu a gente se ver todos os dias como fazias antes no psicólogo, ela era meio japa e tinha cabelo preto com as pontas pintadas de roxo.
- Ele te chamou para sair né? Ai! Que inveja! Ele e tão gato!! – Dizia a Bruna enquanto colocava minha franja de lado.
- Só aceitei para ele me deixar em paz! – Após dizer isso cruzei os braços e fiz cara de emburrado.
- Ah para! você vai gostar! Ele parece ser muito simpático.
- Eu preciso dizer que foi por causa dele que fiz terapia!?
- Aff! Vocês eram crianças!
- Eu era criança! ele era um Lobo sedento de sangue!!
- Ah para! isso ficou no passado! ele parece gostar muito de você! – Nessa hora fiquei sem resposta.
11 ANOS ATRÁS....
Já era final de novembro, o ano estava acabando, já eram os últimos dias de aula e tudo que eu pensava eram nas férias que viriam, o Rickson me importunava mas do que nunca nesse final de ano, não sei? Talvez fosse o jeito dele de dizer adeus, até que certo dia em que presenciei ele apanhando de uns caras mais velhos no corredor, por sorte eles não me viram, fiquei escondido atrais de uma parede, uma parte minha pensava ‘’ Bem feito! ’’, porem outra parte sentia pena dele, e quando eles finalmente pararam de bater nele, eles gritaram algumas coisas como, Isso e por não cumprir a promessa! FDP, quando todos eles foram embora, eu saio do meu esconderijo quando de repente sinto alguém agarrar a manga da minha camisa com muita força, quando olho para trais eu vejo o Rickson ele me olhava com um ar de autoridade sobre mim, mas ao mesmo tempo sua voz era ofegante e cansada.
- Onde você pensa que vai? Seu VIADO! – Eu tentei gritar, mas ele logo me calou colocando sua mão na minha boca para abafar meus gritos de ajuda e me arrastou para um canto, mas afastado enquanto eu me debatia, quando finalmente chegamos em um local mas sossegado ele tira a mão da minha boca e eu começo a gritar.
- M-me DEIXA NO CHÃO!!! – Logo em seguida ele me joga com toda a força contra o chão, meu corpo estremeceu quando toquei o chão, a dor foi tão intensa que por alguns segundos minha visão ficou turva e tudo que eu escuto são as risadas do Rickson.
- hahahahaha Que foi boiolinha? Vai chorar!? – logo em seguida ele começou a me chutar repetidas vezes com muita força, eu tentava segurar meu choro mas ficava cada vez difícil.
11 ANOS DEPOIS...
Eu chego no restaurante que o Rickson marcou com migo e logo que entro e já sou recebido com alguém gritando meu nome.
- NNNNICOOOLAAAAAAS!!! – Era ele em uma mesa da cobertura acenando para mim que nem um bobo, me encaminhei até ele e sentei na cadeira a sua frente.
- Tudo bem com você gato? – Disse ele ao me receber eu respondi que estava bem, pedimos a comida começamos a comer e beber vinho, ele não para de rir e sorrir e dizer ‘’o quanto estava feliz’’ de me ter com ele.
No final do jantar fomos caminhando até a casa dele, minha mente ficava se perguntando, mas será que ele já quer ir aos finalmente? poxa ele me convidou pra casa dele isso não estava nos planos e pior porque eu disse sim!?
Chegando lá vi que ele morava em um pequeno apartamento bem humilde e pequeno e que na sala só havia um sofá velho e uma pequena tv com antena que estava em cima de uma cadeira velha de madeira, e só havia dois cômodos a sala que era intercalada com a cozinha e um pequeno bainheiro velho, sem contar a parede do apartamento que se encontrava todo descascado, eu fiquei com um pouco de tristeza vendo ele morando de maneira tão precária.
- Não se incomode com a bagunça e que eu não tenho muito lugar para guardar minhas roupas – eu vi uma pequena pilha de roupas no chão ao lado do sofá, vendo aquilo eu me lhe perguntei.
- Rickson? ... e aqui mesmo que você mora? – ele respondeu que sim balançando a cabeça enquanto se encaminhava a cozinha, eu preferi não comentar mais sobre a precariedade de sua casa, quando ele voltou sentamos no sofá ele começou a me dar uma caixa de chocolates, olhei para a caixa.
- Nossa pela embalagem bonita parece caro? – Olhei serio para ele.
- Te amo por isso que comprei, gostou? – Ele parecia muito feliz ao me dar aquela caixa.
- Essa caixa? O jantar como você pagou? – Ele começou a me olhar sério.
- E-eu fiz um empréstimo no banco, que foi não gostou da caixa!? posso te comprar outra se quiser? - nesse momento ele começou a se desesperar atoa.
- Não! não e isso!achei linda e que ...Você está se endividando!? – Nesse momento eu comecei a me sentir muito mal porque acabei de descobrir que ele criando dividas por minha causa!?
- Mas Nicolas eu te amo! E quero o melhor para você – ele segurou minha mão e me olhou no fundo dos meus olhos, eu por causa da minha timidez eu virei meu rosto para o lado por que eu não aguentei a pressão que ele havia feito em mim.
- Rickson você está gastando dinheiro que você não tem! – Nesse momento vi seus olhos se enchendo de água.
- D-desculpa! E que minha vida está muito difícil depois que meus pais me expulsaram de casa!! – Nesse instante eu segurei sua mão e perguntei.
- Por que eles fizeram isso? Ele me abraçou forte, tão forte que conseguia ouvi os batimentos do seu coração.
- e-eles fizeram i-isso porque sou gay! – Ele começou a chorar no meu ombro e nesse instante meus olhos se encheram de lagrimas também.
11 ANOS ATRAIS...
Ele não parava de me bater e dizer o quanto em era bicha por chorar, até que aqueles mesmos garotos mas velhos de antes apareceram atrais dele.
- Ora, ora o que temos a qui!? Se não e o metido a malvadinho! e a sua Putinha hahaah!– Ele para de me bater e olha com raiva para eles.
- ei esse bichinha e meu!! VÃO EMBORA!!! – Eles se olharam e simplesmente jogaram o Rickson de lado, me agarraram e me colocaram no parapeito da janela logo abaixo de mim haviam 3 andares, quando olhei para baixo meu sangue gelou.
- O-o-o que vocês vão fazer!!?? – Um deles estava me segurando pela camisa, meu corpo estava pericialmente para fora da janela e logo abaixo de mim havia uma enorme queda, eu comecei a chorar e implorar para não me jogarem da janela, eu nem tentei me debater porque tinha medo que ele me solta-se, mas logo atrais deles vi o Rickson logo atrais deles falando para não me jogar e pra pararem com aquilo, eles simplesmente responderem com risadas e deboches para ele e num instante, eles largaram minha camisa e eu senti a gravidade me puxando para o chão, e queda era muito longa e por mais que demorasse alguns segundos pra cair o meu medo era colossal e fazia cada segundo parecer uma eternidade, quando eu finalmente senti o impacto do meu corpo contra o chão de concreto o choque que senti na na parte de trais da cabeça, pude sentir meu ombro estalando, e um ‘’creck’’ vindo das minhas costelas a dor foi tão intensa que não consegui gritar, e por alguns instantes eu estava apenas escutando um zumbido no meu ouvido e bem ao fundo escutei alguém gritando meu nome, com minha visão turva conseguia ver por alguns segundos o Rickson gritar por mim lá do auto da janela de onde cai, pouco antes de tudo ficar escuro e eu apagar, ao acordar vejo o Rickson me carregando nos braços até o pátio da escola onde também haviam diversas pessoas me encarando de cima para baixo e todos falavam ao mesmo tempo, eram muitos cochichos difícil distinguir o que eles falavam, ele me coloca no chão e consegui ver seu rosto estava vermelho e ele parecia desesperado sobre mim, suas lagrimas caiam sobre meu rosto, ele nao parava de gritar meu nome e pedindo que eu acorda-se mas novamente apaguei.
Acordei em uma cama de hospital todo enfaixado no braço esquerdo e no peito, estava com uma agulha de soro no braço e mal conseguia mexer meu corpo na cama de tão dolorido que estava,pouco depois de acordar um médico veio e disse para eu não me movimentar muito por que a queda foi feia, mas apesar de tudo isso umas coisa não saia da minha mente ter visto o Rickson chorando! me fazia questionar? porque ele me carregou? Porque ele estava chorando por mim? Por ele fez tudo isso?? SERA QUE ELE NÃO E TÃO MAL ASSIM???
CONTINUA...
Notas do autor: gente primeiramente mil desculpas pela demora da publicação desse capitulo e que tive algums contra tempos nessa semana Mais nunca diga nunca, já irei começar a escrever o capitulo 4 imediatamente! Mas obrigado a aqueles que leram e me acompanham, o que estão cachando? Se quiserem dar sugestões (além de me apresar pra publicar) serão bem vidas. Obrigado!