Aprendendo a amar o amigo hetero. (final 3-3)

Um conto erótico de Berg.
Categoria: Homossexual
Contém 5631 palavras
Data: 26/01/2016 23:05:34
Última revisão: 27/01/2016 00:17:01

Não falávamos nada, apenas seguíamos. Rafael entrou na BR e eu comecei a ficar assustado, tirei o celular do bolso e vi que pouco a pouco eu ia perdendo sinal. Olhei para o Rafael e ele não falava nada, nem movimentava o rosto, estava concentrado na estrada.

Berg – Para onde quer que seja o lugar que estávamos indo, eu sabia que estava em boas mãos. (eu pensava).

Escorei minha cabeça no banco do carro tentando ficar confortável, Rafael ligou o som e eu pude relaxar, cheguei ate a cochilar dentro do carro, acordei com o Rafael tentando abaixar o banco para que eu pudesse deitar. Estávamos há tanto tempo no carro que eu acabei dormindo.

xXX

Rafa – ei, Berg, acorda!

Berg – Hã? (Rafael me chamava, ele já tinha saído do carro e estava do lado da porta onde eu estava sentado).

Rafa – acorda fera, chegamos.

Eu acordei meio desnorteado, mas me alertei quando ouvi barulho de pessoas.

Berg – que lugar é esse mano? (perguntei já saindo do carro)

Rafa – você não queria sossego? Te trouxe para um lugar de paz e tranquilidade. (Rafael dizia isso fazendo sinal de paz e amor com a mao).

Berg – que lugar massa véi. É um hotel fazenda?

Rafa – kkkk, não, não. É apenas fazenda.

Berg – De quem?

Rafa – do meu pai.

Berg – teus pais?

Rafa – Não, só do meu pai, minha mãe tem um restaurante. (estávamos na fazenda do pai do Rafael que ficava em um município vizinho, acho que a uns 45 km no máximo).

Berg – que massa, mano.

Rafa – bom neh!? Mas agora acorda po, tu ta quase dormindo. (rs)

Berg – foi a estrada, um balde com agua na cara eu desperto. Hehe

Rafa – tem coisa melhor que balde com agua. Trouxe sunga?

Berg – nada, tou de cueca mesmo. Por quê?

Rafa – aqui tem piscina, estava pensando em dar uns mergulhos. (Rafael já havia fechado a porta do carro e caminhávamos em direção à imensa casa rodeada por uma cerca de estacas com um jardim na frente).

Berg – porra mano, e não posso nadar de bermuda não?

Rafa – poder pode, é que e mais confortável de sunga.

Berg – mas não trouxe não. Cadê a piscina? Vamo cair de facada nela. (falei me aquecendo)

Rafa – calma (rs), vamos ver se meu pai esta em casa, quero te apresentar pra ele e sua esposa.

Passamos por uma porteira, ao lado tinha umas arquibancadas e um campo de futebol, o Rafa falou com algumas pessoas, e tomou a benção, eu entendi que alguns deveriam ser os tios dele.

Rafa – Tio Joaquin, o sr sabe cadê o pai?

Joaquin – Esta lá atrás. Estão fabricando farinha e ele esta acompanhando o processo.

Rafa – ah ta bom tio. Obrigado!

Joaquin – Disponha.

E voltaram a jogar. Eu e Rafa seguimos o caminho, passamos por uma pequena ponte bem iluminada, com agua torrente passando por baixo dela, dava ate de ver alguns peixes. Passamos por alguns chapéus de palha, cada um com mesa e bancos embaixo.

Berg – isso parece um clube véi.

Rafa – é que meu pai recebe os amigos e família aqui, ele valoriza muito esses momentos de união.

Berg – Tou ligado.

Ao longe começávamos a ouvir barulho de motor. Quanto mais andávamos mais alto ficava o barulho, chegamos a um local onde parecia um galpão grande, o Rafa me levou ate uma salinha onde pegou capacetes e protetores para os ouvidos. Colocamos os equipamentos e entramos no ‘’tal’’ galpão. De longe avistamos alguns homens que pareciam concentrados.

Rafa – Paii.

Pai – Rafael? O que esta fazendo aqui?

Rafa – estava com saudade. Sua benção. (Rafael estendeu a mão e seu pai apertou)

Pai – também sinto saudades meu filho, mas há essa hora é perigoso. Veio com quem?

Rafa – nada pai, a estrada esta um tapete e a iluminação ta tao forte que as vezes cega. (rs)

Eu estava me sentindo um peixe na areia.

Rafa – este aqui é o Gutemberg, é um colega da faculdade pai.

Pai – Tudo bem Gutemberg? Afonso, prazer viu, fique a vontade.

Berg – Prazer senhor.

Rafa – pai nós vamos dar um mergulho na piscina.

Pai – vai lá filho, divirtam-se e peça para a Maria preparar duas camas pra vocês.

Rafa – Não precisa pai, vamos voltar ainda hoje pra cidade.

Pai – nem pensar, você só volta agora com a luz do dia.

Rafa – Já falei que não precisa se preocupar pai.

Pai – Por favor, Rafael, dorme aqui essa noite, tu já vens tão poucas vezes aqui.

Rafa – O telefone fixo esta funcionando?

Pai – sim, por quê?

Rafa – vou ligar pra mãe, dizer que eu vou passar a noite aqui.

Pai – faça isso, não a deixe preocupada.

Saímos do galpão, fomos ate a casa, que por sinal era linda. Casa grande com detalhes todo em madeira, escadas de madeira, moveis de madeira, objetos de madeira. Mas não era uma madeira qualquer, era tipo envernizada, casa alta com telhas de barro.

Rafael ligou para sua mãe e perguntou se eu queria ligar para alguém.

Berg – Não, não.

Rafa – tem certeza?

Pensei um pouco.

Berg – tenho sim.

Rafa – Blza.

Fomos ate a ‘’tal’’ Maria, ela aparentava ser uma senhora muito simpática. De imediato abraçou o Rafa fortemente e ficou falando coisas ao pé do ouvido. Rafael me apresentou a esta senhora e em seguida pediu que ela arrumasse duas camas para que pudéssemos passar a noite.

xX

Dei um mergulho na piscina fazendo pular agua no Rafael.

A piscina ficava localizada ao redor de algumas arvores, cercada por um alambrado, próximo tinha uma churrasqueira toda em alvenaria, ao redor da piscina tinham varias cadeiras de tomar sol. Dava pra perceber que o pai do Rafael curtia mesmo diversão.

Após eu mergulhar, Rafael, pulou e veio a meu encontro, parecia um peixe nadando. Eu mergulhei e quando voltei vim com a boca cheia de agua, despejei no Rafael e nadei pra longe dele.

Rafa – ah é!? Quer brincar de cuspidinha éh!?

E veio atrás de mim dentro da agua. Era bom estar ao lado do Rafael, ele é o tipo do cara que te oferece todo o bem do mundo sem querer nada em troca.

Rafael me agarrou dentro da agua, e eu deslizei dos braços dele e fui ao outro lado da piscina. Rafael me acompanhou e me prensou.

Rafa – e agora hen!? Não tem mais pra onde correr.

Berg – eu me rendo vei, eu me rendo.

Rafa me empurrou contra a borda da piscina e prensou seu corpo contra o meu.

Rafa – você se entrega?

Levantei as mãos para o céu como se eu estivesse me rendendo.

Berg – me entrego.

Rafael aproximou sua boca da minha e me deu um beijo: doce, calmo, sereno e molhado.

Meu corpo estava tremendo. A agua estava gelada e o vento balançava os galhos das arvores fazendo ficar mais frio ainda. Afastei meu rosto um pouco para poder admirar o Rafa, aquele cara era perfeito. Bonito,

de bem com a vida, tranquilo, discreto, macho com pegada e romântico com carinho.

Meu dedo indicador foi de encontro ao queixo do Rafael, fazendo seu rosto se erguer, retribui o beijo que ele havia me dado momentos antes.

Encostei minha testa na sua e fiquei com os olhos fechados. A vida não estava sendo injusta comigo, eu é que estava querendo mais do que podia ter.

Abracei Rafa forte e pude sentir o cheiro dele misturado com a agua. Afastamos-nos um pouco e ficamos apostando natação dentro da piscina.

xX

A Maria apareceu na beira da piscina com um lanche pra nós. Lanche de rico era outra coisa (eu pensei).

Berg – teu pai é separado da tua mãe?

Rafa – é po. Meu pai tem outra mulher.

Berg – e cadê ela?

Rafa – não a encontrei, iria te apresentar, mas acho que ela não esta na fazenda.

Berg – Humm.

Rafa – ta relaxando?

Berg – tou sim.

Rafa – quero que tu esqueça dos problemas.

Berg – que problemas véi? Sei nem o que é isso.

Rafa – kkkkk, isso ae mano. Vamos curtir essa piscina maravilhosa e apreciar a natureza.

Sentamos em uma das cadeiras de tomar sol para poder comer. Rafa passou a mão no meu cabelo e começou a massageá-lo suavemente.

Eu coloquei um pedaço de queijo na boca e fiquei admirando ele. Rafa estava apenas com uma sunga preta, um cordão de nossa senhora e um chapéu de cowboy.

Rafa se aproximou de mim e me deu um beijo de leve.

Rafa – bem que nós poderíamos ser um par perfeito neh!?

Berg – seria demais vei.

Rafa – nós nunca terminamos o que começamos aquela noite lá em casa.

Berg – difícil agente terminar mano, eu sinto carinho grande por ti, mas não da pra sair fazendo sexo assim.

Rafa – eu concordo contigo, mas bem que você poderia gostar de mim neh!? (rs)

Berg – seria tudo bem mais simples.

Rafa – pois é. Poderíamos namorar na boa, sem medo.

Berg – porra vei, por que você não apareceu antes?

Rafa – por que não era pra ser mano, o Beto chegou na minha frente. (rs)

Berg – você acha que eu realmente gosto dele? Tipo mais do que como amigo?

Rafa – eu acho sim. E acho que ele também gosta de tu.

Berg – gosta nada vei, ele é muito é filho de uma puta.

Rafa – ele te ama da forma dele.

Berg – mas eu não estou satisfeito com isso.

Rafa – Berg, se você quiser ficar comigo pra esquecê-lo, por mim podemos tentar.

Berg- às vezes eu acho que o melhor é ficar sozinho mano, não curto a ideia de saber que minha felicidade depende de uma terceira pessoa.

Rafa – tu tens razão. Mas é que... eu gosto de você de verdade, e se você dizer pra eu esperar eu espero.

Berg – não posso dizer pra ti esperar, você tem mais é que curtir mano, curtir tudo o que a vida pode te oferecer, você merece.

Rafa – vem ca véi. (rafa me puxou pra perto dele e me deu um abraço)

Berg – você apareceu na hora certa, mano. (eu falei no ouvido do rafa).

Rafa – foi Deus que te colocou no meu caminho naquele dia no estacionamento.

*============*

-Hey, Berg. ( era Rafael que acabara de estacionar seu carro e estava vindo em minha direção – Rafael estudava na minha turma, mas não éramos chegados, ele sempre saia conosco por que era muito amigo do Kadu, mas não meu.

Berg – E ae Rafael?

Rafael – fala ae, blza?

Berg – Tou de boa e tu?

Rafael – eu tou é ferrado.

*=====================*

Rafa – se não fosse você, eu não sei como teria entendido aqueles conteúdos.

Berg – nada vei, só faltava um empurrão.

Rafa – ah era?

Berg – claro. E eu dei o empurrão que faltava.

Rafa – então agora eu vou retribuir. (Rafa me carregou como se fosse um saco de batatas e me jogou dentro da piscina).

Berg – porra mano, seu filho de uma puta.(rs)

Rafa – foi só um empurrão mano. (rs)

(Rafael caiu dentro da piscina também. naquela noite dormimos no mesmo quarto, mas não rolou sexo, apenas conversamos).

No dia seguinte, cedo, tomamos café e voltamos à cidade.

xX

Rafa estacionou o carro em frente a casa do Beto, provavelmente os caras ainda estavam dormindo.

Rafa – esta entregues.

Berg- entra ae.

Rafa – não da, tenho que ir, não tenho o habito de dormir fora de casa, minha mãe deve esta preocupada.

Berg – ta certo, então amanha nos falamos na faculdade.

Rafa – não.

Berg – não?

Rafa – eu não vou mais à faculdade.

Berg – Ué, por que não?

Rafa – eu vou trocar de curso mano.

Berg – Como assim trocar de curso?

Rafa – vou tentar agronomia, não me identifiquei com engenharia elétrica.

Berg – mas não tem agronomia la no campus.

Rafa – E não tem mesmo. Eu estou indo estudar na capital.

(a capital só podia ter um cu com muito leite condensado pra todo mundo querer ir pra la)

Berg – tu ta falando serio?

Rafa – tou sim mano, a partir de semana que vem não vou mais pra aula, já falei com minha mãe e ela concordou.

**

O ser humano é um ser impressionante. Às vezes você diz que é independente e que não precisa dos outros. Mas eu quero ver qual é o ser com coração que não precisa de amigos, família... Todos nás somos dependentes de carinho, de afeto, de amizade e é impossível ser feliz sozinho.

**

Berg – porra mano, tou acreditando não.

Rafa – pois é. (Rafa falava com a voz baixa)

Berg – só me resta te desejar sorte. Que tu seja feliz mano. (eu falei querendo chorar)

Rafa – vamos ser felizes, nós dois, pode ter certeza. (eu olhei para o Rafa e não consegui me segurar, desabei em lagrimas, eu não amava o rafa, mas ele era um cara excepcional, e iria fazer muita falta na minha vida). Rafa passou a mão limpando minhas lagrimas.

Rafa – não chora mano. (rafa falou começando a chorar em seguida)

Berg – Quando é que você vai?

Rafa – em janeiro.

Berg – Porra, ta em cima já! Que droga mano.

Rafa – pois é.

(O Rafa ir embora não estava nos meus planos, quando não estava bem com o Beto, era ao Rafa que eu recorria, mas ele tinha que seguir com a vida dele).

Despedi-me de Rafa com um abraço, ele não iria viajar de imediato, ainda tinha um tempinho pra gente curtir.

xXX

Entrei silenciosamente pra não acordar ninguém, tirei a camisa e a bermuda ainda um pouco molhada da noite anterior, fiquei apenas de cueca e deitei no sofá, escorei a mão na testa e fiquei pensando um pouco na vida. Senti alguém passando a mão pelo meu abdômen.

Beto – manoooo, porra cara, tu quer matar agente?

Berg – tu que vai me matar caralho, que susto vei!

Beto – onde tu tava porra, agente ligou desesperadamente pra ti e tu desligou o celular.

Berg – Não desliguei, é que fiquei sem sinal.

Beto – Nunca mais faz isso, entendeu? Nunca mais. (Beto falava como se estivesse separando as silabas, com a testa praticamente colada a minha).

Berg – relaxa mano, já tou aqui.

Beto – relaxa um caralho. Por onde tu andou mano?

Berg – fui dar uma volta com o rafa.

Beto – sempre o Rafael, sempre esse cara metido em tudo.

Berg – eu vou dormir mano, tu ta meio alterado, conseguiu transar com tua mina não? (saí da frente do Beto me levantei e pisei no primeiro degrau da escada).

Beto – espera mano, me desculpa, é que fiquei preocupado, a partir de agora você é minha responsabilidade e se acontecer alguma coisa com você a culpa é minha.

Berg – Mano, eu tenho 23anos, você não tem por que ter nenhuma responsabilidade comigo não, eu vim pra cá porque quis. Fica frio.

Beto – mas não é só responsabilidade... eu também me preocupo, mano, eu fiquei com medo de te perder, de ter acontecido algo com você.

Berg – mas não aconteceu vei, tou de boa. (terminei de subir as escadas e fui dormir) beto ficou parado na escada.

xXX

Acordei já quase às 16 horas, tomei um banho, troquei de roupa e fui ate a casa dos meus pais, eu ia à missa com eles.

Na saída da missa paramos pra tomar um sorvete como de praxe, depois me despedi dos meus pais e voltei pra casa. Os caras estavam assistindo a um filme, eu cumprimentei todos eles.

Berg – e ae bando de pau no cu.

Kadu – fala cachorrão.

Berg – Blza?

Beleza – Todos responderam.

Gustavo – senta ae, bora assistir um filme conosco.

Berg – vou sim, mas antes queria rangar. Tem alguma coisa?

Gustavo – no micro-ondas, só esquentar.

Passei pela sala, peguei umas pipocas que estavam com o Gustavo e segui ate a cozinha, mal cheguei e o Guga me acompanhou.

Gustavo – Mano, posso levar um lero contigo?

Berg – Sobre a cecilia? (perguntei abrindo o micro-ondas)

Gustavo – é!

Berg – já tou sabendo do lance de vocês mano, e pode ter certeza que eu aceito de boa.

Gustavo – queria falar com você primeiro, não estragar nossa amizade.

Berg – não estraga em nada mano. A Cecilia é adulta, é bonita e ta solteira. Vocês têm mais é que curtir mesmo.

Gustavo – porra, você falando assim, fico bem mais aliviado. (Gustavo me deu um abraço com leves tapinhas na minha costa).

Berg – Fica tranquilo. Agora deixa eu comer que tou com fome.(rs)

Guga – deixo sim.(rs)

Gustavo se retirou da cozinha, eu me servi, peguei um copo com suco e passei a comida pra dentro.

Beto chegou, puxou uma cadeira e sentou na minha frente.

Beto – temos que conversar mano.

Berg – agora não da po, tou jantando.

Beto pegou o prato de comida e colocou em cima da bancada.

Berg – que tu ta fazendo véi? Devolve esse prato de comida pra ca!

Beto – primeiro vamos conversar, depois você janta. O que ta pegando, por que você esta me ignorando?

Berg – tou te igonorando não, é impressão tua.

Beto – deixa de ser criança, Berg, você ta me ignorando sim. E dessa vez eu não fiz nada.

Berg – então não tem porque você ta esquentando.

Beto – tu passou o dia inteiro sem falar comigo e ainda quer que eu não esquente? Qual é a tua?

Berg – Qual é a minha?

Beto – é!

Berg – a minha é que eu te amo vei, a minha é que eu não consigo te ver com a Debora, a minha é que eu não sei mais como me comportar quando estou perto de você.

Beto me olhava sem saber o que dizer, nem pena, nem ódio – nada se passava em sua feição-.

(levantei-me pra sair dali)

Beto – Aonde você vai?

Berg – vou comer na casa dos meus pais.

Beto – toma. (ele apontou para o prato que eu havia feito) sua comida.

Berg – enfia no teu cu véi.

Beto avançou em cima de mim e pela primeira vez eu achei que ele fosse me esmurrar.

Berg – vai bater no viadinho por que ele se apaixonou pelo amigo espada?

Beto serrou o punho e falou olhando na minha cara.

Beto – não da mano, não da. Me desculpa, mas não da.

Berg – eu sei. Não vou me tornar um cara chato pegando no teu pé, mas eu vou voltar para casa dos meus pais ate essa loucura passar.

Beto não falou nada. Eu entendi que ele também concordava que eu fosse embora.

Beto – eu te amo brother.

Berg – han?

Beto – eu te amo, mas isso não pode acontecer entre agente, nós somos homens mano.

Berg – blza mano, eu respeito tua decisão. Vou me afastar um tempo para não estragar nossa amizade, mas eu volto.

Gustavo e Kadu gritaram da cozinha pedindo pra gente agilizar que o filme estava rolando.

Berg – Já tamos indo. (eu gritei de volta)

Beto – você não precisa ir embora, podemos esquecer isso tudo sem ter que ficar longe um do outro, nossa amizade já dura há anos e nunca foi preciso nos afastar.

Berg – mas antes eu não sabia que gostava tanto de tu véi.

Beto me abraçou.

Beto – Isso tudo vai passar, eu te garanto, é só uma fase.

Berg – não da, não da véi.

Beto começou a lagrimar e eu não queria parecer fraco na frente dele.

Berg – vamos lá pra sala assistir ao filme. Daqui a pouco os caras vão começar a desconfiar da gente.

Beto não falou nada, ele estava chorando com as mãos no rosto, tentando secar as lagrimas.

Eu fui à frente, e tentei parecer normal, tentei fazer parecer que não estava acontecendo nada de estranho.

xX

Na manha seguinte depois da faculdade eu voltei pra casa de meus pais e foi assim durante toda a semana. Kadu e guga queriam saber o porque de eu não ter continuado morando com eles.

Berg – ah mano, foi meus pais, ficavam me ligando direto dizendo que estavam preocupados, eu achei melhor voltar logo pra casa.

Kadu – porra, a tia Renata é muito gente fina, mas pega de mais no teu pé mano. Quando tu casar ela vai querer morar contigo e a esposa.

Nós rimos.

xXX

Chegou o mês de novembro e fomos para o ‘’caldas conwtry’’. Beto, Kadu, Guga e eu íamos fazer um tour em Goiás. Durante toda a viagem procurei me divertir e aproveitar, afinal de contas cada momento é único e não permite reprise. Os shows como sempre foram de excelência, e valeu apenas pegar as estrada junto com os Brothers.

xXX

Dezembro chegou, e com ele minhas merecidas férias. Tinha passado em todas as provas com louvor, não ficaria retido em nenhuma disciplina.

No ultimo dia de aula eu estava chegando ao estacionamento quando parei pra falar com o Beto. Nossa amizade estava fria, nem morna, era fria mesmo. Falávamos o essencial, eu estava fazendo muito esforço para esquecê-lo, mas acho que ainda não era o suficiente, pois continuava gostando dele.

Beto – Oi mano.

Berg – e ae.

Beto – Como ta?

Berg – bem.

Beto...

Berg – e tu?

Beto – tou bem também...

Berg – então ta... tou indo nessa, ainda vou passar no escritório do papai.

Beto – Berg... da uma passada lá em casa hoje, os caras vão sair e eu vou ficar só.

Berg – Topo passar quando os caras tiverem em casa, com você só, não da mano. Já conversamos sobre isso.

Beto – eu quero você Berg, mas eu preciso de um tempo pra pensar, preciso de um tempo pra conversar com a Debora.

Berg – Nós não temos mais tanto tempo brother, estamos ficando velhos.

Beto –é cumpade, o tempo e a velhice chegam para todo mundo e estão nos alcançando. (rs)

Eu ri.

Berg – domingo eu estou saindo de férias com a família.

Beto – Vocês vão pra onde?

Berg – Nordeste.

Beto – eu achei que iriamos viajar juntos como no ano passado.

Berg – esse ano eu vou sair com a família, já estamos ate com as passagens compradas.

Beto – Hum...e quando voltam?

Berg – Antes do natal. Bem, eu tenho que ir nessa. Ate mais mano.

Beto – Berg, até sábado, até sábado, brother. (Beto falava confuso)

Berg – ate sábado o que mano?

Beto – ate sábado eu resolvo nossa situação. Me dar ate sábado pra pensar?

Berg – sábado a noite o sr Edgar vai dar uma festa. É tipo uma confraternização para os funcionários e amigos, se você decidir que dar pra rolar algo entre nos dois, aparece lá. Se você não aparecer, eu vou entender que vamos ficar apenas na amizade mesmo. (Beto e eu nos cumprimentamos, e ele me deu um abraço forte, eu estava com uma sensação estranha).

xXX

Sábado a tarde eu fui me despedir do Rafa, não sei se eu ainda o veria quando voltasse.

Rafa – fala manin.

Berg – E ae mano. Blza?

Rafa – Tudo bem. Veio de sunga neh!?

Berg – Meu deus do céu olha aqui. (falei abaixando o short e deixando a sunga amostra)

Rafa – ae sim, então deixa eu colocar a minha que agente cai na piscina. Quer comer alguma coisa?

Berg – Não. Tou satisfeito.

Rafa foi ate o quarto colocar uma sunga e quando retornou eu já estava na piscina. Sou meio folgado. Hehe!

Rafa – brum, brum, brum(rafa tentava fazer som de motor) sai da frente que eu tou passando.(rafa correu e se jogou dentro da piscina, fazendo subir agua).

Depois de tomarmos banho, Rafa e eu ficamos jogando baralho, tomando tereré e papeando.

Rafa – e ae, já decidiu o que vai fazer da vida mano?

Berg – deixar rolar, focar nos estudos e esquecer essas paradas de amor.

Rafa – esqueceu o Beto?

Berg – ainda não mano, mas eu vou ter que esquecer. Não vai rolar nada mesmo.

Rafa – por que você não vai pra capital comigo?

Berg – da não mano, esse filme já aconteceu comigo e não deu certo.

Rafa – como assim po?

Eu expliquei a historia do Lucas para o rafa e ele tirou onda da minha cara. Eu acabei rindo também.

Já eram 18 horas quando eu resolvi ir pra casa.

Rafa – vai não mano, ta cedo.

Berg – tenho que ir vei. Vou acompanhar meus pais em uma festa ainda hoje.

Rafa – piseiro é?

Berg – não, não. É uma festa que o dono do escritório onde meu pai trabalha faz todos os anos.

Rafa – ah sim. Tou ligado.

Berg – mano, amanha eu tou indo pro nordeste com minha família, não sei se quando voltar ainda vou encontrar você aqui na cidade.

Rafa – e quando volta mano?

Berg – minha família quer voltar antes do natal.

Rafa – meus planos era ir pra capital em janeiro, mas sem você aqui, talvez eu antecipe.

Berg – Vou sentir tua falta.

Rafa – eu também. Foi um prazer ter convivido esse tempo com você, pena que foi tão curto.

Berg – demais brother, o tempo com você passou voando e eu nem percebi. Antes de te conhecer eu tinha vergonha de ser quem eu era, agora já não tenho mais. Aprendi a me aceitar.

Rafa – me dar um abraço vei?

Berg – ate dois.(rs)

(ficamos muito tempo abraçados. Ali eu tinha certeza que não amava o Rafa como namorado, mas sim como amigo). Amigo que eu jamais queria perder, amigo que Deus mandou pra perto de mim, pra cuidar de mim, pra somar junto a mim, pra me ajudar a superar as adversidades do dia-a-dia. São amigos assim que fazem a nossa vida ser tão colorida.

Peguei minha moto e parti rumo de casa. Chegando lá meus pais já estavam terminando de se arrumar. Assim que entrei minha mãe foi logo reclamando da hora.

XxxxX

Mãe – Gutemberg, meu filho, onde você estava esse tempo todo? E essa roupa molhada? Estava chorando meu filho?

Berg – estava na casa do Rafa mãe, mas eu me arrumo em 15 minutinhos.

Subi as escadas e minha mãe continuou com o interrogatório.

Mãe – e essas lágrimas?

Berg – Não é nada mãe. (falei entrando no quarto e fechando a porta).

Deitei na minha cama. Não estava a fim de sair, estava com medo de o Beto não ir e eu entender aquilo como um ponto final pra nós dois. Minha mãe bateu na porta do meu quarto quase gritando.

Mãe – Berggg, já esta pronto?

Berg – tou quase mãe. (menti)

Rapidamente entrei no banheiro, tomei um banho, e em 20 minutos já estava saindo na porta do quarto.

Berg – família. Tou pronto.

Pai- ate que enfim, Gutemberg, você sabe que não gosto de chegar atrasado.

Berg – não vamos pai, é só acelerar.

Entramos no carro e partimos para casa do sr Edgar.

xX

Como sempre casa cheia, mesas espalhadas na beira da piscina, musica ao vivo, ao longe consegui ver alguns objetos com laços de presentes: refrigerador, centrifugas, bicicletas, micro-ondas, fogão. Suponho eu que seria sorteado entre os presentes.

Cumprimentamos o sr Edgar e sentamos em uma mesa próximo ao palco onde havia uma dupla se apresentando. Olhei para o outro lado da piscina e fiquei observando o salão de jogos, algumas pessoas jogando sinuca me fez lembrar o Lucas. O garçom passou pela nossa mesa e eu pedi um ‘’sex on the beach’’.

xX

23h00min o sr Edgar começou a sortear os brindes. Minha mãe fez uma mandinga tão grande que foi sorteada em um refrigerador. Minha família parecia curtir a festa, eu fingia estar feliz, mas na verdade estava apreensivo.

----xh30min eu fiquei só de sunga e cai na piscina junto com o Bernardo.

----xh15min eu sai da piscina e fui pegar uma cerveja, passei na mesa dos meus pais, queria ver se não tinha nenhuma ligação nova. Na realidade queria ver se não tinha nenhuma ligação do Beto. E não tinha, aquilo havia me deixado pra baixo, o Beto não vinha. O Kadu puxou papo comigo no whats e eu fui ver o que ele queria.

Kadu – Manooo, ta aprontando o que?

Berg – tou aqui na casa do Sr Edgar e tu?

Kadu – tou em casa. Porra nem chama neh!?

Berg – é que hoje é a festa que ele todo ano faz para os funcionários mano.

Kadu – ah, tou ligado. Porra, ia te chamar pra vim pra ca.

Berg – O que ta rolando ae?

Kadu – Tamo assando uma carninha e tomando umas.

Berg – quem ta tanto ae? (queria saber do Beto)

Kadu – eu, o Gustavo e a Cecilia. Não aguento mais acender vela mano. (rs)

Berg – kkkk, e o Beto ta ae não pra acender vela mais tu?

Kadu – O Beto saiu.

(Aquilo me deixou animado. Ele tinha vindo ele tinha vindo. Meu coração estava soltando fogos).

Berg – Pra onde po? (perguntei como quem não quer nada)

Kadu – Ele foi pra um casamento de uma prima da Debora.

(os fogos viraram facas e estavam perfurando meu coração, eu sentia tanta dor que não estava suportando, então ele tinha escolhido mesmo a Debora, por isso na ultima vez que eu o cumprimentei senti uma sensação estranha).

Kadu – e ae tu vem?

Berg – vai da não mano, tou aqui com minha família. Boa curtição ae pra vocês. (falando aquilo deixei meu celular juntamente com a cerveja em cima da mesa e me joguei na piscina). Mergulhei ate a parte mais funda e gritei bem alto que chegou a fazer borbulhos, eu precisava extravasar aquela dor.

----x----

03h00min meus pais estavam cansados e decidiram que era hora de ir pra casa, eu também achava que já estava na hora de bater em retirada. Eu havia chegado com a incerteza e agora partia com a certeza de que meu destino não era com o Beto. Despedimo-nos de alguns amigos, do sr Edgar e finalmente saímos da festa. Fomos em direção ao carro do papai. Bernardo e eu estávamos apenas de short, sem camisa e dividindo uma toalha de banho que havíamos pegado na casa do sr Edgar.

Quando chegamos onde o carro do papai estava estacionado vi um carro que me era familiar, e alguém deitado no capô.

Berg – Beto? (Beto estava de smoking)

(Beto deu um pulo do capô do carro, acho que ele estava dormindo)

Beto – Berg... eu... boa noite sr Henrique, Dona Renata, e ae Bernardo.

Bernardo – Boa madrugada neh Beto!? Já viu que horas são? (Bernardo falou aquilo apontando para a hora que marcava no celular dele).

O Beto apenas ria, meu pai e minha mãe cumprimentaram Beto.

Pai – você chegou meio tarde ne rapaz!?

Beto – Pois é sr Henrique. Antes tarde que nunca neh!? (Beto respondeu sorrindo)

Mãe – e essas flores?

Beto – Ah(Beto ficou sem jeito) isso foram flores do casamento da prima de uma amiga. Tou vindo de lá agora e trouxe, nem percebi. (Beto passava a mão na cabeça sorrindo).

Pai – bem, nos já vamos, cuidado viu rapaz, a essa hora é perigoso.

Beto – Pode deixar sr Henrique.

Pai – Vamos Gutemberg.

Antes que eu respondesse, Beto tomou à dianteira.

Beto – ainda ta rolando festa la dentro?

Berg – ta sim, eu respondi.

Beto – O sr se importa de o Berg entrar comigo, tenho vergonha de entrar na casa dos outros sozinho(rs) eu deixo ele em casa.

Pai – Não quero vocês na rua hen!?

Beto – Pode deixar, vamos já entrar.

Pai me deu um beijo na testa e entrou no carro junto com a mamãe e o Bernardo. Aos poucos via o carro do meu pai se distanciando e a rua ficando deserta com exceção a Beto e eu.

Beto se aproximou de mim com umas flores feias na mão. (e eram feias mesmo, rs)

Beto – eu te pedi um prazo ate sábado, tecnicamente hoje já é domingo. Você me concede acréscimo?

Eu ri.

Berg – é o que eu tou pensando?

Beto – e o que tu ta pensando?

Berg – nós dois juntos?

Beto – isso vai depender de você brother. Eu te trouxe esse buquê de flores, se você aceitar eu posso dizer que temos um compromisso.

Berg – Tu aparou esse buque de flores no casamento? (eu perguntei espantado)

Beto começou a rir.

Beto – mano, olha aquilo. (Beto falou apontando para um gramado que estava ao lado do carro dele)

Berg – Tu arrancou as flores, seu porra?

Beto – é que eu não tinha grana pra aliança, ate por que aliança pra que neh!? Eu não preciso gritar para o mundo todo que amo você, eu só preciso dizer isso a quem interessa, que é voce. Me perdoa Berg?

Berg – não tenho o que perdoa mano.

Beto – eu tava com medo de ficar com você. Eu demorei tanto tempo pra aceitar.

Berg – não tem problema não, agora você ta aqui.

Beto – vem, vamos sair daqui. (Beto falou já indo em direção a porta do carro)

Berg – Tu não queria entrar na festa?

Beto – Não nessa festa, mas sim na nossa festa, vamos comemorar nossa liberdade Brother.

Eu entrei no carro junto com o Beto, de imediato ele me deu um beijo, nosso primeiro de muitos.

Beto – Eca mano, tu ta todo liguento, parecendo um peixe. (rs)

Berg – teu cu caralho que ta liguento.

Nós rimos.

Antes de Beto dar partida no carro eu perguntei pela Debora.

Beto – a mano, a Debora agora é apenas uma amiga. Não vamos falar mais dessas pessoas que fazem parte do nosso passado, daqui pra frente é só nós dois.

Berg - eu topo véi, vamo viver tudo o que há pra viver.

Beto – vamos nos permitir. Afinal, o tempo esta chegando e já estamos ficando velhos neh!?

Beto me deu um beijo e deu partida no carro, uma mão no volante e a outra segurando a minha. O carro ia andando pelas ruas e as arvores iam ficando para trás tão rápido quanto o meu passado. Eu queria ser feliz, eu não precisava divulgar, nem espalhar minha felicidade, mas eu queria ser feliz. Fazer planos? Pra que? Deixa a vida te surpreender, garanto que será uma sensação bem mais gostosa.

**

Hei

Foi tudo tão de repente

Simplesmente não mais

Ficaria sem você

Sem você, não mais

Hei

Tem coisas que a gente

Faz e diz tanto faz

Só diria pra você:

Sem você, não mais

Sem você

Eu era sozinho sem saber

Sem você

Nada inesquecível pra viver

Sem você, não mais

Não mais.

**

Amigos, a vida não seria tão colorida sem vocês aqui comigo.

Ate uma próxima.

Gutemberg, 26 de janeiro de 2016.

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Comentários

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A exatos dois anos tá eu aqui, que conto maravilhoso Berg, assim como todos né, vou aproveitar pra ler os outros seus que não li ainda. Esse conto é real? Sei lá ele passa tanta veracidade o jeito que tú escreve é como se mergulhasse no próprio conto, por isso amo eles. Beijão e continua os outros, tá há muito tempo sumido viu.

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woooow, final excepcional, tudo ficou maravilhoso. O triste é que acabou. meus Parabéns. Nota 10 evidente né :D

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Que lindo, cara! Adorei o final. Também estou na torcida por um capítulo bônus. Parabéns pela história!

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Sem palavras... espero que tenha pelo menos um bônus *-* maravilhoso♡

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#querosegundatempora pensa nessa ideia 🙏🏻🙏🏻🙏🏻

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O Beto não era meu preferido, mas seu conto foi top, simples e objetivo. Amei :) pena que já acabou.

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Kra supere lindo seu relato, que vcs curtam muito

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DESCULPE: LEIA-SE VENCEU ONDE SE LÊ VENCEO. RSSSSSSSSSSSSSSSSS

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CARA, QUE COISA MARAVILHOSA PODER LER ISSO. PODER IMAGINAR QUE TODOS ACABARIAM SENDO FELIZES. O AMOR VENCEU AS BARREIRAS, VENCEU O MEDO, VENCEO O PRECONCEITO, VENCEU O CIUME, A INVEJA, A RAIVA, O CHORO, AS TRISTEZAS, AS DOENÇAS, ENFIM, VENCEU TUDO QUE É DE RUIM. SÓ SOBRARAM COISAS BOAS. MARAVILHA DE CONTO. ACREDITO PORÉM QUE DEVERIA ESCREVER SOBRE A VIDA DESSES DOIS APÓS ESSE 'CASAMENTO'. NÃO CONSIGO CONTER AS LÁGRIMAS. ISSO É SACANAGEM DO AUTOR/ESCRITOR.

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De mais cara adorei o final muito lindo e fofo. . . Espero que venha com mais contos.

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